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Teste do processador Ryzen 5 1500X


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Teste do processador Ryzen 5 1500X
Produto Recomendado

Introdução

Testamos o Ryzen 5 1500X, processador intermediário da nova série Ryzen 5 da AMD. Ele tem quatro núcleos, oito threads, clock base de 3,5 GHz, clock turbo de 3,7 GHz, TDP de 65 W e usa o novo soquete AM4. Confira!

Depois de vários anos, a AMD finalmente lançou uma nova geração de processadores baseada em uma microarquitetura completamente nova, chamada Zen, usando o novo soquete AM4. Os primeiros processadores lançados foram os Ryzen 7, que são processadores topo de linha, e agora a AMD lançou os Ryzen 5, voltados ao segmento intermediário. Logo serão lançados os processadores Ryzen 3 (de entrada).

Até agora, há quatro modelos de Ryzen 5: O Ryzen 5 1600X (6 núcleos, clock máximo de 4,0 GHz), o Ryzen 5 1600 (6 núcleos, clock máximo de 3,6 GHz), Ryzen 5 1500X (4 núcleos, clock máximo de 3,7 GHz) e Ryzen 5 1400 (4 núcleos, clock máximo de 3,4 GHz). Todos os modelos trazem a tecnologia Simultaneous Multi-Threading, equivalente à tecnologia Hyper-Threading da Intel, que simula um núcleo a mais por núcleo físico e faz com que o sistema operacional reconheça cada processador como tendo o dobro de núcleos fisicamente presentes no produto.

Os processadores Ryzen utilizam o novo soquete AM4 e são compatíveis com memórias DDR4. Desta forma, eles são totalmente incompatíveis com placas-mãe anteriores, como as usadas com as linhas FX (que usam o soquete AM3+) e Série A (soquete FM2+) da AMD.

Embora o soquete AM4 suporte processadores com vídeo integrado, os processadores Ryzen não vêm com este recurso; a AMD promete futuros processadores com vídeo integrado para este soquete, mas provavelmente eles não utilizarão o nome Ryzen.

Os processadores Ryzen são fabricados em processo de 14 nm "FinFET". Estes processadores são construídos a partir de blocos de quatro núcleos chamados pelo fabricante de CCX (Core Complex). Cada núcleo tem 128 kiB de cache L1 e 512 kiB de cache L2, e há um cache L3 de 8 MiB compartilhado para cada bloco de quatro núcleos.

O Ryzen 5 1500X é composto de dois destes blocos porém com dois núcleos desativados em cada CCX, em uma configuração chamada 2+2. São 512 kiB de cache L2 por núcleo e 16 MiB de cache L3 (8 MiB para cada bloco).

Seu clock base é de 3,5 GHz. Ele ainda pode trabalhar com o clock boost de 3,6 GHz em todos os núcleos, 3,7 GHz quando há no máximo dois núcleos sendo utilizados e tem um clock chamado XFR de 3,9 GHz, embora a AMD não deixe claro quando este clock é realmente utilizado.

Os processadores Ryzen têm multiplicador de clock desbloqueado, o que permite que o usuário que esteja buscando um overclock modifique o clock apenas mudando o multiplicador de clock no setup da placa-mãe, desde que ela utilize um dos chipset compatíveis com este recurso (B350 e X370).

Além disso, os processadores Ryzen têm um conjunto de recursos chamados pela AMD de "SenseMI", onde o processador detecta e controla o clock (em passos de 25 MHz) de acordo com vários fatores.

O Ryzen 5 1500X é vendido com o cooler Wraith Spire, o mesmo que acompanha o Ryzen 7 1700.

Em relação ao seu preço, o concorrente direto do Ryzen 5 1500X é o Core i5-7400 (leia o teste deste processador clicando aqui). Assim, em nossos testes comparamos o Ryzen 5 1500X ao Core i5-7400. Também incluímos no comparativo o Ryzen 5 1600X, o Core i5-6500 e o Core i5-7600K, para termos uma ideia de diferença de desempenho entre esses processadores.

