Análise do Secundário
Esta fonte tem quatro retificadores Schottky em seu secundário.
A saída de +12V é produzida por três retificadores Schottky STPS20S100CT conectados em paralelo, cada um suportando até 20 A a 150°C (10 A por diodo interno). A corrente máxima teórica que a linha de +12 V pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 – D), onde D é o ciclo de trabalho usado e I é a corrente máxima suportada pelo diodo responsável pela retificação (neste caso, formado por três diodos de 10 A em paralelo). Apenas como um exercício teórico podemos assumir um ciclo de carga de 30%. Isto nos daria uma corrente máxima teórica de 43 A ou 514 W para a saída de +12 V. A corrente máxima que esta linha pode realmente fornecer depende dos demais componentes usados, em particular da bobina. Normalmente boas fontes de alimentação têm este estágio superdimensionado, o que não é o caso desta fonte de alimentação. Nós achamos que o fabricante deveria ter dado uma margem maior aqui (o valor máximo teórico está muito baixo, provavelmente indicando que esta fonte não é capaz de entregar sua potência rotulada; vamos ver o que realmente acontece em nossos testes de carga). Esta situação é agravada pelo fato de a saída de +3,3 V ser gerada a partir da saída de +12 V (mais sobre isso daqui a pouco).
A saída de + 5V é produzida por um retificador Schottky SBR30A40CT, que suporta até 30 A a 110°C (15 A por diodo interno). A corrente máxima teórica que a linha de +5 V pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 – D), onde D é o ciclo de trabalho usado e I é a corrente máxima suportada pelo diodo responsável pela retificação (neste caso, formado por um diodo de 15 A). Apenas como um exercício teórico podemos assumir um ciclo de carga de 30%. Isto nos daria uma corrente máxima teórica de 21 A ou 107 W para a saída de +5 V. A corrente máxima que esta linha pode realmente fornecer depende dos demais componentes usados, em particular da bobina. Nós achamos que o limite teórico desta saída também está muito baixo.
Se você somar os valores máximos teóricos que calculamos (514 W + 107 W) terá 621 W. Nós não acreditamos que esta fonte seja capaz de entregar sua potência rotulada. Mas vamos aguardar para ver o que ocorre na prática.
Esta fonte de alimentação usa um circuito integrado regulador de tensão para regular a saída de -12V (7912). Esta é uma ótima opção para produzir esta saída, já que ela produz uma saída de -12 V mais estável.
Figura 11: Retificadores de +12 V.
Figura 12: Regulador de tensão de -12 V, retificador de +12 V e retificador de +5 V.
Se você acompanha nossos testes pode ter notado que está faltando o retificador de +3,3 V. Esta fonte usa uma configuração exótica, onde a saída de +3,3 V é obtida através de um circuito regulador de tensão conectado na saída de +12 V. Como as saídas de +3,3 V são geradas usando os retificadores de +12 V, a quantidade de corrente (e consequentemente potência) que as saídas de +3,3 V e +12 V podem extrair ao mesmo tempo é limitada pela capacidade máxima desses retificadores. Este regulador de tensão está localizado em uma pequena placa de circuito impresso, como você pode ver na Figura 13.
Figura 13: Regulador de tensão de +3,3 V.
Esta fonte de alimentação usa um circuito integrado de monitoramento WT7527, que é responsável pelas proteções da fonte, como a proteção contra sobrecarga de corrente (OCP). Infelizmente não há documento técnico (datasheet) para este componente no site do fabricante e por essa razão não conseguimos verificar quais proteções esta fonte realmente suporta. Analisando a placa de circuito impresso da fonte testada nós vimos claramente que cada barramento virtual de +12 V estava conectado a este circuito integrado. A proteção contra sobrecarga de corrente (OCP) estava realmente ativada, como falaremos depois.
Figura 14: Circuito integrado de monitoramento WT7527.
O sensor térmico está localizado no dissipador do secundário, como você pode ver na Figura 12. Este sensor é usado para controlar a velocidade de rotação da ventoinha de acordo com a temperatura interna da fonte e para desligar a fonte em caso de superaquecimento, caso a fonte implemente a proteção contra superaquecimento (OTP), que não é o caso da iPower 660.
Esta fonte usa capacitores eletrolíticos chineses rotulados a 85°C da Aishi no circuito PFC ativo e capacitores taiuaneses da OST e Ltec rotulados a 105°C no secundário.
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