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"Regra das 24 horas" e "Abandonware"


macsei

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Olá!

Eu procurava por um freeware quando encontrei um artigo interessante sobre pirataria de software. Como o Clube do Hardware é acertadamente rigoroso quanto a essa questão, resolvi sugerir aqui a leitura do artigo, que trata da "regra das 24 horas" e dos "abandonwares".

Abandonware seria aquele programa antigo, que não é mais vendido e ao qual o fabricante deixou de prestar assistência. A "regra das 24 horas" é aquela que diz que uma pessoa pode usar um programa durante esse período para testá-lo, apagando-o em seguida ou, então, comprando-o.

O artigo está no site da SIIA. Desconheço essa organização, então pesquisei para ver se a fonte é confiável. Pelo que pude apurar, parece tratar-se de uma associação de fabricantes, como a ABES ou a BSA. Entre os membros, há vários nomes conhecidos, como McGraw-Hill, Novell, Oracle, RealNetworks, Sony, Sun Microsystems, e outros do mundo dos negócios, como AOL Time Warner, Dow Jones, Financial Times e Merrill Lynch. A Microsoft, que já fez parte dessa associação, mas dela desligou-se, segundo esta notícia (em inglês), recomenda-a no seu site de anti-pirataria.

Eu fiz uma tradução livre do artigo. Se puder, leia o original em inglês.

Leis de Direitos Autorais & Assuntos Relacionados

Posição da SPA sobre a "Regra das 24 horas" e o Abandonware

Lendas urbanas criadas para promover a infração de direitos autorais

A "regra das 24 horas" e o abandonware são lendas urbanas criadas e espalhadas para justificar violações às leis de direitos autorais na Internet. A "regra das 24 horas" reivindica que um usuário pode fazer o download de um programa e usá-lo por 24 horas para determinar se ele quer continuar a usá-lo -- depois disso, ele tem de apagá-lo ou comprá-lo. Abandonware é um termo usado para descrever software cujo detentor dos direitos autorais tenha deixado de distribuí-lo ou prestar assistência a ele. Na verdade, nenhuma das duas coisas existe sob as leis de direitos autorais.

"Regra das 24 horas"

"Aquele que viole qualquer dos direitos autorais exclusivos do proprietário (reprodução, adaptação, distribuição pública, execução pública, apresentação pública, locação com vantagem comercial ou importação) é um infrator dos direitos autorais ou direito do autor" Seção 501ª do Ato dos Direitos Autorais. A infração pode ocorrer ao fazer-se o download ou o upload de software, manter software disponível para download, e transmitir arquivos de software.

Sempre que a distribuição de um programa de computador ocorrer sem o consentimento do detentor dos direitos autorais, geralmente o editor do produto, será considerada infração direta das leis de direitos autorais. A reprodução ou distribuição não autorizada, ainda que por apenas 24 horas, é ilegal. O período de tempo não serve como fator de isenção.

Muitos editores de programas oferecem versões de teste para permirtir que os usuários avaliem o software. A licença define com precisão o período de tempo de uso e exige que o usuário ou apague o programa ou compre-o, após esse período decorrer. Porém, apenas editores e seus distribuidores autorizados podem oferecer versões de teste.

Usuários que promovem a mítica "regra das 24 horas" estão tentando justificar suas atividades contraventoras. Eles estabelecem sites para distribuir ilegalmente software sob a falsa premissa de que é legal fazê-lo, desde que aquele que faz o download compre-o ou apague-o após 24 horas. Aqueles que fornecem o software, e aqueles que fazem o download dele, ainda que sejam usuários inocentes ou desprevenidos, podem ser responsabilizados por essa atividade.

Abandonware

A Seção 302 das leis de direitos autorais especifica a duração dos mesmos. Para trabalhos criados após 1978, os direitos perduram por 50 anos depois da morte do autor, ou, no caso de obras de anônimos, obras de pseudônimos, e obras feitas por encomenda, os "direitos autorais permanecem por um período de setenta anos da data da primeira publicação, ou por um período de cem anos a partir do ano de criação, o que ocorrer primeiro." 17 USC Section 302©. As leis de direitos autorais não impõem a obrigação de o detentor dos direitos comercializar sua obra ou então torná-la disponível ao público por qualquer período de tempo.

