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Avaliação - Clamper E-terra


rau

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Tive a "oportunidade" de adquirir um Clamper E-terra Due Tel e o fiz não porque é o melhor produto que se pode achar ou o que oferece a melhor proteção possível, mas pela sua simplicidade de aplicação e promessa do uso do neutro para proteger a linha telefônica, explico:

Em minha casa na época que foi passado os conduites elétricos, os pedreiros utilizaram mangueiras do tipo incorreto que com reformas e o tempo, elas foram se achatando e em alguns pontos não passa mais fiação nova. Em reformas elétricas coloquei o fio terra onde os equipamentos necessitam do mesmo para segurança das pessoas, mas alguns pontos da casa está impossível de passar novos fios sem quebrar as paredes pra trocar os conduítes da fiação, em alguns pontos tive que usar canaletas aparentes. Enfim... como tenho um ponto telefônico onde não tive como puxar o fio terra e sei que um DPS pode proteger tb as pessoas falando ao telefone durante tempestades, decidi comprar um E-terra para isso. Perto do telefone tb tenho alguns aparelhos que eram apenas ligados em extensão sem proteção, agora ligo a extensão no E-terra que completará a proteção do DPS VCL Slim Clamper, que tb possuo instalado na entrada e no quadro de disjuntores...

O produto vem numa embalagem do tipo pra pendurar em gôndolas, com um manual simples especificando tudo que o usuário precisa saber sobre o produto e aplicação. O E-terra em praticidade na aplicação é muito bom, só plugar e usar.

A proteção elétrica é feita por meio de dois varistores de 275V 4,5kA 14mm, apenas entre Fase-Neutro. Já a proteção telefônica conta com termistores PTC e centelhador que aparentemente só atua em conjunto com o varistor da proteção elétrica ou seja, a tensão de proteção telefônica fica limitada ao nível de atuação da proteção elétrica. O escoamento da corrente de surto vinda pela linha telefônica é dependente da atuação dos varistores de 275V. Me pergunto se essa escolha é acertada devido à alta tensão de grampeamento (Clamping) desses varistores. O centelhador não pude identificar o valor utilizado.

Testes realizados pela próprio Clamper com surtos acima de 6000V e 2kA com curva de tempo de 8us/20us, demonstra que o produto é capaz de conter os surtos elétricos mais comuns e frequentes presentes numa rede elétrica. Entretanto, uma proteção mais efetiva contra descargas indiretas e diretas próximas da residência exige também que nos os quadros elétricos possua protetores de capacidade mais elevada e que seja feita também uma proteção entre Neutro-Terra quando necessário, além de boas práticas com relação aos sistemas de aterramento elétrico. Video da Clamper:

http://www.clamper.com.br/simulacao_eterra/

Outra característica do produto é o uso do neutro para a proteção telefônica, algo incomum em qualquer protetor que se prese a essa função. Segundo informações que obtive e olhando rapidamente o circuito elétrico do produto, não há necessidade de polarização correta da tomada para que o centelhador atue de forma eficaz, entretanto através das fotos abaixo, deixo os mais experts analisarem o circuito do produto (e peço encarecidamente por opiniões).

A proteção elétrica com o passar dos anos pode se degradar, ou após uma descarga elétrica muito forte, o que pode provocar um sobreaquecimento do produto e um curto-circuito, entretanto a solução adotada para conter esse tipo de acontecimento foi um fusível térmico que atua quando a temperatura atinge 115 graus. Como o produto é feito em plástico anti-chama, não tem perigo já que antes que ele venha a pegar fogo, sua proteção térmica desativa o circuito protetor e identifica isso através do desligamento de um LED. E por falar em LED, ele tá mais pra uma lanterna! :) Exageiros a parte, o LED apresenta uma luminosidade muito forte pro meu gosto, chega a incomodar se olhar diretamente para o mesmo. Utilizar o E-Terra num quarto escuro de dormir não é muito agradável, a não ser que você o tire da tomada! Pessoalmente eu acho que a Clamper deveria adotar um LED um pouco mais discreto. Por outro lado, mesmo que o produto esteja numa tomada atrás de um "rack" de sala, o reflexo do LED azul "vaza" pelas laterais, especialmente se tiver escuro, dai dá pra identificar se o produto está com proteção ativa ou não, mesmo sem olhar diretamente pra ele.

