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Rede de aterramento sem aterramento


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Numa casa antiga, partes da casa possuem esquema de aterramento TT. Outras partes poderiam ter, mas para futuro algumas tomadas estão apenas "comunicando" o condutor PE, sem o aterramento efetivo. Isso é errado?

 

Eu "sei" que todos os TT deveriam estar equipotencializados, de preferência compondo um TN-S, mas tal implementação está fora do orçamento. Por enquanto, o que preciso mesmo é saber se deixar condutores PE comunicando aparelhos, sem aterramento, será algo potencialmente prejudicial?

 

O eletricista que está trabalhando aqui não sabe dos "esquemas": TN-S, TN-C, TN-C-S ou TT. Nas palavras dele, explicou-me que não devo usar o ateramento do relógio. Segundo ele, aquilo seria exclusivo da operadora. Eu pensava que seria justamente a forma de fazer um TN-S...

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3 horas atrás, alexandre.mbm disse:

Numa casa antiga, partes da casa possuem esquema de aterramento TT

 

Então há um barramento de terra no quadro de distribuição, correto?

 

3 horas atrás, alexandre.mbm disse:

algumas tomadas estão apenas "comunicando" o condutor PE, sem o aterramento efetivo. Isso é errado?

 

Se não há aterramento deste condutor você nem pode chamá-lo de PE (Protection Earth). Ele é simplesmente um condutor estranho à instalação, com potencial desconhecido. Melhor que ele não exista, enquanto não houver um efetivo aterramento. Ou seja, desconecte o terceiro pino da tomada deste condutor por enquanto. Faça isto dentro das tomadas mesmo, pra não precisar cortar os pinos dos plugues.

 

3 horas atrás, alexandre.mbm disse:

Eu "sei" que todos os TT deveriam estar equipotencializados, de preferência compondo um TN-S, mas tal implementação está fora do orçamento.

 

Que tal um TN-C-S? Você só precisa ligar o barramento de terra ao barramento de neutro, lá dentro do quadro de distribuição e ser feliz. Ele também é previsto na norma

 

3 horas atrás, alexandre.mbm disse:

Nas palavras dele, explicou-me que não devo usar o ateramento do relógio. Segundo ele, aquilo seria exclusivo da operadora. Eu pensava que seria justamente a forma de fazer um TN-S...

 

Você ta sabendo mais que seu eletricista. Pede pra ele estudar um pouco a NBR5410 antes de sair falando asneiras por aí...

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33 minutos atrás, Raphael Venturin disse:

Então há um barramento de terra no quadro de distribuição, correto?

 

Não. Refiro-me a um TT no computador do quarto 2, um TT no fogão, um TT na geladeira, um TT em cada chuveiro elétrico, e agora um TT abrangendo várias das tomadas que compartilharão eletroeletrônicos. Restaram dois lances com condutor PE mortos, sem aterramento.

 

33 minutos atrás, Raphael Venturin disse:

Se não há aterramento deste condutor você nem pode chamá-lo de PE (Protection Earth). Ele é simplesmente um condutor estranho à instalação, com potencial desconhecido. Melhor que ele não exista, enquanto não houver um efetivo aterramento. Ou seja, desconecte o terceiro pino da tomada deste condutor por enquanto. Faça isto dentro das tomadas mesmo, pra não precisar cortar os pinos dos plugues.

 

OK. E se eu não desligar, as conjecturas serão sempre desfavoráveis? Já que haveria aparelhos compartilhando o condutor, eu não devo considerá-lo como "sempre inerte", não é?

 

Não temos um QDC moderno! Não há barramento de terra nele. Talvez devêssemos instalar QDC substituto, para isso. Mas não estamos considerando trocar a fiação completa. É inviável trocar o que passa pelo teto ou pelo chão; muita coisa, pois praticamente não há caixas de passagem e tudo vem das caixas de luz. Passar a nova fiação é algo extremamente incerto. Há muita gambiarra ou deficiência (degradação) nos eletrodutos.

