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O maior problema da nova tomada brasileira


     130.374 visualizações    Energia    62 comentários
O maior problema da nova tomada brasileira

Introdução

É inegável que o Inmetro e a ABNT realmente precisavam padronizar de forma definitiva o tipo de tomada elétrica a ser usado no Brasil, tornando o aterramento obrigatório (pelo menos em teoria). Porém, o padrão NBR 14136 não resolve o principal problema da rede elétrica brasileira: o fato de o Brasil ser um dos poucos países que usam uma rede elétrica mista 127 V/220 V e o único país do mundo que usa 220 V a 60 Hz. Entenda a nossa proposta para resolver o problema.

São poucos países que utilizam duas tensões diferentes em seu território e o Brasil é um deles. Em geral, governos escolhem usar 110 V ou 220 V em todo o país (com exceção do Japão, que é o único país que usa 100 V). Esses valores são nominais e pode haver diferença. O que chamamos popularmente de “110 V” pode, na realidade, ser 110 V, 115 V, 120 V ou 127 V, e o que popularmente chamamos de “220 V” pode ser, na realidade, 220 V, 230 V ou 240 V. O Brasil resolveu ter duas tensões, 127 V e 220 V, ambas a 60 Hz, em vez de escolher apenas uma como qualquer país desenvolvido faria. E não há qualquer padronização em relação a quais cidades usam que tipo de tensão. Coisa típica de país onde não há qualquer planejamento de longo prazo. O mais lógico seria o Brasil ter adotado um único padrão de rede elétrica no início, só que agora é tarde demais (se fossemos nós os responsáveis pela escolha, votaríamos em 230 V a 50 Hz, que além de ser o padrão mais usado no mundo, apresenta maior eficiência energética do que 127 V).

O Brasil é um dos poucos países do mundo que utilizam a tensão de 127 V a 60 Hz. Os outros países são Arábia Saudita, Aruba, Marrocos, México e Suriname (Bonaire, Curaçao, Líbia e Madagascar usam 127 V a 50 Hz). O México usa o sistema de tomadas Norte-Americano, o que não é má ideia, apesar de a tensão nominal no Canadá ser 120 V a 60 Hz e nos Estados Unidos ser 115 V a 60 Hz. O ideal é uma tomada representar sempre uma mesma tensão e frequência, o que não ocorre com o padrão Norte-Americano. No entanto, se nós tivéssemos de escolher entre criar uma nova tomada ou usar a tomada Norte-Americana, votaríamos sem pensar em usar o padrão Norte-Americano para as tomadas de 127 V no Brasil.

Agora, o grande problema é a tensão de 220 V usada no Brasil. Vários países usam a tensão de 220 V (que tecnicamente é melhor do que a de 127 V, pois apresenta maior eficiência, isto é, menos desperdício). Porém o Brasil e o Peru são os únicos do mundo que usam 220 V em 60 Hz (a Guyana está convertendo sua rede para 220 V a 60 Hz para ficar compatível com a rede brasileira): todos os demais países que usam 220 V, 230 V ou 240 V usam a frequencia de 50 Hz. Por esse motivo, não é possível adotar no Brasil qualquer tipo de tomada usada em outros países para a tensão de 220 V, pois a frequência é diferente. Aqui é realmente necessário criar um novo tipo de tomada, em nossa opinião, para indicar a tensão e frequência usada, embora isso não seja um requisito técnico mas sim uma opinião nossa para facilitar a identificação. Logo, acreditamos que essa explicação responde o “por que o Brasil não usa o padrão de tomadas Europeu?” – porque o padrão da rede elétrica é diferente (Brasil: 220 V a 60 Hz; Europa: 230 V a 50 Hz).

Por conta disso, a energia que o Brasil compra do Paraguai (que usa a frequencia de 50 Hz) tem de ser convertida para contínua e depois convertida de volta em alternada, dessa vez em 60 Hz. Uma curiosidade: como a transmissão de corrente contínua tem menos perdas do que a transmissão de corrente alternada, Furnas decidiu transmitir essa energia de forma contínua e convertê-la de volta para alternada em Ibiúna/SP. Clique aqui para mais informações.

Em tempo: nesse excelente artigo há uma explicação história de como o sistema elétrico brasileiro chegou ao cenário atual de ter duas tensões. É interessante entender que antigamente havia ainda mais tensões diferentes.

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Comentários de usuários

Respostas recomendadas



O problema é o brasileiro. Que arruma logo um jeito de colocar um adaptador ou benjamin, hahahaha

Pior que eu já vi gente arrumbando tomada de 10A pra plugar aparelho de 20A e tomada de 20A com aparelho 10A pendurado.

E tem problema ligar aparelho 10A em tomada 20A?

Aqui em casa já fiz isso e apesar da diferença de espessura o plug ficou bem firme dentro da tomada.

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E tem problema ligar aparelho 10A em tomada 20A?

Aqui em casa já fiz isso e apesar da diferença de espessura o plug ficou bem firme dentro da tomada.

Não vejo nenhum problema em fazer isso, dado que a tomada de 20A foi criada para que ligassem equipamentos que consumissem muita energia, tipo lavadoras de roupa e alguns equipamentos industriais. O que não se deve fazer é o inverso, pois o equipamento possa esquentar a fiação e pode até causar um incêndio.

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Gabriel, lendo seu artigo ainda penso que a melhor ideia é de adicionar um chanfro na tomada, permitindo que equipamentos que trabalhem na tensão de 127V e 220V funcionem em suas respectivas tomadas e os que operam nas duas tensões possam ser plugados em qualquer tomada, respeitando a sua capacidade de condução, de 10A ou 20A.

 

Uma coisa que reparei com os comentários é que a maioria das pessoas defendem uma ideia sem nem conhecer alguns conceitos básicos do sistema elétrico.

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1. Mostre-nos onde você viu que a EFICIÊNCIA em 220v é uma lenda, pois se você pesquisar um pouco, em sites de fontes como a Corsair, encontrará um gráfico com a eficiência. Eficiência é diferente de potência. Eficiência está relacionada a trabalho, ou seja, quanto menos ela gasta para entregar a potência prometida mais eficiente pois ela também consome energia. Enquanto que potência está relacionada a energia que o equipamento fornece.

