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Tudo o que você precisa saber sobre nobreaks


     48.533 visualizações    Energia    44 comentários
Tudo o que você precisa saber sobre nobreaks

Neste videotutorial apresentamos tudo aquilo que você precisa saber sobre os nobreaks, incluindo como dimensionar corretamente um modelo para uma boa compra.

Para maior compreensão desse vídeo, recomendamos que você assista antes aos outros dois vídeos anteriores dessa série: “por que não devemos usar estabilizadores de tensão” e “tudo aquilo que você precisa saber sobre filtros de linha”.

Link para a calculadora mencionada: http://extreme.outervision.com/psucalculatorlite.jsp

Após assistir ao vídeo, faça nossa prova sobre nobreaks para ver se você reteve as informações apresentadas.

Nota: nossos videotutoriais são Full HD, portanto você pode assistir em tela cheia com a maior qualidade possível; não se esqueça de modificar a configuração de resolução do vídeo clicando no ícone de engrenagem.

 

 

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Comentários de usuários

Respostas recomendadas



  • Membro VIP

Ótimo vídeo, com certeza irá tirar as dúvidas de muitos no momento da aquisição de um aparelho destes!

 

Como nem todos dominam a língua inglesa ou terminologia técnica, fiz um texto onde "aciono a tecla SAP" das opções presentes na calculadora do site Outervision Extreme, que talvez ajude a melhor dimensionar o consumo de uma determinada configuração.

 

Um grande abraço!

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Só uma duvida não entendi bem (desculpe)... Tenho uma fonte real e queria evitar quedas de energia. Posso usar normal um UPS OnLine que não vai dar problema na minha fonte???

A resposta já obtive na pag. do face e me recomendaram postar a duvida aqui***

 

Não sei se podem mas tem alguma marca especifica que vocês recomendam?

Meu amigo já perdeu uma fonte por causa de uma UPS da SMS e no meu antigo trabalho já vi cerca de 5 UPS da SMS parados porque deram problema também. Essa to fora mas não conheço muito bem outras. Dizem que a APC é boa. Verdade???
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  • Membro VIP

Parabéns Gabriel pelo mais recente vídeo, sobre no-breaks. Excelente apanhado, completo, abrange tudo o que se deve saber acerca desses equipamentos e sua real função..

Esses vídeos estão melhorando dia-após-dia. A didática está muito boa, ficou realmente ótimo o apanhado..

 

Agradeço também pela lembrança de minha humilde colaboração sempre me colocando a disposição para ajudar e divulgar esse tipo de informação.. Nosso mercado está carente desse tipo de verdade que vem desmistificar essa área de energia junto a informática..  Chega de "achologia"

Mais uma vez parabéns..

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Só uma duvida não entendi bem (desculpe)... Tenho uma fonte real e queria evitar quedas de energia. Posso usar normal um UPS OnLine que não vai dar problema na minha fonte???

A resposta já obtive na pag. do face e me recomendaram postar a duvida aqui***

 

Não sei se podem mas tem alguma marca especifica que vocês recomendam?

Meu amigo já perdeu uma fonte por causa de uma UPS da SMS e no meu antigo trabalho já vi cerca de 5 UPS da SMS parados porque deram problema também. Essa to fora mas não conheço muito bem outras. Dizem que a APC é boa. Verdade???

 

 

Em no-breaks online a Eaton é uma marca bem forte, aqui tem alguns exemplos:

http://www.atera.com.br/lista.asp?exfab=&promocao=&f1=45&f2=12&f3=2&f4=&ord=P&disp=1

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  • Administrador

@Dcorporation Obrigado por ter tido o trabalho de vir aqui postar suas questões. Pois Facebook não é o local adequado para ajudas, a interface é ruim e tira visitas do nosso fórum!

 

Só para que todos fiquem cientes:

 

Em resumo, recomendamos nobreaks online OU nobreaks offline senoidais baseados em tiristores. Os modelos com relés e/ou saída em forma de onda retangular ("quasi-senoidal") devem ser evitados, pois apresentam os mesmos problemas dos estabilizadores de tensão.