 

33 minutos atrás, Raphael Venturin disse:

Você ta sabendo mais que seu eletricista. Pede pra ele estudar um pouco a NBR5410 antes de sair falando asneiras por aí...

 

O problema é a "autoridade". Sou muito frouxo para fazer eu mesmo o serviço. Na verdade, sou filho do mandante do serviço. Esse é o segundo eletricista com o qual tenho contato (e o segundo serviço). A humildade dessa pessoa é um ponto muito positivo e não quero estragar nossa relação. Por outro lado, o dinheiro não sai de mim, então também não sou muito livre para as decisões.

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raphael, voce disse assim:

 

"Você ta sabendo mais que seu eletricista. Pede pra ele estudar um pouco a NBR5410 antes de sair falando asneiras por aí..." acho que  o eletrecista do rapaz, assim como eu, pode estar defasado da realidade, veja meu caso, apesar de ter feito Senai em 1974 e conclui o curso técnico em eletrotécnica em 1977, esse linguajar para mim é estranho.

Vai que  ele está por fora como eu, e ficou com vergonha mas eu não fiquei, de reconhecer desconhecer o assunto, mas ele preferiu falar algo para parecer que tinha noção ou dominio do assunto.

Se voce ou o autor do post não se incomodar de dar uma explicação bem sucinta aqui eu agradeceria e pouparia uma consulta ao mestre google.

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  • Membro VIP

@misterjohn , eu vou preparar um esboço explicando meu cenário. Quanto a explicações sobre os esquemas de aterramento, por favor consulte as páginas 3 e 4 do material da Schneider.

 

No Google Imagens você encontra mais diagramas, sempre para sistemas trifásicos.

 

7 horas atrás, misterjohn disse:

acho que  o eletrecista do rapaz, assim como eu, pode estar defasado da realidade, veja meu caso, apesar de ter feito Senai em 1974...

 

Para evitar mexermos no QDC propriamente dito, ele sugeriu continuarmos com disjuntores pretos (padrão NEMA), só que Pial. Valerá a pena?

 

A questão é que os disjuntores atuais, Eletromar, não estão disparando quando há curtos-circuitos. A "segurança" tem ficado por conta do disjuntor curva C que há depois do relógio.

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  • Membro VIP
12 horas atrás, alexandre.mbm disse:

@misterjohn , eu vou preparar um esboço explicando meu cenário.

 

aterramento-casa.png

 

Os cômodos numerados são quartos.

 

Mais:

 

- E: quarto da empregada

- BE: banheiro da empregada

- B1: banheiro 1 (suíte)

- B2: banheiro 2

- S: área de serviço ou lavanderia

 

Todos os pontos vermelhos são aterramentos TT:

  • Computador no quarto 2
  • Máquina  de lavar na área de serviço
  • Geladeira na cozinha
  • Fogão na cozinha

Atualmente as tomadas mais próximas de cada um desses aterramento o aproveitam.

 

O ponto verde, no quintal (fundos), é um aterramento TT compartilhado por tomadas de todos os quatro quartos numerados e da área.

 

Os pontos laranjas são aterramentos TT exclusivos para chuveiro elétrico.

 

Nessa configuração, sem a equipotencialização, eu temo fazer rede cabeada entre dispositivos aterrados e não aterrados. Temor justificado?

 

O ponto azul é o QDC.

 

O ponto amarelo é o relógio.

 

PS.: as astes laranja e verde estão em solo úmido e externo. Infelizmente as astes vermelhas estão erradamente dentro de casa mesmo*, em solo seco, e por debaixo de cerâmica, tudo chumbado**, sem eletrodutos e caixas de inspeção.

 

* perigo tensão de passo?

** parece tão errado que dá vontade de desativar... devo?

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1 hora atrás, alexandre.mbm disse:

Não. Refiro-me a um TT no computador do quarto 2, um TT no fogão, um TT na geladeira, um TT em cada chuveiro elétrico, e agora um TT abrangendo várias das tomadas que compartilharão eletroeletrônicos. Restaram dois lances com condutor PE mortos, sem aterramento.

