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Diferença entre engenharia e ciência da computação


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como engenharia pega mais a eletrônica, acho que esse topico cabe melhor aqui.

Eu estou em duvida com faculdade seguir, se engenharia ou a ciência da computação. Eu procuro algo que me conte a história do computador ao longo dos anos, me ensine como ele funciona de fato e de capacidade de desenvolver tanto hardware como processadores, disco rigidos ou mesmo uma placa mãe inteira, mas que não se deixe capaz de entender software. Eu não digo linguagem de programação especificas, mas me dê capacidade de se resolver entender java, possa por minha propria conta estudar sem obter nada estranho, que eu não saiba o que é. Entender todos esses termos como pilhas, endereços como 0xx(qualquer coisa)

Engenharia da computação vai dar toda essa instrução incluindo capacidade de desenvolver qualquer tipo de hardware? Qual a diferença real entre as duas? Eu procuro uma reposta numa linguagem propria, sem ser da net, já pesquise, mas no fim fala tão tecnico que eu não consigo tirar todo o potencial de cada curso. Agradeço que me der uma luz ai.

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Engenharia da computação dá toda base que voce quer. Ciencia da computação não sei dizer.

Vale a pena ressaltar que voce irá ver como funcionam microprocessadores, memória ram e etc, vai aprender a programar o hardware (ou seja, fazer firmwares), vai aprender como cada componente se comunica e etc, mas voce não irá projetar placas mãe como as atuais. Não vai porque usar componentes que voce encontra pra fazer uma lhe dará uma placa maior, mais lenta, mais cara e dificilmente na mesma plataforma.

Além de aprender tudo sobre o hardware, voce aprenderá também um pocado de software. Terá toda a base que precisa para fazer aplicativos (base, voce vai ter que estudar se quiser fazer algo com muitos recursos e com interfaces gráfica), mas sua base será mesmo para desktop (pois o foco é voce dar utilidade ao seu hardware não fazer serviços web).

Falo isso com base nas diversas disciplinas em comum com engenharia da computação que eu tive no meu curso de engenharia de automação e controle. Talvez alguem que tenha feito de fato o curso de engenharia da computação pode complementar adequadamente.

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Muitissimo obrigado pela resposta, era exatamente do tipo que eu queria. Eu só fiquei com uma dúvida: se eu quiser fazer uma placa mãe como essas atuais tipo da Asus e tal, eu vou saber pelo menos o que eu preciso e como conseguir/fazer para obter ou eu não vou ter instrução para fazer igual? O que eu me refiro, seria mais se eu vou ter a capacidade de saber como buscar o conhecimento pelo menos? Ou tem algum segredo da fabricação de algumas peças?

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Cara, simplificadamente, a engenharia da computação enfoca a parte eletrônica ( principalmente hardware), como funciona, como projetar... obviamente você terá de ter algum conhecimento de programação, pois ela faz a interface ou mesmo é responsável pelo próprio hardware funcionar. Geralmente usa-se C para baixo.

Já a ciência da computação é programação ao extremo, vamos dizer assim. Você conhecerá muitas técnicas de programação, eficiências e análises e que geralmente são independentes da linguagem. Claro que terá noções de eletrônica, mas não será tão importante.

Pelo que você disse, em seu perfil se enquadraria melhor é engenharia de computação, conhecerá arquitetura de processadores por exemplo, saber como funciona um hardware mas não digo que poderá projetar uma placa-mãe ou um disco rígido. Isso é algo muito complexo e específico que uma faculdade, por melhor que seja, não conseguirá enfocar a este ponto. Mas sempre existem cursos pós, mestrado e você poderá escolher melhor o seu rumo.

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minha última questão estaria focado no adiante, por exemplo, eu não vou ter a capacidade de construir um processador igual um xeon por exemplo, mas eu vou saber qual a diferença tecnica dele em relação ao p4, por exemplo?

