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O "aterramento" na estrutura do prédio


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Tenho lido um bocado sobre aterramento, neste e em outros fóruns. Por meses, talvez anos.
 
Atualmente me deparo com uma situação complicada. Não tenho capacitação de eletricista, eletrotécnico ou engenheiro elétrico. Tenho nenhuma prática que me dê autoridade* nesse ramo. Mas tenho plenas certezas sobre algumas coisas, que atingi alguns conhecimentos. Graças a grandes autores desses fóruns.
 
O problema: um eletricista, que tem a "autoridade" que eu não tenho, está implementando aterramento em apartamento de 3º andar ligando tudo às colunas do prédio!
 
     * Mesmo uma "autoridade particular", dentro da família. Leia-se: não confiam em minhas opiniões. Afastei-me do serviço porque todos faziam ouvido de mercador. Mas de vez em quando a consciência pesa.

Estou relendo todo aquele

tópico. Ontem eu reli o seguinte:
 

De um modo muito simplificado: Todo fio possui uma resistência. Se o fio apresentar alguma corrente essa resistência aumenta. Até aí tudo bem, mas com a resistência mais alta se torna possível o aparecimento de uma DDP (diferença de potencial) entre as duas extremidades do fio. Ou seja, lá no medidor o neutro é 0V mas lá na tomada ele pode passar a apresentar uma elevação de potencial, chegando a uns 5V ou até mais em instalações com fiação sobrecarregada.
Se você ligar o fio terra do seu equipamento nesse neutro da tomada esse potencial de 5V passará para a carcaça do seu equipamento, sendo um possível risco de segurança para o usuário.

No aterramento TN-S esse potencial de 0V lá do medidor é levado até o equipamento através de um fio pelo qual não circula nenhuma corrente. A resistência nesse fio será baixíssima fazendo com que os mesmos 0V cheguem até o equipamento.

Em uma situação de curto circuito o potencial do neutro também pode ser elevado, principalmente em pontos perto do local do curto circuito e distantes do ponto de aterramento. Mas isso acho que o faller pode explicar melhor.

Não é questão da energia fluir apenas em um sentido, o que se precisa para se ter um bom aterramento é o potencial de 0V. O neutro lá na tomada já não consegue mais esse potencial, ele estará quase sempre acima disso.

Eu ainda acho que você está considerando o aterramento, por mais milagroso que seja, uma proteção para o seu PC. Proteção elétrica pode muito bem ser feita entre fase e neutro com um resultado muito bom. O aterramento em nada aumentará a proteção elétrica do seu computador, exceto de raios.
E para se conseguir essa proteção de raios o aterramento deve ser real, usar o neutro não ajudará em nada.

Se existir algum modo de ser obter um aterramento a partir do neutro essa solução será “milagrosa” e de pouca confiança.

Lembre-se: aterramento serve para proteger o usuário.


Só reforçou minhas "certezas".



Segue algumas questões:

1) O prédio, até onde me consta, não tem para-raios. O condutor PE do SPDA seria ligado nas fundações. A atuação do sistema provavelmente ainda subiria DDP nas colunas, não é?
 
2) DDP nas colunas também aparecia por campo eletromagnético induzido por quedas de raios nas proximidades. Pelo menos por aqui não tem esses raios todos... tempestades só acontecem em — sei lá — 15 dias do ano, talvez apenas duas ou três.
 
3) Contudo, as estruturas do prédio estão velhas, enferrujadas, e não há garantia de que são bem conectadas. Não nem um pouco difícil imaginar DDP no PE entre pontos de tomada diferentes. E o pior: paredes energizadas, como se fossem chão com tensão de passo.
 
4) O que mais me assusta é a seguinte suspeita: alguém está tomando banho no chuveiro "aterrado" desse apartamento. Uma DDP surge naquele PE, a estrutura está com alta impedância (ou até interrompida). O caminho mais fácil poderá se tornar PE-água-pessoa-chão.

Para corroborar:


 

Negativo! Não faça isso! O simples fato de ligar teu corpo numa pulseira anti-estática nesse aterramento isolado e ter a carcaça do PC atada em outra malha pode fazer com que você morra em caso de acontecer uma DDP grande! Se ocorrer uma elevação do potencial de terra em apenas uma destas hastes e você vier a tocar numa carcaça metalica de equipamentos aterrados em outra malha, bau-bau, chocão e morte iminente! Todos pontos aterrados, incluindo teu corpo aterrado via pulseira anti-estatica devem estar sempre num mesmo potencial elétrico, não importa o que aconteça!