Então, a ideia de abandono de direitos autorais devido a ausência de distribuição, apoio técnico, ou mesmo a saída do dententor dos direitos do mercado, é falsa. Além disso, como a maioria dos programas torna-se obsoleta depois de dez anos, poucas pessoas fariam uso de um produto de 75 anos.

De forma similar a desses usuários que promovem a "regra das 24 horas", o conceito de abandonware é uma tentativa de justificar infrações de direitos autorais. Abandonware não existe. Usuários quem criam sites de abandonware e usuários que fazem download de títulos nesses sites são ambos responsáveis ante as leis de direitos autorais.

Fonte: http://www.siia.net/piracy/copyright/24hr.asp

Pesquisando um pouco mais, encontrei essas perguntas e respostas no GameFAQs. Segue uma tradução livre dos itens que se relacionam diretamente com o tema do artigo acima.

E sobre a "regra das 24 horas" que diz que eu posso experimentar cópias [de programas] por 24 horas antes de apagá-las?

A "regra das 24 horas" é um claro exemplo do porquê você nunca deve aceitar conselhos sobre legalidade vindos de piratas de software. Não existe tal regra; fazer o download de cópia de software proprietário que não foi feita para distribuição é sempre ilegal, não importa por quanto tempo você a mantenha.

Se um fabricante de jogos fecha as portas, os jogos lançados por ele tornam-se livres para download?

Não. Quando um fabricante encerra suas operações, mais do que provável os bens de propriedade intelectual (inclusive os direitos sobre todos os programas criados por ele) serão vendidos a um credor ou terceiros. Por exemplo, os direitos sobre todos os clássicos da Atari (Dig Dug, Tempest, Lunar Lander) foram vendidos e revendidos inúmeras vezes ao longo dos anos a várias empresas (Time Warner, Midway, Hasbro), e pertecem agora à Infogrames, a qual inclusive chegou a relançar a marca Atari.

O que é "abandonware", e isso é legal?

Abandonware é um termo genérico para programas que não mais estão disponíveis em lugar nenhum para compra, geralmente jogos antigos de computador. Apesar de várias empresas de software fazerem pouco caso disso, ainda se trata tecnicamente de violação de direitos autorais distribuir ou fazer o download de cópias de jogos "abandonados".

Fonte: http://www.gamefaqs.com/features/help/hmisc_1.html

Saudações!

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Vamos explicar um pouco isso...

Sim, a regra das 24h não vale, sim, Abandonware não é bem abandonware.

Mas vamos por partes.

1 - Qual o propósito de manter um Abandonware, que não é atualizado nem existe a possibilidade de compra legal, sob as asas do direito autoral? NENHUM. Será que alguém lucra com um programa feito a 20, 10 anos atrás? Eu aposto que ninguém. (Sim, existem exceções... Por exemplo, Perl acho que cai nessa categoria )

Os fabricantes sabem disso, mas não arredam pé. Sim, é birra mesmo. À exceção citada no texto, dos direitos sobre a marca Atari, que aí é outra história.

O fato das ROMS. Será que alguém aí vai comprar a ROM original pra jogar um jogo de videogame no seu PC???

A verdade é que os fabricantes são muito birrentos quanto a isso. "Copiar uma ROM, mesmo que seja só 24h ainda é uma violação de Copyright, blah, bla, bla..." Pois quer saber? Tá bom, não copio a ROM, mas na hora de comprar o jogo original, vou saber muito bem de quem comprar...

Eu não defendo a pirataria (principalmente por ser programador), mas tem horas que ela se torna inevitável...

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tabgal, a questão é simples, vamos supor que você queira usar o office 97 (de forma legal....) tudo bem, você pode usar, mas pra isso terá que comprar uma licença pro office 2003.....entende, os caras não abrem mão dos direitos dos soft´s antigos porque sabem que se abrirem mão dos soft´s antigos pouco gente comprará os novos.

Ex. quem compraria 100 licenças pra win xp se pudesse usar o win98 de graça?

