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O que é que eu preciso saber antes de comprar uma fonte?


Posts recomendados

Boa tarde pessoal.

 

Pode ser besteira ou coisa de iniciante, mas se eu não perguntar nunca vou saber!!!!

 

Vamos lá, eu gostaria de entender um pouco mais sobre "o que é que eu preciso saber antes de comprar uma fonte?".

Eu entendo um pouco sobre modular, semi-modular e normal..... 

Li também no tópico abaixo, que explica sobre os watts.

Porém queria saber se existe algo nas fontes que eu preciso de verificar antes de comprar que seja incompatível com minha placa-mãe, processador, tamanho do produto? 

 

 

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37 minutos atrás, Kleber Esteves Toledo disse:

Boa tarde pessoal.

 

Pode ser besteira ou coisa de iniciante, mas se eu não perguntar nunca vou saber!!!!

 

Vamos lá, eu gostaria de entender um pouco mais sobre "o que é que eu preciso saber antes de comprar uma fonte?".

Eu entendo um pouco sobre modular, semi-modular e normal..... 

Li também no tópico abaixo, que explica sobre os watts.

Porém queria saber se existe algo nas fontes que eu preciso de verificar antes de comprar que seja incompatível com minha placa-mãe, processador, tamanho do produto? 

 

 

Primeira coisa para comprar uma fonte é fazer o correto dimensionamento da potência necessária. Como expliquei aí no tópico, de modo geral, uma fonte de qualidade com cerca de 500w é mais que o suficiente para alimentar uma configuração Gamer com uma única placa de vídeo. Para fazer esse dimensionamento é necessário conhecer o consumo de cada um dos componentes. Existem algumas calculadoras na internet que ajudam nesse cálculo, porém, a maioria delas exagera no consumo e, além disso, muitos usuários erram em seus cálculos por não saber utilizar a calculadora de forma correta.

 

Depois de definida a potência necessária, é necessário pesquisar por uma fonte de qualidade. O tópico que o faller recomendou acima é uma boa. Além de seguir as dicas é importante pesquisar se a fonte (marca e modelo) já foi testada por sites especializados no assunto e se foram aprovadas.

 

Vale lembrar que a esmagadora maioria das marcas de fontes possuem modelos bons e ruins, logo, não compre fonte apenas por marca. Pesquise por modelos específicos que tenham sido testados e que tenham tido suas qualidades atestadas.

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OK, vou tentar explicar por partes.

1. Formato de fontes:

Existe uma padronização a respeito. Em caso de fontes para PC, a grande maioria delas é do formato ATX12V (também chamado de PS/2). Mas também existem outros formatos, voltados para diferentes tipos de gabinetes, como o SFX12V, o LFX12V, o CFX12V, o TFX12V e o Flex ATX. No geral, os formatos aqui são compatíveis entre si, e geralmente o formato da fonte é mais determinado pelo gabinete do que pela placa-mãe. Há também normas de padronização para a construção de placas-mãe, cuja maioria é no formato ATX.

2. Conectores

Bom, os conectores que você geralmente vai precisar são:

Conector principal da placa-mãe: esse é simples, praticamente todas as placas-mãe usam um conector de 24 pinos.

Conector de +12 V para o processador: esse é um pouquinho mais complicado porque varia de placa-mãe para placa-mãe. O PSU Design Guide for Desktop Form Factors prevê um conector de 4 pinos para a placa-mãe. Algumas placas-mãe seguem esse padrão, mas muitas outras requerem dois conectores desse (ou um de 8 pinos do padrão EPS12V). Mas esses conectores são compatíveis entre si, e a maioria das fontes trazem dois desses conectores na configuração 4+4. Algumas placas-mãe ainda vão mais longe e pedem 3 ou 4 desses conectores, e aí você vai ter que atentar, porque não é toda fonte que tem toda essa disponibilidade de conectores +12 V.

Conector Serial ATA: esse é o conector usado para dispositivos de armazenamento de forma geral. Não há muito mistério aqui, qualquer fonte minimamente atual traz esses conectores.

Conector para periféricos: esse conector antigamente era mais usado pelos HDs e drives ópticos IDE. Com o desuso deles, agora eles são mais usados para ventoinhas, LEDs ou alguma coisa complementar.

Conector de disquete: se você por acaso tiver um drive de disquete,, saiba que ainda existe previsão do mesmo. Muitas fontes ainda o trazem, mas ele se tornou opcional. Nada em todo caso que um adaptador não resolva (aliás algumas fontes estão tirando o conector de disquete nativo e incluindo um adaptador para os mesmos, especialmente depois que um famoso site resolveu descontar na pontuação de fontes que trazem esse conector).

