Instalando e Calibrando o NIA
Instalar o NIA é simples, pois basta plugá-lo a uma porta USB 2.0 disponível e ajustar a faixa na cabeça. Mas a simplicidade parou por aí: é preciso calibrar o aparelho através do software da OCZ para entender oito diferentes sinais enviados pela mente e corpo do usuário. O NIA capta sinais da tensão dos músculos da face, do movimento lateral dos olhos e, finalmente, do cérebro (três sinais de ondas alfa e outros três para ondas beta). A partir daí, basta associar esses sinais e reações a comandos de jogos. Mas não imagine que basta pensar “correr” ou “atirar” para o NIA funcionar: na verdade, ele sente os impulsos elétricos por trás de reações que você grava em seu aplicativo, como, por exemplo, trincar o maxilar para abaixar seu personagem na tela do jogo.
Tudo é feito por um programa tutorial que guia o usuário através de uma assistente virtual. Ele é bastante abrangente e complexo, o que pode assustar o marinheiro de primeira viagem ou decepcionar quem quer logo pôr o brinquedo novo em ação. O primeiro passo é a calibração, que deve ser feita sempre que o NIA for ser usado, para garantir a perfeição do sinal recebido da mente do usuário. Basta relaxar o rosto e olhar para a imagem de um giroscópio por um minuto.
Figura 4: Calibração pelo giroscópio.
Uma vez calibrado, é hora de conhecer o conceito dos “brainfingers” – na verdade, uma metáfora da OCZ para o controle que pode ser exercido pelas ondas alfa e beta do cérebro, como se fossem dedos em uma marionete. A tela dos Brainfingers mede o alcance dessas ondas. Depois, basta praticar seu poder mental em uma partida de Pong (o velho e jurássico telejogo).
Figura 5: Os brainfingers.
Dominado o controle sobre o NIA, o usuário tem que selecionar eventos como clicar o botão esquerdo do mouse ou acionar a barra de espaço e relacioná-los a atitudes como, por exemplo, relaxar o rosto para seu personagem andar para trás, ou franzir o cenho para ele correr. É o conceito de joystick facial. Apesar de termos resumido a experiência, essa parte é bem complexa e não exatamente bem documentada no manual da OCZ. Fomos com a cara e a coragem, errando e testando, ou simplesmente apelando para uma configuração básica dentre os perfis oferecidos pelo programa (tem para jogos como Half-Life 2, Gears of Wars e uma opção genérica WASD). Afinal, não dá para usar um dispositivo neural com a dor de cabeça de uma configuração complexa...
Figura 6: Seleção de eventos.
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