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  • Membro VIP

Interessante o artigo, porém existe algumas consideracoes a fazer... A questao das roms no forum jogos não e regra e sim um lembrete. O usuario toma a decisão de baixar roms ao seu proprio risco. Particulamente acho essa questao muito controversa. E se eu tiver o jogo original? então eu posso ter a rom dele no meu pc para meu uso pessoal? não se tem resposta... O mesmo acontece com as mp3. E se eu tiver o cd? Todo mundo nesse caso diz que não tem problema. Mas a grande verdade e que não pode fazer copia em hipotese alguma, pelo menos se você considerar a lei da forma que ela se encontra atualmente. A internet e algo muito novo, falta leis especificas para esse tipo de coisa.

PS: As leis apontadas acima sao americanas...

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  • Membro VIP

Essa questão é muito complexa mesmo, mas concordo com o Edgar... quem iria comprar licenças do XP, sabendo que pode pegar o WIN98 de graça? Ah não ser empresas e afins que realmente precisam de um sistema seguro e recente para rodar suas aplicações.

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Postado Originalmente por red viper@02 fev 2004, 02:35

A questao das roms no forum jogos não e regra e sim um lembrete.

Sim, mas se a tal "regra das 24 horas" não for correta e não se aplicar ao Brasil, então esse lembrete não faz sentido. E como a Internet não tem fronteiras, quem lê o lembrete pode estar em qualquer parte, inclusive nos Estados Unidos.
Postado Originalmente por red viper+02 fev 2004, 02:35-->
O usuario toma a decisão de baixar roms ao seu proprio risco.
Perfeitamente. E é por isso que não há hipocrisia nenhuma, ao contrário do que pensam alguns, no rigor com o que o Clube do Hardware trata do tema. Não há julgamento moral aqui. Este é um fórum público. Há leis e elas são consideradas. Por outro lado, o que se faz em particular é de inteira responsabilidade de cada um.

red viper@02 fev 2004, 02:35

E se eu tiver o jogo original? então eu posso ter a rom dele no meu pc para meu uso pessoal?

Há na página da GameFAQs que apontei mais essas duas perguntas e respostas:

É legal fazer cópia de um jogo que possuo?

Sim. As leis de direitos autorais americanas permitem-lhe fazer uma cópia de segurança de software que você possui. Contudo, essa cópia está "ligada" ao original. Se você vender ou der seu software original, você deverá destruir sua cópia de segurança ou embalá-la com o software original quando você o vender ou der. Igualmente, você não pode vender ou dar sua cópia de segurança separadamente do software original.

É legal fazer o download de cópia de um jogo que possuo?

Não. Ainda que você possua o jogo original, não lhe é dado o direito de fazer o download de uma cópia dele. As leis de direitos autorais claramente estabelecem que a única cópia de software a que você tem direito é aquela que você mesmo faz.

Fonte: http://www.gamefaqs.com/features/help/hmisc_1.html

Postado Originalmente por red viper@02 fev 2004, 02:35

PS: As leis apontadas acima sao americanas...

Sim, de fato. Entretanto, o Brasil, além das próprias leis, que me parecem severas, já que prevêem pena de prisão, pode ser signatário de acordos internacionais. Um advogado da área poderia esclarecer issso. Se houver interesse, posso escrever para a ABES perguntado a respeito dessas questões.

Encontrei lá uma cópia da Lei de Software, lei de nº 9609, 19/02/1998. Imagino que essa talvez não seja a única lei que se aplique ao caso. O primeiro item do artigo 6º dela diz:

Art. 6º Não constituem ofensa aos direitos do titular de programa de computador:

I - a reprodução, em um só exemplar, de cópia legitimamente adquirida, desde que se destine à cópia de salvaguarda ou armazenamento eletrônico, hipótese em que o exemplar original servirá de salvaguarda.

Bem, para mim, leigo, não está claro que se tem de fazer pessoalmente a cópia de segurança.

Quando transcrevi aqui o artigo sobre a "regra das 24 horas" e "abandonware" não tinha a intenção de discutir o mérito da questão, quer seja sob o ponto de vista legal ou moral. O que tinha em mente era que, não raro, de tanto ouvir ou ler uma coisa, passamos a considerá-la como verdade, se não refletimos sobre ela e, principalmente, a estudamos a fundo.