Conector de alimentação PCI Express para placas de vídeo: Isso aqui depende da placa de vídeo. Algumas placas de vídeo não precisam desses conectores, outras precisam de pelo menos um conector de 6 pinos, outras podem requerer um de 8 pinos, e algumas podem chegar até a requerer dois conectores de 8 pinos. Isso é uma coisa a se atentar, já que a fonte pode trazer ou não esses conectores, ou pode trazê-los em uma configuração que não seja suficiente para atender a demanda da placa de vídeo. Esses conectores PCI Express não são exclusivos para placas de vídeo, já vi placas de som e até placas-mãe requisitando o uso desses conectores.


3. Potência, distribuição de potência e temperatura

Bom, acho que a parte de potência é o que você mais ouve falar. O que você essencialmente precisa saber é de especificação técnica. Todo processador tem um TDP (Thermal Design Power), que é o máximo de potência que ele dissipa. Isso é importante para o dimensionamento da fonte, porque o valor de TDP também significa que isso é o máximo que o processador vai demandar. O mesmo vale para a placa de vídeo (note que você deve verificar o TDP da placa de vídeo, e não o quanto o fabricante da placa de vídeo recomenda de potência da fonte. Esse segundo dado você deve ignorar, eles não têm precisão alguma). Disso, você ainda deve somar o gasto energético da placa-mãe, das memórias, de dispositivos de armazenamento e de ventoinhas adicionais. Note que em caso de overclock, tanto na VGA quanto na CPU, esse TDP pode ser ultrapassado (e aí você terá que dar um dimensionamento extra na fonte).

Agora você tem o quanto o seu sistema demanda da fonte no total. Suficiente? Não. Você agora precisa saber de quais linhas o componente do seu PC vai demandar da fonte. Essencialmente, o processador (qualquer coisa de Pentium 4 e Athlon 64 em diante), a placa de vídeo (PCI Express) e qualquer outra coisa que use motores faz o uso da linha de +12 V. Memórias e coisas que vão no slot M.2 (como um NVMe) geralmente usam a linha de +3,3 V. Já a linha de +5 V geralmente é usada pelos componentes auxiliares da placa-mãe (chipset, codec de áudio, dispositivos de rede...), pelo HD para alimentação da placa lógica, por SSDs SATA e por dispositivos USB sem alimentação própria. A linha de -12 V é usada por portas seriais (ou seja, quase nunca) e a de +5 VSB é usada para fins de standby. Você tem que atentar essas linhas sejam capazes de atender tudo isso aí. Uma fonte até pode fornecer a potência total requerida pelo sistema, mas pode ter alguma das suas linhas (como a de +12 V) oferecendo uma potência menor do que a necessária. Aí você vai ter uma fonte que não é adequada para o sistema. Por isso que é importante atentar para a etiqueta da fonte, especialmente na linha de +12 V. Se ela não tiver a corrente/potência necessária nessa linha, você vai ter problemas.

Feito isso, você ainda tem que atentar à temperatura de operação da fonte. Existe uma recomendação por parte do Power Supply Design Guide for Desktop Form Factors para que as fontes de alimentação sejam capazes de operar em uma faixa de temperatura de até 50º C. Mas nem sempre é isso que ocorre. Muitas fontes são rotuladas com temperaturas de operação menor, de 40º C. Algumas de mais baixo custo chegam a colocar essa temperatura a 30º C ou até mesmo a 25º C. Isso é capaz de criar uma diferença monstruosa, restringindo o quanto você pode puxar da fonte em uma temperatura mais alta, como dentro de um gabinete (especialmente se ela estiver instalada na parte superior do mesmo). Minha recomendação é que se a fonte não for rotulada a 50º C, é que se deixe uma certa folga em relação à sua potência máxima, ou seja, que o PC não demande em seu pico toda a potência da fonte.

4. Considerações sobre a qualidade e o desempenho da fonte

Essa parte é chata mesmo. Muitas fontes por aí, por corte de custos ou negligência do fabricante ou do remarcador, usam projetos defasados ou então que em alguns aspectos não cumprem com as especificações do PSDG. Alguns desses incumprimentos não são graves e não apresentam risco de uso, mas outros são um problema sério, como por exemplo o desempenho em regulação de tensão, em ripple e em cargas de transientes. Por isso que é importante que a fonte seja de boa procedência e com projetos que tenham em mente os padrões mais recentes. Isso não é uma coisa que você constata de primeira, aí você tem que saber a respeito do OEM, da plataforma utilizada e se guiar por reviews de sites que usem testadores de carga (e mesmo assim, você ainda precisa ficar atento, porque tem coisas que nem sempre são testadas adequadamente). Aí, conhecendo o desempenho da fonte e da sua plataforma, é que você sabe se ela é afinal ou não uma boa opção ou se não passa de uma grande porcaria.