A muito tempo eu resolvi ver como era assembly, no fim fiquei só nisso, pois apareceu um monte de termo e palavriado e expressões que eu nem tinha a menor ideia do que significadava, por exemplo, se eu fizer eng da computação e ou ciência, ainda poderá haver termos, expressões ou afins que eu não tenha aprendido?

No caso, mesmo que eu não aprenda como construir hardware iguais aos da intel, kingston e tal somente com a graduação, terei capacidade de ir atrás por conta? É essa minha grande dúvida.

Estou me interessado mais por curiosidade e conhecimento cientifico e não exatamente pelo emprego. No quesito hardware que terei em ciência, apesar de muito mais básico é suficiente para entender por conta o restante da eng da computação?

E por fim ciencia da computação ensina assembly?

e eng ensina C?

Eu já tentei ler os curriculos no site de algumas faculdades mas no fim eles ficam tão tecnicos que só explica que vai ter programação, mas não especificam linguagem.

E uma questão meio fora do quesito aqui: naqueles computadores que o steve jobs fazia (bem de primeiro), era ele mesmo que produzia o processador?

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Eu só fiquei com uma dúvida: se eu quiser fazer uma placa mãe como essas atuais tipo da Asus e tal, eu vou saber pelo menos o que eu preciso e como conseguir/fazer para obter ou eu não vou ter instrução para fazer igual? O que eu me refiro, seria mais se eu vou ter a capacidade de saber como buscar o conhecimento pelo menos? Ou tem algum segredo da fabricação de algumas peças?

voce vai saber como os computadores funcionam em detalhes. O porque de cada um dos principais componentes. Só que existem diversas arquiteturas, voce provavelmente verá superficialmente a plataforma dos PCs atuais, e irá focar em uma simples (usando microcontroladores por exemplo) pra se aprofundar. Depois se voce precisasse migrar, teria que ler sobre as diversas particularidades de uma plataforma mais avançada, mas voce teria base para entender o texto que voce for ler pra se aprofundar.

Algo mais ou menos assim: voce irá estudar com detalhes uma arquitetura de 8 bits, quando for pra 16 bits, tem alguns detalhes a mais, umas facilidades a mais e pra migrar e projetar, voce obrigatoriamente iria ter que estudar com detalhes todas as diferenças. As coisas seguem uma evolução muito grande, que pra acompanhar, é um longo caminho por conta própria, mas voce precisa da base.

Mas não se preocupe, entender voce vai, projetar, nem nas maiores empresas do ramo um unico individuo projeta tudo (justamente por ser algo muito grande), as coisas são separadas por funções, onde cada um se especializa em uma coisa, mas uma noção básica do conjunto todos tem, afinal as coisas terão que se integrar.

Pra fazer uma placa mãe, é necessário uma industria gigantesca. Se voce parar pra ver, ela tem milhões de componentes em um espaço pequeno, coisa que não dá pra fazer manualmente, e se voce for pagar a alguma industria pra fazer, sairá muito mais caro do que pagar uma pronta.

Cada fabricante tem seu conhecimento específico e suas particularidades que o concorrente não sabe, e está sempre gerando conhecimento, gerando tecnologia. Digamos que qualquer curso está diversos anos atrasado em relação ao mercado no quesito computadores, então pra trabalhar com isso, a empresa na qual voce for trabalhar terá que te dar um treinamento intenso pra voce entender bem a plataforma que voce for trabalhar.

Fora que se for pra fazer algo que já tem pronto, pra que começar a fazer? Com um hardware bem simples mas bem implementado (acessível sem industria), voce poderá fazer um sistema inovador ou criar um mercado novo. Um exemplo completamente hipotético: voce pode criar uma placa de odores pra adicionar ao PC via USB. Uma loja de perfumes distribui essas placas como marketing pra que voce possa sentir o cheiro de diversos perfumes da loja dela sem sair de casa. voce saberá fazer coisas desse tipo ou que a sua mente imaginar.