 

Aterramento TT também tem que ter um ponto de equipotencialização, que seria a barra de aterramento dentro do quadro de distribuição. Não pode ter um TT aqui, outro ali, etc.

 

1 hora atrás, alexandre.mbm disse:

E se eu não desligar, as conjecturas serão sempre desfavoráveis? Já que haveria aparelhos compartilhando o condutor, eu não devo considerá-lo como "sempre inerte", não é?

 

Serão sempre desfavoráveis! Não entendi a segunda pergunta.

 

1 hora atrás, alexandre.mbm disse:

Não temos um QDC moderno! Não há barramento de terra nele. Talvez devêssemos instalar QDC substituto, para isso. Mas não estamos considerando trocar a fiação completa. É inviável trocar o que passa pelo teto ou pelo chão; muita coisa, pois praticamente não há caixas de passagem e tudo vem das caixas de luz. Passar a nova fiação é algo extremamente incerto. Há muita gambiarra ou deficiência (degradação) nos eletrodutos.

 

Diante desta situação, se eu fosse você nem colocaria condutores de proteção (PE), deixaria só fase e neutro mesmo nas tomadas. Veja bem, um esquema de aterramento mal feito é mais perigoso do que a ausência deste!! E no seu caso aí me parece que uma instalação bem feita dos condutores de proteção exigiria uma reforma completa da instalação, compreende? Só estou sendo realista, não quero te desanimar de jeito nenhum.

 

1 hora atrás, alexandre.mbm disse:

Esse é o segundo eletricista com o qual tenho contato (e o segundo serviço). A humildade dessa pessoa é um ponto muito positivo e não quero estragar nossa relação.

 

A instalação de condutores de proteção começou a ser obrigatória no Brasil faz uns 10 anos... Mas até hoje os "profissionais" não sabem como instalar ele. É questão de se atualizar mesmo, e esse seu eletricista aí está só uns 10 anos atrasado, isto sendo muito bonzinho com ele!! Desde a década de 70 já é consenso que aterramentos devem ser preferencialmente equipotencializados, de ponto único.

 

1 hora atrás, misterjohn disse:

Se voce ou o autor do post não se incomodar de dar uma explicação bem sucinta aqui eu agradeceria e pouparia uma consulta ao mestre google.

 

Já existe um tópico aqui no fórum explicando exaustivamente os esquemas de aterramento e fazendo comparações de funcionalidades: 

Mas o tópico é longo, então fico te devendo uma explicação sucinta.

 

Posso dizer que toda residência já tem aterramento (ligado ao neutro, perto do medidor), porém nem todas tem condutor de proteção (vulgo fio terra), que serve basicamente para proteger contra choques e blindar eletromagneticamente os equipamentos ligados à ele.

 

Quanto à proteção contra surtos de tensão, esta não fica comprometida sem o condutor PE, visto que o neutro é aterrado também, e é uma importante via de escoamento de correntes originadas por descargas atmosféricas ou por manobras da rede.

 

Abraços

 

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  • Membro VIP

Ficou parecendo que a culpa aqui é do eletricista. Não é bem assim. Trata-se de uma casa de conjunto reformada. As coisas foram sendo feitas aos poucos, ao longo dos anos, da cabeça do meu pai. Estou tentando encontrar uma forma de aproveitar o máximo. Mas tem de ser sem riscos.

 

Para isso, o raciocínio tem sido, mesmo sem equipotencialização, usufruir do que existe. Presumo que chuveiros, máquina de lavar, fogão e geladeira podem ficar como estão. Apenas os condutores foram estendidos a liquidificador e micro-ondas. O aterramento que já existia no quarto 2 entrará em desuso.

 

A questão que restou separa-se em duas:

 

1) A haste do ponto verde está aterrando quase tudo dos quatro quartos numerados. O quarto da empregada e a sala tem lance de condutor sem aterramento. Ambos ainda podem ser ligados a aquela haste do ponto verde... mas ainda restaria televisor e roteador no quarto 3 não aterrados. Eu deveria obrigatoriamente ligá-los à haste?