Saudações!

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Postado Originalmente por Elendil@04 fev 2004, 12:25

O governo deveria fazer com os programas e games a mesma coisa que fez com os remédios mais caros, quebrar a patente, o brasil não é os EUA e poucas pessoas podem pagar 100 reais num jogo...

Jogos e programas não são cobertos por patentes, são cobertas pelo direito autoral... (Patentes-> invenções Direito Autoral: Livros, música, software)

Existem patentes de software nos EUA (aqui, no Brasil, GRAÇAS A DEUS, não) mas isso é outra coisa... Tipo, protege algoritmos e afins...

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  • Administrador

Oi!

Gostei muito deste tópico e gostaria de acrescentar algo sobre a parte legal dessa história toda. Apesar de eu não se advogado, tenho gabarito para falar sobre o assunto, já que a lei sobre programas no Brasil é exatamente a mesma lei sobre livros. E de livros eu entendo. Quem quiser aprender a fundo o assunto sugiro o livro "De Gutemberg à Internet: Direitos Autorais na Era Digital", de Henrique Gandelman:

http://www.estantevirtual.com.br/q/De-Gutemberg-%C3%A0-Internet

Fazendo um paralelo com o mercado de livros, um "abandonware" seria um "livro esgotado", isto é, um livro velho e que não está mais à venda. Mas isso não significa que os direitos dele sejam públicos. Para um livro ser considerado de domínio público, pelo menos no Brasil, ele tem que estar esgotado a pelo menos 100 anos. Desta forma, tecnicamente falando, um abandonware é pirataria, já que quem escreveu o programa ainda é detentor de seus direitos autorais, mesmo que o programa não seja mais comercializado. A não ser que o detentor dos direitos autorais (programador, softwarehouse, etc) coloquem um aviso público dizendo que o seu programa "x" está oficialmente descontinuado e pode ser livremente copiado. Isto, infelizmente, raramente ocorre, e o detentor dos direitos autorais pode "segurar" o programa por motivos mercadológicos. O exemplo mais claro que me ocorre não é o de games, mas o de sistemas operacionais e aplicativos. A Microsoft nunca irá declarar "grátis" seus sistemas e programas antigos (Windows 95 e Office 95, por exemplo, que rodariam "redondo" mesmo em máquinas mais antigas), já que ela ganha dinheiro vendendo produtos novos... Pode parecer terrível, abuso do capitalismo, etc. Seja qual for o nome, é o que ocorre.

Em tempo: gostei tanto do assunto que publiquei a minha coluna do jornal O Dia falando sobre esta história. Agradeço, portanto, ao nosso membro macsei pela importante contrinuição feita à nossa comunidade. O link para a coluna que publiquei é este:

https://www.clubedohardware.com.br/artigos/Abandonware-e-Regra-das-24-horas/523

Abraços,
Gabriel Torres

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Pelo que foi levantado aqui, será que o fórum não deveria também proibir os tópicos sobre downloads de ROMs?

Porque se formos falar sobre legalidade, seriam tópicos ilegais. Se formos falar sobre a consciência de cada um, então todos os assuntos deveriam ser permitidos, incluindo cracks, seriais, etc.

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  • 3 semanas depois...

A minha opinião em relação as ROMs é a seguinte: a grande maioria pega as roms na internet porque não tem disponivél para pc os jogos, e mesmo assim um exemplo me deu vontade de jogar enduro do atari, por causa disso eu teria que "comprar" um atari e o cartucho simplesmente por isso...na minha opinião as roms deveriam ser liberadas....é o mesmo casa da velha briga entre a sony e o bleem!....e em relação aos programas, eu sei que isso é errado mas vamos pensar: a população brasileira não ganha bem, tem um computador hoje me dia é quase que vital...é como não ter televisão...mesmo assim é difícil comprar um micro por menos de 1300,00, isso porque ele vem com TODOS os programas piratas, posso afirmar isso porque trabalho em uma das maiores revendas de informática de campinas- sp vendemos em média 09 microcomputadores por dia, q é um número meio alto se levar em conta o tanto de loja de informática que temos aqui, mas agora imaginem se fosse tudo original, windows, office, norton.....

o windows 98se para nós sai por R$385,00, o xp profissional sai por R$715,00, office 2000 por R$1050,00.....agora imaginem c tivermos que repassar essa dispeza para o consumidor....ficaria inviavel......eu acho que o valor dos programas deveriam ser revistos e taxados pelo governo como os remédios e controlado como a gasolina.....e também que os programas livres(linux) deveriam ser mais explorados...Esta é uma questão polemica que não vai acabar tão cedo....

