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Intel passará a identificar seus processadores através de números


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Intel passará a identificar seus processadores através de números

Atualmente a forma básica de se identificar os processadores da Intel (Pentium 4 e Celeron) é através de seu clock. O grande problema que a Intel enfrenta é que muitas vezes há processadores de mesmo clock porém com características diferentes. Para sair desta enrascada, o que a Intel normalmente faz é adicionar uma letra após o clock do processador para diferenciar esta característica extra.

Por exemplo, hoje em dia existem dois modelos de Pentium 4 de 3,2 GHz no mercado, um com 8 KB de memória cache L1 e 512 KB de memória cache L2 e outro com 16 KB de memória cache L1 e 1 MB de memória cache L2. O modelo com mais memória cache usa uma letra "E" ("3,2 GHz E") para ser diferenciado do modelo com menos memória cache.

Um outro exemplo que mostra bem esta problemática está no processador Pentium 4 de 2,8 GHz: existem quatro modelos deste processador no mercado, com características diferentes entre si. O modelo original, o modelo com tecnologia Hyper-Threading (recurso que aumenta o desempenho do processador), que é identificado pela letra "C", o modelo com mais memória cache (L1 de 16 KB e L2 de 1 MB) e tecnologia Hyper-Threading, que é identificado pela letra "E", e o modelo com mais memória cache porém sem a tecnologia Hyper-Threading e com barramento externo de 533 MHz (os demais modelos usam o barramento externo de 800 MHz).

Se os profissionais da área já ficam confusos com a adoção dessas letras, imagine você.

A solução que a Intel passará a adotar a partir de maio ou junho é o uso de um número único para cada processador, ou seja, um "número de modelo", assim como ocorre com impressoras e câmeras digitais. É a mesma idéia que a AMD tem usado em seus processadores Opteron. Este "número de modelo" indicará somente as características do processador e será útil na comparação de processadores dentro de uma mesma família. No atual padrão, é possível diferenciar os modelos de mesmo clock através da letra existente, mas não há como saber, de antemão, qual dos modelos é o melhor ou mais rápido. Neste novo sistema, a regra é simples: quanto maior o número de modelo, mais recursos o processador possui, o que em geral significa maior desempenho.

O padrão de numeração consistirá em três números, sendo que o primeiro número indica a família do processador: 7 para Pentium 4 Extreme Edition (ou Pentium M, no caso de processadores para notebooks), 5 para Pentium 4 e 3 para Celeron. Os outros dois números computam todas as características do processador, tais como clock interno, clock externo, tamanho da memória cache e tecnologias como Hyper-Threading, SSE3, etc.

Para o exemplo dado do Pentium 4 de 2,8 GHz, ele passaria a ter quatro "números de modelo" diferentes, um para modelo existente, em vez de ser classificado apenas como "Pentium 4 de 2,8 GHz" e opcionalmente uma letra que, como vimos, é de difícil compreensão.

Por exemplo, o Pentium 4 de 3,6 GHz será chamado Pentium 4 560 e o Pentium 4 de 3,4 GHz será chamado de Pentium 4 550. Como você pode ver, o modelo 560 é melhor do que o 550, por ter um clock superior.

Só que, com exceção do primeiro algarismo, os outros dois não têm um significado em especial, isto é, não há uma correlação do tipo "todo processador terminado com zero ter 1 MB de cache L2 e barramento externo de 800 MHz". Para você saber as características técnicas de um determinado "número de modelo", você terá de ir ao site da Intel para "decodificar" o "número do modelo".


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