Por favor comentem.
 
Eu fui um tanto omisso para que a situação desse serviço chegasse a esse ponto. O principal é que não tenho autoridade para desmandar justificadamente o eletricista, que não é contrato por minha própria pessoa. O QDC poderia ter recebido um TT fazendo TN-S. Ou nem isso, poderia ser um TN-C-S. Mas eu não tive segurança sobre se os dois condutores que chegam lá em cima são FASE-FASE ou FASE-NEUTRO. É uma obra antiga e sem regulamentação. Pode ser qualquer coisa. Além do que os condutores são 6 mm com mais de 20 metros.
 
Esse TT para o TN-S, além da distância para a haste, oferecia risco relevante de tensão de passo.
 
Update
 
5) Se qualquer pessoa estiver usando esse mesmo "aterramento" com DPS classe III, na situação de surto (com escoamento pelo pino terra), o que estiver aterrado pode ser danificado e outras pessoas poderão morrer.

Update 2

Mais referência, de onde eu tirei os principais pontos a discutir no tópico presente:
 

A instalação dos DPS's deve obedecer alguns critérios como o tipo de aterramento utilizado e instala-los conforme.

E pra finalizar, uma proteção contra raios tem uma regrinha básica que muitos deixam passar que é a equipotencialização e sempre que possivel a utilização de uma malha única de aterramento pra todos os equipamentos, isso inclui a malha do neutro que deve estar atada em qualquer outra malha distinta e sempre por baixo da terra com cabos grossos de cobre. A equipotencialização ou malha única são assuntos de vital importância para uma proteção efetiva contra raios. Uma GPR (Ground Potential Rise), do inglês Elevação de Potencial de terra é um dos acontecimentos mais danosos gerado por raios. Essa GPR vai fazer com que a malha local de terra se eleve pra milhares senão milhões de volts e ela só precisa de um outro ponto aterrado com um potencial diferente pra altas correntes fluirem de um ponto a outro e isso acontece por dentro dos eletro-eletrônicos, ai a o desastre tá feito.

Depois de tratada a equipotencialização deve se proteger as linhas metalicas, todas elas em referencia à malha de aterramento. Deve se proteger as linhas de força e sinal ou seja, TV, Telefone e dados em geral, todas com seus devidos protetores ligados à malha de aterramento única.

Dentro disso tudo existem técnicas e práticas a serem respeitadas para um eficiente sistema de aterramento e proteção e lembre-se, o aterramento interno da residência, o "terceiro" fio serve apenas para a proteção pessoal e para descargas de menor intensidade das linhas de sinal feitas por protetores de ponto de uso, mas a grande parte do impacto deve sempre que possivel ser contida antes que essas linhas metalicas adentrem o ambiente e de preferência o mais próximo possível da malha de aterramento. Os protetores de ponto final, apesar de efetivos para os surtos elétricos mais comuns, são ineficientes pros mais raros e destrutivos ou seja, quando um raio cai muito mais proximidades. E os equipamentos aterrados são os mais vulneráveis por incrível que pareça, algo totalmente ao contrário da crença comum. Ou seja, se o aterramento foi mal executado, sem equalização de potenciais, etc, esse esquipamento está mais vulnerável do que sem aterramento durante uma GPR.

Um sistema de para-raios completa a proteção do ambiente e das pessoas, sendo que os eletrodos ou hastes enficadas ao redor da casa que fazem parte desse sistema de para-raios, devem ser ligadas à malha de aterrameto local para equalizar os potenciais e tudo deve ser feito por debaixo do chão por meio de cabos grossos.


Sobre a cor, tudo bem, a exigência por norma no uso da cor verde ou verde/amarelo - eu prefiro essa ultima - é por diferenciar bem o fio terra porque esse não pode ser ligado inadivertidamente em confusão com o neutro quando se tem fio terra espalhado por todos os circuitos, isso é importante porque não tem como dizer por meio de ferramentas comuns de teste pra dizer quem é o neutro e quem é o terra sendo que depois do ponto de entrada da fiação, eles não devem ser misturados. O único ponto que neutro e terra podem se encontrar é na caixa de medição ou o mais perto dela possivel. (falarei mais sobre isso abaixo).

