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Teste da Fonte de Alimentação bequiet! Straight Power E9 CM 680 W


     30.058 visualizações    Energia    14 comentários
Teste da Fonte de Alimentação bequiet! Straight Power E9 CM 680 W
Produto Bomba

Análise do Primário

Vamos agora dar uma olhada em profundidade no primário da bequiet! Straight Power E9 CM 680 W. Para uma melhor compreensão do que iremos falar aqui, sugerimos a leitura do nosso tutorial "Anatomia das Fontes de Alimentação Chaveadas".

Esta fonte de alimentação usa duas pontes de retificação GBU1006 em seu primário, instaladas em um dissipador de calor individual. Cada ponte suporta até 10 A a 100° C, o que significa que em teoria você seria capaz de extrair até 2.300 W desta fonte em uma rede elétrica de 115 V; assumindo uma eficiência de 80%, a ponte permitiria que a fonte fornecesse até 1.840 W sem que elas queimassem. Claro que estamos falando apenas deste componente e o limite real dependerá de outros componentes da fonte de alimentação. É interessante notar que tanto a FSP Aurum Gold 700 W quanto a Aurum CM Gold 750 W utilizam apenas uma dessas pontes aqui.

bequiet! Straight Power E9 CM 680 W
Figura 10: Pontes de retificação

No circuito PFC ativo desta fonte são usados dois transistores MOSFET IPB60R165CP, cada uma capaz de fornecer até 21 A a 25°C ou 13 A a 100°C em modo contínuo (veja o que a diferença de temperatura faz) ou até 61 A a 25°C em modo pulsante. Esses transistores possuem uma resistência máxima de 165 mΩ quando estão ligados, característica chamada RDS(on). Quanto menor esta resistência melhor, pois menos os transistores consumirão, significando maior eficiência. Esses são os mesmos transistores usados na FSP Aurum Gold 700 W e na Aurum CM Gold 750 W.

A saída do circuito PFC ativo é filtrada por um capacitor eletrolítico de 390 µF x 420 V da CapXon, rotulado a 85° C. Os dois modelos da FSP aos quais que estamos comparando a esta fonte utilizam capacitores japoneses rotulados a 105° C.

Na seção de chaveamento, a bequiet! Straight Power E9 CM 680 W utiliza o projeto da FSP para fontes com certificação 80 Plus Gold, chamado chaveamento direto com reinício e limitação ativa. O transistor chaveador é um SPA17N80C3, capaz de fornecer até 17 A a 25° C ou 11 A a 100° C em modo contínuo (veja o que a diferença de temperatura faz) ou até 51 A a 25°C em modo pulsante. Este transistor apresenta um RDS (on) de 290 mΩ. Um segundo transistor (o transistor de reinício) é usado para desligar o transistor chaveador e é controlado a partir do secundário da fonte. O transistor usado para esta função é um FQPF3N80C. Esta é a mesma configuração usada na FSP Aurum Gold 700 W e na Aurum CM Gold 750 W.

bequiet! Straight Power E9 CM 680 W
Figura 11: Transistor chaveador, transistor de reinício, diodo do PFC ativo e transistores do PFC ativo

O primário é gerenciado por um controlador PFC ativo/PWM FSP6600. Por se tratar de um circuito integrado personalizado, não há documento técnico disponível para ele.

bequiet! Straight Power E9 CM 680 W
Figura 12: Controlador PFC ativo/PWM

Vamos agora dá uma olhada no secundário desta fonte de alimentação.


Análises similares


Comentários de usuários

Respostas recomendadas

Legal essa fonte eficiencia de 90% fornecendo 420w. Eu nao diria ser uma fonte ruim e nem merece o selo produto bomba. Foi capaz de fornecer 800w com eficiencia acima de 82%, ta bom que os valores ficaram meio baixo, mas na minha opiniao nao merece selo nem de recomendado e nem de produto bomba. As vezes pode ser problema de lote ruim vai saber, ja que a fonte foi desmontada e feito o teste antes? ou foi desmontada depois do teste?

Eu testaria outra dessa.

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É melhor não se impressionar com a eficiência. A fonte deveria ter um único barramento de +12V, os níveis de ripple não são bons (e sobem com a potência, como a maioria das fontes da FSP), os capacitadores poderiam ser melhores e a regulação de tensão em 3.3V, como vocês viram, jamé. E como o varistor não é necessário? Acho que a FSP merece uma explicaçãozinha...

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Mais um ótimo teste CDH , parabêns .