 

2. Seria verdade se a natureza fosse simples assim. Na energia elétrica existem fatores que devem ser levados em consideração. Você já ouviu falar de fator de potência? Ele é uma relação da potência ativa (em Watts) com a potência aparente (em Volt-Ampére). Isto acontece porque a corrente é em regime senoidal e obedece o seguinte:

P(ativa) = Vm * Im * cos(a)  , onde:

Vm = Valor eficaz da diferença de potencial;

Im = Valor eficaz da corrente no circuito;

cos(a) = ângulo de defasagem entre V e I;

 

Não é tão simples quanto parece :D

 

4. Em redes 220v existem 2 tipo de tomada, uma para equipamentos que consoem até 10A e outra para 20A. A diferença é que a tomada de 20A o diâmetro do furo é maior, ou seja, não é possível (teoricamente) ligar um equipamento de 20A em uma tomada de 10A, por questões de segurança.

 

Abraço.

 

1. Não. Pois você está assumindo que o equipamento possui eficiência de 100%. Leia no link a seguir uma explicação parcial. O @Sambaquy respondeu também parcialmente sobre isso. Além disso, há menos perdas na transmissão a 220 V do que a 127 V. Aqui a questão é a eficiência do sistema elétrico como um todo, e não apenas o consumo do equipamento.

 

https://www.clubedohardware.com.br/artigos/Tudo-o-Que-voce-Precisa-Saber-Sobre-Fontes-de-Alimentacao/976/9

 

4. Eu removi essa parte, estava errada.

 

3. Há, no entanto, outro detalhe, que é como o corpo humano lida com choques. Eu li (agora não me lembro onde) que o choque de 220 V seria menos nocivo que o de 127 V, mas não sei se a fonte era confiável. 

 

 

Existiu consulta pública. Porém foi pouco divulgado.

1-De fato, fiquei surpreso com os gráficos da Corsair. A afirmação sobre a lenda da eficiência em 220V recebi de um professor na faculdade de Física. Infelizmente aceitei a ideia sem que o professor tivesse dado fatos. Mea culpa. As fontes de alimentação parecem realmente serem mais eficientes em 220V. No entanto, alguns gráficos mostram que a relação de eficiência se inverte para cargas baixas. Isso faz com que eu me pergunte se esta relação não é devida ao compromisso de construir um equipamento bivolt, ao invés de estar relacionada intrinsecamente à tensão de projeto. 

Para investigar isso, comparei consumos de alguns produtos conforme o site do Inmetro. Trabalho chato, de forma que só fiz para refrigeradores (predominantemente indutivos) e chuveiros (predominantemente resistivos). Resultado: os chuveiros em 220V consumiram em média 0,8% a mais (quem diria!) (Baseado no consumo mensal máximo, para 37 modelos disponíveis nas duas tensões)  e os refrigeradores em 220V consumiram em média 0,15% a menos (Baseado no consumo mensal, para 95 modelos disponíveis nas duas tensões, no entanto somente 8 apresentaram diferenças, e destes, 2 modelos foram mais eficientes em 110V).

 

Tive a impressão de que os ventiladores apresentam um padrão mais consistente (e informações mais claras sobre eficiência, não consumo), mas o pdf está mal formatado e desisti de analisar.

 

Minha conclusão é que não se pode fazer afirmações categóricas (como as minhas) sobre o assunto. :D Fora isso, só caso a caso.

2-Já havia ouvido falar sobre fator de eficiência, mas sem profundidade. No entanto, em que ele pode afetar a relação de eficiências entre 110V e 220V?

 

Abraços!

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1-De fato, fiquei surpreso com os gráficos da Corsair. A afirmação sobre a lenda da eficiência em 220V recebi de um professor na faculdade de Física. Infelizmente aceitei a ideia sem que o professor tivesse dado fatos. Mea culpa. As fontes de alimentação parecem realmente serem mais eficientes em 220V. No entanto, alguns gráficos mostram que a relação de eficiência se inverte para cargas baixas. Isso faz com que eu me pergunte se esta relação não é devida ao compromisso de construir um equipamento bivolt, ao invés de estar relacionada intrinsecamente à tensão de projeto.

 

Por causa de aspectos construtivos de motores elétricos, motores bifásicos são mais eficientes que monofásicos, mas não vejo como um motor monofásico seria mais ou menos eficiente só por causa da tensão. Algo que acontece muito em lugares onde o padrão é 127V é usarmos um circuito bifásico para termos 220V, o que é diferente de um sistema 220V ou 380V fase-fase, e não tornaria um motor mais eficiente.

Agora, como você chegou a tal resultado com chuveiros? Qual é a eficiência de um chuveiro? Não beira os 100%?

 

 

Um aspecto importante sobre a transmissão de corrente contínua é que na verdade é mais barato construir uma linha de CC do que uma linha convencional. Sim, a linha CC usa dois fios (a grosso modo e referenciando o tipo de transmissão que usamos no Brasil), mas a linha convencional usa 3. O que sai mais barato mesmo é a não necessidade de diversos equipamentos ao longo da linha CC. porém, o sistema de conversão CC/CA é extremamente caro e demanda muito espaço, por este motivo só se usa transmissão CC em linhas extremamente longas.

 

Outro detalhe é que toda interligação internacional é feita através de conversão CA/CC/CA. Onde não há uma linha de transmissão nessa conversão o mesmo é chamado de back to back. Há muitos motivos para que seja feito desta forma, o principal deles seria a separação dos sistemas elétricos. Nos estados unidos por exemplo, onde há vários "administradores" do setor elétrico, todas as interligações são feitas através de back to back. Só dai já não importa quem é 50Hz ou quem é 60Hz na hora da interligação internacional.

 

 

Quando ao aterramento do neutro, isso é tema um tanto complexo, mas vale ressaltar que nossa transmissão CA é trifásica (existem exceções) e o Neutro é feito pelo terra, logo, como já foi dito, o neutro é feito normalmente no local de entrega de energia através de um aterramento, o que não tem nada a ver com o circuito terra. Esquemas de circuito terra também é um assunto um tanto vasto ;-)

 

 

Até onde eu lembro os dispositivos DR são obrigatórios para área molhada, só não vi ninguém ainda cumprir.

O que realmente falta no brasil é planejamento, ou seja, projeto. Claro que isso é consequência de outros fatores...

O Immetro normalmente faz um bom trabalho, quem precisa fazer algum trabalho é o CREA.  :mad:

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Eu nao tinha me atentado para as diferencas das tomadas de 10A e 20A. Recentemente troquei as tomadas da minha casa pelo padrão novo e coloquei as de 20A onde minha esposa usava o secador de cabelo, no microondas e na geladeira. Ai comprei uma serra circular de 1400w 127v e fui ligar ela na tomada e nao encaixava, fiquei chateado achando que a tomada tinha vindo fora de padrão kkkk. Vou verificar agora onde uso a serra e consertar a tomada.

