Ir ao conteúdo
  • Cadastre-se

Empresas adotam software livre


Visitante

Posts recomendados

Empresas adotam software livre

Por Fábio Luis (19:02:31 - 04/05/2002)

A abertura de uma linha de crédito do Banrisul para que empresas troquem seus sistemas de informática pelos baseados em código aberto, anunciada ontem no 3º Fórum Internacional do Software Livre, em Porto Alegre, é um exemplo da tendência de crescimento deste tipo de programa no mercado corporativo.

O fórum, que ocorre no centro de eventos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), termina hoje. Cerca de 3 mil participantes assistem a 266 palestrantes do Brasil e do Exterior apresentarem as novidades em programas livres – programas que podem ser copiados de graça e modificados livremente.

A linha de crédito, sem valor definido, foi disponibilizada pelo Banrisul para estimular o uso, nas empresas, de sistemas como o Linux (programa equivalente ao Windows, da Microsoft). O diretor do banco Bolivar Moura Neto conta que a ideia surgiu com a economia de US$ 150 mil feita com o uso de Linux em caixas eletrônicos.

O fator economia é o principal responsável pela disseminação do Linux e dos demais programas de código aberto. Como qualquer um pode ver o código com o qual o programa foi escrito, torna-se mais fácil adaptá-lo. Ao fazer isso, a Cyclades Corporation, criada em São Paulo em 1987, tornou seus produtos capazes de competir com gigantes como a Lucent, a Cisco e a Motorola. O diretor geral, Rodolfo Gobbi, conta que o uso do Linux nas placas de comunicação fabricadas gerou economia de 30% em relação a outros programas proprietários, e a redução em um terço do tempo de desenvolvimento.

– Encontramos na Internet muitos trabalhos que se enquadram em nossas necessidades, então nos concentramos em inovar – explica o diretor da Cyclades Corporation

Em 2001, a Cyclades fechou o ano com faturamento de US$ 20 milhões – 60% das vendas, no mercado externo – e projeta crescimento de 30% este ano. Com fábricas em São Paulo e na Califórnia (EUA), a empresa tem escritórios na Inglaterra, na Alemanha, nas Filipinas e na Austrália. Neste mês, abrirá escritório em Porto Alegre.

A Conectiva Linux, com sede em Curitiba, tem 70% do faturamento vindo de serviços prestados ao mercado corporativo e público. O diretor de marketing, José Manuel Barbosa, diz que os programas livres oferecem as melhores oportunidades no ramo de serviços – suporte técnico e desenvolvimento de produtos customizados, por exemplo.

– O mercado corporativo já percebeu que o Linux é um sistema seguro e maduro para aplicações pesadas. Como não tem custos de licenciamento, é mais acessível para pequenas e médias empresas.

É a presença neste mercado que o grupo multinacional Hewlett-Packard (HP) quer garantir. A empresa mantém equipes de pesquisas para desenvolver produtos com base no programa Linux, e já obtêm resultados: 15% das vendas do grupo no Brasil, segundo dados da consultoria International Data Corporation (IDC).

– A intenção é dar opções para que o cliente escolha a melhor plataforma, seja Linux, Novell ou Microsoft – afirma o gerente de marketing da HP, Leonardo Câmara.

Câmara relata que os servidores Hewlett-Packard/Intel equipados com Linux têm dado bons resultados em áreas diversas. A animação do filme Shrek, por exemplo, foi calculada por máquinas com o softaware aberto.

A maior base Linux da Hewlett-Packard no mundo, instalada em uma só empresa, está justamente no Brasil – são os 1,8 mil caixas eletrônicos do banco HSBC.

Zero Hora

-------------

Fonte: SuperPHP

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Kros Amigos....

Acho muito interressante esta iréia de SOFTWARE LIVRE mas isto nas grandes empresas não cola. Por mais que seja barato um software livre para a empresa, ela estaria colocando em risco a segurança de sua empresa. Uma vez que é software livre QUALQUER UM tem o acesso ao código fonte e se algum Cracker quiser invadir a empresa, com certeza será por esta breja... Ele irá analisar o programa da empresa e invadirá pelos principais furos de programa. E o melhor, poderá ainda se passar por um funcioinário da empresa e poderá fazer de tudo! Miro por baixo destroindo os Bancos de Dados das empresas...hehehe.. Portanto é muito mais seguro uma empresa ter um software Pago que tem seu código fonte protegido e seus Padrões SSL resguardados de Curiosos e hackers em geral.. Ela terá um custo maior entretanto menos dores de cabeça!!!

No Suffer - [email protected]

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Membro VIP

Mas não acha que é mais fácil ela fazer as modificações que acha necessário para se proteger de tudo isso?

Comprar software você apenas está passando o problema para outro (está confiando neles). Se o programa é popular, as falhas dele também são conhecidas.

Acho melhor ter o código e estudar ele para evitar tudo isso do que meter a mão no bolso e torcer para que o contratado não tenha deixado nenhuma brecha.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

GRANDES empresas do ramo da informática passaram a adotar software livre recentemente (tô falando basicamente do GNU/Linux e seus derivados), como a IBM, a SGI, a Sun, etc. É sabido também que grandes sites, como o Yahoo, investem em programas livres; a pergunta é: por que essas empresas arriscam tanto o pescoço com um software que todos podem ver e descobrir alguma falha?

Atualmente, o movimento Free Software já está bastante amadurecido; programas sérios não contém mais falhas básicas e fatais, que você encontra nos produtos da Microsoft, por exemplo.

Dificilmente uma empresa que usa software livre vai investir na área sem ter alguém capacitado para descobrir possíveis falhas e que se encarregue de resolver ou encaminhar o problema para os desenvolvedores desenvolver.

programas que estejam cheio de 'buracos' (como o Wu-Ftp) ficam fora de cogitação nesses casos; ou vocês acham que o Banrisul iria pegar aglum distro Mandrake Linux (hey, num tô falando mal do Mandrake, é uma boa distro) e sair instalando todos os pacotes sem nem cuidar a versão?

E mesmo o fato de compilar o programa na própria máquina, pode fazer com que o o buffer-overflow planejado por algum cracker não tenha nenhum efeito nocivo, já que o arquivo binário pode apresentar um formato diferente dos pré-compilados.

Empresas que adotam software livre sempre relatam que obtiveram rendimento superior ao de quando usavam software proprietário; tanto no desempenho do processamento, quanto na produtividade e manutenção (principalmente contra vírus).

Se usado de maneira responsável, os programas livres nãô apresentam qualquer risco.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Arquivado

Este tópico foi arquivado e está fechado para novas respostas.

Sobre o Clube do Hardware

No ar desde 1996, o Clube do Hardware é uma das maiores, mais antigas e mais respeitadas comunidades sobre tecnologia do Brasil. Leia mais

Direitos autorais

Não permitimos a cópia ou reprodução do conteúdo do nosso site, fórum, newsletters e redes sociais, mesmo citando-se a fonte. Leia mais

×
×
  • Criar novo...