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A prostituição do mercado brasileiro de informática


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A prostituição do mercado brasileiro de informática

É sabido que a qualidade e o profissionalismo na prestação de serviços no Brasil ainda tem muito o que melhorar. No mercado de informática, isso fica patente. E o problema é que muitos técnicos só contribuem para que esse mercado fique cada vez pior. Entenda.

Quando eu comecei a trabalhar com manutenção de computadores, na década de 1980, a realidade do mercado era completamente diferente. Para trabalhar nessa área, o técnico precisava necessariamente ser um técnico em eletrônica, pois a manutenção envolvia a troca de componentes eletrônicos. O técnico precisava investir e reinvestir em educação, como estudar inglês (para poder ler documentos técnicos, livros e manuais), para manter-se atualizado. O técnico preocupava-se em desenvolver uma carreira profissional. Ele entendia que não poderia cobrar pouco, pois havia o gasto de sua educação e de manter-se atualizado.

Porém, à medida que a manutenção de peças passou a não necessitar mais de conhecimentos muito aprofundados de eletrônica (a placa-mãe queimou, é só trocá-la) e com o surgimento da Internet, surgiu um novo tipo de “profissional” no mercado: o curioso que acha que é técnico.

O problema deste tipo de camarada é que ele destrói o mercado colocando os famosos anúncios do tipo “conserto computador, tiro vírus, troco lâmpada, calibro o pneu e ainda levo o seu cachorro para passear por apenas R$ 10”. E só resta aos técnicos “de verdade”, aqueles que estudam e cuja prioridade número um é o profissionalismo, arrancar os cabelos.

A mentalidade desses técnicos que cobram muito baixo é que eles precisam ganhar clientes e, como há uma concorrência muito grande, precisam cobrar menos que os concorrentes. Só que isso tende a disparar uma queda de preços que prejudica todos os técnicos, inclusive eles mesmos, no futuro. Afinal, quando eles se tocam que o valor cobrado mal paga a passagem para ir ao cliente, já é tarde demais: o mercado já está totalmente prostituído e não há como voltar atrás.

Nós sempre achamos esse tipo de mentalidade completamente equivocada. É verdade que há cada vez mais técnicos no mercado. No entanto, também é verdade que há cada vez mais computadores no mercado e, consequentemente, há cada vez mais demanda por técnicos.

Por motivos culturais e educacionais, falta a mentalidade do corporativismo na profissão. O que isso quer dizer: vamos proteger o mercado para que ele fique bom para todos. Em vez de tentar ferrar os colegas jogando seus preços lá para baixo, que tal deixar os valores em níveis justos, para que todos ganhem? Se você é técnico “de verdade”, sabe bem o que queremos dizer. Quantas vezes você já escutou algo como “R$ 100 para consertar esta besteirinha? Mas tem o amigo do primo do cunhado do filho do padeiro que disse que faria por R$ 25!”.

Com preços lá embaixo, o prestígio da profissão foi para o ralo. Cansamos de ver gente reclamando do preço cobrado por técnicos em manutenção de computadores, mas que não hesitam em pagar mais para um semianalfabeto que se diz eletricista consertar algo em casa.

Como o conserto de computadores hoje em dia é algo que não exige trabalho físico, como quebrar uma parede, muitos clientes acham que é um trabalho mais “fácil”.

É nosso papel educar o mercado. Explicar aos clientes que consertar um computador parece “fácil”, mas requer estudo e custo com educação (mesmo que não seja educação formal dentro de sala de aula, você gasta com livros, revistas e também o seu tempo lendo artigos e participando de fóruns na Internet; não se esqueça de que tempo é dinheiro).

É como a história da máquina de fazer cadernos. Um empresário tinha uma máquina de fazer cadernos. Bastava alimentar a máquina com papel, apertar um botão e cadernos prontos saíam do outro lado. Aí um dia a máquina quebrou e o empresário chamou o técnico. O técnico foi lá, apertou o botão, colocou o ouvido na máquina, abriu um estojo que levou consigo, tirou um martelinho, bateu com o martelinho na máquina e pronto! A máquina estava funcionando novamente. O técnico cobra então R$ 1.000. O empresário grita “Mil reais por uma martelada? Que absurdo!”. Ao que o técnico responde: “Não. A martelada custou apenas um real. Eu cobrei R$ 999 para saber qual martelo usar, onde martelar e em que ângulo!”.