 

Muito bacana o artigo, e principalmente o sistema para diferenciar 220v de127v, seria interessante mudar este sistema apesar do custo que adquirir adaptadores num primeiro momento.

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A grande vantagem desse modelo de tomada adotado sem dúvida é evitar o contato acidental do usuário com o conector energizado, quanto a ideia de chanfros parece boa, mas isso depende muito de quem vai efetuar a instalação podendo ligar invertido, o meio mais eficiente ainda seria a informação e dicas desestimulando o uso de  "gambiarras", além da adequação das tensões especialmente para aparelhos de alto consumo.

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Acho que a pessoa que escreveu esse texto deveria estudar um pouco antes de criticar algo que não conhece.

 

Se a transmissão da Corrente Contínua (DC) fosse mais eficiênte, por que o mundo inteiro não transmitia em DC? Sendo que a maioria de nossos aparelhos eletrônicos convertem AC (da tomada) para DC??

 

O 220V não é mais eficiente que o 110V!!! Não é porque a corrente é menor que GASTA menos energia, o gasto de energgia é medido na Potência que é descrita pela fórmula P = U.i onde i é a corrente e U é a tensão. Muitos aparelhos que possuem transformadores para baixa tensões tem que ter mais espiras do trafo para converter de 220V e reduz a eficiência do trafo, GASTANDO MAIS ENERGIA!!!

 

O porque que criaram essa tomada diferente para o padrão brasileiro?? Sim, concordo com todos que é difícil acostumar. Mas criaram por motivos de SEGURANÇA! Tente pegar uma tomada de parede padrão novo e um plug padrão novo, você não consegue tomar choque colocando o dedo no metal do plug e colocando-o na tomada!

 

Espero que parem com essa mania que criticar as coisas sem fundamento! Não é por que os outros fazem de outro jeito que o nosso jeito é o ruim, o que não presta, o mal pensado.

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Acho que a pessoa que escreveu esse texto deveria estudar um pouco antes de criticar algo que não conhece.

 

Se a transmissão da Corrente Contínua (DC) fosse mais eficiênte, por que o mundo inteiro não transmitia em DC? Sendo que a maioria de nossos aparelhos eletrônicos convertem AC (da tomada) para DC??

 

O 220V não é mais eficiente que o 110V!!! Não é porque a corrente é menor que GASTA menos energia, o gasto de energgia é medido na Potência que é descrita pela fórmula P = U.i onde i é a corrente e U é a tensão. Muitos aparelhos que possuem transformadores para baixa tensões tem que ter mais espiras do trafo para converter de 220V e reduz a eficiência do trafo, GASTANDO MAIS ENERGIA!!!

 

O porque que criaram essa tomada diferente para o padrão brasileiro?? Sim, concordo com todos que é difícil acostumar. Mas criaram por motivos de SEGURANÇA! Tente pegar uma tomada de parede padrão novo e um plug padrão novo, você não consegue tomar choque colocando o dedo no metal do plug e colocando-o na tomada!

 

Espero que parem com essa mania que criticar as coisas sem fundamento! Não é por que os outros fazem de outro jeito que o nosso jeito é o ruim, o que não presta, o mal pensado.

Acho que a pessoa que escreveu esse texto, não tem educação, bom senso e nem um pouco de interpretação.

 

1. Não é só questão de ser eficiente, tem quer ser barato. Muitas vezes temos produtos que não são eficientes mas pelo custo optamos por este. Se fosse somente questão de eficiência todas as operadoras de telecomunicações usariam somente fibra óptica em vez do cabo metálico.

 

"Não é porque a corrente é menor que GASTA menos energia"

2. A unidade V (Volt) NÃO é medida de CORRENTE e sim de tensão. Para o cálculo de potência (P=U*i) só é válida para equipamentos puramente indutivos ou resistivos, ou seja, onde o ângulo de defasagem da corrente e da tensão são quase nula. Então nos explique porque que em fontes para computadores (as genéricas mesmo) bivolt chaveadas possuem um circuito dobrador de tensão quando você liga ela em 110V.

 

3. A discussão do tópico não é que o padrão seja o problema, mas quais os problemas que ele apresenta pois não existe perfeição. O PRINCIPAL problema apresentado é que não existe um padrão para tensões 110V e outro para 220V, pois nada impede que alguém ligue erroneamente um aparelho podendo causar uma possível queima. Pegue um equipamento 110V (feito para a região sul e sudeste) e ligue em 220V (região norte e nordeste) e veja se a tomada impede que o faça.

 

Eu, particularmente, gostei do novo padrão mas não podemos ignorar as falhas. Se você acha sem fundamento, é um direito seu, mas os outros tem direito de discutir algo que não está em conformidade com normas de segurança.

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Sobre o modelo (padrão) das tomadas, achei excelente.

Segurança, aterramento, lado correto para fase e para neutro.

O problema é que historicamente o Brasil teve uma evolução mista de suas redes de distribuição, havendo redes em 110V e em 220V, alem dos 50 / 60 Hz.

Para se alterar e transformar o Brasil inteiro num unico padrão teria de se desligar todos os que não fossem no padrão escolhido e substituir dezenas de milhares de equipamentos.

A mudança seria com certesa para 220V, e imaginem parar São Paulo por (horas, talvez dias), para realizar a mudança. IMPRATICAVEL!

Digo que seria 220V o padrão adotado pelas inumeras vantagens economicas do padrão.

Outro fato que durante o desenvolvimento do padrão pode ter sido avaliado para a não criação de modelos para 110V  e 220V diferentes é o fato que com o avanço da tecnologia dificilmente veremos produtos "Somente X ou Y".

A maior parte do produtos está fazendo uso de fontes chaveadas, com um range de 90V até 250V.

Não me lembro de ver um produto que se leve em viagens pelo mundo (Celular, tablet, note, ..) que não seja automatico.

http://euacheiprimeiro.com/wp-content/uploads/2012/07/Mapa-das-voltagens-no-mundo.png

Já ia me esquecendo, é difícil, alguem queimar um equipamento 220V ligando-o em 110V, ocorre sim dificuldade de funcionamento, já o contrario ligar algo 110V em 220V é 99,99% das vezes um prejuízo. Ou seja, quem mora em areas de 220V, é que tem de ficar atento!.

