Overclock é a técnica de se configurar um dispositivo a trabalhar em uma freqüência de operação acima da especificada. Em micros, podemos configurar basicamente dois tipos de overclock: overclock do processador e overclock da placa-mãe.
Overclock do processador
Caso você ainda não saiba, a freqüência de operação do processador (ex: 200 MHz em um Pentium-200) é uma freqüência de operação interna. Externamente, o processador trabalha, na maioria das vezes, a somente 66 MHz. A freqüência de operação interna é obtida multiplicando-se a freqüência de operação externa. No caso do Pentium-200, ele multiplica 66 MHz por três para obter os seus 200 MHz.
Quando um processador é fabricado, não há como saber de antemão qual a freqüência de operação máxima que ele irá suportar. O fabricante testa o processador na fábrica e o aprova para funcionar em até uma determinada freqüência de operação interna (133 MHz, 166 MHz, 200 MHz, etc), mas o processador em si não sabe qual a freqüência de operação máxima que ele suporta. Por este motivo, há a necessidade do usuário informar ao processador quem ele é, através de jumpers de configuração na placa-mãe.
Quem multiplica o clock não é a placa-mãe, mas sim o próprio processador, através do que foi informado através dos jumpers de configuração.
Você pode mudar os jumpers da placa-mãe de modo a fazer com que o processador multiplique o clock externo mais vezes do que o normal. Nada impede que você faça o seu Pentium-133 (que normalmente multiplica o clock externo por 2) trabalhar a 166 MHz (configurando os jumpers da multiplicação de clock para 2,5 x). Basta alterar o jumper de configuração da multiplicação de clock da placa-mãe (a posição correta pode ser conferida na manual da placa).
É claro que nem sempre este processo funciona. Erros aleatórios podem ocorrer em um micro com o processador em overclock - tais como congelamentos, resets aleatórios e excesso de erros de Falha Geral de Proteção (GPF, no Windows 95 aparece como "Este programa executou uma operação ilegal e será fechado).
Vale a pena tentar? Sim, desde que o micro seja seu (não vale fazer isto em micros de clientes!), pois você estará ciente que erros poderão ocorrer.
Overclock da placa-mãe
Você pode fazer o overclock da freqüência de operação externa do processador. Alguns processadores trabalham a 60 MHz (como o Pentium-120 e o Pentium-150) e você poderá fazer com que eles trabalhem a 66 MHz externamente, fazendo com que eles passem a trabalhar como se fossem um Pentium-133 e um Pentium-166, respectivamente.
Algumas placas-mães de boa qualidade permitem que você aumente a freqüência de operação externa de 66 MHz para 75 MHz ou mesmo 83 MHz. Neste caso, o aumento de performance será muito grande, pois a placa-mãe inteira passará a trabalhar a uma freqüência de operação maior, além do próprio processador. Um Pentium-166 trabalhando externamente a 75 MHz trabalha internamente a 187,5 MHz, pois multiplica o clock externo por 2,5 x.
O ganho de performance com o overclock da placa-mãe é muito maior, pois o acesso à memória (que normalmente é feito a 66 MHz) passa a ser efetuado mais rapidamente. Em contrapartida, as chances do overclock da placa-mãe funcionar são menores, pois neste caso não será somente o processador que estará trabalhando a uma freqüência de operação acima da especificada: a memória RAM, o chipset (circuitos da placa-mãe), o barramento PCI, enfim, toda a placa-mãe estará trabalhando em overclock.
Para fazer o overclock da placa-mãe, basta alterar os jumpers de configuração da freqüência de operação da placa-mãe. A posição dos jumpers deve ser conferida no manual da placa.
O mesmo lembrete deve ser observado: pode não funcionar e, funcionando, erros aleatórios podem ocorrer.
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