A crítica maior que alguns fazem desse produto é a falta de um fusível contra curto-circuito e sobrecarga. Esse produto apresenta dois fusiveis térmicos que quando a temperatura da proteção se eleva, ele desliga a proteção, mas continua mandando energia pro equipamento. Já em caso de curto-circuito ou sobrecarga, ele em si não faria nada. O único meio de notar que o seu equipamento está sendo protegido é através do LED. Apesar disso eu tenho uma opinião própria sobre essa escolha da Clamper:

A intenção era criar um produto o mais compacto possível e a adição de um fusivel aumentaria o tamanho do produto. A ausência do fusível não é tão grave suponto que os disjuntores do quadro de força da casa sejam de qualidade e de preferência de rápida atuação - Curva B. Eu posso afirmar isso porque em minha casa os disjuntores são Curva B e já atuaram com a atuação de um varistor - aqui em casa ligaram uma fonte de 120V em 220V, daí o varistor da fonte curto-circuitou e o disjuntor do quadro desligou ou seja, fez o papel que um fusível faria nesse protetor. A desvantagem é que parte da casa atendida por esse disjuntor foi toda desligada. Já a proteção contra sobrecarga dada pelo fusivel, na maioria dos casos, eu considero de certa forma desnecessária pelo produto ser feito pra ligar um equipamento apenas, mas não é difícil alguém ligar uma extensão e sobrecarregar o produto que não comportaria de forma continua, mais do que 10A - isso dá no máximo 2200W em 220V ou 1270W em 127V - de certa forma difícil de alcançar mesmo alimentando uns 3 computadores com configuração parruda, mas um único microondas pode alcançar ou ultrapassar esses valores. Aí sim um fusível seria bem vindo!

Uma característica que notei no produto foi um leve aquecimento da carcaça plastica. Esse aquecimento provavelmente vem do resistor utilizado na alimentação do LED, que ao meu ver trabalha numa tensão mais elevada do que deveria, deixando-o com alto brilho e gerando esse leve aquecimento que quer queiram, quer não, pode incomodar. E tudo que gera calor, é energia sendo jogada fora, mas felizmente nesse caso é um consumo irrisório.

Conclusão:

A proteção do produto é equivalente a filtros de linha básico com um varistor, apesar de não ter fusivel nem chave liga/desliga como num filtro básico e não se prestar ao trabalho de filtragem de ruidos, apenas picos de tensão - "tensão".

Seu uso fácil e proteção efetiva, melhor que alguns "filtros de linha" encontrados no mercado, já que alguns produtos são vendidos com esse nome e não possuem nada além de um mísero fusivel.

A característica que eu acho interessante nesse produto é o uso do neutro para a proteção telefônica, que se de fato efetiva, é uma mão na roda pra quem não tem fio terra na tomada. Como não tenho como testar esse tipo de proteção, só resta acreditar na promessa da Clamper que ela funciona. A Clamper por ser uma empresa de grande know-how nessa área de proteção contra descargas atmosféricas, é difícil duvidar que essa proteção seja totalmente ineficaz.

Pra quem tem notebook, considero um produto prático pra se levar de um lado pro outro e pra proteger aqueles equipamentos que ficam num canto da casa, uma TV na cozinha por exemplo, um telefone sem fio, um radio-relógio, uma geladeira sofisticada com controles eletrônicos e coisas do tipo.

Os pontos negativos da ausência de fusível e LED com luz muito intensa não chega a desmerecer a qualidade do produto dentro daquilo que ele promete fazer. O valor cobrado entretanto chega a ser superior a um filtro de linha simples com varistor + capacitores + fusivel e chave liga-desliga, sem contar várias tomadas. Um produto que não deveria custar mais do que 20 reais pro consumidor final chega a custar R$ 50,00 em algumas lojas. Nesse caso paguei R$ 43,00 no E-Terra Due Tel, modelo que vem com proteção telefônica. Há ainda o modelo sem proteção telefônica e com proteção para cabo coaxial. O E-terra sem proteção telefônica já vi em lojas por volta de R$ 25,00.

Ao contrário do que muitos podem pensar, esse produto não substiu a função do condutor de proteção, o fio terra. Ele apenas faz o uso do condutor neutro (que é aterrado) para escoar correntes de surto da linha telefonica e de energia, mas as funções primordiais do fio terra, que é a proteção contra choques elétricos e referencial de tensão para filtros de linha, não é feita por esse produto.