Concordo com varios que relataram que o maior problema é a nossa mania brasileira de dar um jeitinho, é bem fácil encontrar "T" (Benjamim), que se tira uma capinha fina de platico para poder encaixar tomadas velhas, e sem o pino terra. Sem contar o pessoal que compra TV, e outros produtos e primeira coisa que faz é cortar o pino do terra com um alicate.

A mudança veio tarde, seus reflexos vão ser bem lentos...

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Oi pessoal, gostaria de agradecer por todas as mensagens e a discussão de alto nível, que só vieram para acrescentar à discussão.

 

@Stéfano Costa, fui eu que escrevi o artigo e não precisa me insultar. Aliás, basta ler os comentários para ver que você está redondamente enganado. Então em vez de criticar, sempre é importante ler para verificar se o seu não estaria desatualizado e/ou equivocado. Sugiro ainda que você visite Itaipu Binacional, é um passeio muito bacana, e eles explicam de forma bastante técnica sobre a questão da transmissão. A transmissão CC tem menos perdas, sendo mais eficiente, porém é mais cara. Pois é necessário converter CA-CC-CA, e é um processo caro. Não é possível usar CC diretamente porque motores e transformadores só funcionam em CA e não em CC. Aliás, o colega @ViniX explicou isso muito bem ANTES da sua resposta, então bastaria ter lido a mesma para não falar besteira. É como o colega @gabrielflach falou: "Uma coisa que reparei com os comentários é que a maioria das pessoas defendem uma ideia sem nem conhecer alguns conceitos básicos do sistema elétrico."

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Sobre a eficiencia energetica :

 

Digamos que exista um equipamento que necessite de 1100 Wats para realizar o seu trabalho.

Em 110 Volts temos uma corrente eletrica de 10 Amperes,

Em 220 Volts temos uma corrente eletrica de 05Amperes.

 

Se existisse um condutor eletrico (fio) perfeito, que não oferecesse nenhuma resistencia a passagem da corrente eletrica, não haveria diferença nenhuma, mas como o fio de cobre oferece uma pequena resistencia, para conseguirmos a mesma potencia do aparelho teremos de usar fios mais espeços, pois a resistencia nos fios se da a PASSAGEM da CORRENTE ELETRICA e não a Tensão.

A eficiencia energetica da fonte esta relacionado com a resistencia do circuito primario, e a perda de potencia resultante da maior corrente eletrica percorrida nas trilhas de cobre da placa, que é disperdiçada em efeito joule.

 

É, principalmente, por causa do efeito Joule que a energia elétrica é transportada em longas distâncias em tensões mais altas (geralmente 13.200 V) e também a tensão das zonas rurais é 220V e 440V e nas urbanas 220V e 380V. A maior tensão permite que a corrente seja menor (para uma mesma potência , 54e36d26addb6e6007b3741055004279.png ) e assim menos energia desperdiçada no efeito Joule (o outro motivo é o uso de cabos mais finos em secção reta com a economia do material condutor e estrutura de sustentação).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Joule

Corrigindo a Wikipedia, aqui em Palhoça/SC perto de minha casa passa uma linha de transmissão de 68KV (68.000 Volts!), existem linhas (Se não estou enganado a de furnas é) 750KV (750.000 Volts)

 

fui!

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Estava aguardando um pouco mais para formar uma opinião própria sobre o assunto, por isso não publiquei nada antes. O que você diz faz sentido se o pessoal seguisse o que você fala. Pois veja a foto que eu postei na página 2 do artigo, que tirei em um hotel, e você verá que as tomadas 127 V e 220 V são absolutamente idênticas (10 A). Como o colega @karlo explicou, nada impede o pessoal pegar tomada de 10 A para colocar em 220 V (como foi o caso da foto) ou tomada de 20 A para colocar em 127 V. Mas você está correto em dizer que eu comi mosca neste editorial por não mencionar essa parte de 10 A e 20 A, e estarei adicionando isso ainda hoje, obrigado.

 

Eu visitei Itaipu no mês passado (sendo a minha inspiração para este artigo; a foto que coloquei no artigo eu tirei inclusive no hotel em que fiquei em Foz do Iguaçu), e a explicação que me deram é que a corrente contínua tem menos perda nas transmissões (apesar de serem necessários dois fios, o que torna a instalação mais cara), então como eles teriam de fazer a conversão CA-CC-CA de qualquer forma, preferiram transmitir em CC e fazer a conversão de volta para CA na outra ponta da linha de transmissão. Quem faz essa conversão e transmissão é Furnas. OBS: atualizei o editorial com essa informação e para quem quiser saber mais tem uma página no site de Itaipu que explica isso em mais detalhes: https://www.itaipu.gov.br/energia/integracao-ao-sistema-brasileiro

A transmissão em CA padrão Brasil (trifásica) precisa de três fios, um a mais que a CC. Inclusive, até onde sei, somente um condutor ("fase") é lançado na LT de CC, o "neutro" é aterrado.

Somente para adicionar informações ao tópico. Essa Linha de Transmisão (LT) que sai de Foz do Iguaçu e vai até SP não é (mais) a única em corrente contínua do Brasil.

Algumas das LTs que ligarão as usinas do Rio Madeira ao SIN (Sistema Interligado Nacional) serão em CC.

http://www.tractebel-engineering-gdfsuez.com/news/mais-extensa-linha-de-transmissao-em-corrente-continua-do-mundo-e-inaugurada/

http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/Curiosidades.pdf

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E tem problema ligar aparelho 10A em tomada 20A?

Aqui em casa já fiz isso e apesar da diferença de espessura o plug ficou bem firme dentro da tomada.

 

 

Não vejo nenhum problema em fazer isso, dado que a tomada de 20A foi criada para que ligassem equipamentos que consumissem muita energia, tipo lavadoras de roupa e alguns equipamentos industriais. O que não se deve fazer é o inverso, pois o equipamento possa esquentar a fiação e pode até causar um incêndio.

 

 

E agora eu tenho uma pegunta para o pessoal de plantão .... A tomada de 20A tem os pinos mais grossos certo , Por ter pinos mais grossos , o buraco da tomada também precisa ser mais largo... Ai me veio uma duvida, Digamos que um aparelho tenha uma potencia consideravel(1000W)  ao ligar um plug de 10A em uma tomada de 20A, não vai deixar o plug folgado em relação buraco para plugs de 20A justamente pelo fato do buraco ser maior para entrar os pinos de 20A ?? Até onde eu sei, se o plug ou um fio ficarem folgados os mesmos podem superaquecerem  e até mesmo causar um insendio ...