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20 minutos atrás, Internet disse:

OK, vou tentar explicar por partes.

1. Formato de fontes:

Existe uma padronização à respeito. Em caso de fontes para PC, a grande maioria delas é do formato ATX12V (também chamado de PS/2). Mas também existem outros formatos, voltados para diferentes tipos de gabinetes, como o SFX12V, o LFX12V, o CFX12V, o TFX12V e o Flex ATX. No geral, os formatos aqui são compatíveis entre si, e geralmente o formato da fonte é mais determinado pelo gabinete do que pela placa-mãe. Há também normas de padronização para a construção de placas-mãe, cuja maioria é no formato ATX.

2. Conectores

Bom, os conectores que você geralmente vai precisar são:

Conector principal da placa-mãe: esse é simples, praticamente todas as placas-mçae usam um conector de 24 pinos.

Conector de +12 V para o processador: esse é um pouquinho mais complicado porque varia de placa-mãe para placa-mãe. O PSU Design Guide for Desktop Form Factors prevê um conector de 4 pinos para a placa-mãe. Algumas placas-mãe seguem esse padrão, mas muitas outras requerem dois conectores desse (ou um de 8 pinos do padrão EPS12V). Mas esses conectores são compatíveis entre si, e a maioria das fontes trazem dois desses conectores na configuração 4+4. Algumas placas-mãe ainda vão mais longe e pedem 3 ou 4 desses conectores, e aí você vai ter que atentar, porque não é toda fonte que tem toda essa disponibilidade de conectores +12 V.

Conector Serial ATA: esse é o conector usado para dispositivos de armazenamento de forma geral. Não há muito mistério aqui, qualquer fonte minimamente atual traz esses conectores.

Conector para periféricos: esse conector antigamente era mais usado pelos HDs e drives ópticos IDE. Com o desuso deles, agora eles são mais usados para ventoinhas, LEDs ou alguma coisa complementar.

Conector de disquete: se você por acaso tiver um drive de disquete,, saiba que ainda existe previsão do mesmo. Muitas fontes ainda o trazem, mas ele se tornou opcional. Nada em todo caso que um adaptador não resolva (aliás algumas fontes estão tirando o conector de disquete nativo e incluindo um adaptador para os mesmos, especialmente depois que um famoso site resolveu descontar na pontuação de fontes que trazem esse conector).

Conector de alimentação PCI Express para placas de vídeo: Isso aqui depende da placa de vídeo. Tem placas de vídeo que não requer nenhum desses conectores, tem placas de vídeo que requer um conector de 6 pinos, outras podem requerer um de 8 pinos, e outras podem chegar até a requerer dois conectores de 8 pinos. Isso é uma coisa a se atentar, já que a fonte pode trazer ou não esses conectores, ou pode trazê-los em uma configuração que não seja suficiente para atender a demanda da placa de vídeo. Esses conectores PCI Express não são exclusivos para placas de vídeo, já vi placas de som e até placas-mãe requisitando o uso desses conectores.


3. Potência, distribuição de potência e temperatura

Bom, acho que a parte de potência é o que você mais ouve falar. O que você essencialmente precisa saber é de especificação técnica. Todo processador tem um TDP (Thermal Design Power), que é o máximo de potência que ele dissipa. Isso é importante para o dimensionamento da fonte, porque o valor de TDP também significa que isso é o máximo que o processador vai demandar. O mesmo vale para a placa de vídeo (note que você deve verificar o TDP da placa de vídeo, e não o quanto o fabricante da placa de vídeo recomenda de potência da fonte. Esse segundo dado você deve ignorar, eles não têm precisão alguma). Disso, você ainda deve somar o gasto energético da placa-mãe, das memórias, de dispositivos de armazenamento e de ventoinhas adicionais. Note que em caso de overclock, tanto na VGA quanto na CPU, esse TDP pode ser ultrapassado (e aí você terá que dar um dimensionamento extra na fonte).

