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Criador de God of War


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No decorrer da DICE Summit, David Jaffe –- criador de God of War -– teceu uma série de críticas à indústria do entretenimento eletrônico. Para começo de conversa, ele não gostaria que os jogadores confundissem videogames com filme: ''por que todo mundo tenta vender jogos baseados em filmes? por que os videogames abraçaram uma linguagem cinematográfica? Por que é errado ter uma barra de energia que o jogador se sente feliz de recuperar? E por que somos aplaudidos pela imprensa ao abandonar a linguagem nativa dos videogames?''. A preocupação de Jaffe não se resume ao uso de HUDs (o heads-up display, medidores na tela) que andou sumindo em alguns jogos enquanto alguns desenvolvedores desejavam proporcionar uma experiência mais ''cinematográfica''.

Mesmo com um game de grande sucesso de crítica e público como God of War e de se beneficiar de algo que pode ser considerado o grande sonho de maioria dos desenvolvedores de games (liberdade criativa para uma franquia original com tempo e dinheiro de sobra), Jaffe ainda tem suas reclamações em relação a como esta indústria funciona: ''após God of War, estou frustrado com a maneira como a indústria é estruturada. Há um sentido de ser meio explorado. Não é um problema da Sony; é da indústria toda''. O ritmo de trabalho é puxado, e as recompensas não são tão imediatas quanto no -- adivinhem? -- cinema: ''Como o pessoal da criação pode continuar trilhando esta estrada sem se sentir recompensado? Temos uma indústria cheia de trabalhadores, mas não muitos diretores, escritores e atores – usando a analogia a filmes de novo. Se a Sony viesse e me dissesse 'estamos fazendo God of War 2, e queremos que você dirija', acho que eu deveria recusar''.

Mas no fim das contas, Jaffe continua gostando de seu trabalho e quer quer seus consumidores se sintam recompensados com uma boa experiência ao experimentar um de seus títulos: ''quando eu era um garoto em crescimento, não tínhamos muito dinheiro. Então comprar um cartucho por 30, 40, 50 dólares – esqueci quanto – era realmente grande coisa. Nunca quero que um jogador se sinta desta maneira com um dos meus games''. Jaffe ainda se lembrou de um episódio onde ele comprou um jogo porque a arte da caixa parecia legal, e no fim das contas foi uma grande roubada.

Apesar de tantas reclamações, Jaffe está feliz de trabalhar na Sony, onde ele tem bastante liberdade para criar franquias originais: ''posso ficar aqui e dizer que não vou fazer, mas enquanto eles não me chutarem, não vou sair. Adoro estar aqui''.

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