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Teste do smartphone Motorola One Hyper


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Teste do smartphone Motorola One Hyper
Produto Recomendado

Usando o smartphone

O One Hyper usa o processador Qualcomm Snapdragon 675, que tem oito núcleos, sendo dois núcleos Kryo 460 Gold rodando a 2,0 GHz e seis Kryo 460 Silver rodando a 1,7 GHz. O motor gráfico é o Adreno 612. O smartphone tem 4 GiB de RAM e 128 GiB de armazenamento.

Em relação ao design, o One Hyper é bonito e elegante. Seu corpo e traseira são de plástico, mas com um ótimo acabamento. Como comentamos na página anterior, infelizmente a maioria das pessoas vai utilizar o smartphone dentro da sua "capinha" protetora, e na prática a única parte do aparelho que é vista no dia-a-dia é a sua tela.

A tela IPS de 6,5 polegadas tem resolução Full HD+ (2340 x 1080), densidade de pontos de 432 ppp. A tela é de excelente qualidade, e mesmo sendo IPS e não AMOLED, oferece imagens claras e cores vivas, com boa visualização de qualquer ângulo. A resolução Full HD+ é suficiente, mas para este tamanho de tela, poderia ser interessante uma resolução Quad HD.

O One Hyper é um aparelho grande e relativamente pesado, medindo 161,8 mm de comprimento, 76,6 mm de largura e 8,9 mm de espessura e pesando 210 g. Se você está acostumado com aparelhos menores e mais leves, vai sentir a diferença.

A qualidade de som é excelente para um aparelho desta categoria, mesmo não sendo estéreo.

O aparelho suporta dois chips nano-SIM e redes 4G LTE. Ele suporta Wi-Fi padrão 802.11ac com banda dupla.

O One Hyper é um dos primeiros smartphones a chegar ao mercado brasileiro com o Android 10. E, ao contrário dos outros modelos desta linha, ele não faz parte do "Android One", que é um programa de parceria entre o Google e os fabricantes de smartphones para oferecer o sistema operacional "puro e original", com o compromisso de atualizações frequentes do sistema operacional por pelo menos dois anos.

Assim, o Motorola One Hyper traz um Android 10 com a interface modificada, o que é facilmente sentido na ausência dos três botões típicos do Android (sejam físicos ou virtuais). Neste aparelho, as ações desses botões são feitas por meios de gestos com o dedo. Para voltar à tela inicial, por exemplo, você deve deslizar seu dedo para cima a partir da borda inferior da tela, e para voltar à tela anterior, você precisa deslizar o seu dedo a partir de uma das laterais da tela. Não gostamos deste sistema, por já estarmos acostumados com os botões "home" e "voltar" e também por que às vezes o smartphone confunde os gestos. Por exemplo, ao passar as fotos na galeria, em muitos casos o sistema interpreta como o gesto de "voltar" e sai da visualização de fotos. Achamos que seria mais interessante se você pudesse optar entre utilizar a interface nova ou a tradicional.

O modelo vem com poucos aplicativos pré-instalados, resumindo-se praticamente aos básicos do Google, além de um único aplicativo "Moto" que serve para configurar atalhos por gestos (como abrir a câmera ao girar o aparelho duas vezes) e recursos de tela.

A Figura 12 mostra a tela inicial quando você liga o smartphone pela primeira vez.

MotoOneHyper13.jpg

Figura 13: tela principal

Na Figura 13 vemos os poucos aplicativos pré-instalados. Você pode instalar novos aplicativos utilizando a loja Google Play.

MotoOneHyper14.jpg

Figura 14: lista de aplicativos

O smartphone usa uma bateria de lítio de 4000 mAh. Testamos a duração da bateria com o aplicativo PCMark, que indicou uma duração de 15:57 h com atividade variada. Esta é uma marca impressionante, que significa que você pode utilizar pesadamente o aparelho um dia inteiro sem recarregar, e até dois dias se fizer uso moderado.

Além disso, o carregador que vem com o One Hyper é, como já comentamos, um dos destaques, tanto que dá nome ao aparelho, por ser chamado pelo fabricante de "Carregador 45 W Hyper". Em nossos testes, partindo da bateria com apenas 1% de carga, deixando o smartphone por apenas 5 min em carga o mesmo atingiu 16% de bateria. Com 15 minutos, a bateria estava com 39% de carga, e o tempo para carga total foi de 1 hora e 10 minutos, o que é impressionante. O aparelho esquentou um pouco com esta carga tão rápida, mas nada que fosse preocupante: ele ficou apenas morno.