Fotos do produto:

Instruções:

5-1.jpg

Vista do circuito elétrico de proteção (Componentes: 1 Resistor, 1 LED, 1 Diodo, 2 termistores PTC, 2 Varistores, 1 Cetelhador, 2 Fusiveis termicos)

1-3.jpg

Vista do circuito impresso:

2-3.jpg

Detalhe do fusivel térmico:

3-2.jpg

Foto do produto na tomada - o tempo de exposição da máquina não deixou o LED mostrar sua "glória":

4-1.jpg

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Muito interessante _rau_ ótima esplanação, eu mesmo possuo um desses e comprei mais para ser um adaptador de 2P para 2P+T, mas pelo jeito não é só pra isso que ele serve, é até melhor que vários(ditos) filtros que são vendidos por ai.

Parabens pelo tópico..

Abraço.

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Pelo meu entendimento do que pode ser visto ai nas fotos postadas pelo _rau_ o desenho esquemático final dessa proteção deve ser esse daqui:

E-terradaClamper-Esquemticofinal.jpg

Desse modo as conclusões tiradas pelo _rau_ se justificam e ai temos dois pequenos problemas.

- Do ponto de vista da energia a proteção que existe é constituída de dois varistores de 275 Volts em série. Ai a tensão de ruptura para AC, teoricamente haverá de ficar no dobro dessa tensão, ou seja 550 Volts AC. O que me parece um pouco alta..

- O centelhador não poderá ter uma tensão de disparo inferior a esse nível pois se tiver poderá acontecer que um surto no fio fase, com relação ao neutro, possa vir a passar para a linha telefônica, o que não acho nada interessante..

- Do ponto de vista da linha telefônica, a proteção se dará se houver o rompimento das barreiras de tensão do centelhador e também do varistor...

Nem vou entrar na discussão a qual já me debati várias vezes, de uma proteção que sim protege seus varistores de R$ 2,00, no caso de uma queda de um fio de alta tensão em cima da rede elétrica, mas não se preocupa em proteger seu equipamento...

Acredito na Clamper sim, mas não deixo de torcer o nariz quando vejo essa topologia dai..

Abraço...

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Faller, o E-terra simples só possui um varistor, o que me leva a crer que o outro varistor está colocado aí apenas para a proteção telefônica pra justificar a não necessidade de polarização da tomada pra que o centelhador sempre jogue a corrente de surto no neutro, quando o varistor baixar sua resistência, aí independente de qual lado o neutro está, ele só vai conduzir quando o varistor abrir, mas tenho meus receios se é saudável mandar uma corrente de surto de fase pro neutro ao "mesmo tempo" que o centelhador tá "aberto" mandando energia pro neutro tb. Parecem que eles assumiram que um surto na linha telefônica sempre implicará num surto na rede elétrica. Eu não sei os valores de suportabilidade contra surtos os equipamentos de telecomunicação como modems, mas se digamos ocorrer um surto de 400V na linha telefonica, um varistor de 275V na linha telefônica não vai conseguir clampar a tensão pra valores aceitáveis. Geralmente vejo varistores de no máximo 130V em proteções telefônicas.

Não é o assunto desse tópico, mas sei ainda que varistores em proteção telefônica começam a degradar o sinal de conexões mais velozes devido sua capacitância. Há designs "novos" de protetores que já prevêm as conexões ADSL2+ com sinal indo à 2.2Mhz - ainda não vi nenhum protetor no Brasil assim, eles não usam nem centelhadores, nem varistores, usam um diodos ultra rapidos, TSPD' (Thyristor based SPD) e fusiveis no seu design:

http://www.edn.com/article/CA6619025.html

Esse artigo acima inclusive menciona algo que eu não sabia, existem surtos em modo diferencial em linhas telefônicas, que eles chamam de surto em modo "metálico" - entre os dois condutores telefônicos, e os surto em modo comum, causado por raios. Pelo que pude entender desse artigo, nenhum protetor que eu já vi vendendo no Brasil protege contra surtos "metálicos".

Voltando ao E-terra, é um design meio "estranho" por assim dizer, e a Clamper se vangloria em ter gasto 150 mil reais no desenvolvimento desse produto. Maior parte do dinheiro deve ter ido só pros engenheiros, só pode...

O desenho do teu esquema deu de 1000 a 0 no do site da Clamper, será que eles querem esconder algo? Porque aquele esquema do site tá incompleto, não tá?

