Análise do Secundário
Esta fonte de alimentação usa uma mistura entre projetos novos e obsoletos, o que significa que o fabricante em vez de criar um projeto novo do zero adaptou um projeto antigo.
A principal diferença entre esta fonte de alimentação e os modelos mais novos (e melhores) é como a potência está distribuída. Esta fonte de alimentação foi projetada quando a maior parte da potência extraída pelo computador se concentrava na linha de +5V e não na linha de +12 V como acontece atualmente. Nós podemos dizer isto porque ela usa um retificador com especificações mais baixas para a linha de +12V e um retificador com especificações mais altas para a linha de +5V.
O retificador de +12 V é conectado da mesma forma que fontes de alimentação antigas (projeto meia-ponte). A corrente máxima teórica neste projeto é dada pela soma simples da corrente máxima que cada diodo pode fornecer. Como a saída de +12V é produzida por um retificador Schottky MBR20100CT, que pode fornecer até 20 A (10 A por diodo interno a 133°C), a potência máxima teórica que a saída de +12 V pode entregar é de 240 W. A corrente máxima (e consequentemente a potência) que esta linha pode realmente fornecer dependerá de outros componentes. Como mencionado, esta saída suporta menos corrente/potência que o requerido para os padrões atuais.
A saída de +5 V é produzida por um retificador Schottky MBR4045PT, que suporta até 40 A (20 A por diodo interno a 125° C). A corrente máxima teórica que a linha de +5 V pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 – D), onde D é o ciclo de trabalho usado e I é a corrente máxima suportada pelo diodo responsável pela retificação (neste caso formado por um diodos de 20 A). Apenas como um exercício teórico podemos assumir um ciclo de carga de 30%. Isto nos daria uma corrente máxima teórica de 29 A [20 A / (1 - 0.30)] ou 143 W (5 V x 29 A). A corrente máxima que esta linha pode realmente fornecer depende dos demais componentes usados, em particular da bobina.
Aí temos como a linha +3,3V é produzida. Ela tem um retificador separado assim como todas as fontes de alimentação atuais, mas a tensão na saída deste retificador é +5 V, e portanto ele usa um regulador de tensão para diminuir estes +5 V para + 3,3 V. Isto é uma mistura entre um projeto novo e antigo. Fontes de alimentação ATX antigas geravam sua saída de +3,3 V usando um regulador de tensão conectado na saída de + 5V. Fontes de alimentação mais novas têm um retificador completamente separado. Portanto esta fonte de alimentação usa uma mistura entre essas duas abordagens.
A saída de +3,3 V é produzida por um retificador Schottky MBR3045PT, que suporta até 30 A (15 A por diodo interno a 105° C). Usando os mesmos cálculos apresentados acima, este retificador seria capaz de entregar até 21 A ou 71 W, em teoria. Como explicamos, a saída deste retificador é conectada a um circuito regulador de tensão de +3,3 V, controlado por um transistor de potência MOSFET IPP09N03LA, que é capaz de suportar até 50 A a 25°C ou 46 A a 100°C. Como em configurações como essa o componente com o menor limite de corrente é aquele que limita o circuito, em teoria a saída de +3,3 V desta fonte de alimentação pode fornecer até 21 A ou 71 W (se o ciclo de carga da forma de onda aplicada no diodo de retificação for realmente de 30%). Como explicamos o limite real depende de outros fatores.
Figura 13: Retificadores de +12 V, +5 V e +3.3 V.
Figura 14: Transistores de potência MOSFET usados no circuito regulador de +3,3 V.
O sensor térmico desta fonte de alimentação está localizado no dissipador de calor do secundário, como você pode ver na Figura 14. Este sensor é usado para controlar a velocidade de rotação da ventoinha de acordo com a temperatura interna da fonte.
Nesta fonte de alimentação os capacitores eletrolíticos grandes do dobrador de tensão são da Teapo (uma empresa taiuanesa) e rotulados a 85°C, enquanto que os capacitores eletrolíticos do secundário são da Teapo e da Su’scon (outra empresa taiuanesa) e rotulados a 105°C.
Respostas recomendadas