Mas ninguem te dará uma receita de bolo. Vão te ensinar a usar o protocolo de comunicação semelhante ao USB, a fazer um programa de computador, voce vai ter que estudar como funcionam os perfumes e etc, e vai ter que estudar qual a diferença do protocolo que voce viu para o USB, como implementar USB no seu programa, e ao juntar os conhecimentos voce poderia por exemplo fazer essa placa com muito estudo, testes e etc. E porque voce não ve USB? Existem milhares de protocolos de comunicação, é impossível aprender todos, o que voce aprende são as características das comunicações de dispositivos de forma genérica, e quando quiser aplicar, ver qual dessas características estão presentes e como elas são feitas.

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minha última questão estaria focado no adiante, por exemplo, eu não vou ter a capacidade de construir um processador igual um xeon por exemplo, mas eu vou saber qual a diferença tecnica dele em relação ao p4, por exemplo?

Sempre que voce quiser comparar componentes, voce vai precisar de especificações técnicas dele, pois um curso não foca em identificar diferenças de processadoers, de placas mãe e etc. voce vai saber as diferenças básicas e algumas nomeclaturas que forem interessantes, mas como sempre tem tecnologia nova, muitas vezes voce vai ter que pesquisar o que ela faz (afinal, ela "acabou" de surgir, não tem como um curso prever que ela vai aparecer ou o que ela vai fazer").

A muito tempo eu resolvi ver como era assembly, no fim fiquei só nisso, pois apareceu um monte de termo e palavriado e expressões que eu nem tinha a menor ideia do que significadava, por exemplo, se eu fizer eng da computação e ou ciência, ainda poderá haver termos, expressões ou afins que eu não tenha aprendido?

Sim, terá, pois assembly é um conjunto de "palavras" que executam funções para aquele processador. Cada processador pode conter "palavras" específicas. Por isso (entre outros motivos) hoje em dia os códigos são feitos em uma linguagem superior, que independe de processador, como C por exemplo.

No caso, mesmo que eu não aprenda como construir hardware iguais aos da intel, kingston e tal somente com a graduação, terei capacidade de ir atrás por conta? É essa minha grande dúvida.

Muitas coisas são segredos industriais, mesmo por conta própria voce pode acabar não descobrindo. Mas voce poderá pensar por exemplo em um método revolucionário, que voce mesmo criar por conta própria (mas que provavelmente alguem ao redor do mundo já teve essa mesma ideia genial, e se bobear é até o feito pela industria, mas voce nunca irá descobrir se é ou não.

Estou me interessado mais por curiosidade e conhecimento cientifico e não exatamente pelo emprego. No quesito hardware que terei em ciência, apesar de muito mais básico é suficiente para entender por conta o restante da eng da computação?

Pro que voce espera não, o foco da ciencia da computação é outro. Pelo que eu entendo é a ciencia propriamente dita, algo como dedicar a vida a pesquisa, a pensar em um novo jeito de encriptar dados, ou em um novo jeito de compactar arquivos e coisas do tipo. É muito mais pensar em "programas" que resolvam melhor os problemas atuais.

E por fim ciencia da computação ensina assembly?

e eng ensina C?

Engenharia da computação ensina "ambos". Na verdade, novamente, os cursos não são tão especificos. Existem milhares de linguagens, e o foco do curso não é te ensinar todas. É te ensinar a lógica pra voce partir pra que voce quiser na sua carreira profissional (até mesmo porque cada empresa adota a sua). voce aprenderá uma linguagem de alto nivel (C, C#, VB, Pascal, Java, etc...) , talvez até duas, e um assembly, mas provavelmente verá um assembly mais limitado com umas 48 "palavras" diferentes, e não as 600 de um processador atual, pois voce não iria conseguir decorar todas, e como falei, cada processador novo que sai, vem com mais instruções, e até de intel pra AMD tem instruções ou palavras diferentes...

Já ciencia da computação não sei dizer, imagino que seja semelhante, mas não sei se aprende também assembly

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Vou te explicar minha experiencia atual, e ainda estou terminando minha graduação em Engenharia de Automação e Controle (um pouco diferente, eu vejo mais eletronica, mais mecanica e mais controle, mas vejo menos computação que voce iria ver).