 

Quanto a marcas e modelos, o @faller pode te ajudar.

 

Por falar nisso, @faller eu é quem agradeço, eu apenas fiz um videotutorial resumido os diversos tópicos que você postou aqui em nosso fórum, portanto eu sou apenas o mensageiro; na realidade o verdadeiro autor desse videotutorial é você.

 

Abraços!

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Nossa, ficou ótimo a matéria conseguiu explicar bem sobre a principal função do UPS e seus diferentes modelos e modos de operação. Parabéns!

 

Esse vídeo assim como os tópicos do Faller ajuda a quebrar mitos a tanto tempo propelidos internet a fora.

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Parabéns pelo vídeo, tirou muitas dúvidas, mas alinda restaram algumas.

1) Os notebooks (Celular, Tablet, etc) utilizam qual sistema? Não se ouve chaveamento ao alternar para a bateria, me parecendo que a bateria está ligada em série com o transformador. Porque não pode ser usado o mesmo sistema para um no-break? Ou caso seja semelhante a um no-break online, porque não encarece tanto o preço destes aparelhos?

2) Se o fabricante do no-break anuncia 1200VA de potência de saída, por que é levado em conta o fator de potência do no-break e não apenas o fator de potência do que está conectado a ele?

Se eu tenho apenas uma fonte de alimentação conectada ao no-break com fator de potência da fonte sendo 0.99, então 1 VA é aprox. 1W. Logo, nesse caso posso ter 1200W utilizáveis, já que é a potência de saída. Porque não está correto este raciocínio?

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  • Administrador

@edurc sim, se queres proteção, um bom protetor contra surtos é recomendado antes do nobreak. Ver nosso vídeo sobre o assunto para mais informações.

 

@Leo Preuss

 

1. Vou deixar o @faller responder essas suas dúvidas, pois ele entende melhor do que eu nesse ponto específico.

 

2. Porque o valor em VA do nobreak foi rotulado pelo fabricante de acordo com um fator de potência específico. A potência deveria ser dada em watts, mas os fabricantes dão em VA para poder inflar o número e fazer o aparelho parecer melhor do que realmente é.

 

Por exemplo:

 

Um nobreak de 500 W rotulado com um FP de 0,50 é vendido como sendo de 1.000 VA (1 kVA). Esse mesmo nobreak rotulado com um FP de 0,60 seria de 833 VA. Ou seja, a potência em watts não muda, o que muda é a metodologia de marcação em VA dos nobreaks (e estabilizadores). E obviamente na hora de vender você escolheria o modelo de 1 kVA, sendo que ele tem a mesmíssima potência do modelo de 833 VA neste exemplo. Nesse caso, o FP dos equipamentos não entra na jogada. No tópico abaixo o Faller explica isso em bem mais detalhes:

 

http://forum.clubedohardware.com.br/forums/topic/836111-watts-e-vas-porque-isso-%C3%A9-t%C3%A3o-confuso/

 

Abraços.

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  • Membro VIP

Atualmente, a questão do FP nos no-breaks, está mais para propaganda, para "melhorar a foto" do mesmo, junto ao mercado. Ai a coisa se passa mais ou menos como já se passou um dia com amplificadores de som e suas potências..

Nos primórdios, quando a gente falava em potência de um amplificador de áudio, se supunha, se entendia e realmente se expressava a mesma como potência RMS desse amplificador.. Então você tinha fabricantes informando algo como 50 Watts RMS em seu amplificador. A concorrência, para catalisar vendas, começou a guerra com estratégias de mascaramento ou maquiagem da potência de saída de seus amplificadores e logo logo, um mesmo amplificador de iguais 50 Watts pulava para 150 Watts de pico, outro também de 50 Watts RMS, mais audacioso pulava para sonoros 280 Watts PMPO, e assim vai.. Ora diabos, porque raios você iria comprar um amplificador de 50 Watts RMS se um outro, de outro fabricante, custando só 30% a mais, poderia entregar 280 Watts PMPO... (sem saber até que ambos eram de 50 Watts RMS)..

