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Introdução ao Hardware do Macintosh


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Introdução ao Hardware do Macintosh

Um mundo que dá muitas voltas

Pois é. Se eu contasse o que vou contar a cinco anos atrás, todos iriam rir. Ninguém seria capaz de descrever algo parecido para o futura da Apple. Então vamos começar:

Com a politica de clones adotada desde 1994, o mercado de Macintosh foi canibalizado: em 1996, 30% do mercado de Macs era dos clones. Este realmente foi um erro grande, embora parecesse a coisa certa a se fazer na época. Os clones eram burocráticos. Iam contra o jeito Macintosh de se fazer as coisas. Componentes de baixa qualidade, gabinetes de PC. Tudo era terrivel. O Mac havia se tranformado num micrinho comum. Eu mesmo tive oportunidade de dar manutenção a clones. Foi uma experiencia horrivel. Argh. Os PowerComputings eram realmente vergonhosos. E assim era politica de clones.

Então em 1996, a Apple resolveu desistir do projeto Copland, o sistema operacional em que havia investido anos de trabalho e alguns milhões de dolares. Era mais fácil comprar um sistema pronto e adaptar ao Mac. O primeiro boato foi que o BeOS, de Jean-Luis Gasée, ex-gerente de prdutos da Apple, seria o escolhido. Mas em novembro de 1996, sai a notícia da compra da NeXT, de Steve Jobs. Jobs estava em alta depois que a Pixar, sua empresa de animação, produziu Toy Story. E isto seria um bom marcketing para a Apple. O sistema operacional OpenStep, que era montado sobre o kernel Unix Mach3, seria então o novo sitema do Macintosh. O projeto foi batizado de Rhapisody.

E o que aconteceu? A Apple comprou a Power Computing e acabou com a politica de clones. Giu Amélio, o ultimo presidente da Apple pré-G3 pediu demissão. E então, Steve Jobs assumiu "interinamente" a presidencia da Apple. Ele convidou parte da equipe da velha divisão Macintosh de 1984 para integrar sua equipe e o modelo de fabricação do Mac foi totalmente revisto. As diversas placas da época foram resumidas a uma só. A linha doméstica foi cancelada. A Apple passou a investir fortemente nos mercados já conquistados. Então, em novembro de 1997 o G3 foi lanaçado. Placa pequena e única. O chip PowerPC750 estava num soquete ZIF e os opicionais como entrada de vídeo e som vinham em uma de uma placa filha. A expansão por meio de apenas 3 SlotsPCI gerou certos protestos de alguns usuários. Mas a máquina era excelente! Nunca se tinha visto um Mac tão veloz. O rápido acesso ao cache e a memória SDRAM de alta performace faziam uma diferença impressionante. Chagava a ser até duas vezes mais rápido que um Pentium II de mesmo clock. O HD e o CD-Rom que vinham de fábrica agora eram IDEs. Mas a Apple não havia abandonado o SCSI. Os gabinetes eram os mesmos da série 7300 e 8600. Revolucionário, mas nem tanto.

Há tempos corria na rede o boato de que a Apple estava preparando um NC. Algo novo, para o mercado corporativo. Mas em maio de 1998 veio a surpresa. Eu memo fui testemunha. A tarde, tinha entrado no site da Apple e não havia nada de novo. Mas a noite, quando fui conferir as novidades, ele estava lá: Esquisito, redondão, azul piscina. "-O que é isto?". A pergunta foi inevitável…Era Jobs agindo, rompendo com o passado. Lá estava o iMac. Era o fim de uma era de Macintoshes que não sofria mudanças substanciais desde 1987. Era o fim das portas ADB e Serial DIN-8.Era o fim do diskete de 3.5". (Na verdade, os usuários de Mac já não utilizavam o diskete a muito tempo.) Lá estava ele. Com suas duas portas USB, que nunca ninguém tinha ousado utilizar unicamente, e sua Ethernet.Tnha também uma porta de Infravermelho (praticamente inútil). Foi um boom. Era um G3, mas para uso doméstico. Parecido com um brinquedo. Com preço baixo. Antes de seu lançamento oficial, em agosto, a loja virtual da Apple já tinha 200.000 encomendas. Até o Natal, foram vendidas 800.000 máquinas. O maior fenomeno da indústria de informática de todos os tempos. Começaram a pipocar hardwares compativeis com USB e os desenvolvedores voltaram a pensar no Mac como algo viável. Aqueles que previam a morte do Mac morderam a lingua. Foi um momento muito feliz da minha vida.

Momentos gloriosos: -O caso Devorack: o "respeitável" articulista de informática vinha a anos apregoando que a Apple não teria futuro e até marcava a data de de sua falencia. Teve de admitir que o iMac realmente era revolucionário e que toda a industria de informática seria influenciada por ele. Comprou um. -O caso Intel: o presidente da Intel em entrevista ao The New York Times disse que havia comprado um iMac e que o adorava .Na mesma entrevista, sugeriu que o futuro da informática era o Macintosh.

 


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