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Teste da Fonte de Alimentação Cooler Master eXtreme Power Plus 550 W


     96.428 visualizações    Energia    30 comentários
Teste da Fonte de Alimentação Cooler Master eXtreme Power Plus 550 W
Produto Bomba

Introdução

Hoje nós daremos uma olhada na eXtreme Power Plus 550 W (RS-550-PCAR-E3) da Cooler Master, uma fonte relativamente fácil de ser encontrada no Brasil. Será que ela pode fornecer sua potência rotulada? Confira.

Nós já testamos os modelos de 400 W (RS-400-PCAR-A3)460 W (RS-460-PMSR-A3) e 500 W (RS-500-PCAR-A3) desta mesma série. Os modelos de 400 W e 500 W foram capazes de fornecer suas potências rotuladas, embora tenham apresentados níveis muito altos de oscilação e ruído em suas saídas. O modelo de 460 W não foi capaz de fornecer sua capacidade rotulada. Vejamos o que acontece com o modelo de 550 W.

Enquanto os outros membros da série eXtreme Power Plus são fabricados pela AcBel Polytech, esta fonte em particular é fabricada pela Seventeam, assim como os membros de uma série mais antiga chamada eXtreme Power (sem o “Plus”). Nós suspeitamos que a nomenclatura “A3” no final do número de série indica que a fonte é fabricada pela AcBel Polytech, enquanto que a nomenclatura “E3” indica que a fonte é fabricada pela Seventeam.

A propósito, assim como os outros membros desta série, a fonte testada tem a fantástica declaração “As sealed stick was removed, lost or damaged, it shall be out of warranty validity” (“Como etiqueta selada foi removida, perdida ou danificada, ela deverá estar fora de validade de garantia”) na etiqueta da fonte de alimentação. Quando é que os fabricantes chineses vão parar de usar tradutores on-line e contratar alguém que fale inglês para escrever suas etiquetas?

O interessante é que na etiqueta da fonte não há informação sobre sua potência máxima (o número “550” está impresso sem a letra “W”). Hum...

CM eXtreme Power Plus 550 W
Figura 1: Fonte de alimentação Cooler Master eXtreme Power Plus 550 W.

CM eXtreme Power Plus 550 W
Figura 2: Fonte de alimentação Cooler Master eXtreme Power Plus 550 W.

A Cooler Master eXtreme Power Plus 550 W mede 14 cm de profundidade. Ela tem uma ventoinha de 120 mm em sua parte inferior. A fonte não tem circuito PFC ativo, como você pode ver pela presença de uma chave 115 V/230 V na Figura 1, mas pelo menos ela é baseada em um projeto mais moderno do que a defasada topologia de meia-ponte, como veremos.

Esta fonte não tem sistema de cabeamento modular e apenas o cabo principal da placa-mãe tem proteção de nylon que sai de dentro da fonte. Todos os cabos utilizam fios 18 AWG, que é a bitola correta a ser usada e isso representa um avanço em relação aos outros modelos desta série, que utilizam fios mais finos de20 AWG. Os cabos inclusos são: 

  • Cabo principal da placa-mãe com um conector de 20/24 pinos (45 cm).
  • Um cabo com dois conectores ATX12V que juntos formam um conector EPS12V (54 cm).
  • Dois cabos com um conector de alimentação de seis/oito pinos cada para placas de vídeo (46 cm).
  • Dois cabos com três conectores de alimentação SATA cada (46 cm até o primeiro conector, 15 cm entre os conectores).
  • Um cabo com três conectores de alimentação para periféricos e um conector de alimentação para a unidade de disquete (46 cm até o primeiro conector, 15 cm entre os conectores).

Esta configuração é compatível com uma fonte de alimentação de 550 W e representa um avanço em relação ao modelo de 500 W, com mais conectores (especialmente um segundo conector para placas de vídeo) e maior distância entre os conectores.

CM eXtreme Power Plus 550 W
Figura 3: Cabos.