A Figura 1 mostra a embalagem do processador Ryzen 5 1500X.

ryzen5-1500x-1.jpg

Figura 1: caixa do processador Ryzen 5 1500X

Na Figura 2 você confere o conteúdo da embalagem: o cooler, o processador propriamente dito, um pequeno manual e um adesivo para o gabinete.

ryzen5-1500x-2.jpg

Figura 2: conteúdo da embalagem

Na Figura 3 vemos a base em cobre do cooler Wraith Spire, que já vem com pasta térmica aplicada.

ryzen5-1500x-3.jpg

Figura 3: o cooler Wraith Spire

A Figura 4 mostra o processador Ryzen 5 1500X.

ryzen5-1500x-4.jpg

Figura 5: o processador Ryzen 5 1500X

Como os processadores Ryzen não oferecem vídeo integrado, utilizamos uma GeForce GTX 1080, que é uma placa de vídeo topo de linha, em todos os testes. Desta forma, podemos ter uma ideia do desempenho de processamento de cada modelo, principalmente nos jogos, independente do vídeo integrado (ou da ausência dele) em cada processador.

Preferimos utilizar uma placa de vídeo topo de linha para minimizar o risco de que esta induza um gargalo (saiba o que isto significa clicando aqui), o que causaria resultados semelhantes em todos os processadores.

Vamos comparar as principais especificações dos processadores testados na próxima página.


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Comentários de usuários

Respostas recomendadas



Entendi. 
Eu supunha que a placa de vídeo quando não consegue lidar com a carga de processamento, repassava de alguma maneira essa tarefa ao processador. Mas na verdade eles fazem coisas complementares mas distintas, é isso? Lembro de ter lido algo sobre isso, mas faz muitos anos.
Então, de certa forma o processador trabalha de acordo com a demanda de processamento da placa de vídeo, desempenhando uma função que geralmente é pequena em jogos, especialmente em resoluções e gráficos mais baixos. Mas quando se roda em resoluções elevadas essa tarefa complementar passa a ser mais significativa podendo impactar no desempenho se o processador tornar-se um gargalo. 


Problematizando um pouco mais, eu tava olhando aqui o teste do Ryzen 7 1700, comparado ao Core I7 7700K, que teve uma diferença grande em jogos como Deux ex, e Dirty, chegando a até 32% diferença a mais pro I7. Então fica a questão, nesse caso específico, em se tratando de dois processadores de alto desempenho, e sendo a placa de vídeo também de alto desempenho (GTX 1080), seria correto dizer que o Ryzen 7 ou até mesmo o Core I7 poderiam estar limitando o desempenho da placa de vídeo? Pergunto porque, se o processador estivesse trabalhando com folga não deveria haver diferença significativa entre eles. Se não for o caso, se estiverem trabalhando no limite, então não se está atingindo o potencial de desempenho da placa de vídeo. 

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@Gfbonfim Sim, e Não. Sua reflexão está no caminho super correto de como funciona a lógica das coisas. Porém, é necessário ter em mente, que cada caso é um caso, e as características individuais da arquitetura de cada modelo de processador e placa de vídeo, podem reagir de formas diferentes dependendo de como o jogo foi construído.

 

Como exemplo, temos a placa de vídeo R9 290, que é um modelo que brigava com a GTX 970, mas em alguns jogos, como Battlefield 4, conseguia um desempenho próximo a GTX980, por conta da AMD ter dado uma "mãozinha" na programação do jogo, permitindo extrair um pouco mais de potencial de suas placas nesse game.

 

Ainda sobre os jogos e a sua programação, existem umas "pedras no sapato", que tornam alguns jogos um desafio para qualquer configuração, a exemplo de DayZ, Arma, Metro, Staker e alguns outros que também possuem limitações causadas por sua própria programação, além dos games feitos para arquitetura de console e levados para o PC por meio de adaptações, chamados popularmente de "Ports", como Ghost Recon Future Soldier e outros, com desempenho aquém do que a qualidade visual realmente requer em termos de configuração. Observe que no exemplo do Dirty a taxa de quadros está altíssima, se considerarmos o topo como os famosos 120fps, mesmo que haja uma discrepância entre o Ryzen e o i7, estamos falando de um percentual excedente, que talvez nem mesmo a produtora do jogo almejasse para seu game.

