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Cobertura do NAIAS 2013 (Salão do Automóvel de Detroit)


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Cobertura do NAIAS 2013 (Salão do Automóvel de Detroit)

O Simulador Virttex

Quando visitamos a sede da Ford, em Detroit, fomos apresentados ao Virttex, um domo de 7 metros de diâmetro ligado a um complexo sistema hidráulico para reproduzir fielmente a experiência de direção. O domo tem um fundo falso para troca de veículos, de maneira que a montadora possa utilizá-lo com vários modelos. Só há outro aparelho similar nos EUA, bancado pelo governo, que se encontra na Universidade de Iowa. Ao contrário do modestos 300 mil dólares do ST Simulator, aqui o preço é mais salgado: sete milhões de dólares.

Naias 2013
Figura 4: O Virttex

Contudo, o objetivo do simulador não é brincar, nem aguçar a vontade do consumidor. No Virttex, são conduzidos estudos de segurança que analisam vários cenários de direção, como o motorista distraído ao celular ou sonado após dirigir por várias horas. Uma imagem de 45 megapixels é projetada no domo, e câmeras e sensores registram a atitude e o tempo de resposta de vários condutores, de adolescentes que mal tiraram a habilitação (nos EUA é permitido dirigir desde os 16 anos de idade) a motoristas idosos.

Naias 2013
Figura 5: Ao volante, dentro do Virttex

No teste que presenciamos, uma condutora precisava ler um texto em um tablet ao lado do volante, como se recebesse uma mensagem de texto no celular. Neste mesmo momento, o carro era fechado na pista da direita por um ônibus. O objetivo era medir a reação da motorista. A equipe já realizou experiências mais complexas, como colocar ao volante um condutor que estava sem dormir há um dia (uma pulseira eletrônica garantiu que o sujeito veio, de fato, sonado para o teste) e fazê-lo dirigir por três horas durante a simulação de uma viagem por uma estrada à noite.

Naias 2013
Figura 6: O carro dentro do domo

O Virttex serve para testar novos mecanismos de alerta e detecção de desvio de rota que estão sendo colocados nos novos carros da Ford ou se encontram na fase de protótipo. Uma das tecnologias acompanha o movimento da retina do condutor; outro mede a variação de movimento do eixo para ver se o carro não está costurando na pista, sob o (des)controle de um motorista prestes a cochilar. A grande questão, segundo um engenheiro da Ford, era como alertar o condutor de maneira que o aviso seja ao mesmo tempo eficiente e sutil, para não constrangê-lo diante dos eventuais passageiros. É a segurança veicular preocupada não somente com o bem-estar do motorista, como também em evitar magoar seus sentimentos.

O jornalista viajou a convite da Ford. Agradecimentos aos colegas Juan Lourenço, Márcio Cimatti e William Marchiori pelo compartilhamento de fotos e registro do jornalista em ação.


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