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Teste da Fonte de Alimentação AcBel Polytech iPower 660


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Teste da Fonte de Alimentação AcBel Polytech iPower 660

Análise do Secundário

Esta fonte tem quatro retificadores Schottky em seu secundário.

A saída de +12V é produzida por três retificadores Schottky STPS20S100CT conectados em paralelo, cada um suportando até 20 A a 150°C (10 A por diodo interno). A corrente máxima teórica que a linha de +12 V pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 – D), onde D é o ciclo de trabalho usado e I é a corrente máxima suportada pelo diodo responsável pela retificação (neste caso, formado por três diodos de 10 A em paralelo). Apenas como um exercício teórico podemos assumir um ciclo de carga de 30%. Isto nos daria uma corrente máxima teórica de 43 A ou 514 W para a saída de +12 V. A corrente máxima que esta linha pode realmente fornecer depende dos demais componentes usados, em particular da bobina. Normalmente boas fontes de alimentação têm este estágio superdimensionado, o que não é o caso desta fonte de alimentação. Nós achamos que o fabricante deveria ter dado uma margem maior aqui (o valor máximo teórico está muito baixo, provavelmente indicando que esta fonte não é capaz de entregar sua potência rotulada; vamos ver o que realmente acontece em nossos testes de carga). Esta situação é agravada pelo fato de a saída de +3,3 V ser gerada a partir da saída de +12 V (mais sobre isso daqui a pouco).

A saída de + 5V é produzida por um retificador Schottky SBR30A40CT, que suporta até 30 A a 110°C (15 A por diodo interno). A corrente máxima teórica que a linha de +5 V pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 – D), onde D é o ciclo de trabalho usado e I é a corrente máxima suportada pelo diodo responsável pela retificação (neste caso, formado por um diodo de 15 A). Apenas como um exercício teórico podemos assumir um ciclo de carga de 30%. Isto nos daria uma corrente máxima teórica de 21 A ou 107 W para a saída de +5 V. A corrente máxima que esta linha pode realmente fornecer depende dos demais componentes usados, em particular da bobina. Nós achamos que o limite teórico desta saída também está muito baixo.

Se você somar os valores máximos teóricos que calculamos (514 W + 107 W) terá 621 W. Nós não acreditamos que esta fonte seja capaz de entregar sua potência rotulada. Mas vamos aguardar para ver o que ocorre na prática.

Esta fonte de alimentação usa um circuito integrado regulador de tensão para regular a saída de -12V (7912). Esta é uma ótima opção para produzir esta saída, já que ela produz uma saída de -12 V mais estável.

AcBel Polytech iPower 660
Figura 11: Retificadores de +12 V.

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Figura 12: Regulador de tensão de -12 V, retificador de +12 V e retificador de +5 V.

Se você acompanha nossos testes pode ter notado que está faltando o retificador de +3,3 V. Esta fonte usa uma configuração exótica, onde a saída de +3,3 V é obtida através de um circuito regulador de tensão conectado na saída de +12 V. Como as saídas de +3,3 V são geradas usando os retificadores de +12 V, a quantidade de corrente (e consequentemente potência) que as saídas de +3,3 V e +12 V podem extrair ao mesmo tempo é limitada pela capacidade máxima desses retificadores. Este regulador de tensão está localizado em uma pequena placa de circuito impresso, como você pode ver na Figura 13.

AcBel Polytech iPower 660
Figura 13: Regulador de tensão de +3,3 V.

Esta fonte de alimentação usa um circuito integrado de monitoramento WT7527, que é responsável pelas proteções da fonte, como a proteção contra sobrecarga de corrente (OCP). Infelizmente não há documento técnico (datasheet) para este componente no site do fabricante e por essa razão não conseguimos verificar quais proteções esta fonte realmente suporta. Analisando a placa de circuito impresso da fonte testada nós vimos claramente que cada barramento virtual de +12 V estava conectado a este circuito integrado. A proteção contra sobrecarga de corrente (OCP) estava realmente ativada, como falaremos depois.

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Figura 14: Circuito integrado de monitoramento WT7527.

O sensor térmico está localizado no dissipador do secundário, como você pode ver na Figura 12. Este sensor é usado para controlar a velocidade de rotação da ventoinha de acordo com a temperatura interna da fonte e para desligar a fonte em caso de superaquecimento, caso a fonte implemente a proteção contra superaquecimento (OTP), que não é o caso da iPower 660.

Esta fonte usa capacitores eletrolíticos chineses rotulados a 85°C da Aishi no circuito PFC ativo e capacitores taiuaneses da OST e Ltec rotulados a 105°C no secundário.


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