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  • 2 meses depois...

:D

Olá rapazes,

Bom saber que existem pessoas tão bem informadas em nosso Brasilzão.... sem ter que procurar forums estrangeiros.

:bandeira:

Bom, eu mesmo tenho uma dúvida pessoal, pois estou concluindo um MOD de um jogo dito "Abandonware"... é um completa modificação do que foi feito no original.. então eu gostaria de saber:

1. Se é ilegal disponibilizar o MOD para download;

2. Se eu posso tentar obter o interesse da produtora original e se eu teria algum direito do que foi criado e atualizado nessa modificação (como uma versão DELUXE)

Obs.: Faço isso por diversão, mas está ficando tão bom.. que quase me sinto um profissional, hehe :rolleyes:

Valeu gente! :palmas:

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Postado Originalmente por Caatinga@17 maio 2004, 11:35

Bom, eu mesmo tenho uma dúvida pessoal, pois estou concluindo um MOD de um jogo dito "Abandonware"... é um completa modificação do que foi feito no original.. então eu gostaria de saber:

1. Se é ilegal disponibilizar o MOD para download;

2. Se eu posso tentar obter o interesse da produtora original e se eu teria algum direito do que foi criado e atualizado nessa modificação (como uma versão DELUXE)

Assim

Quanto a 1a questão, depende de como o MOD foi feito. Mas o mais provável é que a resposta seja SIM, desde que quem esteja baixando tenha o jogo original

Quanto a questão 2, não custa nada tentar, mas acho bem difícil (isso se não encrencarem com o seu MOD)

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  • 3 semanas depois...

não concordo com isso não... <_<

Acho que foi como falaram, tinham que quebrar a patentes, os camelos sao os "Genéricos" dos jogos e programas, não acho errado isso, se eles forem vender vendam direito e não vendam jogos ferrado <_<

Concordo que muita gente não pode pagar 100 reais num jogo <_< mesmo que seja errado comprar no camelo, mas quando eu quero eu compro mesmo, to nem ai, eu tenho os The Sims originais e Key original , para que serviu a key :blink: dá nem para jogar na net... :P Se for vender original VENDE BARATO senão a era Camelo vai evoluir mais e mais, não só para Jogos e programas, como aparelhos e outras coisas ai...

:bandeira::wub: gosto do Brasil, mas as vezes é ######! B)

Valeu postem a respeito ai!

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  • 2 semanas depois...
Postado Originalmente por Gabriel Torres@08 fev 2004, 19:19

Oi!

Gostei muito deste tópico e gostaria de acrescentar algo sobre a parte legal dessa história toda. Apesar de eu não se advogado, tenho gabarito para falar sobre o assunto, já que a lei sobre programas no Brasil é exatamente a mesma lei sobre livros. E de livros eu entendo.................

Abraços,

Gabriel Torres

Gabriel Torres , quem diz o preço final do livro , o autor ou a editora ?

Pergunto isso , pois os livros de informática em geral são muito caros , muitas vezes impossibilitando a compra .

Obrigado .

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  • 3 semanas depois...

Nossa, muito bom mesmo o topico !!! Nunca nem tinha me perguntado sobre a "regra das 24 horas" e "Abandowares". Também acho que a internet evoluiu muito e as leis não acompanharam, isso mesmo em paises como o Estados Unidos... No Brasil escutamos direto sobre isso, que várias coisas da internet ainda não possui um lei especifica e tem que encaxair em outras leis...

E como tudo, há casos e casos... Claro que uma gigante como Microsoft nunca abriria mão dos direitos, até porque perderiam muito com isso.... Mas a respeito de games antigos, ROMS e afins... isso as próprias desenvolvedoras poderiam estudar um jeito de utilizar como marketing e propaganda da empresa... Se você jogar um jogo de 10 anos atrás da empresa e curtir, com certeza você vai querer ver os mais recentes !!! Ou até mesmo um relançamento do jogo ou continuação....