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Gabriel, a ideia de um padrão de tomadas com chanfos (ou sailências/ressaltos) é bem interessante quanto a questão da tensão, mas, fiquei em uma dúvida atroz! Entendo que quanto maior a tensão, eventualmente mais eficiente o aparelho fica, porém, fiquei curioso em saber qual a efetiva diferença prática entre as frequêcias 50Hz e 60Hz. Pelo pouco que conheço de eletrônica, os 60Hz seriam mais eficiêntes em aparelhos que usam transformadores em suas fontes (excetuando-se os de fontes chaveadas). Lembro de ver alguns rádio-relógios de mesa que tinham fonte linear e usavam o clock do trafo (antes da retificação dos diodos) para determinar o clock interno, mas, para aparelhos modernos (excetuando-se os motores como ventiladores, bombas d'água, geladeiras, etc...) qual seria o problema em liga-los em 127V@50Hz ao invés de 127V@60Hz??? Os 50Hz ajudam a melhorar a eficiência (como nas fontes de PC que são chveadas) ou isso só ocorre em se passando de 127V para 220V~240V?

 

 

E agora eu tenho uma pegunta para o pessoal de plantão .... A tomada de 20A tem os pinos mais grossos certo , Por ter pinos mais grossos , o buraco da tomada também precisa ser mais largo... Ai me veio uma duvida, Digamos que um aparelho tenha uma potencia consideravel(1000W)  ao ligar um plug de 10A em uma tomada de 20A, não vai deixar o plug folgado em relação buraco para plugs de 20A justamente pelo fato do buraco ser maior para entrar os pinos de 20A ?? Até onde eu sei, se o plug ou um fio ficarem folgados os mesmos podem superaquecerem  e até mesmo causar um insendio ...

 

Zex, as tomadas de 20A foram planejadas para receber normalmente os "pinos" de 10A assim como os de 20A. Não há problema algum nesse tipo de uso, o que é um problema sério é o contrário (pino de 20A em tomada de 10A).

 

 

 

Abraços.

Carvalho.

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  • Administrador

@ppcarvalhof

 

A diferença é só mesmo em aparelhos que usam a frequencia de alguma forma. Por exemplo, relógios. Motores também precisam ser projetados de acordo com a frequencia. Um motor de 60 Hz girará mais lentamente em 50 Hz e um motor de 50 Hz girará mais rapidamente em 60 Hz.

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Li algumas das opiniões sobre as novas tomadas, como são muitas espero dar a minha colaboração:

- As tensões elétricas padronizadas para distribuição ao consumidor residencial/comercial são de 127/220V @ 60Hz  ou 220/380V @ 60 Hz.

- 127V é a tensão entre fase e terra e 220V a tensão entre fase e fase nos sistemas 127/220V

- 220V é a tensão entre fase e terra e 380 V a tensão entre fase e fase em sistemas 220/380V. Nesses sistemas 220V é usado para tomadas caseiras e iluminação. 380V é usado para tomadas de força, como        ligação de motores elétricos.

- Como o sistema elétrico do  Brasil é formado pela adição de várias empresa que se formaram ao longo do tempo existem outras tensões de distribuição como por exemplo na área da antiga LIGHT. Isso é citado como exemplo em virtude de as tensões na Light Rio e Light SP, alem de dierentes do padrão, são diferentes entre si.

- Ambos os padróes 127 ou 220 V, são seguros se as conexões são executadas segundo as regras, principalmente as de aterramento, em caso de sistemas aterrados.

  Se não o forem, é bom lembrar que uma tensão de 127V mata um ser humano em 3s. Uma tensão de 220V mata em 1s. Isto, se a corrente passar pelo coração e a energia absorvida no processo for no mínimo de 50mJ, no fenômeno da fibrilação cardíaca.

- Sistemas a 220V no entanto, teem menos perdas elétricas o que é salutar na conservação e no custo energético.

- Com relação a tomadas de 10 ou 20 A, óbviamente pode-se utilizar todas as tomadas em 20A. Óbviamente o custo da instalação será maior.

-Finalmente com relação a frequencia, a polemica esta ainda ativa desde Westinghouse. Se uma é melhor para diminuir as perdas nos transformadores, ela tambem pode causar  problemas complicados na transmissão em alta e extra alta tensão. Na outra é vice-versa.

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@ppcarvalhof

 

A diferença é só mesmo em aparelhos que usam a frequencia de alguma forma. Por exemplo, relógios. Motores também precisam ser projetados de acordo com a frequencia. Um motor de 60 Hz girará mais lentamente em 50 Hz e um motor de 50 Hz girará mais rapidamente em 60 Hz.

 

Como tinha citado, nesse exemplo, os motores seriam os maiores afetados pela mudança de frequência (os relógios "modernos" dispensaram de a muito o uso do compasso da frequência da rede elétrica. Os relógios de hoje usam o cristal de quartzo que, em essência é muito barato,  e muito mais preciso). Isso é fato! Mas e outros aparelhos que não usam motores que são regulados pela frequencia da rede elétrica? Um radio, uma TV mais antiga, um microondas, etc...? Os aparelhos "mais recentes" com modernas fontes chaveadas são projetadas para funcionar em a gama de tensões bem "flexível" (frequentemente de 90~100V a 240V) assim como em frequências de 50Hz ou 60Hz (já que todas elas convertem o AC em DC logo que a energia passa pelos filtros "primários"...). Essas fontes sequer tomariam conhecimento dessas diferenças.

 

 

 

Li algumas das opiniões sobre as novas tomadas, como são muitas espero dar a minha colaboração:

- As tensões elétricas padronizadas para distribuição ao consumidor residencial/comercial são de 127/220V @ 60Hz  ou 220/380V @ 60 Hz.

- 127V é a tensão entre fase e terra e 220V a tensão entre fase e fase nos sistemas 127/220V

- 220V é a tensão entre fase e terra e 380 V a tensão entre fase e fase em sistemas 220/380V. Nesses sistemas 220V é usado para tomadas caseiras e iluminação. 380V é usado para tomadas de força, como        ligação de motores elétricos.

- Como o sistema elétrico do  Brasil é formado pela adição de várias empresa que se formaram ao longo do tempo existem outras tensões de distribuição como por exemplo na área da antiga LIGHT. Isso é citado como exemplo em virtude de as tensões na Light Rio e Light SP, alem de dierentes do padrão, são diferentes entre si.