A única solução possível é a sensibilização dos técnicos, objetivo que pretendemos ao menos colocar em discussão com este editorial. Sabemos que não será possível mudar o cenário do mercado brasileiro por completo, mas esperamos ter ajudado com a nossa opinião.

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Comentários de usuários

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Revoltante, comigo ja aconteceu assim, dei meu preço para fazer o serviço de reinstalação do S.O. e programas, e a pessoa achou caro e decidiu fazer com outro, que tem um primo q conhece um cara q estudou com um cidadão... enfim.

Acabou voltando pra eu resolver um problema de má instalação e configuração em seu computador e pagou duas vezes.

Enfim, infelizmente isso é algo que saiu do nosso controle, hj em dia "qualquer um" pode se entitular "técnico". Na minha opnição deveria existir uma espécie de Sindicado dos Técnicos, mas não um com o intuito de arrancar grana nossa, mas sim de coibir o uso do título de Técnico em Informatica e outras áreas da tecnologia sem devida formação. Não é justo nós passarmos horas de nossas vidas em salas de aulas e laboratórios, pagando cursos, investindo nosso tempo e dinheiro para adiquirirmos conhecimento na área e ai vem um zé mané e assisti um video na internet e vai querer dar uma de técnico, cobrando preços abaixo do mercado e nos passando pra trás.

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  • Administrador

Na minha opnição deveria existir uma espécie de Sindicado dos Técnicos, mas não um com o intuito de arrancar grana nossa, mas sim de coibir o uso do título de Técnico em Informatica e outras áreas da tecnologia sem devida formação. Não é justo nós passarmos horas de nossas vidas em salas de aulas e laboratórios, pagando cursos, investindo nosso tempo e dinheiro para adiquirirmos conhecimento na área e ai vem um zé mané e assisti um video na internet e vai querer dar uma de técnico, cobrando preços abaixo do mercado e nos passando pra trás.

 

O CREA é a entidade legalmente habilitada para tal, mas ele não faz nada... Leia: https://www.clubedohardware.com.br/artigos/A-irrelevancia-do-CREA-para-os-tecnicos-em-manutencao/2930

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Concordo em partes com o que foi dito. Realmente os pseudo-técnicos atrapalham o mercado com os preços fora de lógica mas a casos em que  nos ajudam. Eu mesmo ja consegui boas oportunidades onde na primeira vez que fui  não deu certo estava caro e tal, mas depois acabaram me chamando porque o barato saiu caro. E o principal ponto é que os atuais  técnicos tem q sair do feijão com arroz e ir mais alem entender um pouco mais de negócio, de segurança, de como uma empresa funciona e como a tecnologia ode auxiliá-la, porque esse esquema apenas de formata computador e colocar um grupo de de trabalho em rede já não atende mais as empresas. É preciso ir alem estudar seu cliente propor soluções que façam seu diferencial a outro qualquer que so quer pegar 30 reais e instalar o windows ou cobrar 50 e colocar um roteador Wireless mal configurado dentro de uma empresa. 

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O problema todo é que hoje em a tecnologia muda tão rápido - exageradamente falando: o que era novidade de manhã já deixou de ser no final do dia devido à velocidade de informação - e torna-se difícil acompanhá-la.

 

No meu tempo de técnico, tinha um colega que vivia trocando de gadget a cada novidade para acompanhar a mudança... claro que isso tem custo (e que custo, pois tudo é mais caro no lançamento).

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eu tenho a mesma idade...porém ja entendi que não posso prostituir o mercado cobrando miseraras merrecas pra fazer serviços por que....meu trabalho vale o dinheiro que eu cobro....eu tenho a certeza de que quando estou fazendo um serviço tenho que garanti-lo pra quem eu estou fazendo....agora tem alguns dai que fazem ***** e quando a agua bate na *****,sai correndo.

cara,na moral...leva um papo com o cara ja que você é meio próximo dele leva um papo com ele....do tipo:"olha cara,você não pode ficar fazendo isso com o mercado de manutenção cara,isso é desleal com seus parceiros de profissão...seu serviço não é bom?você não o garante?então pra que cobrar essa miséria cara...se valoriza!"@VVanderson :)...ah!e nessas m***** das casa bahia todo mundo mexe por que tem demais...mais eu particularmente DETESTO mexer COM ESSAS GRANDES m*****.