 

2) Se todos os eletroeletrônicos ficarem pendurados naquela haste, isso dá pra passar como um aterramento "correto", não dá?

 

Os dois condutores soltos, no quarto da empregada e na sala, só não já estão ligados à haste do ponto verde devido a "intimidações" da minha mãe. É difícil fazê-la entender os requisitos... (Mulher é osso! Mesmo estando noutra casa, alugada, ao lado, fica a reclamar — tendo o dinheiro! — do prolongamento do serviço, e da "poeira da quebradeira". Não tem lógica! Mas ela é quem manda...)

 

Resumindo a questão:

 

a. Ir pendurando todos os eletroeletrônicos na haste do ponto verde, é má estratégia?

b. Ficar coisa não aterrada e coisa aterrada, para fazer parte de rede ethernet, é o fim da picada, é pedir pra ter problema?

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Não quis dizer que a culpa é do eletricista, quero dizer que você deve usar apenas o aterramento do relógio.

 

Se não, como você vai fazer a equipotencialização dos aterramentos do jardim com o do relógio?

Precisaria de uma cordoalha, passando por debaixo da terra, até aquelas hastes isloadas. E esse cabo é bem caro, e muitas vezes é inviável a sua passagem, pois podem existir obstáculos no meio do caminho, como a própria casa.

 

Desative todas as hastes isoladas, sem dó nem piedade, e seja feliz. Futuramente, se quiser, melhore o aterramento do padrão, faça um novo quadro de distribuição dessa vez com barramento de neutro e terra e interligue-os para ter um esquema TN-C-S.

Se quiser um TN-S passe outro condutor de mesma seção, desde o aterramento do padrão até o quadro de distribuição e desta vez deixe os barramentos de terra e neutro isolados dentro do quadro

 

É simples na verdade, não faça nada diferente disso sem a supervisão de um engenheiro eletricista.

 

Se insistir no esquema TT, está correndo risco de sofrer com tensões de passo, queimar suas fontes de alimentação devido aos surtos em modo comum, vai precisar de DPS de alta capacidade entre neutro e terra e de DR pra se proteger contra choques, etc. Vale a pena?

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Entendi sim, e possivelmente continuará funcionando sem provocar nenhum susto por muitos anos, até mesmo por décadas.

 

Só torça pra não chegar nenhuma sobretensão induzida por raios aí e surgir uma violenta corrente entre o neutro e seu terra isolado, torça pra não cair nenhum fio de alta tensão sobre a rede secundária de distribuição e surgir uma DDP gigantesca dentro dos seus equipamentos eletrônicos.

 

São coisas difíceis de acontecer, mas estão fora de seu controle, e, se acontecer, já era.

 

Enquanto você vai estar sujeito a severas consequencias, aquele seu vizinho que sequer tem condutor de proteção na sua tomada vai sair ileso, nem vai perceber talvez.

 

Você estará correndo grandes riscos, graças ao seu "lindo" aterramento, graças àquele terceiro pino lá da tomada, que dá a maior sensação de proteção! Na verdade será o vilão.

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  • Membro VIP
8 minutos atrás, Raphael Venturin disse:

Só torça pra não chegar nenhuma sobretensão induzida por raios aí e surgir uma violenta corrente entre o neutro e seu terra isolado, torça pra não cair nenhum fio de alta tensão sobre a rede secundária de distribuição e surgir uma DDP gigantesca dentro dos seus equipamentos eletrônicos.

 

Você pode nos explicar esses dois fenômenos, por favor?

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@Raphael Venturin, por favor, se couber, faça distinções entre fatos e riscos relativos a chuveiros elétricos, eletrodomésticos (fogão, geladeira, micro-ondas, máquina de lavar) e eletroeletrônicos (computadores desktop, televisores, modems e roteadores ligados em ethernet). Tenho a impressão de que essas cargas todas envolvem finalidades e preocupações diferentes, quanto ao aterramento.

