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Por Dentro da Arquitetura AMD Bulldozer

As Unidades de Execução

Após as instruções terem sido decodificadas, elas são enviadas para a unidade de agendamento apropriada, inteiro ou ponto flutuante. A arquitetura Bulldozer tem apenas uma unidade de ponto flutuante, que é compartilhada entre os dois “núcleos” disponíveis. Por outro lado, ela tem unidades de números inteiros completamente independentes, os chamados “núcleos”.

AMD Bulldozer
Figura 4: As unidades de execução

Cada motor de números inteiros tem quatro unidades de execução, chamadas:

  • EX, MUL: Pode executar qualquer tipo de instrução inteira, incluindo multiplicação, mas não divisão
  • EX, DIV: Pode executar qualquer tipo de instrução inteira, incluindo divisão, mas não multiplicação
  • AGen: Geração de endereços, também chamada Unidade de Geração de Endereços ou AGU, usada para gerar os endereços que o processador buscará ou armazenará um dado

Existe uma unidade de Carga/Armazenamento (Load/Store ou “Ld/ST”), responsável por buscar ou armazenar um dado requisitado por uma instrução. Normalmente esta unidade é desenhada ao lado das unidades listadas acima, mas nesta apresentação a AMD decidiu desenhá-la separadamente.

A arquitetura Bulldozer usa um motor de execução fora de ordem, assim como os processadores AMD64 e Intel desde o Pentium Pro (arquitetura P6). Como nem todos os motores de execução podem processar todo tipo de instruções, se não houvesse uma unidade de execução fora de ordem unidades do processador poderiam ficariam ociosas. Digamos que a próxima instrução a ser executada envolve a divisão de um número inteiro, mas a unidade capaz de processar este tipo de instrução está ocupada com outra instrução. Em vez de aguardar até que esta unidade desocupe, a unidade de agendamento irá procurar uma instrução que possa ser executar imediatamente em uma das outras unidades, caso elas estejam disponíveis, é claro. Portanto o papel da unidade de agendamento é manter todas as unidades de execução do processador ocupadas a maior parte do tempo.

Após a execução de instruções de números inteiros, elas serão enviadas para a unidade de retirada, onde o processador irá colocá-las na ordem correta.

A unidade de ponto flutuante também tem quatro unidades de execução, chamadas:

  • MMX: Pode executar instruções básicas de ponto flutuante (instruções x87), incluindo instruções MMX
  • 128-bit FMAC: Pode executar todas as instruções de ponto flutuante

AMD Bulldozer
Figura 5: A unidade de ponto flutuante


Comentários de usuários

Respostas recomendadas



  • Membro VIP
Não entendi bem. Quer dizer que esta arquitetura não terão dois (ou mais) núcleos verdadeiros (um ht da vida)?

É e não é similar ao HT, pois este é so via de transporte de dados, enquanto no da AMD terá componentes físicos distintos, e outros compartilhados.

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  • Administrador

Exatamente. É bem diferente do Hyper-Threading, porque no Hyper-Threading só há uma estrutura física, no caso do Bulldozer há duas estruturas físicas distintas, porém compartilhando a unidade de entrada.

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sobre a incorporação de um "processador de vídeo" embutido no processador, não foi anunciado nada? Pois pelo que eu li a respeito iriam incorporar nesses novos processadores essa tecnologia. Nos slides mostra o logo da plataforma Fusion.

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  • Membro VIP
sobre a incorporação de um "processador de vídeo" embutido no processador, não foi anunciado nada? Pois pelo que eu li a respeito iriam incorporar nesses novos processadores essa tecnologia. Nos slides mostra o logo da plataforma Fusion.

O Fusion é outro processador, outra arquitetura que não o Bulldozer, os codinomes conhecidos até o momento são Bobcat (concorrente do Atom) e Llano (para os notebooks). ;)

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será que eles irão "brigar" com que processadores da intel ? Core I7? tomara que sim porque ai os preços vão despencar :D

Não existe nenhuma informação sobre desempenho ainda, mas pela data de lançamento (pelo que estão dizendo, Q2-Q3/2011) é pra concorrer com os Sandy Bridge

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O interessante é que a AMD já anunciou que o cache L1 de instruções usado na arquitetura Bulldozer é de 64 KB usando arquitetura associativa de duas vias, a mesma configuração usada pelos processadores baseados na arquitetura AMD64, com a diferença óbvia de que enquanto os processadores AMD64 têm um cache L1 de memória por núcleo, os processadores baseados na arquitetura Bulldozer terão um cache de memória L1 por cada par de núcleos. No entanto, o cache de dados usado por cada “núcleo” será de apenas 16 KB, que é consideravelmente menor do que os 64 KB por núcleo atualmente usados pelos processadores baseados na arquitetura AMD64.

