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Fonte de Alimentação Tagan TurboJet TG1100-U95 de 1.100 W


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Fonte de Alimentação Tagan TurboJet TG1100-U95 de 1.100 W

Análise do Primário

Nós estávamos bastante curiosos para verificarmos quais componentes foram escolhidos para a seção de potência desta fonte de alimentação e também como eles foram interligados, ou seja, o projeto usado. Estávamos dispostos a ver se os componentes realmente forneceriam a potência anunciada pela Tagan – especialmente porque estamos falando de uma fonte de alimentação de mais de 1.000 watts.

Para uma melhor compreensão do que iremos falar aqui, sugerimos que você leia nosso tutorial Anatomia das Fontes de Alimentação Chaveadas.

Esta fonte de alimentação usa duas pontes de retificação GBU1006 em seu estágio primário, que pode fornecer até 10 A de corrente em modo contínuo (a 100°C) cada. Dessa forma a corrente total que a seção de retificação desta fonte de alimentação pode suportar é de 20 A. Este estágio está mais do que adequado para uma fonte de 1.000 W. O motivo é que em 115 V esta unidade poderia puxar até 2.300 W da rede elétrica; assumindo uma eficiência típica de 80%, as pontes permitiriam esta fonte de alimentação entregar até 1.840 W sem a queima desses componentes. É claro que estamos falando especificamente destes componentes e o limite real vai depender de todos os demais componentes usados nesta fonte de alimentação. Só para efeito de comparação, a Enermax Galaxy 1000 W usa duas pontes de 20 A, o que significa que ela pode suportar o dobro: 40 A.

O circuito PFC ativo desta fonte de alimentação utiliza três transistores de potência MOSFET (20N60C3 – o mesmo usado por várias outras fontes de alimentação que já vimos, como a Antec Neo 550 HE, Cooler Master iGreen Power 430 W, Corsair HX620W, Thermaltake Toughpower 750 W, OCZ GameXstream 700 W e Zalman ZM600-HP). Esta fonte da Tagan, a OCZ GameXstream 700 W e a Zalman ZM600-HP são as únicas que vimos com um projeto como este. Todas as outras fontes de alimentação de alto desempenho que vimos até hoje usavam apenas dois transistores (exceto a Enermax Galaxy 1000 W, que usa quatro transistores). Cada transistor 20N60C3 pode suportar até 300 A (a 25°C) em modo pulsante (que é o caso).

Em vez de usar apenas um capacitor eletrolítico em seu circuito PFC ativo, esta fonte usa dois de 1.200 µF x 200 V ligados em série, que equivale a um capacitor de 600 µF x 400 V. Outras fontes com circuito PFC ativo que vimos têm capacitores com valores mais baixos, tipicamente 470 µF e até mesmo 165 µF no caso da Enermax Galaxy 1000 W (que usa dois 330 µF x 450 V em paralelo). Os capacitores eletrolíticos usados aqui são da Toshin Kogyo (TK), empresa japonese que vende capacitores taiuaneses da OST remarcados, e os capacitores eletrolíticos encontrados no secundário são da taiuanesa Teapo.

Os componentes do PFC ativo (bobina, diodo, e termistor NTC) desta fonte de alimentação estão posicionados em locais diferentes se comparados com a configuração mais usual. Para elucidar isto, desenhamos o esquema do circuito PFC ativo desta fonte de alimentação e comparamos com o projeto mais usual, veja na Figura 19.


Figura 19: PFC ativo.

Na seção de chaveamento desta fonte são usados quarto transistores de potência MOSFET 20N60C3, o mesmo tipo usado no circuito PFC ativo. Sem olhar para o circuito desta fonte de alimentação acharíamos que a Tagan usou o mesmo projeto que a Enermax usou em sua Galaxy 1000 W: dois transistores alimentando cada transformador, fazendo dois circuitos primário e secundário completamente separados. No entanto, ao olharmos cuidadosamente para este circuito, nós descobrimos que a Tagan (ou melhor, a Topower) decidiu usar um projeto que, bem, definitivamente não usaríamos se fossemos seus engenheiros.

Nas Figuras 20 e 21 você pode ver os componentes instalados ao dissipador de calor do primário. Como mencionamos, apesar de existirem quatro transistores de potência MOSFET (chamados Q4 a Q7), Q4 e Q5 são ligados em paralelo, assim como acontece com Q6 e Q7.

Figura 20: Pontes retificadoras, transistores do PFC ativo e diodo do PFC ativo.

Figura 21: Transistores chaveadores e pontes retificadoras.

Para uma melhor compreensão do que iremos explicar desenhamos um diagrama em blocos simples do que achamos ser um excelente projeto para uma fonte de alimentação de 1.000 W (na verdade, o mesmo projeto usado pela Enermax Galaxy 1000 W) e o projeto usado pela Tagan TurboJet 1100 W. Preste atenção cuidadosamente na Figura 22.


Figura 22: Projeto usado pela Tagan TurboJet TG1100-U95.

Em nosso projeto recomendado, existem dois circuitos primários e secundários completos e independentes, como se fossem duas fontes de alimentação completas dentro da carcaça de uma. Na verdade a única coisa que esses dois circuitos compartilham são as linhas +Bus e –Bus do circuito PFC ativo. Este projeto é o único que pode realmente fornecer mais de 1.000 watts de potência.

Portanto apesar de esta fonte da Tagan ter dois transformadores, eles não são independentes, já que os mesmos transistores os alimentam.

O primário desta fonte de alimentação é controlado por um circuito integrado CM6800, que engloba um controlador de PFC ativo e um controlador PWM. Este circuito está localizado em uma pequena placa de circuito impresso mostrada na Figura 23. Este é o mesmo controlador usado por várias outras fontes de alimentação como a OCZ GameXstream 700 W, Zalman ZM600-HP, Antec Neo HE 550 e Thermaltake Toughpower 750 W, apenas para citarmos algumas.

Figura 23: Circuito integrado controlador do PFC ativo e PWM.


Comentários de usuários

Respostas recomendadas

Puts.....mais um engana trouxas 1100W e não chega a 768W realmente acho que o grande obstaculo de quem monta PC hoje é conseguir uma Fonte de um fabricante honesto. Confesso que já to de saco cheio de procurar testes sobre fontes. Pra mim o Clube do Hardware deveria ser cobrado assim como todos as porcarias de sites, como pornos relacionamentos jogos etc. pois tem exclusividade em certos conteudos. Porque acho isso? Porque muitas pessoas pagam pra ver porcarias na net e não reclamam, o Gabriel no meu ponto de vista deveria cobrar tb poque assim ele conseguiria comprar equipamentos necessarios pra testes inclusive de Fontes e essa area seria restrita somente para assossiados que pagam isso sim pra mim é democratico e tb acabava com esse negocio de ficar pagando pau pra fabricante mandar pra testes, até revistas em bancas não são de graça e seus testes são as vezes tendensiosos. E o Clube do Hardware tem todo direito na minha opinião pra fazer isso. Area restrita so pra assinante. :wow:

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