Agora uma ótima fonte internamente , cabos mais que apropriados para uma fonte desta faixa de potência , claro que com este teste acabou desbancando ela , mas será que esse problema na saida +3.3 V não seria um exemplar com defeito em vez de acharem que seria por causa da temperatura interna da fonte ? ou teria outros fatos tirando os capacitores que não são os melhores ou não ? seria mesmo a temperatura ? acho que não pois a temperatura interna foi o mesmo que fontes de outras marcas testadas como disse o 'ignacho' o padrão da temperatura está conforme os outros testes entre 45º e 50º . Não poderia ser como disse acima um exemplar com defeito ?

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Contradições no teste:

1. Na oágina 6, ao analisar a etiqueta da fonte, é afirmado que a distribuição de múltiplos barramentos feita esta fonte é perfeita. Em seguida, nos testes de carga, é constatado que o barramento +12 V3 não suporta correntes maiores do que 21 A. Será que isso é realmente bom? Isso pode atrapalhar o uso de uma placa de vídeo mais possante, como a GeForce GTX 580. Se bem que é possível dividir com o barramento +12 V4, mas de qualquer maneira mostraram que o OCP desta fonte está mal configurado. Como dizer que esse projeto de múltiplos barramentos é perfeito?

2. Na página 10,´onde tem as partes de proteções listadas pelo fabricante, é afirmado que não confiramaram a presença de tais proteções. Como é que isso é possível, se na página 7 é afirmado que o Ocp entrou em ação no teste 5?

3. Acho estranho que se coloque a culpa do problema da regulação da linha de +3,3 V nas temperaturas. Basta voltar à tabela. A temperatura interna da fonte fica entre 45 e 50° C, o mesmo padrão para as ouras fontes.

No mais, é simplesmente lamentável que se tenha substituído capacitores japoneses por capacitores da CapXon. É no mínimo uma irresponsabilidade. Lamentável também a regulação de tensão, assim como os níveis de ripple que foram meio altos (isso eu já esperava, isso é um problema de projeto mesmo).

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  • Administrador
Contradições no teste:

1. Na oágina 6, ao analisar a etiqueta da fonte, é afirmado que a distribuição de múltiplos barramentos feita esta fonte é perfeita. Em seguida, nos testes de carga, é constatado que o barramento +12 V3 não suporta correntes maiores do que 21 A. Será que isso é realmente bom? Isso pode atrapalhar o uso de uma placa de vídeo mais possante, como a GeForce GTX 580. Se bem que é possível dividir com o barramento +12 V4, mas de qualquer maneira mostraram que o OCP desta fonte está mal configurado. Como dizer que esse projeto de múltiplos barramentos é perfeito?

Não há nenhuma contradição.

2. Na página 10,´onde tem as partes de proteções listadas pelo fabricante, é afirmado que não confiramaram a presença de tais proteções. Como é que isso é possível, se na página 7 é afirmado que o Ocp entrou em ação no teste 5?

Realmente é um erro, estou corrigindo.

3. Acho estranho que se coloque a culpa do problema da regulação da linha de +3,3 V nas temperaturas. Basta voltar à tabela. A temperatura interna da fonte fica entre 45 e 50° C, o mesmo padrão para as ouras fontes.

Não "coloquei a culpa" em ninguém. Eu apenas tentei elaborar o motivo desta falha. Veja que no texto original eu falo em possibilidade não afirmação em definitivo ou "culpa".

No mais, é simplesmente lamentável que se tenha substituído capacitores japoneses por capacitores da CapXon. É no mínimo uma irresponsabilidade. Lamentável também a regulação de tensão, assim como os níveis de ripple que foram meio altos (isso eu já esperava, isso é um problema de projeto mesmo).

Concordo.

Abraços,

Gabriel Torres

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Pois é, as aparências enganam mesmo, olhando essa fonte de cara parece show, boa aparência, ótima configuração de cabos, produto alemão e tal, mas os testes estão aí para desmascarar o que realmente a fonte é, um projeto infeliz, que pena, tinha carinha de boa, mas é ordinária, hehe.

Obrigado ao CdH por mais um teste esclarecedor...

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Essa fonte tinha tudo para ser impecável se não fosse trocado os bons capacitores japoneses por outro de qualidade inferior, a principal vantagem dela foi os 90,7% de eficiência quando estava fornecendo 20% da potência rotulada, significando que ela seria boa tanto para micros exigentes quanto para mais modestos

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Pois é, as aparências enganam mesmo, olhando essa fonte de cara parece show, boa aparência, ótima configuração de cabos, produto alemão e tal, mas os testes estão aí para desmascarar o que realmente a fonte é, um projeto infeliz, que pena, tinha carinha de boa, mas é ordinária, hehe.

Obrigado ao CdH por mais um teste esclarecedor...

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