Na faculdade aprendi a programar em C++, Assembly pra microcontroladores, e aprendi uma base em banco de dados SQL. Aprendi também um pouco sobre redes de computadores (de forma genérica), (entre outras coisas da parte de computação). Só que os programas que a gente aprende, é pra entender a lógica, pra aprender a fazer o computador te entender. São todos feitos em console (tipo prompt de comandos), com objetivo apenas de resolver problemas (contas por exemplo, ou aplicações simples), sem se importar com aparencia. Por conta própria estudei um pouco de Visual C# .NET, e agora faço uns programas com uma aparencia melhor, adiciono diversos recursos como por exemplo comunicação serial (eu aprendi em teorias de redes as diversas formas de verificar erros em comunicação e etc, e vi quais a serial usa, e as particularidades, e com muito pouco estudo consegui implementar ela no meu programa).

Com o assembly e C++ e o conhecimento de redes (e também um pouco de eletronica), estou desenvolvendo um equipamento pequeno, que terá como função servir como voltímetro digital, irá medir a "tensão" de diversas "tomadas" (não é bem tomada) com valores distintos (não é tudo 110V e 220V, imagine tomadas de 20V, 5V e etc) e esse equipamento será conectado a um notebook via porta USB, no qual terá um programa que receberá esses valores e exibirá na tela. Perceba que eu fiz um hardware (capaz de medir os valores, digitalizar os valores, fazer algumas operações matemáticas com ele, ser capaz de se comunicar com o computador para enviar esse resultado) e um software pra se comunicar com ele.

Não é algo muito criativo, mas tem aplicação na industria direta e custo relativamente baixo. O curso é principalmente pra esse tipo de coisa, pra fazer hardware personalizado, algo que não existe ainda (ou não dá forma atual, ou não com um custo tão baixo, ou não tão eficiente), e que resolva um problema existente específico (uma forma de monitorar os valores de "tensão" de 13 dispositivos simultaneamente), voce implementar como voce quiser, não pra reinventar a roda.

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@Ghost Killer

Não fale "tensão" que é feio, fale tensão :D

@nosptter

Você precisa conhecer melhor o mercado de trabalho de ambas. Posso te adiantar que para projetar um circuito, o ideal é a formação em Engenharia Elétrica, em Engenharia de Computação você não terá todo o conhecimento em análise de circuitos, equações diferenciais e laplace. Toda a parte de Eletrônica costuma ser mais superficial em Engenharia da Computação. Uma prova disso é que o Crea costuma liberar somente uma atribuição para Computação enquanto que para Elétrica são as 2.

Nem sonhe em criar uma placa mãe ou processador, isto é trabalho de Doutorado(uma equipe) e considerando a 'fúria' do mercado asiático nunca você conseguiria produzir algo aqui para competir.

Sugiro que você faça uma visita a uma Universidade, converse com os professores (muitos trabalham na área), para conhecer como é a rotina, o mercado de trabalho e se é isto realmente o que você quer.

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@Ghost Killer

Não fale "tensão" que é feio, fale tensão :D

Coloquei sempre entre aspas justamente por não ser o termo correto. Acho que o objetivo principal da comunicação é transmitir uma ideia, e pra isso é preciso que o locutor e o interlocutor falem a mesma linguagem. Eu subir o nível da linguagem apenas pra pregar o correto, iria requerer meu post tivesse pelo menos duas vezes o tamanho atual pra explicar a definição de cada coisa, de forma que eu daria mais enfase nisso do que de fato na ideia a ser passada, fugindo do intuito do tópico. Logo no início do tópico, o indivíduo reclamou que sempre quando ele pesquisou as diferenças, viu vários termos técnicos na discussão, dos quais ele não entendia, então tentei tornar o mais simplificado possível.