- Ambos os padróes 127 ou 220 V, são seguros se as conexões são executadas segundo as regras, principalmente as de aterramento, em caso de sistemas aterrados.

  Se não o forem, é bom lembrar que uma tensão de 127V mata um ser humano em 3s. Uma tensão de 220V mata em 1s. Isto, se a corrente passar pelo coração e a energia absorvida no processo for no mínimo de 50mJ, no fenômeno da fibrilação cardíaca.

- Sistemas a 220V no entanto, teem menos perdas elétricas o que é salutar na conservação e no custo energético.

- Com relação a tomadas de 10 ou 20 A, óbviamente pode-se utilizar todas as tomadas em 20A. Óbviamente o custo da instalação será maior.

-Finalmente com relação a frequencia, a polemica esta ainda ativa desde Westinghouse. Se uma é melhor para diminuir as perdas nos transformadores, ela tambem pode causar  problemas complicados na transmissão em alta e extra alta tensão. Na outra é vice-versa.

 

Concordo plenamente com o que você disse. Minha maior dúvida é em relação à diferença de frequências e seus benefícios e problemas... Em que 60Hz é bom e ruim? E em 50Hz,  o que é bom e o que é ruim?  Qual tem uma relação melhor de "custo/benefício" 50Hz ou 60Hz? Que dispositivos, além dos motores que são regulados pela frequencia da rede, sofreriam com uma mudança de 60Hz para 50Hz? 

 

Desculpe tantas perguntas, mais você parece "dominar" o assunto. 

 

 

Abraços. 

 

Carvalho. 

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Por causa de aspectos construtivos de motores elétricos, motores bifásicos são mais eficientes que monofásicos, mas não vejo como um motor monofásico seria mais ou menos eficiente só por causa da tensão. Algo que acontece muito em lugares onde o padrão é 127V é usarmos um circuito bifásico para termos 220V, o que é diferente de um sistema 220V ou 380V fase-fase, e não tornaria um motor mais eficiente.

Agora, como você chegou a tal resultado com chuveiros? Qual é a eficiência de um chuveiro? Não beira os 100%?

 

 

Um aspecto importante sobre a transmissão de corrente contínua é que na verdade é mais barato construir uma linha de CC do que uma linha convencional. Sim, a linha CC usa dois fios (a grosso modo e referenciando o tipo de transmissão que usamos no Brasil), mas a linha convencional usa 3. O que sai mais barato mesmo é a não necessidade de diversos equipamentos ao longo da linha CC. porém, o sistema de conversão CC/CA é extremamente caro e demanda muito espaço, por este motivo só se usa transmissão CC em linhas extremamente longas.

 

Outro detalhe é que toda interligação internacional é feita através de conversão CA/CC/CA. Onde não há uma linha de transmissão nessa conversão o mesmo é chamado de back to back. Há muitos motivos para que seja feito desta forma, o principal deles seria a separação dos sistemas elétricos. Nos estados unidos por exemplo, onde há vários "administradores" do setor elétrico, todas as interligações são feitas através de back to back. Só dai já não importa quem é 50Hz ou quem é 60Hz na hora da interligação internacional.

 

 

Quando ao aterramento do neutro, isso é tema um tanto complexo, mas vale ressaltar que nossa transmissão CA é trifásica (existem exceções) e o Neutro é feito pelo terra, logo, como já foi dito, o neutro é feito normalmente no local de entrega de energia através de um aterramento, o que não tem nada a ver com o circuito terra. Esquemas de circuito terra também é um assunto um tanto vasto ;-)

 

 

Até onde eu lembro os dispositivos DR são obrigatórios para área molhada, só não vi ninguém ainda cumprir.

O que realmente falta no brasil é planejamento, ou seja, projeto. Claro que isso é consequência de outros fatores...

O Immetro normalmente faz um bom trabalho, quem precisa fazer algum trabalho é o CREA.  :mad:

@ViniX, obtive este resultado para os chuveiros da seguinte forma. Listei todos os modelos que apresentavam as duas opções em tensão. Subtraí os resultados para consumo médio, que é o que está disponível na tabela do Inmetro. Em média, os chuveiros em 110V foram 0,8% mais eficientes. A questão é que este resultado NÃO é significativo. Espera-se que os fabricantes procurem projetar modelos em que suas opções em tensões diferentes tenham eficiências/consumos parecidos, mas eles não são obrigados a garantir que sejam iguais. Isso leva a uma variação que responde, a meu ver, tanto pelo valor para os refrigeradores quanto para os chuveiros. 

Não há motivos físicos para que os equipamentos sejam mais eficientes por utilizar uma tensão maior. Esta é minha conclusão. Quando isso acontece, as razões são construtivas. Por exemplo, com relação as fontes de computador. Em geral elas são mais eficientes em 220V, apenas por serem construídas pare serem bivolt. Por causa disso, as duas tensões compartilham um mesmo trafo, sendo que uma porção das espiras deste fica desconectado quando ela opera em 110V. Apesar de desconectada, esta porção interfere na eficiência do trafo. Acredito que isso explique a menor eficiência das fontes em 110V.

Seria legal de ver um experimento que medisse a eficiência do trafo das fontes, como tentativa de localizar o local das perdas em 110V, Deixo como sugestão para a equipe do CdH.

 

Abraço!

 

 

 

 

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meus centavos:

 

CONCORDO plenamente com a ideia do chanfro , eu tinha pensado a mesma coisa. 

 

Moro no Paraná, onde o padrão é 127V/60Hz para residências, com disponibilidade também para 220V.

 

Em minha casa, o sistema é 220V para chuveiros, e uma tomada para o jardim 220V. Máquina de lavar é 220V e forno elétrico idem.

Demais tomadas são "110V".

 

Mesmo identificado como 220V ou pintado de vermelho, já foram queimados 3 equipamentos (radinho da diarista, etc..), já é um problema de cultura. E nem todos equipamentos são bivolt automático, o que piora a coisa.

 

Outra coisa, utilizo tomadas de 10A e de 20A. Neste padrão é possível plugar o macho 10A em tomadas de 20A. Até ai tudo bem. Porém, como o fêmea 20A é um pouco maior, não dá a pressão necessária para o perfeito contato, já escutei faiscas de mal contato e vi pinos corroidos.