Vá em uma loja de som e se espante.. Tem sistemas de som por ai a venda que prometem coisa de 5.500 Watts.. Bem, sabedor que para um amplificador entregar uma potência qualquer ele vai demandar da rede elétrica no mínimo algo como de 20 a 30% a mais de energia,(estou sendo comedido aqui) esse amplificador de 5.500 Watts gastaria mais do que o chuveiro daqui de casa...

Eu fora..  Jamais adotaria um equipamento que efetivamente me fizesse pagar, para ouvir música, mais de energia que pago pelo meu banho, que já anda "curto feito coice de porco".

Evidente que tudo isso faz parte de uma guerra desenfreada para sobrepujar a concorrência e vender seu produto.. 

 

Com os no-breaks acontece algo assemelhado..

 

Como entender então sem frescura, sem engodos, sem "sicolácolô" essa questão dos no-breaks e o fator de potência deles???

 

Certo está nosso colega em se preocupar em questionar porque da conversão se sua fonte tem um FP=1 praticamente???

 

Acompanhe o raciocínio hipotético para entender...

 

Um determinado no-break foi projetado e construído para ter uma capacidade de entrega de 500 Watts, por exemplo..

Ai ele poderia tocar qualquer carga que necessitasse até 500 Watts e isso é lógico e fácil para se entender..

Entretanto como na informática, e principalmente em épocas mais remotas, as fontes costumavam apresentar um FP de 0,7 o fabricante, em testes, verificou que seu no-break de 500 Watts poderia tocar uma carga de até 500/0,7 = 714 VA's desde que essa carga apresentasse um FP de 0,7.. Poderia tocar, poderia alimentar até 714 VA's..

Opa??? Então ele, fabricante, passa a propagar, ou propagandear seu no-break como de 714 Watts com FP=0,7 (mas esse FP=0,7 ele nem coloca nas principais características a propagandear. Fica escondidinho lá dentro do manual. O cara tem de cursar eletrônica pelo menos uns 3 anos para saber do que se trata).  O comprador desatento pode e vai preferir comprar um no-break de 700 VA em detrimento do mesmo se ele descrever sua capacidade como de 500 Watts apenas (quando na verdade é a mesma coisa)

Desse modo um no-break efetivamente não apresenta FP de 0,7 pois FP é característica de carga e não de quem gera, no caso ele, o no-break..

O no-break ter um FP de 0,7 significa, e é uma licença poética, que determinada potência aparente, em VA's, que ele é capaz de entregar só é verdadeira se a carga aplicada nele tiver um FP de 0,7..

Note, mas isso jamais vai garantir que ele possa querer puxar dele 714 VA se sua fonte tiver FP=1, como levantou o colega indagante..

 

É só um trocadilho, uma jogada de marketing.,.

 

Para nunca errar traga a potência do no-break para WATTS... Essa é a potência que ele se propõe a entregar..

 

Note que o tal de VA é a potência aparente, não a potência útil, não a potência que você compra e paga nem a potência que efetivamente produz trabalho ai no seu equipamento...... Esqueça desse VA e só o use como referência mas nunca desvinculado em que FP ele é válido..

 

Portanto fique de olho vivo.. Tenho visto coisa de mais de 90% o índice de compradores que se deram mal na tentativa de dimensionar no-break para suas configs..

Em meus longos anos de labuta na área de energia tenho visto a maioria dos no-breaks comprados assim, sem a menor orientação, abandonados, desligados, em um canto, após algum tempo, por dois principais motivos ambos derivados do desconhecimento...

1) O comprador não sabia que teria de trocar as baterias a cada dois anos, encarecendo um equipamento que para comprar já custou caro;

2) O fracasso total na confusão de VA com Watts levando a um mau dimensionamento. Não raramente os no-breaks abrem as pernas, não seguram a alimentação, ao ter de assumir a carga, por estarem mal dimensionados.

 

Por essas e por outras que esses papos de no-break vem sendo travados, mais e mais, e vídeos tão bons e úteis como esse do Gabriel vem ganhando espaço por ai nos mais diferentes fóruns..

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Só para ficar mais claro, em resumo:

 

Para proteger de surtos elétricos, o certo é ligar um protetor (ou "filtro de linha") bom antes do nobreak, correto?