Bom está ai minha opinião !

[]'s :bandeira:

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  • 4 semanas depois...
  • Administrador

Olá,

O preço tanto de livros quanto de programas é determinado pela editora. O autor ganha royalties (comissão sobre vendas).

Não acho o preço dos livros caro no Brasil; ele está no mesmo patamar do preço em outros mercados. Acho que o problema é outro: o brasileiro é que ganha pouco.

Sinceramente, acho que em vez do pessoal reclamar do preço das coisas, deveria lutar para uma maior valorização profissional, salarial, de remuneração, etc.

Abraços,

Gabriel Torres

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  • mês depois...

Então... :chicote:

Estou tentando obter junto ao desenvolvedor uma licença para re-lançar o jogo aqui no Brasil atualizado com o meu MOD... Já que o Gabriel falou em royalties, justamente o que eu sugeri ao gringo, qual seria o preço justo, em %, para um jogo abandoware... seria possível fazer um paralelo com o mercado de livros pra gente ter uma ideia?

Abraços! :rolleyes:

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  • 3 semanas depois...
Postado Originalmente por WaVe@02 fev 2004, 03:15

Essa questão é muito complexa mesmo, mas concordo com o Edgar... quem iria comprar licenças do XP, sabendo que pode pegar o WIN98 de graça? Ah não ser empresas e afins que realmente precisam de um sistema seguro e recente para rodar suas aplicações.

Por que as empresas (que são muito vigiadas a respeito de programas piratas) usam windows? Deveriam usar linux, pois os custos justificariam. As pessoas e as empresas usam windows pois tem acesso mais fácil a suporte e devido a sua interface mais amigável.

Se as pessoas preferissem usar o office 95 ou o windows 95 à usar o windows XP, é porque não há diferenças significativas entre uma versão e outra.

Talvez se a regra fosse diferente, e depois de 2 anos por exemplo, o software fosse considerado abandonware, a evolução dos mesmos seria mais rápida.

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  • 3 semanas depois...

Elendiu disse:

O governo deveria fazer com os programas e games a mesma coisa que fez com os remédios mais caros, quebrar a patente, o brasil não é os EUA e poucas pessoas podem pagar 100 reais num jogo...

Concordo com o amigo, que dirá 1200 reais num office!!! A hipocrisia tem de ser deixada de lado!!! As pessoas não tem condições de arcar com tal preços exorbitantes!!! Deve dar p/ contar no dedo os amigos que aqui tem Windows original, são pouquíssimos isso eu garanto!

E tem mais, saibam que a própria Microsoft não liga tanto para pirataria (não por ser boazinha, mas porque também lhe traz lucros)...

Imaginem, hipotéticamente, se fosse, hoje, impossível adquirir programas piratas... A perseguição à pirataria teria conseguido exterminar todos o "copiadores"clandestinos de software, somente seria possível tê-los, pagando os exorbitantes preços dos originais... você não acha, que nesse mundo de pessoas ganhando mal, algumas à margem da miserabilidade não iriam TODOS que tivessem computador p/ software livre??? Se isso acontecesse, será q o Windows seria a referência Máxima em sistema operacional??? Isso é um caso a se pensar...

Mas após pensar por segundos, é claro q você chegou a conclusão de que NÃO, a Microsoft não seria mais a referência p/ Sistema Operacional... E você não acha q isso não ia causar problemas p/ mesma??? A receita dela seria MENOR sem pirataria do que COM pirataria!!!

Quase todo mundo q eu conheço e que usa pc no serviço, nunca fez um curso de informática!!! Sabem o mínimo para operar o sistema e obtem experiência usando o pc de amigos ou um pc q tenha em casa... Se essas pessoas que trabalham, migrassem p/ Linux, você não acha que fatalmente as empresas não fariam o mesmo??? E sem custos de licença!!!

Existem uma série de outras situações em q a pirataria beneficia a Microsoft...

Bom, trocando em miúdos, a gigante de Bill Gates precisa da pirataria para sobreviver... Bill Gates não suportaria ver seu Windows ir por água abaixo não!!! E não é apenas dinheiro, é ORGULHO também!!!