Pois é cara.Já rolou um papo desses um dia.Ele chegou aflito dizendo que um cliente tava chateado com ele,alegando que ele tinha quebrado seu computador(das casas Bahia).Eu o ajudei,trocando com ele uma placa mãe usada por dois pentes de memória,avisando que não garantia o desempenho da placa,apesar de ela estar funcionando bem.Ele mesmo assim vendeu a placa,dizendo que o cara não entendia de nada mesmo.Eu lavei minhas mãos.

As vezes uma pessoa só aprende depois de se ***** muito para aprender a ser responsável.

 

Acredito que há espaço para todos.Mas devo admitir que existe muito picareta tomando vantagem com isso.Certa vez um rapaz dono de lan house me procurou querendo saber se eu tinha alguma placa compatível com Core I3.Eu respondi que sim,que tinha acabado de consertar uma ASUS que estava com problemas de memória.Mesmo assim ele aceitou.

Cobrei R$200,00 pela placa usada e recauchutada e avisei que daria uma garantia de tres meses para ele.Acontece que,depois de vendida,ele a colocu em um gabinete simples,com periféricos igualmente simples e vendeu a máquina por R$500,00 como se fosse nova,afinal,o pessoal não sabe de nada mesmo.Ele é aquele típico amador metido a técnico(ou a *****) que quer levar vantagem em tudo.

Eu detesto esse tipo de gente que não joga limpo!Sério.E o pior que essse tipo de "profissa" prolifera como barata.

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não me preocupa nem um pouco os famosos "vintão", o fato é q uma vez que o cliente vier até mim farei um serviço tão bom que conseguirei fidelizá-lo, tenho como filosofia escolher meus clientes, meu preço é justo, trabalho honestamente, perco dinheiro em casos que o cliente poderia ser lesado de alguma forma, mas dificilmente perco cliente, estudo bastante, ganho por mês o que  coloquei de capital inicial da empresa, e estou crescendo num lugar onde tem uma loja de informática por esquina, felizmente ouço alguns comentários onde clientes dizem q só vão frequentar a minha loja, pois o fulano de tal lugar roubou/lesou ele de alguma forma.


Toda vez que vejo alguém usando o termo "prostituição", provavelmente saberei que é alguém com total arrogância e prepotência reclamando dos trabalhos alheios e dos valores cobrados.

Acho que TODOS NÓS deveríamos botar a mão na consciência e imaginar algumas coisas antes de críticas como estas.

Primeiro: Sabem a origem da inflação? Inflação se gera quando o dinheiro perde o valor pois alguém ou muitos cobram um valor maior do que o imaginado. Se antes, serviços por profissionais habilitados eram feitos por R$ 50, hoje muitos serviços são feitos por R$ 150. E ainda reclamam do "custo Brasil" (esquecendo que o mesmo faz parte do país e contribui para o aumento) e da corrupção. 

De um texto recente que li: "A inflação é o termômetro que mede a diferença entre o desejo de consumir e a capacidade de produzir", diz Nogami. "Quando o desejo de consumir é maior do que a capacidade de produção, os preços sobem.".

Segundo: Já li de um filósofo que o termo prostituição é "se oferecer em troca de valores, logo, todos nós de certa forma nos prostituímos". Pobres das prostitutas, muitas delas que atendem muitos hipócritas por aí que usam o termo pejorativamente, mas depois vão em boates e cantinhos por aí e pagam por sexo.

Sobre valores, serviços e tudo o mais.

De fato, o correto para se trabalhar com informática seria ser técnico em eletrônica, mas vamos ser francos: a facilidade com as novas tecnologias realmente ajudou a criar uma nova profissão - o técnico de computador, ou montador / reparador. Deem "aleluias" aos projetistas do Altair, do Apple II, do PC-XT e de muitos outros equipamentos futuros que hoje estão aí no mercado. Se não fosse os esforços de muitos projetistas e entusiastas no passado, não teríamos este mercado. Se não fosse a curiosidade do Bill Gates, e sua tentativa-e-erro, não teríamos um Windows por aí.