(...)

 

Não exatamente, adota-se o equipamento correto para a função que se quer.

Se necessita e queres proteger um equipamento contra surtos de rede usa um bom supressor de surto, se queres um backup de energia, adota-se um no-break, mas se quer atenuação de EMI e RFI adota-se um bom filtro de linha. Não há problema em ligar o no-break ou outros equipamentos no filtro de linha com supressor de surtos, desde que respeite-se a potência máxima do filtro/supressor.

 

Se porventura eu fosse usar um UPS em algum equipamento meu, ao invés de ligar um no-break a um filtro de linha com supressor de surtos, compraria um bom no-break online de dupla conversão com onda senoidal pura como citado pelo faller, e um DPS para o quadro geral tipo esse daí da Clamper:

 

DPS-VCL-175V-45kA-SLIM-p1.jpg

 

E desse modo, proteger toda a rede AC da casa de uma vez.

Evidentemente, adotaria também, os respectivos DPS para proteção de linhas de dados e sinal que adentrassem a residência. ex.: linha ADSL e cabo coaxial.

 

Se for do seu interesse sugiro a leitura do tópico:

 

Por que adotar proteção adicional na linha telefônica e de TV a cabo?

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Olá Faller e Gabriel Torres, muito obrigado pelas respostas.

 

Eu entendi corretamente a questão da enganação que os fabricantes de no-break realizam, e como foi dito, algo semelhante é realizado aos equipamentos de som, onde há a diferença de potência PMPO e RMS (assim como existem diferenças em normas antigas para medição do RMS (mais rigorisa) e do cálculo para potência RMS que vale atualmente).

 

Mas ainda não compreendi bem a situação sobre a potência aparente (VA) e potência útil (W).

Deixando um pouco de lado o No-break e supondo o seguinte cenário:

 

Considerando que uma fonte de alimentação esteja conectada e consumindo diretamente da rede elétrica 250W. Se esta fonte possui fator de potência 0.7, independentemente de só serem utilizados 250W por esta fonte, a rede elétrica precisa ser capaz de fornecer uma potência de 357VA (250 / 0.7). Porém, se minha fonte possui fator de potência 0.99, minha rede elétrica deverá ser dimensionada para fornecer apenas 252 VA (250 / 0.99).

 

Ou seja, mesmo que os 107VA a mais não estejam sendo utilizados para nada, a rede elétrica precisa ter a capacidade de fornecer esta potência extra. Disso, concluo que a potência VA é a exigência de potência verdadeira, e Watt é apenas a potência que o equipamento efetivamente está utilizando. Logo, não vejo porque desconsiderar o FP do que está conectado à origem de energia elétrica.

 

Eu não tenho como prosseguir no raciocínio do no-break antes de eslcarecer primeiro este ponto. Quem puder esclarecer, eu agradeço desde já.

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Existe uma solução mais elegante:

 

Eles ligar uma bateria de 12 na fonte em servidores Google alimentando um servidor individualmente.

 

Fala que consegue 99.9% de eficiência da fonte contra 92 á 95% de um ups.

As baterias são alimentadas em serie, somando 48v (4 servers por vez).

 

 Queria saber qual circuito usam e a forma de ligar... nos comentários aparentemente usam duas UPAs independentes, cada um dos quais  alimenta a mesma trilha de 12V DC.

 

 

 

http://perspectives.mvdirona.com/2011/05/04/OpenComputeUPSPowerSupply.aspx

 

Perguntaram a corsair sobre a viabilidade.... ela  apenas disse que ia "analisar"...

http://forum.corsair.com/v3/showthread.php?p=588271

 

 

Ia ser muito legal se o CDH analisasse esse experimento...

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  • Administrador

@Dcorporation e @Leo Preuss

 

O assunto parece complicado mesmo, mas dá para simplificar. Mas é o seguinte. A potência em VA do nobreak é apenas marketing. O que importa é a potência em watts. Para isso, pegue a potência em VA do nobreak e divida pelo FP que o fabricante usou para rotular o nobreak (que está discriminado em algum lugar). A potência VA e o FP da fonte não importam e não devem ser calculados ou usados.

