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Review | Teste - SSD Teamgroup T-Force Delta R RGB 250GB


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Olá a todos, neste review | artigo de hoje estarei testando um SSD da Teamgroup bem conhecido no mercado por sua estética com LEDs RGB(não endereçáveis) em sua carcaça, estou me referindo ao Teamgroup T-Force Delta R RGB de 250GiB que vem no padrão de 2.5” com barramento SATA III.

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Figura 1: Foto ilustrativa SSD T-Force Delta R RGB 250GiB.

 

Antes de iniciarmos os testes, daremos uma breve olhada em suas especificações que o fabricante disponibiliza em seu site, podemos ver à seguir:

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Figura 2: Especificações do site do fabricante.

 

À seguir podemos ver algumas especificações mais detalhadas deste SSD:

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Figura 3: Especificações mais detalhadas.

 

Agora vamos dar uma olhada como vem a embalagem do produto e depois veremos internamente o SSD para que possamos descobrir a qualidade de seus componentes internos como seu devido controlador, NAND Flashs e caso possua, sua DRAM Cache.

 

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Figura 4: Caixa em sua parte Frontal.

 

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Figura 5: Caixa em sua parte traseira.

 

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Figura 6: Removendo o SSD de dentro da Caixa.

 

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Figura 7: T-Force Delta R RGB em sua parte frontal.

 

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Figura 8: T-Force Delta R RGB em sua parte traseira.

 

Agora sim vamos para o que realmente importa, farei a abertura do SSD para que possamos ver sua construção Interna. Neste caso o SSD foi super fácil de ser aberto tendo apenas 3 parafusos philips pequenos, 2 em um lado e um em outro.

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Figura 9: T-Force Delta R RGB e seus parafusos de Fixação.

 

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Figura 10: Especificações de Componentes Internos.

 

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Figura 11: Remoção da parte superior do SSD podemos ver ambos os PCBs.

 

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Figura 12: Foto do PCB do T-Force de 250 GiB.

 

À seguir veremos fotos dos componentes internos do SSD:

CONTROLADOR

 

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Figura 13: Controlador Silicon Motion SM2258.

 

Neste caso este SSD faz a utilização de um excelente controlador da Silicon Motion de alta performance que possui suporte à DRAM Caching, SLC Caching, suporte a Criptografia, entre outras coisas, no caso trata-se de um micro processador RISC 32-bit de arquitetura ARM com suporte até 4 canais de comunicação com suporte até 8 NAND Flashs por cada canal de comunicação, além de suportar páginas de 8KiB e 16KiB entre demais detalhes que podemos ver em seu DATASHEET. Veremos à seguir seu diagrama de bloco para vermos como é sua construção interna:

 

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Figura 14: Diagrama de Bloco – Controlador Silicon Motion SM2258.

 

Este mesmo controlador pode ser encontrado em diversos SSDs topo de linha como por exemplo os ADATA SU800, SU900, Teamgroup T-Force Delta S, Crucial MX500(Link – Review Crucial MX500 250GiB). Infelizmente o SSD não possui nenhuma interface térmica que possa ajudar seu controlador, DRAM Cache ou suas NAND Flashs a ter uma dissipação de calor mais eficiente como podemos ver nos Crucial MX500 onde ele utiliza a carcaça metálica como um dissipador de calor, o que torna este modelo de SSD “suscetível” a ter termal throthling, porém veremos isso mais adianta em nossos testes.

 

 

DRAM CACHE

 

À seguir veremos mais sobre o C.I. utilizado para armazenar as tabelas de mapeamento (FTL) e tabelas desgaste.

 

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Figura 15: DRAM Cache NANYA DDR3-1600MHz CL-11 NT5CB128M16FP-DI.

 

Este modelo de SSD da Teamgroup felizmente possui DRAM Cache para armazenar suas tabelas de mapeamento, utilizando o layout “1:1000” onde a cada 1GB de armazenamento (3D TLC) temos 1 MB de Buffer. Neste caso em específico temos um chip DDR3 com densidade de 2Gbits ou 256 MB(Megabytes) de armazenamento que opera com uma velocidade de 1600MHz com uma Cas Latency CL-11 (11-11-11) tendo uma latência de13.75 ns(nano segundos) e tipo de solda FBGA de 96 esferas como podemos ver em seu Datasheet à seguir:

 

 

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Figura 16: Datasheet DRAM Cache Nanya.