 

Voltando ao assunto, sim a grosso modo o processador pode ser um limitador de resultados, bem como qualquer outro componente que não esteja no mesmo nível de desempenho das demais peças.

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  • Administrador
4 horas atrás, Gfbonfim disse:

Eu supunha que a placa de vídeo quando não consegue lidar com a carga de processamento, repassava de alguma maneira essa tarefa ao processador. Mas na verdade eles fazem coisas complementares mas distintas, é isso? Lembro de ter lido algo sobre isso, mas faz muitos anos.
Então, de certa forma o processador trabalha de acordo com a demanda de processamento da placa de vídeo, desempenhando uma função que geralmente é pequena em jogos, especialmente em resoluções e gráficos mais baixos. Mas quando se roda em resoluções elevadas essa tarefa complementar passa a ser mais significativa podendo impactar no desempenho se o processador tornar-se um gargalo. 

 

O processador e a placa de vídeo fazem papéis completamente diferentes, conforme explicado no vídeo que linkei acima. Se a placa de vídeo não consegue lidar com a carga de processamento, o desempenho é limitado, gerando o que é chamado "gargalo da placa de vídeo". O processador não tem como processar instruções voltadas ao processador gráfico e vice-versa.

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Rafael Coelho, Gabriel Torres e Faust0, não seria interessante nesses testes de processador, na parte em que se testa em jogos, incluir um percentual de uso do processador, máximo, minimo e médio, ou um gráfico, para termos uma ideia se o processador está sendo utilizado em todo seu potencial ou não?!

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  • Membro VIP
45 minutos atrás, Gfbonfim disse:

Rafael Coelho, Gabriel Torres e Faust0, não seria interessante nesses testes de processador, na parte em que se testa em jogos, incluir um percentual de uso do processador, máximo, minimo e médio, ou um gráfico, para termos uma ideia se o processador está sendo utilizado em todo seu potencial ou não?!

É interessante como curiosidade, mas não faz muita diferença para a maioria das pessoas, quando se trata simplesmente de comparar o desempenho entre modelos diferentes.

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Em 26/04/2017 às 13:20, Evandro disse:

 

E o que isso influencia na sua vida ou na usabilidade do micro?

Você joga resultado de Passmark?

Você edita vídeo ou descompacta um arquivo com isso?

Quem disse que isso que você apresentou é gargalo e não característica das arquiteturas?

 

Isso que você postou não é nem um comparativo de desempenho dos processadores com diferentes clocks e latências de memória.

 

Menos hype, gente, beeem menos, por favor.

Isso é um problema, uma boa parte da galera toma ferramentas de benchmark como um fator absoluto de performance, e não tomam em conta de outros fatores que são sim essenciais e que devem ser levados.

Já faz um bom tempo em que pontuações não significam muita coisa, sendo que as arquiteturas das ultimas CPUs e GPUs vem otimizando partes específicas de um determinado hardware para ele desempenhar muito bem as tarefas para qual foi projetado.

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Bom dia, a todos!  

41º C com overclock rodando o prime95?! Como conseguiu isso, Rafael? Tem certeza? Utilizo esse processador, também com o cooler box, sem overclock, em um gabinete Cougar mx300, e com refrigeração da seguinte forma: coolers cougar dual-x 12cm, sendo dois na entrada frontal, dois na lateral, também para entrada de ar, um no topo como exaustor, e um atrás, também como exaustor. Com o pc ocioso, a temperatura fica entre 40 e 45 C°, então... alguma coisa errada nisso... aqui ou aí.

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  • Administrador

@Tiagosarj A temperatura ambiente influencia diretamente na temperatura do processador. Vejo que você mora em Salvador. O Rafael mora em Pelotas (RS). A temperatura ambiente no dia em que ele coletou dados era de 20 graus Celsius. Qual era a temperatura ambinete aí?

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Comprei um Ryzen 1500x ano passado pra jogar e pra terminar meu TCC pois utilizaria no Unity pra renderização de um projeto 2D! E realmente o processador entregou além do que eu esperava, e ainda em uma promoção da Kabum que comprando um ryzen ganhava uma memória hyperx 4GB... a inteção é troca-las futuramente para 2666mhz mas por enquanto a maquina esta filé demais. 

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