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Mídias CD-R


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Mídias CD-R

A constituição do CD (continuação)

Na Figura 1 você pode observar o esquema de camadas em um CD. A cabeça de leitura do drive está na figura apenas para demonstrar qual é a face de leitura.

Mídias CD-R
Figura 1: Esquema de básico camadas em um CD-R.

A camada de adesivo ilustrada na Figura 1, nos CDs mais baratos pode simplesmente não existir, o que faz com que tanto a camada de gravação quanto a camada metálica possam ser arrancadas quando cola-se e retira-se uma etiqueta do CD. Desconfie de CDs que tenham o lado contrário ao da gravação muito brilhosas nas cores prata e ouro. Os grandes fabricantes de CD fazem questão de inserir camadas adesivas em seus CDs com suas propagandas, nome e informações sobre o CD. Um arranhão nessa superfície quando ela não está protegida por um adesivo qualquer é inúmeras vezes pior do que um arranhão na face de leitura.

O primeiro CD gravável foi produzido para a Mitsui, pela Taiyo Yuden, que desenvolveu uma liga de ouro com cianino resultando na coloração esverdeada. O processo que produz os CDs dourados a base de ouro e fitohalocianino foi desenvolvido pela Toatsu Chemicals. Já a Verbatim desenvolveu a mídia azulada, composta por ligas de prata e uma camada de cianino. Os CDs prateados - que só chegaram ao mercado em 1998 - foram inventados pela Ricoh e trata-se de uma camada de ouro sobre um "advanced" fitohalocianino. Isso explicaria a coloração prateada do CD apesar de uma base reflexiva de ouro. Outros fabricantes que entraram posteriormente no mercado começaram a produzir mídias prata com o fitohalocianino convencional, mas acrescentando concentrações mais altas de alumínio à liga reflexiva. São os CDs prata/esverdeada, mais baratos do que os irmãos com a tecnologia da Ricoh.

Existem dois motivos básicos para essa riqueza de mídias encontradas no mercado. O primeiro motivo é que como cada um destes compostos é um composto comercial, nenhuma empresa que deseje produzir CDs pode usar livremente a tecnologia de outra sem pagar nada. Parece ser lógico acreditar que nenhuma empresa vai querer vender sua tecnologia para uma concorrente, por mais que isso custe. Assim, se uma nova empresa deseja produzir CDs tem que criar suas novas ligas e camadas, apesar de todas serem baseadas em conceitos fundamentais que permitem generalizar o cianino e o fitohalocianino para todas.

Alguns CDs, como o "Infoguard" da Kodak possuem ainda camadas extra que têm unicamente a função de aumentar a vida útil do CD. Essas camadas são basicamente sistemas que protegem contra arranhões e alguns que permitem arranhões até determinada profundidade. Hoje em dia quase todas as mídias (exceto as extremamente baratas) possuem sistemas como este, não necessariamente com a mesma tecnologia, mas com intuito semelhante.

Já os CDs-RW possuem uma composição completamente diferente, excetuando-se a camada plástica. Em substituição ao composto de cianino e à liga metálica reflexiva é colocado uma espécie de cristal que torna-se opaco ou translúcido de acordo com o comprimento de onda que o atravessa. Esses CDs refletem apenas 30% do raio incidente, o que impossibilita que eles sejam lidos em qualquer drive de CD (os CDs convencionais refletem de 70% a 80% do raio incidente). A leitura dos CD-RW só é possível em drives que possuam um circuito denominado AGC, ou em português, Controle Automático de Ganho, que compensa esta "má reflexão". Os fabricantes nunca emitiram uma nota sequer comentando a composição destes CDs e qualquer coisa que você encontre sobre esse material especial de gravação é mera especulação.


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