 

NAND FLASH

 

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Figura 17: Foto NAND Flash CHPMG81202 “Teamgroup”.

 

Em relação à seus chips de armazenamento este SSD possui apenas uma NAND Flash de densidade de 288GB ou 2.3Tbits, por possui apenas 1 C.I. Flash Nand, seu controlador não desfruta tanto do paralelismo ao se comunicar com as NAND Flashs, no caso este modelo não pertence em si a Teamgroup, trata-se de um modelo Remarcado de um chip Micron 3D TLC de 32 camadas (32-Layers), entretanto não foi possível encontrar nenhuma informação deste chip na internet, e não encontrei nenhum outro modelo de SSD que tivesse um chip idêntico à este.

 

T-FORCE DELTA R RGB – Circuito RGB

 

Neste setor deste artigo, irei abordar sobre o RGB deste SSD, que é basicamente um dos principais motivos aos quais os usuários compram este modelo de SSD, entretanto vale ressaltando que este modelo de SSD não possui RGB endereçável.

Veja à seguir uma foto do PCB deste circuito que controla o RGB.

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Figura 18: PCB circuito controlador RGB.

 

Este modelo em si possui 8 LEDs RGB em sua parte inferior do PCB junto de um conector USB do tipo “Micro B” de 9 pinos, onde sua função é apenas alimentar este circuito com 5v, ele infelizmente não oferece suporte à controle de cores, seu efeito RGB é único e não pode ser mudado em nada. O Efeito RGB é o famoso efeito “Rainbow” onde as cores ficam passando de um lado para o outro do SSD, sendo aproximadamente 16.8 milhões de cores com um “aspect ratio” de 5:3 neste SSD.

Em relação ao C.I. responsável em controlar este circuito temos um chip STMicroelectronics, o ST3M32F que é um microcontrolador ARM 32bits que consegue trabalhar em frequência de até 48MHz com suporte de 64 à 128 Kbytes de memórias Flash e 16Kbytes de SRAM sendo um controlador PWM de até 6 canais c/ suporte à interface USB 2.0.

 

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Figura 19: Circuito PWM STMicroelectronics STM32F.

 

Algo que preciso relatar em relação à este SSD é que, ao conector USB deve-se prestar atenção, pois em meu ver possui um pequeno detalhe em que se o usuário não prestar atenção durante sua instalação o usuário pode em si danificar ou até destruir de vez não só o circuito do RGB mas também com riscos de danificar componentes do próprio SSD.

Me refiro ao conector de “9” pinos que se encaixa nas placas mães que veremos na foto à seguir, onde ele possui um layout de 2x5 furos onde temos conectores de alimentação de 5v, GND (ground | terra) e conectores de transmissão de dados.

 

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Figura 20: Exemplo Header USB 2.0 para placas mãe (Fonte: Google imagens).

 

Neste caso um de seus furos é fechado impedindo o usuário de fisicamente conectar o cabo de forma invertida e dessa forma evitando possíveis danos na placa-mãe e no dispositivo que tenha essa entrada. Porém neste SSD temos os 10 pinos com furação, ou seja, caso o usuário não preste sua devida atenção é possível sim inverter a posição correta em que deve ser instalado este conector como veremos à seguir.

 

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Figura 21: Conector de “9” pinos USB, SSD T-Force.

 

Como podemos ver acima, é possível sim o usuário fazer esta inversão e causar danos no SSD, embora em seus lados do conector há uma pequena seta indicando qual dos conectores é o “positivo” que fornece os 5v de alimentação, e nos manuais de placas mães os fabricantes informam o layout e esquema elétrico dos conectores USB 2.0 como veremos à seguir:

 

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Figura 22: Conector USB 2.0 (placa-mãe).