Agora você tem o quanto o seu sistema demanda da fonte no total. Suficiente? Não. Você agora precisa saber de quais linhas o componente do seu PC vai demandar da fonte. Essencialmente, o processador (qualquer coisa de Pentium 4 e Athlon 64 em diante), a placa de vídeo (PCI Express) e qualquer outra coisa que use motores faz o uso da linha de +12 V. Memórias geralmente usam a linha de +3,3 V. Já a linha de +5 V geralmente é usada pelos componentes auxiliares da placa-mãe (chipset, codec de áudio, dispositivos de rede...), pelo HD para alimentação da placa lógica, por SSDs e por dispositivos USB sem alimentação própria. A linha de -12 V é usada por portas seriais (ou seja, quase nunca) e a de +5 VSB é usada para fins de standby. Você tem que atentar essas linhas sejam capazes de atender tudo isso aí. Uma fonte até pode fornecer a potência total requerida pelo sistema, mas pode ter alguma das suas linhas (como a de +12 V) oferecendo uma potência menor do que a necessária. Aí você vai ter uma fonte que não é adequada para o sistema. Por isso que é importante atentar para a etiqueta da fonte, especialmente na linha de +12 V. Se ela não tiver a corrente/potência necessária nessa linha, você vai ter problemas.

Feito isso, você ainda tem que atentar à temperatura de operação da fonte. Existe uma recomendação por parte do Power Supply Design Guide for Desktop Form Factors para que as fontes de alimentação sejam capazes de operar em uma faixa de temperatura de até 50º C. Mas nem sempre é isso que ocorre. Muitas fontes são rotuladas com temperaturas de operação menor, de 40º C. Algumas de mais baixo custo chegam a colocar essa temperatura a 30º C ou até mesmo a 25º C. Isso é capaz de criar uma diferença monstruosa, restringindo o quanto você pode puxar da fonte em uma temperatura mais alta, como dentro de um gabinete (especialmente se ela estiver instalada na parte superior do mesmo). Minha recomendação é que se a fonte não for rotulada a 50º C, é que se deixe uma certa folga em relação à sua potência máxima, ou seja, que o PC não demande em seu pico toda a potência da fonte.

4. Considerações sobre a qualidade e o desempenho da fonte

Esse parte é chata mesmo. Muitas fontes por aí, por corte de custos ou negligência do fabricante ou do remarcador, usam projetos defasados ou então que em alguns aspectos não cumprem com as especificações do PSDG. Alguns desses incumprimentos não são graves e não apresentam risco de uso, mas outros são um problema sério, como por exemplo o desempenho em regulação de tensão, em ripple e em cargas de transientes. Por isso que é importante que a fonte seja de boa procedência e com projetos que tenham em mente os padrões mais recentes. Isso não é uma coisa que você constata de primeira, aí você tem que saber a respeito do OEM, da plataforma utilizada e se guiar por reviews de sites que usem testadores de carga (e mesmo assim, você ainda precisa ficar atento, porque tem coisas que nem sempre são testadas adequadamente). Aí, conhecendo o desempenho da fonte e da sua plataforma, é que você sabe se ela é afinal ou não uma boa opção ou se não passa de uma grande porcaria.

Já pensou em criar um tópico só sobre isso? Ficaria legal pinado na pagina inicial da área.

 

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3 horas atrás, braconius disse:

Já pensou em criar um tópico só sobre isso? Ficaria legal pinado na pagina inicial da área.

 

 

Foi escrito por acidente! :D

 

O OP perguntou e as coisas foram vindo na minha cabeça. Não sei se vale a pena um tópico fixo, até porque didática não é meu forte, mas talvez valha um tópico separado. Ou talvez pode ficar por aqui mesmo, as outras respostas dadas aqui também estão boas. :)

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13 horas atrás, Internet disse:

 

Foi escrito por acidente! :D

 

O OP perguntou e as coisas foram vindo na minha cabeça. Não sei se vale a pena um tópico fixo, até porque didática não é meu forte, mas talvez valha um tópico separado. Ou talvez pode ficar por aqui mesmo, as outras respostas dadas aqui também estão boas. :)

Como eu disse, acho válido um tópico separado. E se o pessoal gostar, naturalmente virará um tópico fixo.

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29 minutos atrás, braconius disse:

Como eu disse, acho válido um tópico separado. E se o pessoal gostar, naturalmente virará um tópico fixo.

 

Precisaria pelo menos arranjar algumas imagens e talvez referências. Do jeito que está, é só um textão, rsrsrsrsrs... Quando tiver um pouco mais de disposição, dou uma olhada nisso com mais cuidado.

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