Se o esquema é esse aí, realmente se por exemplo um surto vier pela fase, a tensão de clamping vai teoricamente dobrar, um dos varistor tá no meio do caminho de retorno de um surto vindo de uma fase. Mas supondo que a proteção atue igual um varistor único de de 550V, a tensão de Clamping em 100A seria de 1500V, no limite da suportabilidade para equipamentos eletroprofissionais sensíveis - definição da NBR5410. Como sabemos que a tensão de clamping ou a tensão residual vai subir além desses 1500V caso a corrente seja superior à 100A, essa proteção seria ineficaz. Entretanto o E-terra simples, sem proteção telefonica, só possui um varistor e no teste com surto de 6Kv 2kA o produto apresentou uma tensão de clamping de 900 e poucos volts. Será que o E-terra Due Tel se sairia pior nesse quesito??

Faller, se precisar de uma foto mais detalhada do circuito, posso tentar tirar.

ATUALIZAÇÃO: É faller, você está certíssimo! Na ficha técnica do produto está lá: Tensão de Clamping @ 8/20us 1420V. Um absurdo! Eles especificam tb 100A como valor máximo para tensão de clamping. A tensão de clamping do E-terra simples, de acordo com sua ficha técnica, é de 730V @ 100A, valor esse ideal pra qualquer proteção em 220V. Já não indicarei mais esse E-terra Due Tel pra ninguém. Se não houver um DPS no quadro geral, esse produto não é eficaz pra proteger computadores e eletrônicos, no máximo uma geladeira comum, maquina de lavar... coisas com motores!

A tensão de clamping da proteção telefônica não é divulgada, mas sabemos que não será menor do que 710V - tensão de clamping tipica pra um varistor de 275V. Ou seja, pra mim é uma proteção ineficaz pra modens.

Tive que comprar esse protetor pra eu me decepcionar com ele de vez e não indicar pra ninguém mais.

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Eu vou pegar seu esquema e tentar acompanhar o desenho do circuito impresso do E-terra. Agora ele tá ligado na tomada, depois eu desligo e vejo diretinho.

Atualização:

Só uma pergunta...

Esses fusíveis térmicos colocado no caminho da corrente de surto não diminuem a eficiência ou a capacidade de condução do varistor em uma corrente de frequência elevada e alta energia, como é um raio? Pelo que vi os DPS de quadro elétrico de 10-60kA usam fusíveis térmicos dessa mesma forma, no meio do caminho entre o condutor elétrico e o varistor. E tem que ser assim se não tem como proteger o varistor de pegar fogo, mas não reduziria a eficiência geral da proteção?

Atualização:

Faller, o circuito é esse ai mesmo postado por você, acompanhei com o E-terra na mão e é isso aí mesmo. Eu agora me pergunto, o centelhador no que tange à proteção não está servindo de nada aí, ou está? No caso do centelhador poderíamos definir uma tensão de clamping como num varistor? Qual poderia ser a tensão de "clamping" desse centelhador? Maior ou menor que a do varistor? Se for menor, acaba sendo limitada pelo varistor de 275V...

Acho um erro a Clamper vender esse produto pra proteger 127V... em 220V estaria no limite e um surto mais elevado jogaria a tensão residual além de 1500V.

E a proteção telefônica é duvidosa...

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  • Membro VIP
Pelo que vi os DPS de quadro elétrico de 10-60kA usam fusíveis térmicos dessa mesma forma, no meio do caminho entre o condutor elétrico e o varistor. E tem que ser assim se não tem como proteger o varistor de pegar fogo, mas não reduziria a eficiência geral da proteção?

Acho que não. A diferença de um deles e um pedaço de fio é quase nula.. Para um surto de kilo Amperes nem ele nem o fio estão dimensionados para uso nominal. Na hora do pega-pra-capar, do raio, a ideia é que ele se abra, ou se desmanche, ou evapore, tanto faz, sempre ele antes do fio...

Atualização:

Faller, o circuito é esse ai mesmo postado por você, acompanhei com o E-terra na mão e é isso aí mesmo. Eu agora me pergunto, o centelhador no que tange à proteção não está servindo de nada aí, ou está? No caso do centelhador poderíamos definir uma tensão de clamping como num varistor? Qual poderia ser a tensão de "clamping" desse centelhador? Maior ou menor que a do varistor? Se for menor, acaba sendo limitada pelo varistor de 275V...

Acho um erro a Clamper vender esse produto pra proteger 127V... em 220V estaria no limite e um surto mais elevado jogaria a tensão residual além de 1500V.

E a proteção telefônica é duvidosa...

Não sei de quanto é também a tensão do centelhador. Sei sim de que valor se costuma fazer uso nesses casos, que gira em torno dos 150 VAC.

