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Computação em Grade - Uma Visão Introdutória


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Computação em Grade - Uma Visão Introdutória

Internet x Grid x Cluster

A internet nasceu no início da década de 70, e somente a partir de 1995, com o aparecimento dos serviços www, foi que se tornou tão popular, saindo dos meios militares e acadêmicos. Seu objetivo era a interligação de diferentes ambientes computacionais e geograficamente dispersos. Os web sites desenvolvidos pela indústria sempre foram interoperáveis em relação usuário-site, por meio de aplicações criadas neste contexto, em que o usuário dispõe de um menu de serviços fechados. O que ocorre em um ambiente de Grid é o inverso, onde o usuário tem de submeter suas aplicações para serem resolvidas dentro do ambiente por ele montado.

Um ambiente de cluster constitui em um sistema formado por hardware e software conectados em um local apenas, servindo a usuários que estão trabalho somente em um projeto, usado exclusivamente para resolver os problemas computacionais de uma determinada organização. Por outro lado, um Grid presta serviços de uma forma geograficamente distribuída. Em um cluster, os recursos são gerenciados por uma entidade central, e os computadores agem como se fosse um único dispositivo. Nas configurações em Grid, cada “organização virtual” faz o gerenciamento de seus recursos não tendo a visão de uma imagem única do sistema. Ou seja, o usuário tem consciência dos diversos serviços disponíveis e que deverá requisitá-los para sua utilização. Portanto, os Grids são mais heterogêneos, complexos e distribuídos.

Para o Grid Computing, as aplicações leves são as ideais pois estas requisitam relativamente menos das redes. Mesmo tendo máquinas com uma alta conexão, estas redes com baixo fluxo de dados constitui uma espécie de gargalo ao requisito fundamental para aplicações pesadas. A multiplicidade das velocidades das diversas redes implica em alguns pontos de gargalo, e que compromete a performance do nosso supercomputador virtual.

Para sacramentarmos Grid x Cluster, utilizaremos a referência do Prof Buyya. “Se acontece o compartilhamento de recursos gerenciado por um único sistema global sincronizado e centralizado, então é um cluster. Em um cluster, todos os nós trabalham cooperativamente em um objetivo comum e o objetivo é a alocação de recursos executada por um gerente centralizado e global. Em Grid, cada nó, possuí seu próprio gerente recursos e política de alocação".


Benefícios de um Grid

1. Organizações podem agregar recursos - a computação em Grid permite que as organizações possam agregar recursos com toda a infraestrutura dos ITs, não importando localização global. Isso elimina situações onde um site esteja sendo executado com sua capacidade máxima, enquanto outros tenham ciclos disponíveis.

2. Poderosa plataforma de suporte a Organizações Virtuais - organizações podem melhorar dramaticamente sua qualidade e velocidade de produtos e serviços disponibilizados, enquanto os custos de IT são reduzidos por habilitar a colaboração transparente dos recursos compartilhados

3. Acesso distribuído a diversos tipos de recursos - permite que empresas acessem e compartilhem bases de dados de forma remota. Isto é essencialmente benéfico para as ciências da saúde ou comunidades de pesquisa, onde volumes grandiosos de dados são gerados e analisados durante todo dia.

4. Colaboração entre centro de pesquisas - possibilita a larga dispersão das organizações para que facilmente possam colaborar em projetos pela criação da habilidade do compartilhamento de tudo, desde aplicações a dados, até projetos de engenharia, etc.

5. Melhor utilização de largura de banda - pode-se criar a mais robusta e resistente infraestrutura de informações.

6. Aproveitamento de recursos ociosos – pode-se aproveitar os ciclos de processamento idle disponíveis dos PCs desktops que se encontram em várias localidades pelo planeta. Por exemplo, os computadores que se encontram tipicamente ociosos durante a noite de uma empresa em Tókio pode ser utilizado durante o dia para operações na América do Sul.


Desafios operacionais e de pesquisa a serem vencidos

  • Localização dos recursos;
  • Reserva de recursos;
  • Capacidade para adaptar- se a mudanças no ambiente;
  • Criação e escalonamento das tarefas;
  • Autonomia de cada grupo participante para definir suas próprias políticas de segurança;
  • Recursos requisitados podem estar em diferentes localidades;
  • Qualidade de serviço exigida por cada aplicação.

Para se utilizar um sistema em Grid são necessários diversos protocolos, padrões e ferramentas de software. Para desenvolver padrões comuns de processamento a Universidade do Sul da Califórnia, o Laboratório Nacional de Argonne e a Universidade de Chicago através do Projeto Globus (http://www.globus.org/) estão desenvolvendo um conjunto de especificações técnicas e ferramentas de software para Grid Computing, comandados pelo pesquisador Ian Forster.

A padronização da tecnologia de Grid já vem ocorrendo a bastante tempo, sendo que, devido ao uso de diversas empresas, os esforços passaram a ter uma prioridade muito maior nesses últimos três anos.


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