Bem, você leu o texto inicial desse tópico, onde falo das topologias de aterramento?

Você seguiu a topologia TT e pra que essa ofereça o mínimo de segurança você precisaria de pelo menos duas coisas. Um dispositivo DR - dispositivo esse que detecta fugas à terra e logo desliga o circuito, para a proteção contra choques, depois você precisaria de um DPS (Protetor anti-surtos) entre Neutro e aterramento. Esse DPS faria o papel de um tipo de equipotencialização temporária no caso de ocorrências de surtos na malha de aterramento do neutro e nessa sua "malha" separada. Esses surtos ocorrem quando uma descarga atmosférica atinge as proximidades da região de sua casa e eleva o potencial da terra nas proximidades das malhas aterradas. Essa elevação de potencial faz com que correntes de alta intensidade fluam de uma malha à outra. Como as fontes de eletrônicos possuem conexões entre neutro e aterramento, conexões capacitativas, Então num evento desse tipo, altas correntes de surto poderão fluir por dentro das fontes, queimando a fonte no mínimo. Daí vem a necessidade equipotencialização de malhas de aterramento. A equipotencialização tb tem haver com a proteção contra choques...

A equipotencialização no caso de uma malha à parte deve ser feita de forma ideal por baixo do chão, com um cabo grosso e desencapado, chamado de cordoalha, inteligando as hastes da malha separada com a haste do neutro lá no pé do medidor de luz. Na impossibilidade, leva o fio da haste separada até à caixa de medição ou o ponto mais proximo dela, e jumpeia esse fio terra com o fio neutro e desse ponto parte ambos separados, neutro no seu condutor e terra no seu condutor, sem se encontrarem mais em nenhum ponto da instalação. Essa ligação equipotencial deve ser bem firme, bem feita.

Dependendo do caso, pode ser impossível passar um cabo pot baixo pra interligar as malhas. O ideal mesmo é que se reforce esse aterramento do neutro, com pelo menos mais uma haste espaçada da haste do neutro e de dentro do quadro de medição se derive o fio terra de cima de onde o fio neutro é atado à caixa metalica do medidor. Esse aterramento seria um típico TN-S, aterramento de ponto único. Todos os pontos aterrados dentro de casa deveriam usar esse mesmo fio terra. Tudo que está atado à terra de uma forma ou de outra PRECISAM estar em equipotencialidade ou seja, num mesmo nível de tensão. Num evento de descarga elétrica, todos esses pontos em equipotencialidade subirão seus potenciais por igual, não permitindo que haja um fluxo danoso de corrente de um lado pra outro.

Dá uma relida na mensagem inicial desse tópico e veja esse tutorial de como se proceder um aterramento residencial:

http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/14/artigo67889-1.asp

No teu caso nem precisa se preocupar com terrômetro. Você só vai encontrar isso com uma empresa de engenharia e olhe lá! Eletricista não costuma ter um desses, é muito caro e geralmente utilizado só em instalações de grande porte, tipo subestações, etc. O importante é que sua malha esteja em equipotencial com a malha do neutro, dessa forma une-se a vantagem da equipotencialidade e a baixa impedância oferecida pela malha do neutro.

Outro detalhe, compre massa pra calafetar e isole a conexão do fio com a haste pra que umidade não pegue no fio, principalmente se for flexivel. Essa massa pra calafetar é baratinha.

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Tá tudo errado. Toda instalação elétrica precisa de um projeto, feito por um Engenheiro Eletricista ou por um Técnico de Eletrotécnica (dependendo do porte da edificação). Um eletricista não pode inventar um aterramento na ferragem se isso não consta do projeto original, mesmo porque não seria feito dessa forma.

 

A responsabilidade é do síndico do condomínio em controlar as obras e exigir que sejam executadas corretamente. Mas também é difícil para o síndico saber o que inventam em cada apartamento. Em caso de acidente respondem o síndico, o proprietário e o eletricista.

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Sei que existem grandes diferenças, mas não sou capaz de diferenciar conceitualmente eletricista, eletrotécnico e engenheiro elétrico, no que diz respeito aos papéis que assumem no projeto e na instalação elétrica predial.

