Conclusões
Só uma palavra resume a Leadership Gamer Wireless. E começa com a letra “M”.
Para começo de conversa, a fonte testada está longe de ser uma fonte de 900 W. Ela é na realidade uma fonte de 350 W. Ou seja, menos da metade da potência rotulada.
O modelo de 900 W usa os mesmos componentes do que o modelo de 700 W, porém com a adição de um segundo retificador na saída de +12 V, dobrando a corrente máxima que esta saída pode fornecer. Se o modelo de 900 W é na verdade uma fonte de 350 W, não ousamos "chutar" quanto o modelo de 700 W poderia entregar.
Aí vem o preço. Esta fonte é muito cara para o que é. Pelo mesmo preço você compra uma fonte decente de marca conhecida que consegue não só fornecer a potência rotulada, mas com baixo nível de ruído e boa eficiência (a eficiência da Wireless até que não foi tão ruim se você puxar até 250 W dela).
O usuário desavisado certamente será iludido a pensar que esta é uma boa fonte pois concorre em preço com fontes mil vezes superiores e possui uma etiqueta dizendo que ela possui uma alta potência.
O problema é que mesmo se a Leadership vendesse essa fonte com a sua potência real (350 W) e baixasse o seu preço, ela continuaria sendo um péssimo produto. Se você puxar entre 100 W e 200 W dela os níveis de ruído em suas saídas estão muito acima do máximo admissível, em alguns casos 10x acima. Isso sobrecarregará os capacitores eletrolíticos dos seus componentes, especialmente da placa-mãe, podendo levar ao famoso problema de capacitores estufados ou vazados, fora erros intermitentes tais como travamentos, tela azul da morte, reset aleatório etc pela baixa qualidade das tensões que estão alimentando os componentes do micro. Detalhe importante para caso você não tenha pego a sutileza: a maioria dos computadores consome entre 100 W e 200 W!
Sem contar para o detalhe da caixa informando características que o produto não apresenta (seleção automática de tensão) e a logomarca do Inmetro, o que certamente pode levar consumidores a acharem que este produto foi testado e certificado por este sério órgão, o que não é verdade. Somente o cabo de força é certificado pelo Inmetro.
Em qualquer lugar do mundo o nome disso é trambicagem e em países sérios uma empresa dessas não sobreveria no mercado (tanto por causa de usuários negando-se a comprar este tipo de produto quanto a processos movidos por órgãos de defesa do consumidor para tirar este tipo de produto do mercado). Realmente não sabemos o que é mais triste: uma empresa que sobrevive no mercado enganando usuários ou usuários não procurando se informar e exigindo produtos de melhor qualidade e boicotando produtos como este.
Até quando teremos de aturar este tipo de coisa?
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