 

O chuveiros fabricados para 220V duram 3 vezes mais que os chuveiros feitos para 110V. Constatei isso, pois para a mesma potência de 5000W, de um mesmo fabricante, os chuveiros de 110V mostram fios parcialmente derretidos depois de um tempo de uso da marca A. E o da marca B, que detonou os contatos na membrana. 

Passei o sistema para 220V e comprei o chuveiro da marca A para 220V e fazem mais de 5 anos que não precisei dar manutenção neles.

 

Acima de 1000W, todo aparelho já deveria ser 220V, por segurança. Os aparelhos aquecem menos e há menos problemas de derretimento.

 

Se fosse somente o problema de dimensionar cabos, saibam que quase impossível comprar cabos elétrico com qualidade e normatizados. Hoje eu compro cabo de seção 16mm², pego o paquímetro, meço, faço a conta da área, e voy a lá, fabricante espertinho esticou o cabo para 14 mm, 12mm.

 

Isso acreditando que o cobre vem PURO. E já peguei cabo que mesmo limpando com ácido, ele fica vermelho indo para o carvão, em vez de ficar amarelinho brilhante ouro. Ou seja, esses cabos derretem.

 

O aparelho mais perigoso que tem na minha casa é o secador de cabelo. Derrete tomadas, derrete cabo, pode cair na banheira, crianças, etc. 

 

Antes que me perguntem, esquece esse troço de economia ou de chuveiro de 220V gasta menos que 110V. Se eu consumi 5000W durante 7 minutos em 110V ou em 220V, a concessária vai me cobrar o mesmo consumo.

 

É claro que um chuveiro 110V faiscando e derretendo cabo vai consumir um pouuuuquinho  mais, imperceptível para usuário comum.

 

Eu estou triste que esse novo padrão, que foi uma ótima ideia em termos de segurança, mas sinto que a liberação desse padrão foi imatura, não testada completamente. O problema de ligar inadvertidamente aparelhos 110V em tomadas 220V resolvi colocando o antigo sistema de tomada em Y de 20A, para a tomada do jardim de 220V. Uma das melhores tomadas que já vi. Só faltou segurança nela. As tomadas Schuck da Alemanha são melhores.


Como tinha citado, nesse exemplo, os motores seriam os maiores afetados pela mudança de frequência (os relógios "modernos" dispensaram de a muito o uso do compasso da frequência da rede elétrica. Os relógios de hoje usam o cristal de quartzo que, em essência é muito barato,  e muito mais preciso). Isso é fato! Mas e outros aparelhos que não usam motores que são regulados pela frequencia da rede elétrica? Um radio, uma TV mais antiga, um microondas, etc...? Os aparelhos "mais recentes" com modernas fontes chaveadas são projetadas para funcionar em a gama de tensões bem "flexível" (frequentemente de 90~100V a 240V) assim como em frequências de 50Hz ou 60Hz (já que todas elas convertem o AC em DC logo que a energia passa pelos filtros "primários"...). Essas fontes sequer tomariam conhecimento dessas diferenças.

 

 

 

 

Concordo plenamente com o que você disse. Minha maior dúvida é em relação à diferença de frequências e seus benefícios e problemas... Em que 60Hz é bom e ruim? E em 50Hz,  o que é bom e o que é ruim?  Qual tem uma relação melhor de "custo/benefício" 50Hz ou 60Hz? Que dispositivos, além dos motores que são regulados pela frequencia da rede, sofreriam com uma mudança de 60Hz para 50Hz? 

 

Desculpe tantas perguntas, mais você parece "dominar" o assunto. 

 

 

Abraços. 

 

Carvalho. 

 

99,9% da industria brasileira usa motores elétricos, e estes a 60Hz.

Mudar esse padrão para 50Hz, se não trocar o enrolamento desses motores, irão aquecem demasiadamente e trazer problemas. Além de ser um trabalho hercúleo tentar mudar o Brasil inteiro, interfere na velocidade dos motores, muda tudo por causa de 10Hz a troco de nada.

 

Transformadores e motores de 60Hz costumam ser 10% a 18% menores e menos volumosos que os de 50 Hz.

 

viajando na maionese, ..... Se pudesse aumentar a frequência para 120Hz, todas as fontes lineares, transformadores e motores elétricos seriam metade do tamanho de hoje, sem interferir na eficiência. Seriam mais baratos e poderiam usar materiais mais nobres para aquecem ainda menos.

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Olá

Muitos bons comentários aqui.

Eu troquei 90% das tomadas de minha casa. Eu achei que foi uma mudança muito boa pois era muito comum ver pinagem das tomadas antigas esquentando e até derretendo o conector.

Minha ressalva vai para o taamanho do pino. Eu uso tomadas de 20 amperes para 120v e tomadas de 10 amperes para 220v.

Assim o aparelho de 110v não tem como conectar na tomada de 220v-10 amperes e mesmo que consiga conectar um plug de um aparelho de 220v na tomada de 110v-20 amperes ele difícilmente vai queimar.

Outro ponto é que em 110v o aparelho puxa muito mais corrente. Logo um pino de 20 amperes resolve o problema. Coisa que é desnecessária em 220v

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Olá

Muitos bons comentários aqui.

Eu troquei 90% das tomadas de minha casa. Eu achei que foi uma mudança muito boa pois era muito comum ver pinagem das tomadas antigas esquentando e até derretendo o conector.

Minha ressalva vai para o taamanho do pino. Eu uso tomadas de 20 amperes para 120v e tomadas de 10 amperes para 220v.

Assim o aparelho de 110v não tem como conectar na tomada de 220v-10 amperes e mesmo que consiga conectar um plug de um aparelho de 220v na tomada de 110v-20 amperes ele difícilmente vai queimar.

Outro ponto é que em 110v o aparelho puxa muito mais corrente. Logo um pino de 20 amperes resolve o problema. Coisa que é desnecessária em 220v

@Suelen Basques

 

Muito interessante sua ideia.

 

Vejamos: se eu pegar um aparelho feito somente para tomadas 110V-10A e tentar conectar em uma tomada de 220V-10A, eu consigo visto que, dependendo do aparelho, ele vem com tomada para 10A a não ser que TODOS os aparelho de 110V venham com tomada plug de 20A, ou seja, com o diâmetro maior.

 

A solução mais segura, mas não eficaz, seria identificar as tomadas e por sua vez as tomadas dos aparelhos também.