Ele lucra e lucra muito com essa situação!!! Afinal, as empresas e os grandes integradores usam os originais e com o escorchante preço, seus milhões estão assegurados...

Abraços,

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  • 4 semanas depois...

IMAGINEM> se todos os brasileiros que não podem comprar o windows decidissem que não vão mais usar o windows, e sim linux (que é conseguido gratuitamente), o que poderia ocorrer???

1- todos os profissionais ligados a microsoft direta ou indiretamente no Brasil, ficariam com medo, pois estariam com seus empregos em risco. E gradativamente muitos perderiam o emprego.

2- A grande procura por programas para uso em linux faria com que os desenvolvedores, Brasileiros principalmente, os criassem e, fiquem certos cobrariam por isso.

3- Muitas distribuições de linux simplesmente deixariam de ser feitas gratuitamente, pois quanto maior a procura... (lei da oferta e da procura)

4- O preço do Windows no Brasil, poderia sofrer uma brusca queda e podem ter certeza que as vendas de novas versões não seriam mais lançadas no Brasil com a mesma velocidade. Haveria uma diferença como: lá fora estão utilizando o xp e no Brasil só encontramos o 98 ou 95 pra venda... a menos que se importe. Isso ocorre com a maioria dos componentes eletronicos já, não é mesmo?

5- Tendo em vista que o uso do linux cresceria no Brasil, aumentaria tb o numero de distribuições desenvolvidas. Talvez pudesse haver fusões para fortalecimento de alguns desenvolvedores.

6 - O fato de termos software bons e baratos desenvolvidos no Brasil, e o uso crescente do Linux poderia incentivar ainda mais a produção Nacional de componentes eletronicos para informática. Isso seria muuuito bom.

7- Bom... estou falando hipoteticamente, mas imagine o impacto que isso teria na informatica brasileira e no relacionamento do Brasil com o Tio Sam... :goff:

Minha maior dúvida é:

Isso tudo aí em cima é possível??

Se for, em quanto tempo teríamos os primeiros resultados positivos, já que logo de cara o desemprego seria um problema?

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  • 3 meses depois...

Quanto as questões da mensagem anterior, não é tão simples assim, mas é um bom teste pra fazer.

1. Não necessariamente perderiam o emprego, isso só significaria que a maioria dos esforços em Windows passariam pra Linux, ou esse pessoal especializado em Windows formaria empresas separadas, no final o mercado de programas do Brasil até poderia sair ganhando.

2. Na certa eles tentariam, mas não adianta nada um brasileiro tentar vender se tem um programa em inglês de graça disponível (adoro software livre).

3. Certamente, mas ainda restariam as gratuitas, já que não teria lugar (que compense) no mercado pra todas, lembre-se que empresas como a conectiva vivem de serviços e não de produtos).

4. O windows seria vendido no mesmo valor, porque o preço é tomado em reais pela filial no Brasil, mas se tivesse uma discrepância muito grande com o dólar certamente a Microsoft iria ver as versões em portugues sendo exportadas pro resto do mundo, já que certamente iria aparecer alguem e criar um programa que traduz, seria como pagar lá fora por U$100 e importar do brasil por U$35 (cerca de R$100) Claro que isso depende da paridade real-dólar

5. Provavelmente o mercado seria controlado por 3 ou 4 empresas no máximo. portanto haveria alguma fusão, mas é impossível prever com certeza.

6. Não necessariamente, isso faria com que os hardwares fossem fabricados e drivers usados em ambos os sistemas. O problema de hardware em Linux (o maior problema do Linux atualmente, na minha opinião) seria resolvido, mas isso não necessariamente significa que o mercado brasileiro de hardware iria crescer. O Brasil é um dos maiores mercados do mundo, só isso deveria ser o suficiente.

7. O mercado de programas do Brasil poderia evoluir, mas no restante permaneceria igual, acho eu. Só a microsoft faria pressão no governo americano, o restante das empresas pensam em lucro, não importa pra que plataforma, elas só trabalham com Windows porque ainda não compensa em Linux, assim que o Linux crescer (mais, muito mais), elas vão passar a produzir para ambos sistemas, como algumas ja fazem.

