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Assistência técnica, manutenção e pirataria.


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Pirataria é crime e temos que seguir o que está escrito na lei. Então, por que as empresas e o governo não fazem nada para baixar os preços dos programas? Se o cliente nos chama atenção só porque descobre que o Windows e o Office, Corel Draw, Photoshop, por exemplo, não são originais. Explicamos que poderia ser, mas a maioria não entende que o preço da licença estaria incluído na reinstalação ou na venda do computador.

Por exemplo, seria mais honesto se os preços dos programas, CD e DVD fossem mais baratos e que as pessoas pudessem pagar conforme a realidade econômica do Brasil. O governo e as empresas alegam que a pirataria gera prejuízos, mas se eles mesmos incentivam essa prática com preços abusivos.

Concordo que as empresas têm vários encargos como impostos, direitos autorais, fabricação da mídia, publicações, funcionários, etc. Mas também deveriam analisar a situação do bolso do consumidor final. Aposto que todos gostariam de ter todos os programas originais instalados no seu computador ou a coleção de CD e DVD predileta original.

Se a pessoa não pode pagar existe outra opção que não seja apelar para a pirataria como o software livre. Mas muita gente não quer nem saber quem foi que inventou Linux porque já usaram e não gostaram, porque não roda aquele programa que precisa para trabalhar ou aquele jogo que mais gosta.

Qual a opinião de vocês sobre essa situação? Como vocês lidam com os clientes que cobram originalidade sobre o que é instalado nos computadores deles, mas se recusam em pagar pelo que é justo?

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Concordo com sua colocação sobre os preços dos programas originais. Com meus clientes, explico a situação. Muitos não aceitam que o conjunto de SO + Office custe em muitos casos, mais que seu hardware. Não instalo nenhum soft pirata para meus clientes e sempre recomendo software livre como opção.

Um abraço.

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  • 4 semanas depois...
  • 2 semanas depois...
  • Membro VIP
Por exemplo, seria mais honesto se os preços dos programas, CD e DVD fossem mais baratos e que as pessoas pudessem pagar conforme a realidade econômica do Brasil. O governo e as empresas alegam que a pirataria gera prejuízos, mas se eles mesmos incentivam essa prática com preços abusivos.

Para as empresas, é muito mais fácil (e barato) criminalizar a pirataria do que vender software barato. Elas sabem que a população dos países subdesenvolvidos não tem dinheiro pra comprar o software caro que elas vendem, mas elas não se importam em praticar a "exclusão digital". Isso seria perfeitamente aceitável se a propriedade intelectual não fosse uma criação artificial feita pra garantir monopólios e exclusividades (como os "pools de patentes") sob o discurso pouco convincente de "temos que proteger nossos investimentos".

Não adianta reclamar, as empresas não vão se solidarizar com a população e vender software barato. Mesmo porque os programas são feitos para serem vendidos principalmente nos EUA (e também na Europa), onde o poder aquisitivo da população é muito maior do que o do Brasil e as pessoas têm mais condições de pagar pelo software.

O governo, é claro, não ajuda. Mantém os impostos em um nível elevadíssimo, aumentando os custos finais para o consumidor. O máximo que o governo faz é "pedir" para as empresas baixarem o preço das licenças dos seus produtos, mas ele próprio não coloca a mão no bolso pra baixar os tributos. Como resultado, o preço do software no Brasil contém, além do sobrepreço causado pela posição monopolística e oligopolística dos fabricantes, todo o peso da ineficiência do Estado.

A solução é explicar isso pros clientes.

Explique que, em primeiro lugar, as empresas usam técnicas sofisticadas e desleais pra manterem produtos exclusivos no mercado de software -- quando se lida com tecnologia, as agências reguladoras da economia não entendem direito a sofisticação das práticas anti-concorrenciais e deixam passar muitas delas. O resultado é que o preço fica muito alto.

Explique que, em segundo lugar, o governo suga as empresas e a população até não poder mais, para depois consumir tudo -- seja com carimbos e papelada inútil, seja para pagar os gastos pessoais feitos com o cartão corporativo do governo -- sem entregar nada de volta para a população.

Em terceiro lugar, explique que o resultado disso tudo é o preço extorsivo do software.

Aí você pergunta se o cliente quer ser honesto e pagar o preço da desonestidade e da ineficiência dos outros, se quer dar uma de "espertinho" e usar software pirata ou se quer se sacrificar usando o Linux. Ele tem três alternativas, a opção é dele.

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