Por outro lado, a desvantagem é que este carregador é bastante grande, em comparação com alguns modelos de carregadores bem compactos encontrados em outros modelos. Além disso, o cabo do carregador é relativamente curto (1 m) e você não vai conseguir, por exemplo, utilizar o smartphone sentado no sofá enquanto o mesmo está carregando em uma tomada próxima, embora a excelente autonomia e a carga rápida tornem essa necessidade menos provável.

Em relação às câmeras, o One Hyper se destaca em relação à maioria dos smartphones intermediários. Sua câmera principal tem sensor de 64 MP com abertura f/1,9, utilizando quatro pontos do sensor para gerar cada ponto da foto, portanto ele tira fotos de 16 MP. Este recurso (chamado de "quad pixel" pelo fabricante) permite um melhor processamento da imagem e é usado em alguns outros modelos de diferentes marcas. As fotos tiradas por esta câmera são de boa qualidade, principalmente em condições ideais. Porém, notamos uma certa dificuldade relacionada à velocidade da câmera, o que faz com que objetos em movimento fiquem borrados (galhos de uma árvore ao vento, por exemplo), o que não deveria acontecer, pelo menos em situação de farta iluminação. As fotos com baixa iluminação também sofrem um pouco, perdendo qualidade.

A câmera oferece modos especiais, como retrato (que simula um desfoque do fundo), cor em destaque (que deixa a foto em preto e branco exceto por uma cor selecionada), "cinemagraph" (que gera imagens animadas), "night vision" (que melhora fotos noturnas), panorama e o modo "ultra res", que gera imagens com 64 MP, ganhando detalhes mas perdendo as melhorias geradas pelo sistema quad pixel.

Além da câmera principal, há uma segunda câmera traseira grande angular ("ultra wide"), com ângulo de abertura de 118 graus, com resolução de 8 MP e abertura f/2,2. Esta pode ser uma opção válida quando você realmente precisa enquadrar um objeto muito grande, mas qualidade desta câmera é tão inferior à da câmera principal que a sua utilidade é discutível, como já tínhamos visto neste e neste aparelho.

A câmera frontal, que fica escondida dentro do aparelho e só aparece quando é acionada, é outra característica marcante do aparelho. Esta câmera tem sensor de 32 MP e lentes com abertura f/2,0, também utilizando a tecnologia quad pixel para gerar imagens com menor resolução, porém de melhor qualidade do que a original. Assim ela por padrão gera imagens de 8 MP, mas você pode optar por fotos de 32 MP, porém com menor qualidade geral.

A câmera principal filma em resolução até 4K, com 30 fps, ou Full HD com até 60 fps. A câmera frontal não filma em 4K, suportando apenas Full HD a 60 fps. Ambas as câmeras são capazes de filmar em câmera lenta, com até 120 fps em Full HD ou 240 fps em HD.

Você pode verificar a qualidade das fotos tiradas com o smartphone, sem edição, clicando nos seguintes links: foto 1, foto 2, foto 3, foto 4 (grande angular), foto 5 (em 64 MP) e foto 6.


Análises similares


Comentários de usuários

Respostas recomendadas

Excelente artigo!

Eu estava com duvida entre pegar ele e o Samsung S9 ... ja possuo um Moto X4 e não queria sair da Motorola, entretanto o S9 parece uma otima opção.

Mas eu tenho uma duvida ... Como o S9 foi lançado no primeiro semestre de 2018, será q ele ainda teria uma vida longa comparado ao One Hyper no quesito de atualizações de Android? Eu ja tive um Galaxy S5 e não foi uma boa experiencia (e antes dele era o primeiro Moto X).

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  • Membro VIP
8 minutos atrás, Lobarinhas disse:

Excelente artigo!

Eu estava com duvida entre pegar ele e o Samsung S9 ... ja possuo um Moto X4 e não queria sair da Motorola, entretanto o S9 parece uma otima opção.