Mas raciocine comigo... Se a tensão do centelhador for muito baixa, abaixo daquela do Varistor que ai é de 275 Volts, poderia acontecer de um surto abrir o varistor, que nesse caso se comportaria como um curto e sendo a tensão do centelhador mais baixa ainda, certamente abriria também, jogando para cima da rede telefônica esse surto provindo da rede AC. Dai que deduzo que o centelhador ai dessa proteção deve ter uma tensão de ruptura acima ainda do valor da tensão do varistor..

É por essas e por outras que torço o nariz quando me falam dessa proteção dai. Certa feita quase fui linchado por atacar a mesma... Mas veja que não deixo de ter razão...

Abraço e obrigado pela checagem de minha dedução de circuito pelas fotos. Só tu mesmo, com a proteção em mãos poderia fazer essa checagem de modo seguro, confiável.. Obrigado portanto..

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Acho que vou ligar essa proteção na geladeira porque acho que não serve pra nada além disso.

Comprei-a com intuito mais de proteger o usuário do telefone caso um raio atinja a rede telefonica, será que pelo menos pra isso ele vai servir de alguma coisa? Já vi casos de gente sendo eletrocutada ao usar o telefone durante tempestades...

Eu tinha, aliais ainda tenho, uma proteção da Labramo que já queimou duas vezes. Ela ficava instalada dentro da caixa de emendas do fio do telefone que fica ao lado do quadro do medidor elétrico, o fio terra dessa proteção fica ligado direto na haste de aterramento do neutro, não tem outro lugar pra eu ligar o aterramento desse protetor... Dai me diga alguma coisa, caso saiba, sobre meu relato abaixo:

Esse protetor possui dois fusiveis de 0,3A antes de dois varistores, um centelhador e dois disquinhos amarelos que se não me engano são SAD's - Silicon Avalanche Diode. No manual diz que ele possui PTC's e SAD's, mas não vi nada semelhante a um PTC internamente. Enfim, o problema é que ele queima o fusivel muito "facilmente". A primeira vez foi ano passado quando o transformador da rua deu um pipoco, fez um "zuuuuummmm" e um estouro, dai ficamos nas escuras. Da janela do meu quarto dá pra ver um pedaço do transformador na rua e uma hora da manhã eu vi os técnicos apontando holofotes pro transformador... a luz retornou já perto das duas da manhã e só de manha eu notei que eu tava sem telefone, na hora deduzi que era a proteção que queimou, não deu outra. Deixei varios meses sem essa proteção até que decidi coloca-la de novo, coloquei uns fusiveis da proteção telefonica de um nobreak APC de 325VA que eu tinha aqui queimado... Dois meses depois, há poucas semanas atrás, caiu um raio aqui nas redondezas que apagou até a energia por alguns segundos. Novamente no dia seguinte percebi que eu estava sem telefone e novamente os fusiveis queimados! Ah, da primeira vez um varistor do protetor tb ficou curto-circuitado, mas da segunda vez não. Os originais eram de 115 ou 125V se não me engano, coloquei uns de 175V porque nao tinha outros.

Na primeira vez eu fiquei confuso do porquê o fusivel do protetor ter queimado. O surto só pode ter vindo pelo neutro no momento que o transformador deu uns pipocos, parte da corrente deve ter sido dissipada na minha haste de aterramento local, onde o fio terra do protetor tá ligado diretamente. Pode isso? Da segunda vez atribui ao raio mesmo porque foi muito forte. Aí até agora to sem essa proteção instalada... não to achando fusivel de 0,3A aqui por perto...

A foto do dito cujo com fusiveis soldados porque era de tipo diferente dos originais, note os fusiveis queimados...:

DSC02607.jpg

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Ok, vou procurar. Espero que diminua as queimas... Até hj não sei porque o fusivel original queimou, não tava chovendo, não tava caindo raios... Eu acharia muita coicidencia ter queimado justamente no dia em que o transformador queimou ou sei lá o que aconteceu nele. Ah, e minha linha telefônica passa longe do transformador que está numa rua acima da minha, então descarto algum surto induzido magneticamente na linha telefonica. Pra mim alguma coisa veio pelo neutro, que desceu pela haste de aterramento local e que "subiu" pelo fio terra do protetor telefonico... se é que isso pode acontecer...

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  • 2 semanas depois...

Estou postando aqui pra relatatar um possível problema que tiver com o E-terra Due Tel.