Mas voltando, lembremos que alguém que é um "curioso" pode se tornar um bom profissional. Admito, eu mesmo comecei mal, mas comprei livros, fui estudando por conta própria, fiz um ou outro curso secundário, e hoje procuro atender melhor as pessoas de forma justa e com preço honesto.

O cara que cobra 20 reais para "formatar" uma máquina tem "o mercado dele". É o mesmo cara que compra pc velho, ou melhor, não gasta mais de 200 reais num computador. Vocês deveriam é agradecer por existir este tipo de profissional, quer aceitem este termo como ou não. Se o cara sentir que precisa, ele vai e estuda. E quem sabe, até compra um livro do Gabriel Torres, se estiver em um preço adequado para o mesmo? Ei, você acaba assustando quem poderia melhorar seus serviços e ainda comprar algo contigo.


Se analisarem muito bem, na verdade, diminuiu a quantidade de serviços a serem feitos em software (como "formatar" - termo que acho errado), até porque os novos sistemas operacionais, como Windows 7 e 8, e a adoção de distros Linux por alguns ajudou a criar uma nova leva de sistemas estáveis. Um sistema bem configurado de fábrica ou até por um usuário mais avançado, nem que seja o "sobrinho", resulta em um sistema mais estável e que dura um bom tempo, até a hora que acontece algo grave.

-----
 

Regulação eu vejo com maus olhos. Vira uma ditadura controlada por pessoas que acham que sabem tudo, que inibe a criatividade, a inovação e as soluções diferentes. Infelizmente o mercado hoje é regido pelo dinheiro, não pela necessidade do próximo. 

Serviços de informática podem ter regulação APENAS onde se faz necessário pessoas realmente dedicadas e habilitadas, e isso seria servidores e sistemas críticos. Fora isso, para computadores comuns, o que precisamos é de uma auto-regulação baseada em atitudes, educação e respeito entre usuário e técnico. Ou seja, o técnico tem que ser didático (não arrogante) com o usuário e ser explicito e solícito com o mesmo. Em troca, pode ter certeza que o usuário sempre vai dar valor e pagar o considerado justo.

E vocês falam de "valorização"... depois reclamam dos valores de impostos e serviços altos no Brasil, mas cobram 200 reais para gastar 5 minutos para configurar um PPoE em um roteador...


O interessante é ver que o salário médio de um suporte técnico é na faixa de mil reais. Daria 10 "formatações" de 100 reais.

Novamente: vamos olhar para NÓS mesmos antes de tecer qualquer crítica. Porque não é qualquer um que sai e vai para os Estados Unidos e ainda ganha dinheiro dos brasileiros, inclusive influenciando a quem hoje ofende...seu texto é

seu texto foi tão bom, q mesmo cumprido o li até o final, é exatamente isso, tenho o meu preço, uns acham caro, outros baratos, mas é o preço que eu cheguei devido ao meu aluguel, agua, luz, telefone, internet, pro-labore e praça, o cliente vem fala q o meu preço é caro, leva no vintão, e depois, nem sempre, volta com uma dor de cabeça a mais

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Hoje em dia qualquer um que "sabe" formatar um computador se chama de "técnico"...

 

Exatamente.

Pessoal não entende que o técnico de informática é um profissional completo.

A formatação é apenas um dos serviços prestados.

Hoje em dia a formatação é tão auto-instrutiva que qualquer pessoa com o mínimo conhecimento "de computador" faz.

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Façam como eu, amigo/parente vê um problema no PC e já traz a máquina pedindo para formatar e eu tento (inutilmente) perguntar qual é o problema. Então dou o troco de uma forma inteligente, limito o backup de arquivos entre 5~10 GB ( drivers incluso ) e o cara que se vire para decidir o que salvar e o que perder, depois dessacondiçãoeles sempre perguntam: "tem como arrumar o problema sem formatar a máquina?" e aí é só fazer o serviço de forma benfeita :D

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Apenas para se fazer uma comparação, a maior prova de que a área de T.I. (assim como outras) está totalmente desvalorizada no Brasil é o fato de, por exemplo, um "mestre de obras" precisar apenas da 6ª série para sair ganhando até dez mil reais por mês.