Mas eu tenho uma duvida ... Como o S9 foi lançado no primeiro semestre de 2018, será q ele ainda teria uma vida longa comparado ao One Hyper no quesito de atualizações de Android? Eu ja tive um Galaxy S5 e não foi uma boa experiencia (e antes dele era o primeiro Moto X).

Obrigado!

Possivelmente esta é a única desvantagem do S9 em relação ao One Hyper (ok, além de ter uma tela menor e menos autonomia). O S9 já recebeu o Android 10, mas dificilmente receberá o 11. Mas será que isso é realmente tão relevante?

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7 minutos atrás, samagowy disse:

Rafael, tem um pequeno errinho no gráfico do AnTuTU. Você diz lá que o One Hyper foi 28% mais lento do que o Galaxy A30. Seria correto ali a leitura do S9, não?

 

Abraços.

Corrigido, obrigado!

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Gosto muito das análises deste site, mas gostaria de saber qual o critério de "produto recomendado" pois todos ganham, mesmo como neste caso que um aparelho intermediário tem um preço elevado para o que oferece. Antes este selo era mais raro.

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  • Membro VIP
10 minutos atrás, Alessandro Magri disse:

Gosto muito das análises deste site, mas gostaria de saber qual o critério de "produto recomendado" pois todos ganham, mesmo como neste caso que um aparelho intermediário tem um preço elevado para o que oferece. Antes este selo era mais raro.

Alessandro, não existe produto que seja recomendado para todos, pois as pessoas têm necessidades diferentes. Assim, caso o produto seja recomendado em algum caso, nós damos o selo. Os casos no qual o produto é recomendado (ou não) são sempre discutidos ao longo do artigo, principalmente nas conclusões.

No caso específico dos celulares, cada pessoa tem suas prioridades: quem gosta de jogar não abre mão do desempenho, quem usa para assistir séries quer uma boa tela e uma bateria com grande duração, e há pessoas para as quais a câmera é o mais importante. Assim, o celular mais recomendado para cada pessoa vai variar.

Nós não damos o selo de "Produto Recomendado" quando o produto não é recomendado em nenhuma situação, o que é bem raro mesmo atualmente. O produto não recebe o selo caso seja uma péssima compra para qualquer pessoa.

 

  • Obrigado 1
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Em 17/02/2020 às 09:36, Lobarinhas disse:

Excelente artigo!

Eu estava com duvida entre pegar ele e o Samsung S9 ... ja possuo um Moto X4 e não queria sair da Motorola, entretanto o S9 parece uma otima opção.

Mas eu tenho uma duvida ... Como o S9 foi lançado no primeiro semestre de 2018, será q ele ainda teria uma vida longa comparado ao One Hyper no quesito de atualizações de Android? Eu ja tive um Galaxy S5 e não foi uma boa experiencia (e antes dele era o primeiro Moto X).

Estava pensando exatamente na mesma coisa, estou querendo pegar o S9.

 

Eu só tenho medo dele começar a travar ou algo do tipo por causa de uma "durabilidade programada", por ele ser velho. Tipo a atualização dos iPhones que algumas pessoas reclamam que deixou mais lento. Será que esse por ser de 2 anos atrás dá problemas parecido?

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Em 06/03/2020 às 11:30, Rafael Coelho disse:

Alessandro, não existe produto que seja recomendado para todos, pois as pessoas têm necessidades diferentes. Assim, caso o produto seja recomendado em algum caso, nós damos o selo. Os casos no qual o produto é recomendado (ou não) são sempre discutidos ao longo do artigo, principalmente nas conclusões.

No caso específico dos celulares, cada pessoa tem suas prioridades: quem gosta de jogar não abre mão do desempenho, quem usa para assistir séries quer uma boa tela e uma bateria com grande duração, e há pessoas para as quais a câmera é o mais importante. Assim, o celular mais recomendado para cada pessoa vai variar.

Nós não damos o selo de "Produto Recomendado" quando o produto não é recomendado em nenhuma situação, o que é bem raro mesmo atualmente. O produto não recebe o selo caso seja uma péssima compra para qualquer pessoa.

 

Obrigado pela resposta, como sou leitor do site há muuuuuuuuuito tempo, estranhei a quantidade de selos de recomendado.  Mas eu entendi a mudança de conceito.

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