Bem, como foi mostrado, ele tem um centelhador que seu terminal de aterramento está ligado no neutro. Isso por si só percebi recentemente que pode ser um problema pra quem tem um Dispositivo DR. Se um surto vindo pelo centelhador e indo em direção ao neutro acontecer, pode provocar um desligamento do Dispositivo DR, isso causaria um desbalanceamento de correntes entrantes e saintes da rede elétrica que passa pelo DR.

Dias atrás tive problema com desligamento esporádico do DR, das duas vezes que ocorreu tava dando trovões, um puco longe, mas tava. Procurei tudo o que poderia tá causando esse desligamento, inclusive desconfie dos filtros com varistores entre Neutro e Terra, mas decidi tirar de vez o E-terra da tomada e depois disso, coicidentemente ou não os desligamentos do DR não mais aconteceram, mesmo com temporarais daqueles. Inclusive antes de eu colocar o E-Terra já tinha dado vários temporais de raios fortes por aqui e o DR nunca tinha desarmando. É muita coicidência na mesma semana que coloquei o E-terra o DR começar a desligar...

Outro problema, trocamos de telefone e quando ponho o E-terra, o identificador de chamadas do telefone fica meio bobo, hora identifica, hora não, hora só pega a metade do numero...

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Estou postando aqui pra relatatar um possível problema que tiver com o E-terra Due Tel.

Bem, como foi mostrado, ele tem um centelhador que seu terminal de aterramento está ligado no neutro. Isso por si só percebi recentemente que pode ser um problema pra quem tem um Dispositivo DR. Se um surto vindo pelo centelhador e indo em direção ao neutro acontecer, pode provocar um desligamento do Dispositivo DR, isso causaria um desbalanceamento de correntes entrantes e saintes da rede elétrica que passa pelo DR.

Dias atrás tive problema com desligamento esporádico do DR, das duas vezes que ocorreu tava dando trovões, um puco longe, mas tava. Procurei tudo o que poderia tá causando esse desligamento, inclusive desconfie dos filtros com varistores entre Neutro e Terra, mas decidi tirar de vez o E-terra da tomada e depois disso, coicidentemente ou não os desligamentos do DR não mais aconteceram, mesmo com temporarais daqueles. Inclusive antes de eu colocar o E-Terra já tinha dado vários temporais de raios fortes por aqui e o DR nunca tinha desarmando. É muita coicidência na mesma semana que coloquei o E-terra o DR começar a desligar...

Outro problema, trocamos de telefone e quando ponho o E-terra, o identificador de chamadas do telefone fica meio bobo, hora identifica, hora não, hora só pega a metade do numero...

Rapaz pelo jeito, de solução esse E-terra passou a problema.

O meu essa semanda apagou o led, no começo ficou bem fraquinho, só dava pra ver quando desligava a luz, mas agora ele apagou de vez, acho que queimou o led, como comprei pela net, e bem barato, acho que não vale a pena acionar a garantia já que o frete sairia mais caro que o própeio produto.

Mas ele ainda está funcionando bem, pelo menos está passando energia para o compoter protect, que uso.

Mas com a perda desse led, você acha que acabou a pouca proteção que ele já tinha, ou o problema foi só do led mesmo, já que ele está funciondo perfeitamente?

Abraço.

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  • Membro VIP

Mas ele ainda está funcionando bem, pelo menos está passando energia para o compoter protect, que uso.

Mas com a perda desse led, você acha que acabou a pouca proteção que ele já tinha, ou o problema foi só do led mesmo, já que ele está funciondo perfeitamente?

Abraço.

Você ainda não percebeu que a função de passar a corrente elétrica da entrada para a saída, nesse e-terra, é feita por uma lâmina de metal derivada da lingueta da tomada de saída??? Ou seja, seriam necessários alguns Kilo Amperes para que essa chapa de ferro se abrisse.. É em cima disso que estamos discutindo desde o início... Tudo que entra pelo pino, passa pela chapa e sai na tomada... Veja ai se consegues observar nas foto do _rau_

http://i307.photobucket.com/albums/nn309/rrsf/1-3.jpg

http://i307.photobucket.com/albums/nn309/rrsf/3-2.jpg

Isso não foi feito para abrir entrada/saída..

O fusível dele protege o seu varistor... O seu equipamento que se dane...

Jamais espere que ele pare de funcionar.. Se parar, se abrir essa chapa dai, dê uma bela olhada em volta, na casa para ver se a mesma não está pegando fogo!!!

Abraço...