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Apenas para se fazer uma comparação, a maior prova de que a área de T.I. (assim como outras) está totalmente desvalorizada no Brasil é o fato de, por exemplo, um "mestre de obras" precisar apenas da 6ª série para sair ganhando até dez mil reais por mês.

Acho que ai entra lance da oferta/procura.

 

Tipo, “todo” mundo quer ser tecnico, mas ninguem quer ser mestre de obras por mais que saibam que se ganha mais naquela profissao....

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O CREA é a entidade legalmente habilitada para tal, mas ele não faz nada... Leia: https://www.clubedohardware.com.br/artigos/A-irrelevancia-do-CREA-para-os-tecnicos-em-manutencao/2930

Gabriel. Tirar certificação junto ao CREA não seria a solução dos problemas, até por que hoje, o órgão tem por base tão e somente a emissão dos boletos bancários para arrecadação. Trabalhei junto a área de construção civil, como contato comercial e percebi que quase qualquer um pode tirar um certificado, como corretor de imóveis por exemplo. Não há uma prova realmente probatória para emissão do certificado. Pode se comprar a "cartilha" do órgão e estudar em casa por dois dias e gabaritar a prova que é feita.

Acho que o seu post foi feliz no sentido de que alguns poucos estão realmente preocupados com a situação e procuram melhoras. Mas a maioria esta largando as cartas e abandonado o jogo, por não fazer mais sentido argumentar que seu serviço custa 300 reais enquanto alguém vende "o mesmo" por 50...

Temos que ver o mercado de eletrônicos como os japoneses, quebrou joga fora e compra outro. Tudo esta se tornando muito barato e descartável e a profissão de técnico de informática esta neste rumo.

Abraço

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É, o que acontece é que todas as cagadas aqui citadas como sendo de "sobrinhos" foram cagadas que vi os "técnicos profissionais" e "de confiança" que conheci fazendo. Todas. Inclusive cooler de processador mal fixados. Inclusive falta de cuidado ao instalar um processador. Inclusive queimar memória por falta de cuidado... Os computadores que montei ou ajudei a corrigir algum problema não apresentaram mais defeitos, a não ser os defeitos já existentes e criados pelos "técnicos" e pelas "lojas especializadas" que venderam gato por lebre. O mais comum é mesmo o erro do dimensionamento da fonte, e principalmente instalação de fontes de péssima qualidade. Coisa que eu também aprendi a valorizar aqui no Clube do Hardware, pois antes de ler aqui sobre isso eu achava que a fonte era uma peça que apesar da importância óbvia de alimentar o sistema não deveria ter cuidado ou atenção. Formatação de PC era a primeira coisa que os "técnicos" de lojas de informática que meu pai usava em Santa Maria - RS faziam quando dava qualquer tipo de problema no sistema. Sempre se perdiam todos os dados porque os chamados técnicos não eram capazes de criar uma partição, ou indicar a instalação de dois HDs, que é uma coisa extremamente simples e que nunca vi um "técnico" destes que conheci indicar. Então obviamente o mercado está saturado de péssimos profissionais o que tira a credibilidade dos bons. E sei que tem muitos erros que eu cometeria caso resolvesse fazer algum procedimento que não sei, como por exemplo crimpar um cabo de rede e portanto nunca fiz isso e nem ofereço aos outros. Quanto ao Windows, eu comprei original e sempre sugiro que as pessoas utilizem o original, porém não vejo necessidade de se pagar um técnico para fazer um procedimento que é totalmente auto-explicativo e intuitivo sendo que se houver algum erro no processo basta repetir e corrigir. Um bom técnico poderia fazer melhor e otimizar o sistema? Um bom técnico poderia dimensionar melhor o sistema e os componentes de acordo com a necessidade do cliente? Provavelmente. Porém bons técnicos são difíceis de encontrar e normalmente o valor cobrado pelos maus técnicos para ser enganado e levar uma bomba pra casa não compensa um "erro por excesso" causado por um superdimensionamento eventual ou instalação simplificada que eu possa fazer. Volto a dizer que deixo aqui uma crítica construtiva, e desejo o melhor aos bons profissionais. E que estes busquem mostrar o valor do seu trabalho e que combatam os maus profissionais de maneira a mostrar os seus males. E além disso, repito que devem se adaptar a fazer as coisas que realmente exigem um conhecimento mais aprofundado. Gabriel, você mesmo divulga aqui e em seus livros uma série de informações que capacitam um "curioso" a se tornar um "interessado" e um conhecedor ao invés de um simples leigo. E ele não será um técnico, mas certamente não irá depender de um para resolver boa parte de seus problemas e satisfazer uma boa parte de suas necessidades.