Não mandei a real de que ele nunca irá fabricar uma placa mãe, porque normalmente nessa idade, todos se consideram revolucionários e diferentes, com a ideia de "Ninguem conseguiu não quer dizer que eu não vá". Então eu falar isso, acredito que na cabeça dele só iria tilintar a ideia "Sim, irei fazer minha placa mãe algum dia, mas não vou discutir isso com ele agora". Na prática, se o individuo seguir a carreira, ele irá conhecer os verdadeiros "limites" e entender do porque é inviável. Tive ainda a preocupação de mostrar pra ele que existem outras formas de inovar e que ainda existe muito o que ser feito, nem sempre sendo coisas complexas, as vezes as respostas para problemas complexos são simples, e muitas vezes problemas simples sequer são percebidos, de forma que voce pode trabalhar em necessidades ainda não identificadas que facilitem a vida.

De qualquer forma, pelo perfil que ele apresenta e o mais perto do que ele quer (ainda que distante) parece ser de fato o curso de engenharia da computação.

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Coloquei sempre entre aspas justamente por não ser o termo correto. Acho que o objetivo principal da comunicação é transmitir uma ideia, e pra isso é preciso que o locutor e o interlocutor falem a mesma linguagem. Eu subir o nível da linguagem apenas pra pregar o correto, iria requerer meu post tivesse pelo menos duas vezes o tamanho atual pra explicar a definição de cada coisa, de forma que eu daria mais enfase nisso do que de fato na ideia a ser passada, fugindo do intuito do tópico. Logo no início do tópico, o indivíduo reclamou que sempre quando ele pesquisou as diferenças, viu vários termos técnicos na discussão, dos quais ele não entendia, então tentei tornar o mais simplificado possível.

Não mandei a real de que ele nunca irá fabricar uma placa mãe, porque normalmente nessa idade, todos se consideram revolucionários e diferentes, com a ideia de "Ninguem conseguiu não quer dizer que eu não vá". Então eu falar isso, acredito que na cabeça dele só iria tilintar a ideia "Sim, irei fazer minha placa mãe algum dia, mas não vou discutir isso com ele agora". Na prática, se o individuo seguir a carreira, ele irá conhecer os verdadeiros "limites" e entender do porque é inviável. Tive ainda a preocupação de mostrar pra ele que existem outras formas de inovar e que ainda existe muito o que ser feito, nem sempre sendo coisas complexas, as vezes as respostas para problemas complexos são simples, e muitas vezes problemas simples sequer são percebidos, de forma que voce pode trabalhar em necessidades ainda não identificadas que facilitem a vida.

De qualquer forma, pelo perfil que ele apresenta e o mais perto do que ele quer (ainda que distante) parece ser de fato o curso de engenharia da computação.

Eu sei foi uma piada :P

Acredito que seja melhor colocar os pés dele no chão, para que essa fantasia não influencie uma decisão que mais tarde possa se tornar uma desilusão.

Acredito que o melhor é conhecer, como é o trabalho de um profissional da área pretendida antes de qualquer escolha.

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. Uma prova disso é que o Crea costuma liberar somente uma atribuição para Computação enquanto que para Elétrica são as 2.

Bom isso é dependente do curso. Eu sou Eng. Eletrico com enfase em Eng. de Eergia e Automação, porém o meu CREA me permite a mesma coisa que um Eng. Eletrico com enfase em Eng. de Computação, pois no CREA somos todos Eng. Eletricos.

Sobre a placa mãe, dois pontos. Primeiro as grandes dificuldades em se projetar placas Mães estão no roteamento das trilhas, que seria um assunto mais ligados a ondas e linhas. De resto os ASICS (chipset e outros) ja fazem todo o serviço, é bem plug-and-play. De qualquer forma, grande parte das placas fabricadas do mundo (incluindo algumas da ASUS) são produzidas por uma empresa em Taiwan. As outras empresas apenas pegam um catalogo, conversam sobre algumas customizações e pagam pela produção com o LOGO delas. Aqui no Brasil existem algumas leis que estão obrigando as empresas a realizarem desenvolvimento nacional. A Positivo é uma dessas empresas que está desenvolvendo placas aqui mesmo, porém acho que nenhuma foi à mercado ainda. De modo geral a Positivo compra placas da mesma fabrica da ASUS.

