Conclusões
O primeiro ponto a observar é o quanto é positivo, para o mercado e, portanto, para o consumidor, que a AMD volte a oferecer processadores para computadores de mesa competitivos no mercado de alto desempenho. Fica claro nos testes que o Ryzen 7 1700X oferece um desempenho bastante superior ao do FX-8350, que é um dos modelos mais topo de linha da série FX, até então a mais potente da AMD.
Comparando os resultados dos testes de desempenho do Ryzen 7 1700X com o dos dois processadores da Intel que ficam em uma faixa de preço semelhante, porém, os resultados não são simples de analisar.
Ficou claro que, em alguns testes (como o Cinebench R15), o desempenho do Ryzen 7 1700X é excelente, superando mesmo o Core i7-6800K, que é um processador mais caro. Por outro lado, em alguns programas e na maioria dos jogos, o desempenho do Ryzen 7 1700X deixou um pouco a desejar, tendo sido inferior ao do Core i7-7700K, que é mais barato.
Convém lembrar que nós rodamos os testes em jogos com uma placa de vídeo topo de linha, em resolução Full HD e opções de qualidade de imagem intermediárias, justamente porque com estas configurações, a placa de vídeo trabalha "folgada" e o gargalo é definido pelo processador. Em uma situação mais típica, seja utilizando uma placa de vídeo mais barata, ou utilizando resoluções ou qualidade de imagem mais altas, a tendência é que a placa de vídeo passe a ser o gargalo, reduzindo a diferença de desempenho entre processadores.
Na nossa análise, há dois motivos para este desempenho inconsistente: primeiramente, porque o Ryzen 7 1700X aposta na grande quantidade de threads, e não no desempenho por núcleo, para oferecer alto desempenho. Assim, fica óbvio que ele não vai ter vantagem em programas que não utilizem esses núcleos todos. Isso já ficou claro quando analisamos o Core i7-5960X, por exemplo. Em segundo lugar, trata-se de uma arquitetura completamente nova e muito recente, de forma que é possível que os jogos, programas, drivers e mesmo o sistema operacional não estejam otimizados para este processadores. Assim, é possível que o desempenho nestes programas melhore na medida em que a plataforma amadureça e que o sistema operacional, jogos e drivers recebam as otimizações possíveis.
Neste momento, o Ryzen 7 1700X é uma excelente opção para quem precisa rodar programas que tirem vantagem das 16 threads oferecidas. Em programas de renderização como o Cinema 4D (no qual o Cinebench R15 é baseado), seu desempenho é excelente e sua relação custo/benefício é imbatível, e tudo nos leva crer que este processador foi otimizado para este tipo de aplicação.
Por outro lado, para quem procura um processador para jogos, no momento, o Ryzen 7 1700X não a melhor opção, pois pelo menos um concorrente oferece desempenho superior, custando menos. Neste caso, resta a curiosidade de saber como vão se sair os modelos mais baratos, que oferecem menor clock ou quantidade de núcleos, competindo com processadores de custo bem mais baixo. De qualquer forma, vale frisar que o desempenho do Ryzen 7 1700X em jogos não é ruim: ele simplesmente não apresenta uma relação custo/benefício tão boa quanto a do Core i7-7700K.
Outro detalhe interessante é que, mesmo utilizando um cooler intermediário, o Ryzen 7 1700X rodou bastante frio durante os nossos testes. Mantendo uma temperatura ambiente de 22 graus Celsius, a temperatura máxima do processador (medida com o programa Speedfan) ficou em 54 graus Celsius durante o teste de estresse com o Prime95.
Finalmente, gostaríamos de agradecer à ASRock por ter nos fornecido o processador Ryzen 7 1700X para os testes.
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