São só suposições, pra saber na verdade só se acontecesse.

Só pra terminar o livrinho, foi citado anteriormente que o prazo pra direito autoral é de 100 anos, mas eu dei uma olhada no artigo 41 da lei dos direitos autorais (9610/98) e lá trata de 70 anos. Lei que revogou parcialmente a lei 5988/73, que se não me engano (não li essa) fala também de 70 anos, me corrijam se estiver errado. Ah sim, 70 anos da morte do autor.

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  • 3 meses depois...

:bandeira: Iae pessoal!

A questão pra mim é bem simples: se os preços fossem mais acessíveis e se os impostos fossem menores (o que baixaria os preços dos produtos importados), ressaltando que uma gorda porcentagem desses impostos vão para as mãos de políticos que pouco ligam para nossas vidas, poderíamos logicamente comprar jogos e cds em geral originais. Confesso que já comprei cds piratas (não estou fazendo apologia a este tipo de "arte") e já baixei ROMS de antigos jogos de videogame.

Contudo, os prós pagam pelos contras. Atualmente um cd de um jogo recém-lançado está custando por volta de 100 reais em São Paulo; no Rio Grande do Sul, o mesmo jogo está 230 reais (estou falando de Rise of Nations, jogo de estratégia bem recente). Nos Estados Unidos o preço gira em torno de 10 dólares. CAROS AMIGOS!!! Até um mendigo pode juntar dez míseros dólares para comprar um jogo extremamente recente (só não sei se ele pode pagar pelo PC que ele precisará para rodar o jogo!!! :P ). Realmente é uma questão injusta e que responde por si própria. Além disso, muitas vezes a disponibilidade destes programas é baixa (não se encontra cds originais com ROMS de videogames...)

Assim, a solução mais "viável" para o problema não é apenas a conscientização da população consumidora, mas o conscientização de TODOS... Mas, falar de consciência geral é uma utopia....

Concluindo... a pirataria nunca terá fim.

El NoiadonZin :tantan:

EMAIL: [email protected]

PS.: Só para ressaltar, alguns jogos atualmente foram declarados como Freeware por empresas antigas que acabaram e que não encontraram compradores: jogos como Prince of Persia 1 e 2 (que atualmente tem versões modernas), e Wolfenstein 3D são atualmente Freewares; assim, se você quer evitar controvérsias, busque Freewares ou baixe diretamente do desenvolvedor...

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  • 5 meses depois...

Alguns pontos podem ser levantados sobre essa polêmica. Sobre qualquer coisa pirata, o MEU ponto de vista é o seguinte. Se eu fizer um trabalho, seja ele qual for, vou querer receber por ele (a menos que diga o contrário) não vou trabalhar de graça. Se eu uso alguma coisa pirata, não estou pagando a quem trabalhou naquilo o que lhe é de direito. Isso é fato, assim como é fato que eu não compro jogos para o meu Playstation 2 originais pagando no mínimo 10x mais! Ou seja, pelos meus princípios eu estou errado. porém acho que da mesma forma, eu não tenho as mesmas condições que um jogador dos Estados Unidos ou Japão têm e oprtanto U$50 pra mim é bem diferente de U$50 pra eles. E ai eu me pergunto, será que é justo que eles tirem 1% do salário pra comprar um jogo e eu 50%...

Outra coisa interessante é que o Linux hoje é uma realidade. Não só ele como a ideia do software livre em si; vejamos um exemplo. Você se depara com a seguinte situação:

Compra um micro novo pra usar em casa e pede que este venha com office, ai o vendedor te dá as seguintes opções:

1) Office original com suporte técnico e atualizações por R$1000,00

2) Office piratão por R$10,00

Acho que o único ser humano que optaria pelo original seria o prórpio Bill Gates.

Agora veja como o quadro muda com as opções a seguir:

1) Office original com suporte técnico e atualizações por R$1000,00

2) Office piratão por R$10,00

3) OpenOffice de graça, igualzinho ao Office 97 com suporte Online (lembranfo que esse pode ser usado mesmo em máquinas Windows) ...

A propósito:

Mycrosoft abre os códigos do Office

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