Introdução
Com os computadores (e usuários) exigindo fontes de alimentação melhores, nada mais natural do que publicações especializada publicarem testes de fontes de alimentação. Mas ao contrário de outros componentes de hardware, como processador, placa-mãe e placa de vídeo, testar fontes de alimentação não é para qualquer um, pois exige um conhecimento aprofundado em eletrônica. Como a maioria das pessoas responsáveis pelos testes é simplesmente um usuário “comum” com conhecimento em informática acima da média – mas não em eletrônica – praticamente todos os testes de fontes de alimentação publicados por aí estão completamente errados. O pior é que alguns sites recomendam produtos que são na verdade verdadeiras “bombas”. Nós atualizamos este artigo para explicarmos em detalhes porque 99% dos testes de fontes de alimentação publicados na internet e em revistas estão errados e esperamos que as pessoas responsáveis pelos testes aprendam mais sobre este assunto e também que os usuários aprendam a identificar testes ruins.
A maioria dos sites “testa” fontes simplesmente tirando várias fotos do produto e instalando-o no computador do responsável pelo teste. Caso a fonte funcione (e provavelmente ela funcionará), eles dizem coisas boas sobre ela (alguns exemplos: aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).
Chamar este tipo de artigo de “teste” ou “análise” (ou “review”, em inglês) é um insulto aos sites que realmente testam fontes de alimentação. Os sites podem até publicar este tipo de artigo mas, por favor, chame-os de outros nomes, tais como “artigo”, “primeiras impressões”, etc. O problema é que alguns sites vão além e até mesmo dão selos de aprovação aos produtos “testados”, e ao fazerem isso sem realmente testar o produto a fundo estão cometendo um grave erro, já que podem estar recomendando um produto ruim. Um excelente exemplo do que estamos falando é este teste aqui feito usando a “metodologia” acima, onde o “testador” de um “Prêmio Ouro” a uma fonte de alimentação de 750 W que queima se você tentar extrair mais de 450 W dela.
A verdade nua e crua? A maioria dos sites que fazem teste de hardware é administrada por amadores que querem testar todo tipo de peça – para em seguida vendê-las ou instalá-las em seus computadores pessoais – sem ter uma ideia de como testar cada uma delas. Eles simplesmente não sabem dizer não aos fabricantes que lhes oferecem produtos. Pior do que isso é o fato de alguns editores acharem que só porque o fabricante mandou para eles um produto “de graça” eles devem falar bem do produto. Isto é obviamente uma forma velada de “jabá” e não é apenas antiética, mas ilegal (pelo menos nos EUA). Primeiro, receber um produto para teste não é “de graça”. A exposição que o fabricante terá no site custa milhares de reais, já que este tipo de mídia é mais eficiente do que a propaganda tradicional – e os testes são publicados sem a cobrança de taxas (nós conhecemos sites que cobram dos fabricantes para publicarem testes, seja em dinheiro ou em troca de anúncios – o DailyTech publicou um excelente artigo falando sobre este assunto). Sem falar no tempo e dinheiro que são gastos para produzir o teste. Segundo, quando um produto é enviado para testes, os fabricantes esperam que os resultados do teste sejam imparciais – ou seja, que a verdade seja dita, independente se o fabricante é um amigo do testador e/ou um anunciante do site.
Vamos falar agora sobre o próximo passo no teste de fontes de alimentação: o uso de um multímetro.
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