 

Ocorreu-me — e até cheguei a redigir o documento, com vários diagramas — de criar um projeto, TN-C-S, e procurar quem o validasse, eventualmente corrigisse, e o assinasse, para o eletricista executar. Mas o proprietário (meu pai) "achou muito difícil" encontrar a pessoa certa, e preferiu entregar tudo nas mãos desse eletricista, ou de um outro qualquer. Só restou-me calar e afastar-me.

 

Nosso principal argumento também é o argumento deles:

 

Em eletricidade, todos os riscos são probabilidades.

 

Mas eles emendam:

 

Nunca ninguém morreu fazendo o que estamos fazendo.

 

:huh:

 

@Ricardov, você identificou se estou pensando algo errado, pelo que tenho escrito?

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Infelizmente morreu sim.

o que você acha, quando alguém morre do coração tomando banho em chaveiro elétrico?

Notei que você tem bastante conhecimento da parte elétrica.

Ligar o aterramento nas ferragens do prédio é melhor que nenhum aterramento. Só gostaria de saber quem é que vai fazer os teste de impedância e assinar a ART de execução de obra.

Os outros moradores sabem disto? O sindico autorizou a obra?
Já que vai ligar o aterramento provavelmente também vão verificar o retorno.

Troque a caixa de disjuntores, fale com o seu profissional e peça para instalar disjuntores DS e disjuntores IDR (Interruptor Diferencial Residual) verifique onde vai ficar seu computar e ligue uma "faze" em  tomada 220V somente para ele.

Você vai ganhar de 6% a 8% de eficiência energética para o mesmo consumo de energia do PC.

Você esta em qual cidade? Dependendo de a cidade poço lhe indicar um engenheiro elétrico.

Um projeto elétrico (por engenheiro elétrico inscrito no CREA) com acompanhamento de obra e quantitativos de matérias não deverá passar de R$ 2.250,00 ( depende da cidade ).

 

Contrate um profissional habilidade, caso não seja possível monte um esquema do circuito executado e post neste tópico.

 

Sugiro enfaticamente, se possível for, contrate uma profissional habilidade.

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  • Membro VIP

@Hfromm, seu português esta meio estranho. Às vezes parece ser proposital, para fazer graça, outras vezes não. Mas não importa tanto. Diga-me apenas se "uma profissional habilidade" quis ser "um profissional capacitado".

 

Você também não me entendeu bem. Eu sou terminantemente contra o que está sendo feito. Mas não tenho poder de impedir que seja feito. Eu não sou contratante nem contratado. Por mim, depois de todas as verificações cabíveis, seria feito um TN-C-S. Um dos condutores que chegam ao QDC seria PEN.

 

O prédio é desorganizado demais. O esposo da subsíndica (bloco) esteve por perto do eletricista. No condomínio há vários TT em chuveiros ou computadores e todos acham normal. Aliás, ninguém conhece essas nomenclaturas. O que vigora é enterrar haste lá embaixo, distante, com PE de secção insuficiente, e dar assunto por encerrado. Fios verdes descem as paredes externas dos prédios até as hastes de seus proprietários, pra você ter um ideia. Aquele povo nunca ouviu falar de tensão de passo; mas pelo menos também nunca ouviu falar de DPS.

 

O que você chamou de disjuntor DS? Disjuntor DR?

 

Estou ciente das opções. Já estudei vários catálogos.

 

O QDC foi trocado por um maior, para suportar mais componentes. Agora tem 12 posições DIN. Mas por enquanto ela vai ficando apenas com os quatro disjuntores de sempre (agora atualizados para DIN curva B.

 

Esse eletricista não quer lidar com dispositivos DR. Se ele não sabe do que faria, acho mesmo não fazer!

 

Ninguém vai medir impedância de p**** nenhuma. O eletricista considera o seguinte como parâmetro válido:

X = (DDP FASE-NEUTRO) - (DDP FASE-TERRA)
Onde X menor seria X melhor.
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@alexandre.mbm sua preocupação é corretíssima, pois instalações elétricas mal feitas são muito perigosas. Quanto as funções, o eletricista deveria executar o que está no projeto e o projeto deveria ser feito por um Engenheiro ou Técnico. No seu caso específico, que é uma adequação de uma instalação existente, poderia ser feita com a orientação de um Técnico ou Engenheiro que trabalhe com instalações elétricas. Isto porque o eletricista não tem o arcabouço teórico necessário para decidir por uma ou outra solução e as consequências de suas decisões.