Vamos agora dar uma olhada no interior desta fonte de alimentação.


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Comentários de usuários

Respostas recomendadas



Claro que nem todas as fontes são obrigadas a ter muito mais potência nos 12V do que no restante. Cada um pode fabricar e comercializar fontes com o projeto que quiser.

O problema é que o mercado está cheio de fontes com projetos obsoletos, de altas correntes em 3,3 e 5,0V e que não são boas escolhas na hora de comprar, visto principalmente que boa parte dessas fontes pré-históricas costumam ter preço igual ou superior a fontes muito melhores e modernas. E muita gente leiga compra fontes inadequadas como essas para configurações modernas. Portanto é uma questão de preferência do consumidor na hora de comprar.

Por outro lado, se eu tiver um micro antigo em casa, que consuma pouco nos 12V, eu gostaria de encontrar uma fonte no mercado capaz de alimentá-lo bem. Enfim, é preciso fazer com que o consumidor saiba que cada caso é um caso, e como você disse e eu complemento, cada Fonte x Sistema é diferente e precisa ser analisado afim de encontrar a melhor maneira de equilibrar as coisas.

Quanto ao teste, realmente não se pode dizer que uma fonte é "Produto Bomba" só por não ter aproximadamente 90% da potência assentada em 12V. E aqui falta uma diversificação nos selos atribuídos por parte do Clube do Hardware às fontes testadas. Poderia ter um selo de "Produto não Recomendado", em vista de que a esmagadora maioria das configurações são do tipo que consome muito mais nos 12V, e este se enquadraria bem para a fonte citada neste tópico. O Gabriel já ouviu várias sugestões desse tipo, talvez ele esteja neste momento estudando a melhor opção para melhorar isso no site.

RooT,

Entendo e concordo com a tua visão sobre a importância e aplicabilidade dos testes, inclusive eu já havia expressado isso em 27/10.

Foi com intuito de contribuição que trouxe minhas considerações.

Muito se fala em metodologia do teste, mas se formos ler no CDH percebe-se que ficou muito limitada à descrição dos equipamentos e os testes possíveis de serem feitos.

Faltou definir normas de conduta. Ao ler diversos testes percebe-se que há uma preocupação de seguir um roteiro pré-estabelecido, mas há escorregões, e um destes eu citei aqui.

Apenas para citar, em um teste de outra fonte já percebi outro erro, que já comentei via forum no tópico dedicado. Neste caso uma fonte que no teste de carga apresentou ruído acima do padrã ATX foi subtmetida ao teste de sobrecarga. Como o teste de sobrecarga deve parar no momento em que o padrão não é mais atendido, então o teste de sobrecarga nem deveria ter começado. E por incrível que pareça a fonte foi elogiada na capacidade que aguentar carga maior do que a especificada.

Quanto a rótulos, sempre são perigosos, realmente é assunto para ser muito bem pensado, principalmente quando seu título é tão pejorativo como 'Produto Bomba'.

Então fica a minha sugestão, um método mais bem definido, com normas de conduta, e aplicação rígida destas.

Gui2, no meu post eu citei ''~90% (ou até mais)''.

Agora, se o GT fizesse o teste respeitando o rótulo, ele iria puxar 207W das linhas +3,3V e +5V e 384W na linha +12V, isso lembrando que um PC parrudo consome algo em torno de 40W das linhas +3,3V, +5V, +5VSB e -12V. Ou seja, quem comprar essa fonte, não poderá instalar a mesma em um PC que consome 550W, já que o PC iria puxar mais de 500W da linha +12V, e a fonte provavelmente iria explodir por conta disso.

De qualquer forma, cada um tem um ponto de vista...

Reafirmando, minhas considerações não foram em defesa da fonte, mas em crítica ao teste que não respeitou a distribuição de potências da fonte.

O teste deveria ter respeitado o limite em 12V, e o aplicador do teste deveria ter advertido da situação particular desta fonte de não ter uma distribuição desejável para os micro de hoje em dia.