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Você ainda não percebeu que a função de passar a corrente elétrica da entrada para a saída, nesse e-terra, é feita por uma lâmina de metal derivada da lingueta da tomada de saída??? Ou seja, seriam necessários alguns Kilo Amperes para que essa chapa de ferro se abrisse.. É em cima disso que estamos discutindo desde o início... Tudo que entra pelo pino, passa pela chapa e sai na tomada... Veja ai se consegues observar nas foto do _rau_

http://i307.photobucket.com/albums/nn309/rrsf/1-3.jpg

http://i307.photobucket.com/albums/nn309/rrsf/3-2.jpg

Isso não foi feito para abrir entrada/saída..

O fusível dele protege o seu varistor... O seu equipamento que se dane...

Jamais espere que ele pare de funcionar.. Se parar, se abrir essa chapa dai, dê uma bela olhada em volta, na casa para ver se a mesma não está pegando fogo!!!

Abraço...

Muito bom, quando a casa começar a pegar fogo eu tiro ele...

Valeu Faller, pelo menos serve de adaptador para o cabo 2P+T para o computer...

Abraço.

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Além do fato de a energia passa direto, há dois varistores de 275V em série no circuito, jogando a tensão de Clamping lá pra perto de 1500V, o que o faz um protetor fraco, ele só consegue esse valor com corrente de surto até 100A, acima disso a tensão de clamping só tende a subir, então não é uma proteção eficaz pra trabalhar sozinha, acho que nem mesmo em conjunto com DPS's nos quadros de força porque até esses seriam mais eficientes. Esses, se bem instalados, com fiação curta, conseguem uma tensão de clamping em torno de 800V em 100A, dai em cascata com outros protetores, a tensão residual fica bem baixa, em torno dos bem suportaveis 710V mesmo com corrente acima dos 100A no DPS primário. Até 1500V a maioria dos equipamentos suportam um pico veloz, mas surtos podem ultrapassar os 100A, aí ja viu, a tensão residual sobe.

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Permitam discordar de alguns fatores técnicos citados no topico.

A pratica é que adquiri o E Terra Due Tel da Clamper apos a queima de meu computador e nunca mais tive problema de queima, ou seja, um ano se passou e o produto me atende eficientemente.

Acho que uma empresa do Know How da Clamper deve ser respeitada, pois eles não criariam um produto que não protege eficientemente os equipamentos, tendo em vista, que a engenharia da mesma deve ser bastante experiente no que diz respeito a proteção de equipamentos contra os efeitos dos raios.

Abraços

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Tirando o fato de que pode ter sido uma coicidência, ainda temos que caracterizar o que provocava as queimas, provavelmente picos de tensão, mas de que origem? Atmosférica? Se sim, esse protetor aí pode sim ser efetivo com alguns picos de intensidade mais baixa.

O problema no seu projeto está em ter dois varistores em série, elevando a tensão residual lá pros 1500V em 100A. Fontes conseguem suportar vários impulsos dessa natureza antes de ter alguma avaria, o problema é que em surtos que gere correntes mais altas que 100A, vai jogar a tensão residual lá em cima, o que automaticamente começa a invalidar essa proteção. Tudo vai depender da curva de elevação e decaimento do surto, corrente e tensão.

O segundo problema é a proteção telefônica, ela fica dependente da atuação dos varistores que tá em série com o terminal de escoamento dos surtos vindo da linha telefônica e não poderia ser de outra maneira sem uso do fio terra, já que o protetor faz uso do neutro. Sem um varistor ali, poderiamos ter uma fase chegando diretamente à linha telefônica de forma constante, o que ia dar problema. A questão aqui é a tensão de grampeamento (clamping voltage) elevada do varistor para a linha telefônica. Equipamentos de telecomunicação mais sensíveis não vão suportar a tensão residual deixada por um varistor de valor tão elevado. Linha telefônica residencial comumente deve ser protegida com varistores em torno de 130-150V junto com centelhadores e outros componentes, dependendo do projeto do protetor e ligados ao fio terra diretamente, sem nada no meio.

O terceiro problema é pra quem tem Dispositivo DR no quadro de distribuição da casa. A atuação da proteção telefônica pode provocar um desarme indesejado do Dispositivo DR quando um surto é jogado em cima do condutor neutro.

Compare as especificações do E-Terra simples e o DUE retiradas do site da Clamper:

Corrente máxima de Clamping: 100A

Tensão de Clamping @ 8/20us: 730V

E-Terra DUE Tel:

Corrente máxima de Clamping: 100A

Tensão de Clamping @ 8/20us: 1420V

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Galera, fui lá no site da Clamper e ao contrário do que foi dito o circuito não está incompleto. Podem conferir no http://www.clamper.com.br/baixararquivo.asp?a=fichas/E-Terra Due.pdf. É o mesmo circuito q o Faller fez, porém eles desenharam os circuitos de energia e sinal separados. O ponto comum dos dois circuitos é a referência de terra deles.