 

Desaconselho totalmente usar a ferragem como aterramento e muito menos como SPDA caso não tenha sido projetada pra isso. Note que SPDA pode ser dispensável em certos casos, previstos na norma NBR 5419/2015, mas isso sempre com uma embasamento técnico. O SPDA os bombeiros fiscalizam, mas as instalações elétricas não são fiscalizadas antes, só depois que alguém se acidenta ou morre.

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Presumo que engenheiro elétrico é alguém que concluiu o curso superior de Engenharia Elétrica. Qual é, então, a formação de um eletrotécnico que pode elaborar projetos? Ele seria algum tecnólogo?

 

Presumo que o pessoal que fez curso no SENAI é sempre simplesmente eletricista.

 

Que eu saiba, o SPDA tem seu próprio aterramento mas é ligado às ferragens nas fundações do prédio, de modo a alcançar a tal equipotencialização. Quanto a isso, a pulga que fica atrás de minha orelha é: o aterramento do SPDA deve ser bom o bastante para garantir que surtos não subam fundação acima, pelas ferragens.

 

A propósito, alguém sabe dizer em quais casos um SPDA é dispensável pela norma?

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As atribuições das profissões técnicas são definidas pelo CREA conforme as disciplinas cursadas. Os Engenheiros Eletricistas ou Engenheiros Eletrotécnicos podem fazer projetos elétricos. Tecnólogos não podem. O Técnico de Eletrotécnica, que é um curso do ensino médio, pode fazer projetos até 800 kVA em certos casos, definidos pelo CREA de cada estado. Não existe uma formação exigida para eletricista, mas existem bons cursos como o do Senai. Mas os eletricistas não podem fazer projetos.

 

A permissão para usar ferragens como condutor de descida e fundação como aterramento deve ter uns 20 anos. Para isso a estrutura deve ser adequadamente preparada durante a construção, sendo economicamente inviável alterá-la depois.

 

A norma de SPDA tem mais de 300 páginas. É preciso fazer um estudo caso a caso para saber se precisa do SPDA ou não. Hoje o recomendado é que os eletrodos de aterramento sejam únicos, existindo um barramento, chamado de BEP, para equipotencialização de todos os sistemas. As fundações podem ser usadas como eletrodos de aterramento, desde que tenham sido preparadas pra isso durante sua construção. Não sendo o caso deve ser feita uma malha de aterramento própria com resistência inferior a 10 ohms.

 

Não sei como funciona aí em Natal. Aqui em SC os Bombeiros exigem laudo do aterramento na renovação do alvará.

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@alexandre.mbm , me desculpe pelo português. Não foi proposital.

 

 

O Disjuntor é DPS
DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos de Tensão): Disjuntor que atua quando uma tensão que percorre os alimentadores é alta, descarregando-a para a terra de forma direta. Esse disjuntor possui função equivalente a do para-raios.

 

DR (Disjuntor Diferencial Residual ou Interruptor Residual) é igual a IDR (Interruptor Diferencial Residual)

 

Se for possível, seria interessante esta solução. Já que o quadro de disjuntores é para 12 posições. Teria espaço para as soluções DPS e DR.

 

 

Por Hora
Espero ter ajudado

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  • Membro VIP

O que seria o tipo de coisa que prepara a estrutura das fundações para poder ser usada como eletrodo de aterramento?

 

Como é um BEP — barramento de equipotencialização principal?

A permissão para usar ferragens como condutor de descida e fundação como aterramento deve ter uns 20 anos. Para isso a estrutura deve ser adequadamente preparada durante a construção, sendo economicamente inviável alterá-la depois.

 

Isso me diz que o que o eletricista esta fazendo poderia ficar certo... em outro prédio.

 

---

 

@Hfromm, agradeço sua boa intenção em participar e ajudar, mas você infelizmente está ensinando coisa errada. Sugiro que edite suas mensagens.

 

DPS não é disjuntor. Disjuntores usam indutores e/ou bimetálicos para reverter chave e interromper sobrecorrente indesejada, com o objetivo de proteger os condutores e suas isolações.

 

DPS baseia-se em absorção de energia e/ou abertura de curtos-circuitos propositais, com o objetivo de desviar surtos para a TERRA, seja por meio do condutor NEUTRO, ou de um condutor PEN ou PE.