Mas acredite projetar uma placa dessas é 90% conhecimento em eletrônica e 10% de computação.

Em eng de Computação você vai aprender teoria de como funcionam os Processadores (dependendo da faculdade você pode ate implementar um em um FPGA) e suas caracterisiticas (e.g pipeline), os compiladores (provavelmente você tera que fazer um para alguma linguagem criada pro você), ter teoria sobre projeto de software, segurança da informação, lógica digital, etc...

Abs

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Sink00 e samuel.gonzales deixa agora eu aproveitar e tirar minhas duvidas sobre atribuições, pois estou quase me formando e ainda não está muito claro pra mim... Li algumas resoluçoes do Confea, e vi que os graduados podem executar lá os itens 1 a 18, mas somente específicos a sua área (e nessa parte as engenharias são separadas, Engenheiro elétrico faz uma coisa, da computação outra e etc), cada curso tem os temas específicos lá. Mas li em outro documento também do Confea, que cita essa questão de todos os cursos serem considerados engenharia elétrica, mas não entendi a abrangencia dessa classificação, imaginei que fosse apenas pra distribuição de bancos do conselho do CREA. Qual é o verdadeiro limite da nossa atuação? Podemos exercer na mesma área que os engenheiros elétricos afinal ou não? Eu por exemplo sou (serei) Engenheiro de Automação e Controle, como fica isso?

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Sink00 e samuel.gonzales deixa agora eu aproveitar e tirar minhas duvidas sobre atribuições, pois estou quase me formando e ainda não está muito claro pra mim... Li algumas resoluçoes do Confea, e vi que os graduados podem executar lá os itens 1 a 18, mas somente específicos a sua área (e nessa parte as engenharias são separadas, Engenheiro elétrico faz uma coisa, da computação outra e etc), cada curso tem os temas específicos lá. Mas li em outro documento também do Confea, que cita essa questão de todos os cursos serem considerados engenharia elétrica, mas não entendi a abrangencia dessa classificação, imaginei que fosse apenas pra distribuição de bancos do conselho do CREA. Qual é o verdadeiro limite da nossa atuação? Podemos exercer na mesma área que os engenheiros elétricos afinal ou não? Eu por exemplo sou (serei) Engenheiro de Automação e Controle, como fica isso?

Antes da primeira turma do curso se formar, o Crea analisa o conteúdo do curso e com base nisto faz a atribuição.

Se não houve nenhuma alteração nos últimos anos, todos os formandos são Engenheiros Eletricistas(Engenheiro Elétrico não existe, igual a tensão =P), mas um aluno que cursou Engenharia da Computação provavelmente não tenha a atribuição para projetos de alta tensão por exemplo, tudo depende da grade curricular, carga horária.

Você faz parte da primeira turma? Se não for procure um Crea mais próximo e informe-se lá.

Se for a primeira turma e o Crea não ter analisado ainda, não terá como saber.

Eu tinha um folheto com todas as atribuições, vou achar e depois posto aqui, se não me engano Eng. Eletricista tem atribuição 8 e 9, enquanto que um Engenheiro da Computação tenha só a 9.

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são Engenheiros Eletricistas(Engenheiro Elétrico não existe, igual a tensão =P)

Agora sim tá justificado.

Você faz parte da primeira turma? Se não for procure um Crea mais próximo e informe-se lá.

Se for a primeira turma e o Crea não ter analisado ainda, não terá como saber.

Não, não, diversas turmas já formaram e o curso já é autorizado e reconhecido pelo MEC.

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Agora sim tá justificado.

Foi brincadeira. :)

Não, não, diversas turmas já formaram e o curso já é autorizado e reconhecido pelo MEC.

Eu falava sobre qual atribuição o curso terá, neste caso é mais fácil, é só falar com algum aluno que se formou ou mesmo a coordenação do curso. A Universidade pode entrar em contato com o Crea da região, para ministrar uma palestra para os alunos. ;)

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acho que peguei boa imagem da coisa agora, muito obrigado a todos pelas informações. talvez meu foco devesse ser ciência da computação.

apenas para fechar (espero que ngm se incomode por eu ser repetivo) no em caso em engenharia da computação, vamos apenas supor que eu resolva tentar criar uma maneira melhor de criptografar dados, eu teria pelo menos a base em software para começar? ou vai ser aquela coisa que eu vou dizer: MER$A, porque eu não fiz ciência da computação?