Aproveitando o gancho, trabalho com computadores desde final dos anos 80.Sou técnico entre outras areas, tenho uma quantidade considerável de clientes e uma grande fatia deles foi conquistada por causa de "técnicos profissionais". Concordo plenamente com o post, mas o Fabricio não está de todo errado, ja vi "profissionais" desde ter feito asneira ao dizer que um fusível de estabilizador queimado era placa mãe até remoção de peças sem que o cliente notasse, em outras palavras ROUBO. Tento fazer o preço mais justo possível, mas está cada vez mais difícil, pois como disse @aw_amaral está tudo ficando descartável e no fim, nós tambem seremos.

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Já arrumei muita cagada dos "sobrinhos". A alguns anos a trás anunciei em um jornal da cidade, depois de algum tempo anunciando e não obtendo o mínimo do resultado esperado resolvi adquirir o jornal para dar uma olhada nos classificados, quando me deparei com diversos anúncios com os títulos: "Faço formatação em domicílio, com backup por R$30,00". É complicado, muito complicado tentar vencer essas prostitutas. Eu quase liguei para o camarada e perguntei se ele estava passando por alguma necessidade básica, como a falta de alimentos porque eu iria me prontificar a mandar uma cesta básica a ele.

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@Gabriel Torres

 

"Curiosamente, eu particularmente acho que dá muito mais trabalho fazer backup, reformatar o HD, reinstalar o S.O., programas e dados do usuário. Mas isso sou eu."

eu particularmente também acho...recentemente meu irmão adquiriu um novo computador usado(paradoxo)bem o computador depois de ligado demorava horrores para ligar inciar aplicações,enfim,um saco...nós queriamos formata o disco rígido(obrigado pela explicação),mas não deu certo pois eu estava sem o instalador então eu fiz uma grande limpeza nele...está funcionando normalmente e se deixasse na mão de uns caras aq da minha cidade....hum! "A não cara,tá cheinho de virús.vamo formatar!" e por ai vai...

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O que vocês me falaram dos "técnicos" modernos ou "técnicos" gamers...?

Vivem no Youtube falando porcaria, incentivando o consumismo.

Estes que acabam se enriquecendo facilmente, abrindo lojas... 

Pois não fazem os serviços desvalorizados que os "técnicos" em formatação ... "técnicos" em hardware... defasaram.

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uhauhauhaauha, pessoal, acabo de ver no facebook:

 

"Caros amigos, sou IT Pro (menino do computador), com curso superior, gastei um bom tempo estudando tecnologias, e agora para melhor atender amigos e vizinhos dei um pequeno up nos preços dos meus serviços... detalhe: Se rolar um churrasco na residência no momento do serviço você ganha 3% de desconto... #QueroVerPerguntarAgora"

 

1956786_600510170017148_1881882942_o.jpg

 

Fonte:  https://www.facebook.com/photo.php?fbid=600510170017148&set=a.139229999478503.26738.100001745107861&type=1

 

uhauhauhauhauhauha

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A prostituição do mercado brasileiro de informática

 

Discordo de "corporativismo" citado no seu editorial Gabriel Onde existe esse tipo de negócio só é bom para uma das parte e não para todos e muito menos para o cliente, como você citou.

 

Concordo com você na parte do "canibalismo" na profissão! Não acho bom o mercado ficar repleto de pessoas desqualificadas, mas temos que ir devagar nos custos para os clientes, afinal estamos num país, cada vez mais, de terceiro mundo. 

 

A esperança ainda não morreu. Vamos virar um País grande um dia!

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Novos tempos, hoje qualquer um pode virar técnico de computadores, basta por o CD do windows, do office e um antivírus e ficar apertando avançar, depois é só por um software que localiza os drivers automaticamente. Para configurar o roteador, basta plugar o cabo e digitar 192.162.1.1 admin admin e setup.
Foi se o tempo aonde tinha que ficar colocando A&$E para configurar o modem, trocando jumper, usar pentes de memórias em pares, decorando IP etc... Verdade seja dita hoje serviço de consertar computador fica para o estagiário ou aprendiz.

