Megahertz não é tudo
Já foi-se o tempo em que desempenho do micro era comparado pelo clock do processador. Atualmente, como os processadores possuem arquiteturas internas diferentes, não há como comparar o desempenho através da freqüência de operação.
A maioria dos processadores trabalha externamente a 66 MHz. Portanto, não há diferença de desempenho fora do processador entre um Pentium-100, um Pentium MMX-233 e um Pentium II-300, já que todos acessam a memória RAM e a memória cache a 66 MHz. A freqüência de operação estampada no processador só é atingida dentro do chip é só influi diretamente no desempenho de processamento bruto e matemático (a freqüência de operação interna influi indiretamente nos demais testes de desempenho, como vídeo e disco).
Esse limite de 66 MHz só é quebrado em alguns processadores, como o K6-2, o Pentium II a partir de 350 MHz (Pentium II "Deschutes") e o Xeon, que operam externamente a 100 MHz, aumentando diretamente o desempenho do micro não só para processamento, mas também para vídeo e disco.
Outro exemplo a ser lembrado: o Pentium II acessa o seu cache de memória L2 à metade de sua freqüência de operação (ou seja, 133 MHz no caso do Pentium II-266 e 150 MHz no caso do Pentium II-300), enquanto o Pentium MMX e o MII acessam o cache de memória L2 a somente 66 MHz. Já o K6-2 acessa o cache de memória a 100 MHz. Essa diferença na taxa de transferência influi diretamente no desempenho global do micro e não necessariamente está relacionado à freqüência de operação interna do processador.
Não é só a arquitetura do processador que influi no desempenho do micro. Se você utilizar uma placa de vídeo de melhor qualidade, o desempenho de vídeo melhorará e você perceberá que o micro está mais rápido. Da mesma forma, a quantidade da memória RAM e a sua tecnologia, o disco rígido entre outros inúmeros fatores influem no desempenho da máquina.
Testes em laboratório são realmente necessários, pois os resultados divulgados por fabricantes em geral são tendenciosos e apresentam máquinas desproporcionais - em geral o conjunto favorece o micro contendo o processador do fabricante - ou o desempenho somente do processador, fora da máquina - condição atingida somente no laboratório do fabricante.
Por causa desses motivos, testamos os processadores em laboratório utilizando as mesmas peças de hardware, para que não componentes diferentes não influenciassem no desempenho obtido.
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