 

Desde já, muito obrigado. Tenho certeza de que os demais membros do fórum também lhe agradecerão. Existem tópicos muito extensos sobre o assunto, mas acredito que o presente é um caso que agregará valor ao fórum, com simplicidade e clareza de exposição, questionamento e análise.

 

PS.: estou tentado a mudar o título para "Reciclagem de esquemas de aterramento legados TT".

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  • Membro VIP

Parece que de alguma forma minha abordagem está afastando as pessoas. Fiz um convite particular e a pessoa não quis se aproximar. Quem estava participando, aparentemente abandonou o tópico. Mas eu vejo que em outro fórum @rau chegou a defender, para o Brasil, TT com DPS e DR. Eu queria saber mais a respeito...

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@alexandre.mbm vemos a sua boa vontade em resolver. Mas o caso é que em uma instalação completamente fora das normas é difícil acertar sem refazer quase tudo.

O mais usual aterramento para residências é TN-C-S com DR. Talvez no seu caso pudesse colocar eletrodutos sobre a laje ou forro para passar o condutor de proteção. Mas tem que separar os barramentos de neutro e terra como o @Raphael Venturin indicou, verificar se o aterramento do medidor está adequado e instalar uma caixa de inspeção.

Como gosta tanto do assunto você deveria fazer um curso técnico ou do Senai. Daí resolveria você mesmo essas questões.

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Em ‎15‎/‎04‎/‎2016 às 01:43, alexandre.mbm disse:

Você pode nos explicar esses dois fenômenos, por favor?

 

Imagine que um raio caiu diretamente sobre o condutor neutro da rede de distribuição secundária da concessionária. Este raio faz a tensão deste condutor aumentar muito e, como toda descarga atmosférica é ávida para se dissipar na terra, ela vai fazer isso simultaneamente através de todos os milhares de aterramentos interligados da cidade (dos postes, dos padrões de entrada das residências, das subestações, etc.). Todos esses aterramentos interligados terão seu potencial aumentado com a mesma rapidez, de forma homogênea, e, como todos eles estarão sempre no mesmo potencial, não haverá corrente circulando entre eles portanto.

Porém, aquele seu aterramento isolado, desconectado de todos os demais, permanecerá em zero volts. Dentro das fontes de alimentação dos seus equipamentos eletroeletrônicos, no entanto, existe uma grande proximidade entre o condutor neutro e o condutor de proteção. Os dois, muitas vezes, estão separados apenas por um capacitor que não suporta DDPs muito grandes e é exatamente nesse ponto que pode surgir uma corrente de avalanche para a sua haste isolada, que seria vista como uma "nova fronteira" pelo caminho do raio.

Agora, uma vez que seu aterramento estivesse equipotencializado com os demais, não haveria nenhuma corrente porque tanto o neutro quanto o fio terra estariam no mesmo potencial.

 

Imagine também que aquele seu aterramento isolado é um "prato cheio" para o raio dissipar sua energia, pois é muito material condutor em contato com a terra. O problema todo é que essa dissipação ocorre de forma retardada e solitária, alguns milésimos de segundos depois dos outros aterramentos equipotencializados dissiparem, e é por isso que surge a tensão de passo, outro perigo inerente ao TT.

 

Em ‎15‎/‎04‎/‎2016 às 06:33, alexandre.mbm disse:

distinções entre fatos e riscos relativos a chuveiros elétricos, eletrodomésticos (fogão, geladeira, micro-ondas, máquina de lavar) e eletroeletrônicos (computadores desktop, televisores, modems e roteadores ligados em ethernet). Tenho a impressão de que essas cargas todas envolvem finalidades e preocupações diferentes, quanto ao aterramento.

 

Cara, o chuveiro brasileiro é um equipamento tão perigoso, que o fato dele estar aterrado ou não não vai mudar o nível de segurança para o usuário. Aliás, se houvesse uma mínima preocupação com a segurança dos fabricantes com os nossos chuveiros, ao menos o fio terra deles seria da mesma bitola do neutro. É um absurdo isso, mas são coisas do Brasil.