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Li todos os comentários e estou acrescentando este por ficar preocupado com a segurança de alguns usuários por causa de RISCO DE INCÊNDIO  com instalações elétricas inadequadas. Espero poder ajudar a esclarecer e principalmente evitar incêndios. Gabriel acho a ideia dos chanfros excelente. Agora já há tantos plugs e tomadas com o novo padrão, mas vamos pensar como seria este chanfro. Já que se manteve duas tensões (127 e 220 V) e se permitiu ter tomadas sem terra, pelo menos que o novo padrão mantivesse a polarização que havia em plugs com pinos chatos (neutro mais largo que a fase). Esta polarização permitia pelo menos “aterrar” a carcaça de alguns eletrodomésticos/equipamentos no neutro. O chanfro que você propõe poderia ser usado também para polarização da tomada/plug.

Pena que o novo padrão não foi colocado em discussão pública de todos os prós e contras antes de ser implantado.

 

1.       RISCO DE INCÊNDIO  - O novo padrão de tomada  visa evitar, além da possibilidade de levar choque, que haja um aquecimento dos contatos como também dos FIOS que a alimentam para equipamentos que consumam mais do 10 A. Deveria haver uma alerta por parte do governo para este requisito importante. Se os fios não tiverem a bitola (diâmetro) adequado, eles irão sobreaquecer, a isolação plástica derreterá e os fios entrarão em curto. Ou seja, RISCO DE INCÊNDIO. Portanto, ao trocar tomada para 20A, é importante verificar se os fios estão conforme a seguir :

127 V – até 10 A – bitola do fio mínima 1,5 mm²

220V – até 20 A – bitola do fio mínima 2,5 mm²

 

Cabe ressaltar que dependendo da distância da tomada até o disjuntor de entrada, e dos dutos por onde o fio passa, pode ser necessário um fio com bitola maior. E se o cabeamento for aumentado, pode ser preciso alterar o disjuntor de proteção. Recomendado sempre consultar um eletricista de confiança.

Nas cidades onde a tensão principal é 220V, o que não há é neutro e portanto não há 127 V.

Nas cidades onde a tensão principal é 127 V, praticamente todas as residências possuem 127/220V, tanto é que os equipamentos de potencia maior (chuveiros, torneiras elétricas, aquecedores, aparelhos de ar condicionado) utilizam 220 V. A economia está na bitola do fio que se utiliza (quase metade). Os fios não são condutores perfeitos e portanto tem perdas proporcional à corrente. Considerando que muitos fabricantes,  pelo alto custo do cobre, incluem outros metais  na composição do fio conforme o Haundrich constatou, aumentando a resistência e portanto a perda e o aquecimento.

Mesmo utilizar um plug para tomada 10 A numa tomada 20 A é arriscado pois o contato não é bom, não haverá pressão suficiente, havendo sobreaquecimento, danos na tomada e perigo de incêndio.

A tomada de 20 A, além do diâmetro, tem uma área de contato maior com os pinos do plug, justamente para suportar uma corrente maior.

Como verificou o Haundrich, chuveiros de mesma potencia em 127 V queimam mais rápido do que chuveiros de 220 V justamente por causa da corrente ser bem maior e exigir uma resistência que suporte esta corrente maior.

Há 3 fórmulas que inter-relacionam potencia, tensão, corrente e resistência:

Potencia = Tensão X Corrente

Potencia = Tensão ²/ Resistencia

Potencia = Resistência X Corrente ²

               Por estas fórmulas dá para entender por que há motores elétricos de grande potencia que funcionam a trifásico 380 V. A corrente é bem menor e portanto a bitola dos fios dos enrolamentos serão bem menores.

               Há um equivoco quando se fala em choque em 220 V. Só se leva um choque de 220 V quando se entra em contato com os 2 fios da tomada 220V. Quando se encontra em apenas 1, o choque equivale a 127 V pois é de uma fase para o chão ou terra. Isto o padrão novo tem de vantagem (a única pelo visto) por ser rebaixada, não há como estar em contato com os pinos quando se insere o plug na tomada.

 

2.       Transmissão de alta tensão em tensão continua (CC ou DC) – embora haja o custo da conversão AC/CC/AC, este é muito inferior à perda de se transmitir em AC. Como a tensão é muito alta, se fosse em AC, na frequência de 60 Hz, haveria uma interferência com o solo, gerando potencia reativa, as correntes que fluiriam seriam bem maiores e portanto exigiriam condutores mais grossos e transmissores mais potentes. As linhas de transmissão se comportariam como indutores (bobinas). Há empresas que pagam um adicional na conta de energia elétrica por terem muitos motores (enrolamentos = indutores) e gerarem potencia reativa. Para não pagar, instalam capacitores variáveis para neutralizá-la.

E por que a tensão de transmissão é tão alta? Para que a corrente seja menor e portanto que o diâmetro dos cabos sejam menores.

 

3.       Mudança da frequência de 60 Hz para 50 Hz – a menos dos que equipamentos que possuem  fontes chaveadas multi-tensão e circuitos resistivos, todos os demais equipamentos (incluindo ai motores e transformadores AC) seriam influenciados com a diminuição de potencia em torno de 20%, por isso seria inviável. Se trocar todas as tomadas já é um custo, se ao invés de trocar o plug, se coloca adaptadores, imagine trocar todos os equipamentos?!

 

4.       Pino terra e polarização correta fase/neutro – houve alguns comentários sobre retirada do pino terra e há alguns cuidados que precisam ser tomados. Onde houver aterramento é recomendável utilizá-lo pois evita possibilidade de choque através da carcaça do aparelho como já foi dito. Por outro lado é preciso verificar a polarização da tomada quando esta for 127 V, principalmente numa rede de computadores. Há no-breaks que pifam somente com a inversão entre fase e neutro. Numa rede de computadores, havendo inversão ou falta de terra, os terras internos de dois computadores podem apresentar diferença de tensão de até 70 V. Ao conectar o cabo de rede de comunicação,  a interface de rede pode pifar e como ela hoje já vem na placa mãe...

Não sei por que razão o novo padrão foi definido com polaridade contrária ao do antigo em relação ao terra (provavelmente mais uma definição mal pensada). Olhando de frente a tomada antiga, com o terra para baixo, o neutro ficava à esquerda e a fase à direita. No padrão novo é ao contrário, o neutro fica à direita e a fase à esquerda. Isto levou até a fabricantes como Pial e Daneva a desenvolver adaptadores errados, que não atentaram para esta inversão.

Segue link onde se pode ver as polaridades e as diferenças entre os padrões antigo e novo.

http://www.blog.sinco.net/2010/11/nbr14136.html

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