Gabriel, acho que tem um pequeno equívoco no artigo, pois o cache L1 de dados não é de apenas 16KiB por núcleos e sim por linha (pipeline). Como cada núcleo possui 4 linhas distintas, a soma delas equivale aos mesmos 64KiB de dados da arquitetura AMD64.

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Como sempre, a AMD busca um corte nos custo de produçao para repassar isso a seus clientes finais. Por isso sempre vou de AMD: nao tem melhor custo x beneficio hoje que os Phenon II X4 Black Edition. Pena que eles mudam a pinagem a cada semana!!!!

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  • Membro VIP
Como sempre, a AMD busca um corte nos custo de produçao para repassar isso a seus clientes finais. Por isso sempre vou de AMD: nao tem melhor custo x beneficio hoje que os Phenon II X4 Black Edition. Pena que eles mudam a pinagem a cada semana!!!!

A pinagem é praticamente a mesma desde o AM2 até hoje. ;)

E de que adianta ter mesma pinagem como o socket 775 se tem mais de uma "geração de placas-mãe" que obriga o consumidor a trocar o conjunto em caso de upgrade ?

Pelo que o Gabriel disse, ainda vai ter alguma com as futuras placas-mãe "AM3+", e enquanto isso a Intel lançará um novo socket sem nenhuma compatibilidade com os atuais no ano que vem.

Nenhuma empresa é santa meu caro.

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Há dois problemas: Esse novo socket AM3+ não será compativel com as placa mães AM3. Que pena!

Essa nova arquitetura Bulldozer virá com o controlador north bridge, obrigando então a placa mãe que venha apenas com o chipset south bridge?

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Pois é... tomei na cabeça (_(

Mas vou me segurar com o processador e mobo da mesma forma que tem galera com 775 até hoje :D

Eu iria comprar a mesma mobo que você, mas vou poupar uns cascalhos e pegar uma mais barata com usb 2.0 e sata 2 mesmo.

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Pelo q eu consegui entender da compatibilidade com AM3+ (os processadores AM3 atuais funcionaram em mobos AM3+ e não o contrário correto?). porque se for isso quando forem lançadas essas mobos vou vender minha Asus e manter o processador até juntar o dinheiro para as CPU Bulldozer, porque com certeza elas não serão baratas.

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Faz isso comigo,não........comprei uma ASUS CROSSHAIR IV pensando nos BULLDOZER.....creio que será compativel simmmmm....estou totalmente triste.

Será isso mesmo que não vai ser compatível com o socket AM3.

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Pela "filosofia" da AMD até agora também acho que a incompatibilidade é técnica e não marqueteira, imaginem se eles conseguissem vender os novos processadores para as placas AM3 atuais, seriam muito mais vendas do que fazer o cliente comprar placas novas.

Ainda bem que não gastei dinheiro em placas AM3, fiquei nas AM2+ sem arrependimento, agora é só pular direto pra AM3+ e ver o poder desses novos brinquedos, mas só em 2011? Bem o ano já está quase no final mesmo, rss.

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Eu iria comprar a mesma mobo que você, mas vou poupar uns cascalhos e pegar uma mais barata com usb 2.0 e sata 2 mesmo.

É o melhor que você faz, mas eu não me arrependo tanto porque saiu mais barata do que os R$570 cobrados atualmente...

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Que pena não ter compatibiliadade com Mb am3, é o capitalismo...
Provavelmente a incompatibilidade é técnica..

o esquema de desligar completamente os núcleos inativos e novas opções para reduzir o consumo?!

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Gabriel Torres, embora certos recursos internos sejam compartilhados na amostra apresentada pela AMD, do ponto de vista do sistema operacional o Bulldozer será enxergado como dois núcleos físicos de processamento completos "de verdade" e não um núcleo físico e um lógico. Explicação: um SO com suporte a multiprocessamento distingue entre núcleos de processamento reais e núcleos de processamento lógicos (como o SMT Hyper-Threading). Similarmente, os Conroe, Penryn e Woodcrest da Intel são enxergados como processadores do dois núcleos "de verdade" a despeito de compartilharem o cachê L2, o barramento de acesso ao L2 e o barramento frontal.

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Perguntas:

Essa junção dos núcleos não vai prejudicar a performance do processador? Ou essa arquitetura da AMD tá meio parecida com as arquiteturas 45nm da plataforma 775?

O fato de desligar um núcleo, pode prejudicar o desempenho da CPU, tipo como ocorre quando se desliga o HDD que tem que voltar a girar primeiro, para depois ser lido?

Bom, acho que com a implementação dessas instruções, a AMD tem grande chance de alcançar a Intel, principalmente se essa nova arquitetura tiver um ótimo desempenho em cálculos grandes, o que o torna ótimo para jogos.

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