 

A sigla "DR" é usada para a expressão "diferencial residual". Genericamente, chamamos tudo de "dispositivos DR" (o que significa: "dispositivos diferenciais residenciais"). O dispositivo DR pode ser simples, atuando apenas como interruptor automático de proteção. Nesse caso é um IDR: interruptor diferencial residual. Ou o dispositivo DR pode ter algo mais, também funcionando como disjuntor. É o DDR: disjuntor diferencial residual.

 

O dispositivo DR é, em primeiro lugar, um comparador de correntes. Se a comparação entre os pólos corretamente utilizados falha, e falha fora da tolerância, então existe uma fuga de corrente e o circuito deve ser interrompido. O interruptor automático é acionado.

 

DDR é DR que é IDR e disjuntor.

Um projeto elétrico (por engenheiro elétrico inscrito no CREA) com acompanhamento de obra e quantitativos de matérias não deverá passar de R$ 2.250,00 ( depende da cidade ).

Eu estava procurando essa base. Muito obrigado!

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@alexandre.mbm é um assunto bem extenso esse. Sugiro que leia as seções pertinentes das normas 5410 e 5419 para ter uma noção. Os eletrodos de aterramento devem ser concretados na fundação. Devem ter um ponto acessível para medição de continuidade. Devem ter uma seção mínima para suportarem a corrosão. Deve haver continuidade nas armaduras, etc. etc. etc. Tem muita coisa que precisa ser observada.

 

O BEP é uma barra de cobre, com dimensões mínimas definidas na norma, onde devem ser conectados todos os sistemas para equipotencialização. Ex. http://www.faw7.com.br/aterramento/equipotencializacao-ou-barra-equipotencial-e-barra-de-terra

 

De todo modo a ferragem do prédio pode ser usada em certos casos como condutor de descida do SPDA, mas não pode ser usada como condutor de proteção PE. O condutor PE deve seguir junto com os condutores fase e neutro, a partir do quadro principal de distribuição e as fundações apropriadas podem ser usadas como eletrodo de aterramento. Em suma, o que o eletricista está fazendo não está correto em nenhum caso. É a famosa gambiarra.

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  • Membro VIP

De todo modo a ferragem do prédio pode ser usada em certos casos como condutor de descida do SPDA, mas não pode ser usada como condutor de proteção PE. O condutor PE deve seguir junto com os condutores fase e neutro, a partir do quadro principal de distribuição e as fundações apropriadas podem ser usadas como eletrodo de aterramento.

Nunca pensei poder ser tal estrutura o condutor de descida do SPDA. Pensava que, segundo as normas, um condutor específico descia do pára-raios e só lá embaixo era conectado às fundações.

 

Por que não oferece perigo aos moradores?

Assume-me que se não houver defeito o raio irá sempre direto à TERRA?

 

Em suma, o que o eletricista está fazendo não está correto em nenhum caso. É a famosa gambiarra.

É o que eu já pensava saber. Obrigado pelo reforço.

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Existem diversas situações. O condutor de descida pode ser embutido no reboco ou pode ser externo. Um condutor metálico será o caminho preferencial da descarga. O perigo é não equipotencializar calhas, telhados metálicos, antenas, gradis, portões, encanamentos. Se construir uma malha no telhado pode nem precisar de captores. Tudo isso é definido no desenvolvimento do projeto, considerando o tipo de edificação, a altura, o uso, o índice de raios na região, etc.

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  • Membro VIP

Os prédios desse condomínio não tem tubulação de gás. Os eletrodutos não são metálicos. Não há telhados metálicos ou grades. Apenas as janelas são de alumínio. Não sei se determinada parte da tubulação de água, de maior bitola, é metálica. Nos apartamentos, é PVC. Não creio que exista um SPDA ou um BEP.

 

Tudo isso faz parecer que TN-C-S seria a solução, concordam?

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  • 1 ano depois...
  • 1 ano depois...

Bom dia a todos!

Eis uma questão: imaginem um aterramento de bombas elétricas interligado a um BEP e um BEL. Este aterramento segue subterrâneo a cabo nu em boa parte do percurso, no entanto, em alguns trechos de divisa de edificações este cabo nu foi direcionado para a platibanda do prédio. O que vocês acham, este cabo nu oferece riscos a pessoas que tiverem contato com o cabo em questão ou pelo simples fato de já estar aterrado diretamente ao solo, já anula a DDP? Complementarmente, em cada ponto do cabo existem 3 hastes de aterramento em topologia triângulo.

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