E, ao respeitar o limite a condução do teste teria se dado de forma bem diferente, provavelmente teria seguido as fases passado a um teste de sobrecarga.

Ao final poderia até ter mantido o mesmo rótulo de Produto Bomba, porém seus argumentos seriam mais reais. E também deixaria de levantar dúvidas por leitores mais atentos.

Não estou havaliando esta fonte pois não tenho um exemplar muito menos os equipamentos necessários.

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Apenas para citar, em um teste de outra fonte já percebi outro erro, que já comentei via forum no tópico dedicado. Neste caso uma fonte que no teste de carga apresentou ruído acima do padrã ATX foi subtmetida ao teste de sobrecarga. Como o teste de sobrecarga deve parar no momento em que o padrão não é mais atendido, então o teste de sobrecarga nem deveria ter começado. E por incrível que pareça a fonte foi elogiada na capacidade que aguentar carga maior do que a especificada.

O objetivo do teste de sobrecarga é avaliar a reação da fonte com cargas acima do especificado no rótulo. Mesmo que alguma(s) linha(s) já esteja(m) sobrecarregada(s), acho válido continuar carregando a fonte para ver seu limite.

Em alguns testes de fontes, o Gabriel não continuou o carregamento (ou seja, não fazendo a sobrecarga) porque no último teste dentro das especificações do rótulo a fonte já estava com níveis de ruído acima das especificações ATX. Eu não sei porque em algumas fontes prosseguiu-se o carregamento e em outras não. Na minha opinião, deve-se continuar para ver o que acontece de mais grave com a fonte, se explodirá, ou apenas desligará, ou apresentará algum outro comportamento inesperado qualquer.

Se por exemplo a linha de 12V ultrapassar os 120mV permitidos, um hardware qualquer pode continuar funcionando normalmente e não necessariamente apresentará comportamento errático. Vemos vários casos de configurações sendo alimentadas por fontes genéricas, que operam com níveis de ripple acima do permitido o tempo todo, e esses computadores podem resistir por vários anos a esse estado energético. Porém, se uma fonte explodir, aí sim temos uma situação extremamente preocupante, onde é muito mais preferível evitá-la, e um teste de sobrecarga é extremamente válido aqui, mesmo que os níveis de ruído já estejam fora do permitido.

Abraço

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  • Administrador
O certo não seria respeitar as especificações, limitando a carga em 12V em 16A+16A e a partir daí incrementar as cargas em 3,3V e 5V para alcançar a potência rotulada?

E se dessa forma tivesse sido procedido o teste com aprovação, não terá sido um equívoco atribuir Produto Bomba a esta fonte pelo motivo alegado?

Em outras palavras, ao testar a fonte em incrementos de potência até a potência total rotulada sem observar as especifiações do fabricante, não houve o equívoco muito comum e tão denunciado no Clube do hardware de achar que potência total é "tudo" numa fonte?

Caro Gui2,

Existem várias maneiras de se olhar para esta questão. Algumas pessoas, como você, acham que a metodologia correta seria respeitar o que está escrito na etiqueta da fonte. Outras, como é o meu caso e o dos demais sites que testam fontes no mundo, acham que devemos manter uma metodologia uniforme para todas as fontes que testamos, a fim de termos resultados comparáveis. Além disso, devemos puxar mais corrente/potência de +12 V, já que é nessa saída que o processador e a placa de vídeo estão conectadas. Computadores modernos puxam mais de +12 V e quase nada de +5 V e +3,3 V.

Lembramos ainda que o que normalmente está escrito na etiqueta de fontes de baixo custo é completamente fantasioso, como é o caso desta fonte, então respeitar a etiqueta passa a não fazer sentido. Basta ver que o fabricante informa que esta fonte tem dois barramentos de +12 V enquanto que na verdade ela utiliza arquitetura de barramento único.

Abraços,

Gabriel Torres

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