Análise do Secundário
Esta fonte de alimentação usa seis retificadores Schottky em seu secundário, em uma configuração pouco usual para sua saída de +12 V, como mostrado na Figura 8. Pelo o que pudemos entender, a saída de +12 V "rouba" corrente da linha de +5 V.
Figura 8: Esquema do secundário usado nesta fonte de alimentação.
Vamos analisar primeiro a saída de +3,3 V, pois esta é a mais fácil de ser compreendida. Ela usa dois retificadores Schottky STPS2045CT conectados em paralelo, cada um tendo uma corrente máxima de 20 A (10 A por diodo interno a 125 °C). A corrente máxima teórica que a linha de +3,3 V pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 – D), onde D é o ciclo de trabalho usado e I é a corrente máxima suportada pelo diodo responsável pela retificação (neste caso, formado por dois diodos de 10 A em paralelo). Apenas como um exercício teórico podemos assumir um ciclo de carga de 30%. Isto nos daria uma corrente máxima teórica de 29 A ou 94 W para a saída de +3,3 V. A corrente máxima que esta linha pode realmente fornecer depende dos demais componentes usados, em particular da bobina.
A saída de +5 V é produzida por dois retificadores Schottky STPS4045CW conectados em paralelo, cada um tendo uma corrente máxima de 40 A a 150° C (20 A por diodo interno). A corrente máxima teórica que esta saída é capaz de fornecer pode ser calculada usando a mesma matemática explicada acima. Neste caso temos dois diodos de 20 A em paralelo, poranto a corrente máxima teórica para esta saída é de 57 A ou 286 W.
A saída de +12 V é gerada por dois retificadores Schottky BYW51-200 conectados em paralelo, cada um possuindo um limite máximo de 20 A a 120° C (10 A por diodo interno). A corrente máxima teórica da saída de +12 V também pode ser calculada usando a mesma fórmula, porém para o valor do diodo temos de considerar o caminho com o menor limite de corrente. Neste caso é o caminho de "giro livre", isto é, o caminho onde a corrente circula quando os diodos conectados diretamente ao transformador não estão conduzindo e energia é liberada da bobina. Neste caminho nós temos o diodo marcado com uma seta na Figura 8 conduzindo, que possui um limite de 20 A (dois diodos de 10 A em paralelo). Isto nos dá uma corrente máxima de 29 A ou 343 W para a saída de +12 V.
Se nossos cálculos estiverem corretos, aparentemente esta fonte usa componentes com valores muito próximos ao da potência nominal da fonte analisada. Infelizmente neste momento ainda não temos um testador de carga, que é o equipamento que diria se esta fonte pode ou não entregar sua potência rotulada.
Figura 9: Os seis retificadores Schottky usados no secundário (três em cada lado do dissipador).
Como dissemos antes, a potência máxima que a fonte de alimentação pode fornecer depende de outros componentes usados – como o transformador, bobinas, o projeto da placa de circuito impresso, a bitola dos fios e atém mesmo a largura das trilhas da placa de circuito impresso.
Esta fonte de alimentação usa capacitores eletrolíticos da taiuanesa OST. O maior capacitor eletrolítico do circuito PFC passivo está rotulado a 85 ° C, enquanto que todos os outros capacitores menores são rotulados a 105 °C.
Respostas recomendadas