E com o preço praticado pelos chineses, teclado R$ 15,00, mouse R$ 10,00, Placa mãe etc... melhor nem se dar ao trabalho de consertar.

Vai por mim, logo, logo não haverá computadores para consertar, bastará sincronizar seu celular com o monitor ou televisão e usar um teclado e mouse bluetooth. Até a Microsoft já esta lançando o Office para o Android, IOS, os arquivos hospedados na nuvem, programas fáceis de instalar e impressora via Wii Fi.






 

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Novos tempos, hoje qualquer um pode virar técnico de computadores, basta por o CD do windows, do office e um antivírus e ficar apertando avançar, depois é só por um software que localiza os drivers automaticamente. Para configurar o roteador, basta plugar o cabo e digitar 192.162.1.1 admin admin e setup.

Foi se o tempo aonde tinha que ficar colocando A&$E para configurar o modem, trocando jumper, usar pentes de memórias em pares, decorando IP etc... Verdade seja dita hoje serviço de consertar computador fica para o estagiário ou aprendiz.

E com o preço praticado pelos chineses, teclado R$ 15,00, mouse R$ 10,00, Placa mãe etc... melhor nem se dar ao trabalho de consertar.

Vai por mim, logo, logo não haverá computadores para consertar, bastará sincronizar seu celular com o monitor ou televisão e usar um teclado e mouse bluetooth. Até a Microsoft já esta lançando o Office para o Android, IOS, os arquivos hospedados na nuvem, programas fáceis de instalar e impressora via Wii Fi.

 

Lembrei dos tempos em que sofria com (como alocar) IRQs para modem, placa de som, impressoras, etc. nos Windows 95/98 e (argh) Me.

 

Tinham coisas que só por tentativas/erros, ou desabilitar tudo e ir adicionando aos poucos. Ou os jumpers para selecionar saídas COM.

 

Melhor mesmo eram os jumpers do display do gabinete... detalhe: sem manual, quando se fazia upgrade de processador...

 

hard-090.jpg

 

Duvido que os “ténicos (sem 'c' mesmo)” saibam fazer essas coisas hoje em dia...

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Lembrei dos tempos em que sofria com (como alocar) IRQs para modem, placa de som, impressoras, etc. nos Windows 95/98 e (argh) Me.

 

Tinham coisas que só por tentativas/erros, ou desabilitar tudo e ir adicionando aos poucos. Ou os jumpers para selecionar saídas COM.

 

Melhor mesmo eram os jumpers do display do gabinete... detalhe: sem manual, quando se fazia upgrade de processador...

 

hard-090.jpg

 

Duvido que os “ténicos (sem 'c' mesmo)” saibam fazer essas coisas hoje em dia...

Ha ha ha, tenho pesadelos só de lembrar desta época.

Lembra que até borracha a gente  tinha ficar passando nos contatos dos pentes de memória.

Isto me lembra do botão turbo, quando tinha um 486Dx2, apertava o botão turbo e deixava os meus amigos jogando jogos. Perdiam rapidinho porque os jogos ficavam muito rápido. 

Também dava para fazer overclocks, mudar o visor e fazer todos os seus amigos acharem que você tinha um Pentium.

O terror da rede ponto a ponto, quando a rede parava era preciso  derrubar meio mundo até encontrar o ponto com defeito, também  tinha que ficar controlando as colisões naquelas $#$# de hub e o chefe nunca liberava verba para comprar um Switch. 

Para instalar um jogo era uns 5 disquetes compactados usando arj,  13 disquetes para instalar o Windows 95.

Das idiotices como colocar o HD no congelador para recuperar alguns arquivos.

De ficar soldando um monte de diodo na porta paralela, para poder usar controles de video game no computador.

E da primeira frase quando alguém te ligava pedindo suporte:

-Já reiniciou o computador! 

-Ve se a impressora esta na tomada e ligada!

De ver todo mundo entrando no ICQ ao mesmo horário, as 00:00. De ficar brincando com o bloco de notas para fazer home page e enchendo a página da Geocities com um monte de tosqueiras em Java script.

 

 

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