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Teste da Fonte de Alimentação Topower TOP-1100P10


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Teste da Fonte de Alimentação Topower TOP-1100P10

Análise do Secundário

Como mencionamos, esta fonte tem dois transformadores em vez de apenas um, como de costume. Eles são controlados pelo o mesmo circuito. No secundário, o primeiro transformador (T3) é o responsável pelas saídas de +5 V e +12 V e o segundo transformador (T4) é o responsável pelas saídas de +3,3 V e +12 V.

A saída de +12 V usa uma topologia síncrona parcial. O diodo retificador foi substituído por um transistor MOSFET de potência (também conhecido como “transistor de controle”) enquanto que um diodo de “giro livre” (“freewheeling”) continua sendo usado em vez de ter sido substituído por um transistor MOSFET de potência (também conhecido como “transistor síncrono”) como em um projeto realmente síncrono.

Cada transformador é conectado a um transistor MOSFET de potência IRFS3206, cada um capaz de suportar até 120 A a 25° C em modo contínuo ou até 840 A a 25° C em modo pulsante. Para o diodo de giro livre três retificadores Schottky S60SC6MT são usados, cada um capaz de suportar até 60 A a 110° C (30 A por diodo interno).

As saídas dos dois transistores estão conectadas juntas; portanto nesta fonte o uso de dois transformadores têm o mesmo efeito de como se esta fonte usasse apenas um transformador maior.

A corrente máxima teórica que a linha de +12 V pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 – D), onde D é o ciclo de trabalho usado pela seção de chaveamento e I é a corrente máxima suportada pelo diodo responsável pela retificação (neste caso, formado por dois diodos de 15 A em paralelo). Neste caso iremos fazer o cálculo usando os diodos de giro livre. Apenas como um exercício teórico podemos assumir um ciclo de carga de 30%. Isto nos daria uma corrente máxima teórica de 257 A ou 3.085 W para a saída de +12 V. Como você pode ver esta saída está altamente superdimensionada. A corrente máxima que esta linha pode realmente fornecer depende dos demais componentes usados, em particular da bobina.

A saída de +5 V é produzida por dois retificadores Schottky STPS60L45CW cada um capaz de suportar até 60 A (30 A por diodo interno) a 135° C. A corrente máxima teórica que a linha de +5 V pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 – D), onde D é o ciclo de trabalho usado pela seção de chaveamento e I é a corrente máxima suportada pelo diodo responsável pela retificação (neste caso, formado por dois diodos de 30 A em paralelo). Apenas como um exercício teórico podemos assumir um ciclo de carga de 30%. Isto nos daria uma corrente máxima teórica de 86 A ou 429 W para a saída de +5 V. A corrente máxima que esta linha pode realmente fornecer depende dos demais componentes usados, em particular da bobina.

A saída de +3,3 V é produzida por um retificador Schottky STPS60L30CW que é capaz de suportar até 60 A (30 A por diodo interno) a 130° C. A corrente máxima teórica que a linha de +3,3 V pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 – D), onde D é o ciclo de trabalho usado pela seção de chaveamento e I é a corrente máxima suportada pelo diodo responsável pela retificação (neste caso, formado por um diodos de 30 A). Apenas como um exercício teórico podemos assumir um ciclo de carga de 30%. Isto nos daria uma corrente máxima teórica de 43 A ou 141 W para a saída de +3,3 V. A corrente máxima que esta linha pode realmente fornecer depende dos demais componentes usados, em particular da bobina. É interessante notar como as linhas de +5 V e +3,3 V partem de transformadores diferentes, uma saída não limita a outra como normalmente acontece.

No dissipador de calor do secundário nós também encontramos o retificador para a saída de +5VSB (“standby”), um SB1040F. Este dispositivo pode suportar até 10 A a 100° C suportando 150 A de pico. Isto explica o limite de corrente maior que esta fonte tem para sua saída de +5VSB (6 A) se comparada com outros produtos (este é na verdade o maior limite que já vimos; a maioria das fontes de alimentação topo de linha podem fornecer até 3 A ou 3,5 A na saída de +5VSB, com a Corsair HX1000W sendo capaz de suportar 4 A). Apesar de esta fonte claramente usar um componente superdimensionado aqui, nós tivemos problema ao extrair 6 A da saída de +5VSB, como explicaremos em detalhes depois.

Topower TOP-1100P10
Figura 14: Diodo de +5VSB, transistor de +12 V, retificadores de +12 V e retificador de +5 V.

Topower TOP-1100P10
Figura 15: Retificador de +5 V, retificador de +3,3 V, retificador de +12 V e transistor de +12 V.

Em vez de ser monitorado por um circuito integrado de monitoramento já disponível, este fabricante decidiu monitorar as saídas usando uma solução discreta baseada em um circuito integrado LM339 localizado em uma pequena placa de circuito impresso. Nós não devemos esquecer de que esta fonte tem um circuito de monitoramento separado para a função ESA, que é baseado em um microcontrolador 8051 (C8051F320 para sermos mais exatos).

Se você prestar atenção nas Figuras 14 e 15 verá que esta fonte tem três sensores de temperatura. Dois são conectados no circuito ESA enquanto que o terceiro é usado para controlar a velocidade de rotação da ventoinha de acordo com a temperatura da fonte.

Os capacitores eletrolíticos do secundário são da Hermei e Samson, duas empresas taiuanesas, e rotulados a 105° C.


Comentários de usuários

Respostas recomendadas

Pra dizer a real queria saber que tipo de máquina usaria uma dessas, uma com tri sli de gtx 295 ? ou uma com crossfire de ATI 4870X2 ?

3-way SLI de GTX 295 não existe (pelo menos, por enquanto :P).

GTX 295 é uma placa dual GPU. O certo seria um Quad SLI (2x GTX 295).

Ou de gente que quer ter um PC bom (não um monstro) e ter eficiência alta quando ele estiver em carga máxima..

A minha conclusão é, praticamente, uma soma da de vocês.

Eu acho que quem compra essa fonte deve usar, no mínimo, uma CPU top com um bom overclock mais um SLI de GTX 295 ou CrossFireX de Radeon HD4870 X2 (como citou o sambaquy) e ainda ter uma boa eficiência em plena carga.

Mas eu ainda to para ver uma configuração puxar mais de 800W.

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Se o problema com a saída de +5VSB não lhe incomoda (e honestamente você não deveria se preocupar com isso) e você não se importa em ter um produto barulhento, os modelos de fontes de alimentação baseados neste projeto tais como a Tagan ITZ1100 são boas opções na faixa de 1.100 W, especialmente porque este modelo da Tagan pode ser encontrado com um excelente preço nos EUA, US$ 180.

Como não? Hoje em dia todas as placas mãe usam o +5VSB para fornecer a tensão de +5V às portas USB e não é incomum ter vários dispositivos de alto consumo conectados a elas.

Tenho visto ultimamente umas 8 portas no espelho traseiro de algumas placas para entusiastas e somente o consumo de 6 portas usadas intensamente com a máxima corrente suportada pelo USB (500mA) já seria o suficiente para ter uma instabilidade e possivelmente o computador nem sequer ligar pois o +5VSB é o responsável pelo circuito de partida.

Tirando o USB, as portas PS/2 (mouse e teclado), sistemas Wake (como Wake LAN) utilizam o +5VSB.

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