Análise do Secundário
Como mencionamos, esta fonte tem dois transformadores em vez de apenas um, como de costume. Eles são controlados pelo o mesmo circuito. No secundário, o primeiro transformador (T3) é o responsável pelas saídas de +5 V e +12 V e o segundo transformador (T4) é o responsável pelas saídas de +3,3 V e +12 V.
A saída de +12 V usa uma topologia síncrona parcial. O diodo retificador foi substituído por um transistor MOSFET de potência (também conhecido como “transistor de controle”) enquanto que um diodo de “giro livre” (“freewheeling”) continua sendo usado em vez de ter sido substituído por um transistor MOSFET de potência (também conhecido como “transistor síncrono”) como em um projeto realmente síncrono.
Cada transformador é conectado a um transistor MOSFET de potência IRFS3206, cada um capaz de suportar até 120 A a 25° C em modo contínuo ou até 840 A a 25° C em modo pulsante. Para o diodo de giro livre três retificadores Schottky S60SC6MT são usados, cada um capaz de suportar até 60 A a 110° C (30 A por diodo interno).
As saídas dos dois transistores estão conectadas juntas; portanto nesta fonte o uso de dois transformadores têm o mesmo efeito de como se esta fonte usasse apenas um transformador maior.
A corrente máxima teórica que a linha de +12 V pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 – D), onde D é o ciclo de trabalho usado pela seção de chaveamento e I é a corrente máxima suportada pelo diodo responsável pela retificação (neste caso, formado por dois diodos de 15 A em paralelo). Neste caso iremos fazer o cálculo usando os diodos de giro livre. Apenas como um exercício teórico podemos assumir um ciclo de carga de 30%. Isto nos daria uma corrente máxima teórica de 257 A ou 3.085 W para a saída de +12 V. Como você pode ver esta saída está altamente superdimensionada. A corrente máxima que esta linha pode realmente fornecer depende dos demais componentes usados, em particular da bobina.
A saída de +5 V é produzida por dois retificadores Schottky STPS60L45CW cada um capaz de suportar até 60 A (30 A por diodo interno) a 135° C. A corrente máxima teórica que a linha de +5 V pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 – D), onde D é o ciclo de trabalho usado pela seção de chaveamento e I é a corrente máxima suportada pelo diodo responsável pela retificação (neste caso, formado por dois diodos de 30 A em paralelo). Apenas como um exercício teórico podemos assumir um ciclo de carga de 30%. Isto nos daria uma corrente máxima teórica de 86 A ou 429 W para a saída de +5 V. A corrente máxima que esta linha pode realmente fornecer depende dos demais componentes usados, em particular da bobina.
A saída de +3,3 V é produzida por um retificador Schottky STPS60L30CW que é capaz de suportar até 60 A (30 A por diodo interno) a 130° C. A corrente máxima teórica que a linha de +3,3 V pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 – D), onde D é o ciclo de trabalho usado pela seção de chaveamento e I é a corrente máxima suportada pelo diodo responsável pela retificação (neste caso, formado por um diodos de 30 A). Apenas como um exercício teórico podemos assumir um ciclo de carga de 30%. Isto nos daria uma corrente máxima teórica de 43 A ou 141 W para a saída de +3,3 V. A corrente máxima que esta linha pode realmente fornecer depende dos demais componentes usados, em particular da bobina. É interessante notar como as linhas de +5 V e +3,3 V partem de transformadores diferentes, uma saída não limita a outra como normalmente acontece.
No dissipador de calor do secundário nós também encontramos o retificador para a saída de +5VSB (“standby”), um SB1040F. Este dispositivo pode suportar até 10 A a 100° C suportando 150 A de pico. Isto explica o limite de corrente maior que esta fonte tem para sua saída de +5VSB (6 A) se comparada com outros produtos (este é na verdade o maior limite que já vimos; a maioria das fontes de alimentação topo de linha podem fornecer até 3 A ou 3,5 A na saída de +5VSB, com a Corsair HX1000W sendo capaz de suportar 4 A). Apesar de esta fonte claramente usar um componente superdimensionado aqui, nós tivemos problema ao extrair 6 A da saída de +5VSB, como explicaremos em detalhes depois.
Figura 14: Diodo de +5VSB, transistor de +12 V, retificadores de +12 V e retificador de +5 V.
Figura 15: Retificador de +5 V, retificador de +3,3 V, retificador de +12 V e transistor de +12 V.
Em vez de ser monitorado por um circuito integrado de monitoramento já disponível, este fabricante decidiu monitorar as saídas usando uma solução discreta baseada em um circuito integrado LM339 localizado em uma pequena placa de circuito impresso. Nós não devemos esquecer de que esta fonte tem um circuito de monitoramento separado para a função ESA, que é baseado em um microcontrolador 8051 (C8051F320 para sermos mais exatos).
Se você prestar atenção nas Figuras 14 e 15 verá que esta fonte tem três sensores de temperatura. Dois são conectados no circuito ESA enquanto que o terceiro é usado para controlar a velocidade de rotação da ventoinha de acordo com a temperatura da fonte.
Os capacitores eletrolíticos do secundário são da Hermei e Samson, duas empresas taiuanesas, e rotulados a 105° C.
Respostas recomendadas