A proteção da linha de sinal não é duvidosa. Fazendo uma análise desse circuito dá pra ver que o centelhador a gás não está ali à toa. Ele é usado na proteção da linha de sinal por apresentar uma capacitância extremamente baixa (da ordem de 1 pF) não causando degradação do sinal, conforme já foi dito no fórum. Durante o funcionamento normal do circuito, os varistores não serão enxergados pela linha de sinal devido a alta impedância do centelhador, que é da ordem de gigaohms. Os varistores só entrarão nesse circuito quando houver disparo do centelhador durante um surto, conduzindo o surto da linha telefônica para o neutro.

O centelhador a gás não possui tensão de clamping, pois ele não é um dispositivo limitador de tensão como os varistores, diodos de avalahche e tirstores. Ele é um dispositivo comutador, em que sua resistência mudará de gigaohms para menos de 1Ω após seu disparo. Isso quer dizer que após o disparo ele tende para um curto-circuito. Essa tensão de disparo depende da taxa de variação da tensão em função do tempo(dV/dt). Para uma rampa de 1 kV/μs, um centelhador pode disparar com tensões em torno de 700 a 800 volts e após o disparo a tensão nos seus terminais varia de 10 a 20 volts (desconsiderando o estágio de transição).

Comparados com os tiristores, os centelhadores possuem menor capacitância, menor tensão residual e suportam maiores correntes de surto. Quem quiser ler algo sobre o assunto pode ir no link http://www.ce-mag.com/archive/03/01/chiu.html.

Continuando a análise do circuito, se ocorre um surto na linha de sinal, o centelhador dispara e um dos varistores entrará em condução, porém a linha de sinal apenas enxerga a tensão nos terminais do centelhador, que é muito baixa. A tensão de clamping do varistor não é enxergada pela linha de sinal.

A falta de 1 varistor não ligaria a fase ao circuito de telecom, pois se ele entrar em curto-circuito o fusível abriria E mesmo que isso não acontecese a tensão que estaria aplicada nos terminais do centelhador não será suficiente para fazê-lo entrar em condução.

Rau, quanto à atuação do DR, é estranho, pois tempo entre disparo e extinção é da ordem de microssegundos.

A respeito das falhas do identificador de chamadas, isso pode ter sido causado pela impedância dos cabos somada à impedância dos PTCs. A causa disso pode ser a distância até a central estar além do valor normalizado. Para testar se a causa é essa teria fazer jumper nos PTCs, embora o circuito de telecom ficará desprotegido contra sobretensões temporárias.

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Echo boy, você tem mais conhecimento em eletrônica do que eu e sua contribuição foi muita boa, agradeço tb o link que lerei com calma depois.

Bem, você acertou em cheio na questão da distância da Central, tanto é que nessa linha não me disponibilizam nem ADSL porque o sinal não chega aqui. Essa linha, de carro até a central, soma 6,5km.

Quanto ao Dispositivo DR, os que são imunes à transitórios causados por raios têm um tempo de retardo em torno de 10ms se não me engano, mas o curioso é que justamente quando coloquei esse protetor o DR de minha casa começou a se comportar de forma estranha e depois que retirei o E=Terra, não deu mais problema. Vou voltar a usar o E-terra pra ver se volto a ter problemas.

Obrigado pela sua resposta!

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  • mês depois...

Coloquei o E-terra pra funcionar num local onde até tem tomadas com aterramento, mas em uma das salas não foi puxado o fio terra (por preguiça do eletricista que fez o serviço, só pode...) pras tomadas e como é um estabelecimento comercial e já foi feita a reforma do local, pra passar esse fio só tirando os outros, pra puxar o terra junto ou quebrando o teto de gesso... Como nessa sala fica modem, Access Point e um PC, coloquei o E-terra pra proteger o modem e assim ao longo do tempo vamos ver se ele é de fato eficiente na proteção contra surtos pelo menos na linha de sinal.

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  • mês depois...

Acho que pelo tempo de resposta do varistor ser muito mais rápido que o do centelhador, o varistor acaba por não impedir tanto a eficiência da atuação do centelhador, logo a proteção telefõnica é relativamente eficiente. Agora a proteção elétrica eu não confiaria somente a esse produto.

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