 

O erro que o faller menciona que a maioria dos usuários comete é justamente querer calcular fonte em VA (e usar o FP da fonte) para casar a potência em VA da fonte com a potência em VA do nobreak. Não vai dar certo, pois foram medidos com metodologias diferentes! O FP que o fabricante usou para rotular o nobreak não é o mesmo do FP da sua fonte!

 

No vídeo o método de cálculo está bem claro; em resumo, esqueça VA.

 

Abraços,

Gabriel.

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(...)

Ou seja, mesmo que os 107VA a mais não estejam sendo utilizados para nada, a rede elétrica precisa ter a capacidade de fornecer esta potência extra. Disso, concluo que a potência VA é a exigência de potência verdadeira, e Watt é apenas a potência que o equipamento efetivamente está utilizando. Logo, não vejo porque desconsiderar o FP do que está conectado à origem de energia elétrica.

(...)

 

A potência em VA declarada nos no-breaks e estabilizadores, no fim, só diz respeito a potência aparente que os mesmos podem trabalhar.

De modo que pouco interessa se a carga possui FP de 0,99 ou 0,70 a potência máxima em VA que o no-break pode trabalhar não muda, tão pouco a potencia útil medida e watts, uma vez que, o critério para obter a potência aparente (VA) do no-break foi um FP de 0,70.

 

Veja o exemplo:

 

Duas fontes de alimentação de 700W, ambas com eficiência de 80%.

 

A fonte "A" foi instalada em um configuração que efetivamente exige seus 700W, assim sendo, a fonte vai solicitar de quem a alimenta:

 

700W / 0,80 = 875W

 

Onde 700W serão entregues a configuração e 175W desperdiçados sob forma de calor.

 

A fonte "A" no entanto, tem PFC ativo, então sua potência aparente sera de:

 

875W / 0,99FP = 883,8 VA

 

A fonte "B" está na mesma situação da fonte "A" a unica diferença é que não possui PFC ativo e seu FP é de 0,65.

Então sua potência aparente sera de:

 

875W / 0,65FP = 1346 VA

 

Um no-break para a fonte "A" tem que possuir 875W de potência útil e 883,8 VA de potência aparente, e para a fonte "B" possuir os mesmo 875W de potência útil e 1346 VA de potência aparente.

 

É obvio que tudo aquilo que anteceder a carga tem que suportar a sua demanda, mas, dificilmente a potência aparente com a qual o UPS consegue trabalhar não irá suprir a demanda da carga, todavia, facilmente a potência útil não suprirá a carga justamente por causa do critério usado para definir a potência desse no-break.

 

Repito, a potência útil/aparente desse UPS não vai mudar independente do FP da carga. Mesmo que a carga tenha um FP unitário, a potência em Watts do no-break continuará a mesma.

 

É uma limitação do projeto do no-break, onde o mesmo foi feito para trabalhar com X Watts e Y VA. Necessite a carga ou não de X Watts e Y VA.

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Olá Joakim,
 
andei pesquisando em diversos lugares (http://www.ebah.com.br/content/ABAAABPegAC/fator-potencia ) e me parece realmente haver um equívoco por parte de vocês no entendimento da potência aparente e potência útil.
 
Vou explicar porque. Seguindo a fórmula:
 
Potência aparente(VA) = potência ativa (W) + potência reativa(VAr)

OBS: Adicionando uma correção, que esta soma de potências na realidade é vetorial e não escalar.
 
Caso estejamos trabalhando com equipamentos puramente resistivos, por exemplo, lâmpadas, a potência reativa requerida é igual a 0, logo, toda a potência calculada será resultante da potência ativa (potência = potência ativa + 0). Neste caso, podemos afirmar que 1W exigido pela lâmpada é igual a 1VA.
 
No entanto, nem todo equipamento necessita puramente da potência ativa, precisando também de uma carga extra, que é a potência reativa, quando existem indutores, capacitores, etc. apenas para alimentar o campo magnético gerado por estes componentes.
 