Aonde já se viu um equipamento em que a fase está praticamente em contato direto com a carcaça do mesmo?! Agora, se for um chuveiro com resistência blindada, aí já são outros 500. É um equipamento seguro como qualquer outro.

 

Eletrodomésticos e eletroeletrônicos envolvem basicamente as mesmas finalidades e preocupações quanto à segurança e ao esquema de aterramento. Não esquente a cabeça com isso.

 

1 hora atrás, alexandre.mbm disse:

@rau chegou a defender, para o Brasil, TT com DPS e DR.

 

Acredito que o rau tenha falado que, caso não seja possível aplicar o TN-S ou o TN-C-S e se opte pelo TT por qualquer razão que seja, o DPS e o DR são extremamente indispensáveis! A aplicação do DR e do DPS no esquema TN-S é desejável (começou a ser obrigatória em novas instalações apenas em 1997), mas não tão fundamental para a segurança quanto é para o esquema TT.

 

Daí você tem que entender que quando você faz um aterramento equipotencializando, você está na verdade aproveitando todos milhares de aterramento existentes no seu bairro ou na sua cidade. Quando você usa um aterramento isolado porém, você está desprezando os demais e usando somente este. Isso explica porque no esquema TN-S, um simples disjuntor pode desligar uma falta fase-terra e no TT você vai depender exclusivamente do DR para tal proteção. Na verdade, o seu aterramento isolado consegue escoar no máximo 20A, por melhor que ele seja, e isso não é capaz de desarmar a maioria dos disjuntores

 

Qualquer coisa pergunta mais aí, abraços!

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1 hora atrás, Ricardov disse:

O mais usual aterramento para residências é TN-C-S com DR. Talvez no seu caso pudesse colocar eletrodutos sobre a laje ou forro para passar o condutor de proteção.

 

Nas condições atuais do serviço de alvenaria, não seria difícil e caro comunicar o QDC com várias das tomadas de interesse (eletroeletrônicos). Agora, talvez isso ainda não valha a pena, se o prédio (casa) for continuar errado.

 

Vejam, em verde, na imagem abaixo (atualizada) como passeiam pela casa os lances de condutor verde:

 

aterramento-casa.png

 

Minha "suposição" é deixar lavanderia, cozinha e chuveiros cada um com seu TT que já existia, colocar DR para chuveiros (e que sempre tiveram TT, cada um), interligar todo o resto num TN-C-S partindo do relógio e depois do QDC, e fazendo o TT de reforço no ponto verde. Fica errado?

 

3 horas atrás, Ricardov disse:

Mas tem que separar os barramentos de neutro e terra como o @Raphael Venturin indicou, verificar se o aterramento do medidor está adequado e instalar uma caixa de inspeção.

 

O difícil é ter eletricistas pagável, para validar essa ou outra ligação.

 

1 hora atrás, Ricardov disse:

Como gosta tanto do assunto você deveria fazer um curso técnico ou do Senai. Daí resolveria você mesmo essas questões.

 

Isso não está fora de cogitação para o futuro. Mas tenho minhas dúvidas se um curso do SENAI iria me dar teoria suficiente para elaboração do projeto. Eu não sou do tipo que quer "experimentar" com eletricidade. Temo todos os fantasmas.

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5 minutos atrás, alexandre.mbm disse:

 

Nas condições atuais do serviço de alvenaria, não seria difícil e caro comunicar o QDC com várias das tomadas de interesse (eletroeletrônicos). Agora, talvez isso ainda não valha a pena, se o prédio (casa) for continuar errado.

 

Vejam, em verde, na imagem abaixo (atualizada) como passeiam pela casa os lances de condutor verde:

 

aterramento-casa.png

Não está tão longe para corrigir:

Interligar todos os PE e levar ao QDC

Instalar barra PE no QDC

Instalar barra de neutro isolada no QDC

Instalar condutor PE do QDC ao quadro de medição.

