Conclusões
Os resultados dos testes deixam claro que o modelo mais atual (525) é mais lento que o modelo original (505), principalmente quando lidando com dados não compactáveis. Em alguns testes, a diferença é brutal, chegando a 141% no teste de leitura sequencial.
Provavelmente a utilização de novos chips deu-se por motivos de redução de custos. O problema é oferecer ao consumidor um modelo com especificações diferentes, mais lento, mantendo a nomenclatura anterior. Se o fabricante queria oferecer um produto de entrada com um custo mais baixo, poderia tranquilamente tê-lo lançado no mercado com outro nome. Assim, o consumidor compraria um modelo mais barato sabendo que estava levando um modelo mais lento.
Outro problema é para o uso em RAID. Se você tem um modelo “antigo” do V300 e resolve comprar outro, pensando ser idêntico, para configurar um arranjo RAID 0, por exemplo, vai ter uma grande perda de desempenho por conta de utilizar duas unidades com desempenhos bem diferentes.
O que não quer dizer que o modelo atualmente disponível no mercado seja de todo ruim: ele obviamente vai apresentar melhor desempenho do que um disco rígido, e pode valer a pena para o usuário doméstico caso seja encontrado por um preço baixo; o teste que simula programas reais do PCMark 8 nos mostra que a diferença não é tão sensível. Mas se você está procurando um SSD de alto desempenho, sugerimos evitar os modelos atuais do SSDNow V300, pelo menos de 120 GiB.
Em nome do bom jornalismo, nós entramos em contato com a Kingston antes da publicação deste teste para saber o que eles tinham a dizer a respeito dos resultados que encontramos. A resposta que recebemos do fabricante foi a seguinte:
“Nossa estratégia para o V300 sempre foi, e continuará sendo, adotar memória flash NAND de diversos fabricantes em um esforço para garantir uma boa experiência ao usuário por um ótimo preço. Internamente, focamos em recursos de performance, como rápida inicialização do sistema e de aplicativos, e benchmarks padrões da indústria, como ATTO e IOmeter. Como resultado, toda a estrutura dos nossos V300 estão de acordo com as especificações publicadas no ATTO e IOmeter. Reconhecemos que não demos a devida atenção a outros benchmarks que usuários mais técnicos costumam utilizar quando testam a performance de seus SSDs.
Para assegurar que os consumidores tenham total entendimento sobre qual a menor performance que terão com os benchmarks em questão, incluímos outros benchmarks no nosso folheto de informações do produto, disponível aqui: http://www.kingston.com/datasheets/sv300s3_br.pdf. Outros resultados de benchmarks também foram publicados em março de 2014 e podem ser vistos no seguinte link: http://media.kingston.com/pdfs/SV300_Brief_BR.pdf
Esses benchmarks estão entre os mais completos disponíveis para qualquer SSD de entrada do mercado atual. Além dos programas de benchmark os SSDs da Kingston passam regularmente por testes, entre eles justamente o de realização de tarefas comuns do dia a dia, de modo a reproduzir seu real uso entre os consumidores. Isso inclui digitação de textos, uso da Internet, e-mail, games e atividades multimídias, como streaming de música e reprodução de vídeos. Com os dois benchmarks e os testes com tarefas reais, nosso objetivo é oferecer excepcional experiência aos usuários. Acreditamos ainda que a melhor métrica de todas é o uso diário pelos consumidores, especialmente em tarefas de inicialização de sistema, desligamento, abertura e fechamento de programas, entre outras. Com esse cenário e os benefícios reais do uso de nossos SSDs ante aos HDDs, além do nosso excelente custo-benefício, acreditamos que o V300 continuará sendo o mais popular SSD de entrada no mercado.
Aos nossos clientes, nos colocamos à disposição para ajudar e sempre tentar resolver qualquer problema que possam ter com nossos produtos. Para mais informações, nosso suporte gratuito atende de segunda a sexta, das 9h às 18h, pelo telefone 0800 810 5464 ou pelo e-mail [email protected]”.
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