Assim, uma fonte de alimentação, por não ser puramente resistiva, a potência reativa é necessariamente diferente de 0.
Então, não podemos ignorar a parte da fórmula referente à potência reativa, sendo então dada por:
 
Potência aparente(VA) = potência ativa (W) + potência reativa(VAr) (sendo a potência reativa algum valor > 0).
 
O que está havendo confusão, é que você, consumidor, paga pelos Watts (potência ativa) e não pelos VAs, mas isso não quer dizer que quem fornece a energia está tendo que produzir apenas a potência ativa, mas também a reativa. Tanto é verdade, que todo o sistema para dimensionamento de cabos e equipamentos na indústria faz o cálculo em VA, e não em Watt. Além disso, a prestadora de energia estabelece limites mínimos de fator de potência para a indústria, justamente por ser uma carga excessiva em que os transformadores da prestadora precisam suportar, mesmo que parte dela seja inutilizada/retornada à rede.
 
Por isso, diante de tudo o que eu pesquisei sobre o assunto, a potência em Watt serve apenas para você saber o quanto seu aparelho consome de forma útil, que será cobrado por você na sua conta de energia elétrica. Mas para um sistema que fornece energia elétrica, não basta saber apenas a potência útil, mas a potência aparente (apesar do nome).
 
No exemplo da sua fonte de 875W, este valor se refere apenas à potência ativa, sendo apenas uma parte da fórmula.
 
Assim, um no-break que seja capaz de fornecer 1200W, não seria capaz de suportar a sua fonte de 875W (em carga plena) com FP de 0,65, pois na realidade não são apenas 875W, e sim 875W (ativo) + 471VAr (reativo) que o no-break estaria tendo que produzir.
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Justamente por isso, que eu disse que o nobreak tem que suportar os 875 watts de potencia útil e os 1346 VA de potencia aparente.

 

Ele mão pode simplesmente escolher qual potencia suportar, ele deve suportar ambas a potencia útil e aparente, ou ativa e reativa, ou útil e reativa...

 

No caso do UPS de 1000W citado por você, o mesmo já supri a carga uma vez que, dificilmente a potencia aparente do nobreak sera menor que sua potencia útil.

 

Sendo a potencia aparente um produto da potencia ativa com a potencia reativa.

 

875W (potencia ativa) + 471VAr (potencia reativa) = 1346VA (potencia aparente)

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Joakim,

Não sei se chegou a ver o link que coloquei: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABPegAC/fator-potencia
É interessante a leitura.
 
Citando um trecho do resumo deste artigo: "(...) Uma vez que essa energia armazenada[reativa] retorna para a fonte e não produz trabalho útil, um circuito com baixo fator de potência terá corrente elétrica maior para realizar o mesmo trabalho do que um circuito com alto fator de potência.(...)"

 

O No-break não escolhe que "tipo de potência" suportar, como você mesmo disse. Simplesmente dada uma potência que ele é capaz de suportar, se ultrapassá-la, não importa se é útil ou aparente, o que importa é que a corrente total exigida será mais alta, e consequentemente, a potência. O uso da unidade VA é apenas para dizer que existe uma diferença no cálculo da potência para o Watt, mas é tão potência quanto é o Watt.

 

O cálculo de dividir a potência da fonte pelo fator de potência desta, serve para se calcular qual a potência total requerida por este equipamento, mas não serve para calcular o quanto um sistema fornecedor de energia pode suportar de forma aparente ou útil. Fazendo uma analogia com a eficiência de um equipamento, por exemplo: uma fonte de alimentação de 600W, a plena carga, que tenha 85% de eficiência, não importa se este transformará 15% da energia fornecida em calor ou outra forma de energia, o que importa é que estarei "puxando" da rede elétrica 705W (desconsiderando o fator de potência para facilitar o exemplo).

 

Então quando você faz o cálculo que de que a fonte exige 845W e 1346VA, não é que o no-break precise suportar as duas potências. Se o no-break suportar os 1346VA, ele irá suportar qualquer valor de potência abaixo disto, seja útil ou aparente.