Verificar se haste de aterramento do neutro existente está em boas condições (sem oxidação/ferrugem) e tem dimensões de 2,40 m x 5/8 pol ou as dimensões mínimas exigidas pela distribuidora de energia local.

Conectar o PE ao neutro na caixa de medição.

Instalar caixa de inspeção na haste de aterramento.

 

19 minutos atrás, alexandre.mbm disse:

Isso não está fora de cogitação para o futuro. Mas tenho minhas dúvidas se um curso do SENAI iria me dar teoria suficiente para elaboração do projeto. Eu não sou do tipo que quer "experimentar" com eletricidade. Temo todos os fantasmas.

Para fazer projeto 'de verdade' tem que ter pelo menos um curso técnico e alguma experiência. Mas o curso do Senai ensina a ler um projeto e fazer as instalações seguindo criteriosamente as normas técnicas e as normas de segurança. Isso é uma grande diferença, pode ter certeza.

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5 horas atrás, Ricardov disse:

Não está tão longe para corrigir:

Interligar todos os PE e levar ao QDC

Instalar barra PE no QDC

Instalar barra de neutro isolada no QDC

Instalar condutor PE do QDC ao quadro de medição.

Verificar se haste de aterramento do neutro existente está em boas condições (sem oxidação/ferrugem) e tem dimensões de 2,40 m x 5/8 pol ou as dimensões mínimas exigidas pela distribuidora de energia local.

Conectar o PE ao neutro na caixa de medição.

Instalar caixa de inspeção na haste de aterramento.

 

Não posso mexer com lavanderia e cozinha, pois é tudo na cerâmica. A forma de levar PE até lá seria por caixas de luz. Os dois PE dos chuveiros, nem sei por onde passa direito, e os banheiros também são cerâmica.

 

Quantos aos interligar os demais lances, está muito viável, com pouca quebradeira horizontal. Mas não adianta fazer se for pra eu ficar com medo de finalizar sob minha "responsabilidade". Aqui, na minha realidade, um eletricista residencial, "pagável", que entenda disso, é quase um alienígena. Primeiro eu teria de descobri em qual galáxia ele está. Não conheço, nenhum.

Os dois eletricistas que eu conheço não conheciam as siglas TN, TN-C-S, TN-S, TT e IT. Quando explicado um TN-C-S sempre temem e torcem o nariz pra fazerem a ligação. E nessas condições eu não devo insistir; o especialista responsável e pago deveria ser ele, não eu.

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1 minuto atrás, alexandre.mbm disse:

 

Não posso mexer com lavanderia e cozinha, pois é tudo na cerâmica. A forma de levar PE até lá seria por caixas de luz. Os dois PE dos chuveiros, nem sei por onde passa direito, e os banheiros também são cerâmica.

Tem que tentar passar o cabo pela tubulação das tomadas até a caixa do teto. Depois se estiver muito lotado passaria em eletrodutos pelo forro.

 

4 minutos atrás, alexandre.mbm disse:

Quantos aos interligar os demais lances, está muito viável, com pouca quebradeira horizontal. Mas não adianta fazer se for pra eu ficar com medo de finalizar sob minha "responsabilidade". Aqui, na minha realidade, um eletricista residencial, "pagável", que entenda disso, é quase um alienígena. Primeiro eu teria de descobri em qual galáxia ele está. Não conheço, nenhum.

Penso que não é necessário quebrar nada. Numa primeira etapa resolva só as tomadas que precisam do aterramento. Tire as tampas das tomadas e verifique os pontos em que os eletrodutos das tomadas sobem para a caixa do teto. Esse é o caminho que vai utilizar. Depois tente passar uma guia até a caixa do teto. Faça essas atividades com a energia desligada.