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acho que peguei boa imagem da coisa agora, muito obrigado a todos pelas informações. talvez meu foco devesse ser ciência da computação.

apenas para fechar (espero que ngm se incomode por eu ser repetivo) no em caso em engenharia da computação, vamos apenas supor que eu resolva tentar criar uma maneira melhor de criptografar dados, eu teria pelo menos a base em software para começar? ou vai ser aquela coisa que eu vou dizer: MER$A, porque eu não fiz ciência da computação?

A base de software que voce precisaria, seria manipulação de dados, que é algo bem simples na verdade e voce saberia fazer também ao cursar engenharia da computação. Só que voce não iria ter noção da teoria de como criptografar os dados, formas de criptografia já existentes (pra pensar em uma nova), ou como avaliar o quão bom ficou o seu método de criptografia.

Perceba que são coisas que dependem mais da criatividade de enxergar uma forma melhor. Nenhum curso vai te dar essa criatividade, isso tem que ser de voce. Só que pra pensar em algo melhor, voce precisa saber como é feito atualmente, voce precisa conhecer outras tentativas passadas que fracassaram, ou que tiveram sucesso mas foram substituidas por outras de maior sucesso. Isso requer pesquisas, e cientistas estão mais acostumados com pesquisas do que engenheiros. Engenheiros focam na praticidade e custo na solução de problemas, já cientistas muitas vezes não estão se importando muito com o custo, e sim pela descoberta, pelo novo (não estou dizendo que cientistas só fazem coisas sem sentido, até mesmo porque as vezes as idéias vem pensando em uma aplicação, o que estou falando é que muitas vezes a ideia não precisa de uma aplicação direta). Imagina: Ninguem nunca conseguiu hackear um determinada criptografia e atualmente ela é utilizada pra proteger algo simples, sem muita importancia... Investir em um método mais avançado vai gastar recursos pra algo que talvez sequer terá utilidade (pois os atuais já são suficientes). Aí depois de uns 70 anos surge uma aplicação que precisa exatamente desse nível de segurança.

É uma dualidade, os cientistas pesquisam, descobrem e inventam métodos, que muitas vezes não tem aplicação direta. Os engenheiros veem o resultado de uma pesquisa recente e pensa: "Eu posso aplicar o resultado dessa pesquisa que esse cientista fez no problema tal, e obter um custo mais baixo, ou um desempenho melhor". A ciencia gera as ferramentas para a sociedade, e principalmente os engenheiros utilizam essas ferramentas nas "construções" também inovadoras. O foco do cientista é pesquisar o melhor e não implementar, e o do engenheiro é implementar o melhor e não pesquisar. Vez ou outra trocam os papéis.

Um curso foca na teoria da programação, novos e de maior desempenho pra resolver problemas já solucionados de alto desempenho pra fazer as coisas (a nivel de software apenas), em pesquisas novas pra isso. Os engenheiros já se preocupam em implementar fisicamente da melhor forma com as ferramentas que já tem (software e hardware).

O que não me agrada em ciencia da computação, é primeiro que o foco é apenas lógico (nada físico, "nada de hardware"), enquanto na engenharia voce aprende ambos. Outra coisa é que muitas vezes sua vida é dedicada a um novo método que embora com certeza é melhor em um ou mais fatores, pode não ter aplicação imediata ou nunca (inviabilidade economica por exemplo, se o negócio custar um pouco mais, pra uma melhoria minima, ou pra algo que pra ela não interessa, o custo pesa mais). Já em engenharia, quando voce pesquisa é sempre pra implementar, voce vai ter um resultado imediato da sua pesquisa, do seu projeto e do seu esforço, vai ter o resultado fisico, vai testar o real (não só em simulação).

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