 

O que é preciso perceber é que, considerando que VA é a soma vetorial da potência útil com a potência não útil, então esta já é a exigência total requerida pelo sistema. O Watt é mais usado para circuitos de corrente contínua, pois não há variação na corrente tal como ocorre em corrente alternada, sendo toda a potência do circuito, útil. No caso da corrente alternada, a variação da corrente produz estes efeitos indesejáveis em determinados componentes, necessitando de uma carga extra.

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.....

 O Watt é mais usado para circuitos de corrente contínua, pois não há variação na corrente tal como ocorre em corrente alternada, sendo toda a potência do circuito, útil. No caso da corrente alternada, a variação da corrente produz estes efeitos indesejáveis em determinados componentes, necessitando de uma carga extra.

Cuidado com essa afirmativa..

O Watts sim e mais usado em corrente continua pois nessa modalidade não existe diferença de fase entre tensão e corrente, Se houver uma das duas SEMPRE haverá a outra e do modo totalmente proporcional, aumenta uma aumenta a outra..

VAs somente se pode entender em CA, aonde pode haver uma das duas, ou diferença de fase entre tensão e corrente, que pode acontecer em carga reativas, indutivas ou capacitivas, ou em outro caso que é o mais comum com fontes, que é o fator de forma.. Quando a corrente e a tensão, embora em fase, tenham formas diferentes, também se terá o aparecimento da potência reativa..

Definitivamente não é a variação de corrente que provoca o aparecimento da potência reativa e sim a diferença de formas entre corrente e tensão..

No caso das fontes em geral não existe diferença de fase entre ambas e no entanto uma fonte pode apresentar um FP de 0,7. Ai o responsável por isso se chama carga não linear, representado pela retificação tradicional em uma fonte, que conduz, que admite corrente em parte do tempo de um ciclo e não admite no restante do mesmo..

Impossível raciocinar de um mesmo modo em se comparando FP por características indutivas de uma carga e FP por não linearidade da carga.

Fosse assim, (não pensaram nisso ainda??) se colocaria capacitor em paralelo com uma fonte de FP=0,7 para corrigir o mesmo, tal qual se faz em uma indústria, p;ara compensar os motores que ela usa..  Se fosse a mesma gênese, o mesmo enfoque, não se teria de montar um conversor elevador de tensão (PFC ativo), praticamente uma segunda fonte controlada a entrada da principal, para corrigir o fator de potência, tendo de usar toda uma eletrônica, com CI, com indutores etc..

A gênese do desvio de potência em uma carga indutiva é totalmente diferente da gênese do desvio de fator de potência em uma fonte em função da retificação tradicional.. (distorção de forma ou não linearidade da carga)

 

Efetivamente o que importa são os Watts, que representam o efetivo trabalho, que tem de ser passado pela máquina chamada fonte de alimentação. Ele é fornecido na entrada e tem de aparecer na saída, o resto é desvio, é distorção, é ineficiência. Tudo que não for Watts de energia pode e deve ser desconsiderado, deve ser minimizado, deve ser evitado..

 

O assunto é sim complicado, não dá de simplificar muito não..  A começar por não tratar esse desvio e FP reativo como o mesmo, de mesma gênese com o causado por não linearidade da carga..

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Buenas.

 

Foram-se algumas dúvidas, ficou uma, em relação ao kVA, que é efetivamente quanto tempo um UPS de 1.000kVA suporta fornecer energia pra, por exemplo, 500W de consumo útil, e por consequência, "se a falta de luz me obriga a salvar o texto rapidamente ou se posso acabá-lo". Ou seja, esse parâmetro não deveria ser considerado em "medida"/hora?

 

 

Com relação ao FP do nobreak, acho que, na discussão sobre o quanto de potência ele pode entregar, não importa muito quanto efetivamente o UPS consome em si (sei que importa quanto o consumo do UPS vai se refletir no gasto de energia e na conta de luz e tal, mas essa não é uma discussão - num primeiro momento - sobre economia de energia e sim de capacidade de manter seu aparelho funcionando SEM a rede elétrica), até porque ele vai consumir o que for desenhado pra consumir e sim qual a potência util efetiva. Esse é o ponto de partida do vídeo e nisso acho que ele foi esclarecedor o suficiente.

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