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25 minutos atrás, alexandre.mbm disse:

Os dois eletricistas que eu conheço não conheciam as siglas TN, TN-C-S, TN-S, TT e IT. Quando explicado um TN-C-S sempre temem e torcem o nariz pra fazerem a ligação. E nessas condições eu não devo insistir; o especialista responsável e pago deveria ser ele, não eu.

Poucos eletricistas conhecem essa siglas. Eles seguem o projeto e isso não é detalhado lá, mas sim no memorial descritivo, que normalmente fica no escritório da construtora. Os eletricistas seguem o que está no projeto, ligar tomada aqui, tomada acolá. Se tem o PE eles ligam, se não tem não ligam. O eletricista não pode alterar um projeto, não é habilitado pra isso.

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9 minutos atrás, Ricardov disse:

Penso que não é necessário quebrar nada. Numa primeira etapa resolva só as tomadas que precisam do aterramento. Tire as tampas das tomadas e verifique os pontos em que os eletrodutos das tomadas sobem para a caixa do teto. Esse é o caminho que vai utilizar. Depois tente passar uma guia até a caixa do teto. Faça essas atividades com a energia desligada.

 

O eletricista esteve por aqui na última semana. Todos os fios de lances horizontais foram trocados, e as tomadas substituídas. O pedreiro também está por aqui. A casa está em obras. É uma oportunidade única de fazer as coisas direito. O problema prático maior talvez seja que a casa é reformada. Temos corrigido gambiarras assustadoras, tais como: emendas em curva entre eletrodutos flexíveis de largura diferente, caixas de passagem enterradas na parede! Coisa de outro mundo. Assusta tanto que eu mesmo desencorajei o eletricista de trocar a fiação que sobe ou que desce, e era tudo fio rígido.

 

Mas pra mim o pior é ser um teórico de mãos atadas. A família não confiaria em minhas resoluções, e eu também reconheço que sou inexperiente. Mas olhos para os lados e só encontro "eletricistas práticos", que às vezes nem pensam direito a qualidade das emendas. E eu? "Teoria com mãos de incapaz".

1 minuto atrás, Ricardov disse:

Os eletricistas seguem o que está no projeto, ligar tomada aqui, tomada acolá. Se tem o PE eles ligam, se não tem não ligam. O eletricista não pode alterar um projeto, não é habilitado pra isso.

 

Pois é. Eu já suspeitava disso. Então só me restaria ir atrás de um engenheiro elétrico, se tivesse dinheiro para tal.

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Um técnico de eletrotécnica resolve isso. Procure alguma indústria na vizinhança. Quem fará o serviço é o eletricista e o pedreiro, o técnico só vai orientá-los. Com isso você também vai adquirindo experiência, seria um bom investimento.

Ou procure um eletricista que tenha curso do Senai, esse garanto que resolve. Ou procure o Senai, quem sabe não querem mandar uns estagiários pra trabalhar aí na faixa.

Deixe o eletricista trocar os condutores e quando fizer isso já adiciona o condutor do aterramento. Se a casa está em obras é a chance de fazer a coisa certa.

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Alexandre

Grato pelas informações exclarecedoras, bem como a literatura linkada que foi bem explicativas, cumpriu seu intento.
Continuo dizendo que desconheço a materia, concluo que ou isso não constava na grade do Senai em 1974 por ser digamos materia avançada para o curso ou trata-se de resolução adotada após esse periodo como por exemplo o fim da nomenclatura AWG pra designar a bitola do fio, hoje sendo adotado mm².
Talvez isso seja mais voltado para a área industrial, creio que na parte residêncial, principalmente não tem muito como aplicar porque a grande maioria das residências constituem-se de aptos, sendo assim é um sistema igual para todas as unidades.
Também já fiz como voce descreveu, quando eu tinha um sobrado, reformei a parte elétrica e no lugar de apenas uma chave faca com fúsiveis de rosca, instalei 12 circuitos, sendo só para ar e chuveiros forma 5 (sobrado 3 Q, sala; cozinha; wc social; wc serviço e varanda, instalei parte do terra na sala, chumbado em baixo do piso e outra parte na área de serviço.

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