 

CURIOSIDADES SOBRE O T-FORCE DELTA R RGB 250GiB

 

Após ter lido diversos reviews de uma infinidade de SSDs descobri que da mesma forma que chips de memória RAM em um pente de memória podem mudar mesmo sendo de mesmo fabricante e modelo, por exemplo você pode comprar 2 kits separados Hyper-X Predator e vir com chips diferentes.

Em SSDs o mesmo ocorre, entretanto isto ocorre mais com componentes como NAND Flashs e DRAM Cache, em alguns casos mais específicos já vi componentes como controlador foi trocado depois de um certo número de vendas. Em alguns casos mais extremos já vi mudanças drásticas onde uma variante possuía DRAM Cache e outro era DRAM-Less e até mesmo com tipos de NAND Flashs diferentes (MLC / TLC / QLC).

Este modelo de SSD ocorre algo assim, mais especificamente com sua DRAM Cache e sua NAND Flash, onde já encontrei variantes onde sua DRAM Cache era um chip da Samsung DDR3L-1600MHz K4B2G1646Q-BCK0 e até mesmo outros modelos da própria Nanya. Em relação à NAND Flash encontrei variantes que mudavam até mesmo a capacidade total do SSD, sendo os seguintes modelos, CH7M9702 que possui 256GiB ao invés dos 288GiB que se encontra nessa unidade de teste, embora todas eram Micron 3D TLC 32-Layers remarcadas como teamgroup.

 

METODOLOGIA DE TESTES

Bom... estes são seus componentes internos agora vamos aos testes... neste caso estarei utilizando ferramentas que qualquer usuário conseguiria baixar e utilizar, sendo eles o Crystal Disk Mark, Atto disk benchmark, Anvil Storage utilities, AS SSD e PCMark 10(versão PAGA), GTA V para teste de tempo de carregamento do games, e tempo de carregamento de Boot do Windows 10. Ressaltando apenas que farei estes testes sintéticos com diferentes valores de espaço livre no SSD de teste, devido os SSDs ficarem mais lentos ao se encherem por completo, desta forma poderemos ver isso com mais detalhes.

 

BANCADA DE TESTES

 

Sistema Operacional: Windows 10 Pro 64-bit (Build: 2004, Compilação: 19041:508)

Processador: Intel Core i5-3330 (4C/4T)

Memória RAM: 4x4 GB DDR3-1600MHz Corsair (c/ XMP)

placa-mãe: ASUS Z77 Sabertooth (Bios Ver.: 2104)

Placa de Vídeo: GTX 780 Windforce Gigabyte 3X OC

Armazenamento (OS): Samsung EVO 860 500GiB (firmware atualizado c/ 62GB de OP)

SSD à ser testado: Teamgroup T-Force Delta R RGB 250GiB.

 

CRYSTAL DISK MARK

 

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Figura 23: Teste Crystal Disk Mark T-Force 0% espaço utilizado.

 

Neste teste acima podemos ver que o T-Force em relação às suas velocidades de leitura e gravação sequencial cumpre o que promete em um trabalho de curto prazo de tempo, com relação à suas velocidades aleatórias em Q1T1 entregou velocidades bem próximas de SSDs como MX500 de 250GiB e Samsung EVO 860 500GiB. À seguir veremos uma breve comparação de gravação e leitura sequencial (Q32T1) comparando alguns SSDs e HDs, e como podemos ver, a diferença prática é quase nula levando em conta a margem de erro de 3%.

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Figura 24: Comparativo Crystal Disk Mark Q32T1.

 

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Figura 25: Comparativo Crystal Disk Mark Q1T1.

 

Como podemos ver acima nestes 2 gráficos do Crystal Disk Mark, tanto em velocidade sequencial Q32T1 e aleatória Q1T1 ele obteve velocidades excelente próximos de SSDs topo de linha como o Samsung 860 EVO de 500GiB.

 

À seguir veremos um teste utilizando o Crystal Disk mark comparando suas velocidades de escrita e leitura sequencial com diferentes tamanhos de espaço livre no SSD, desta forma podemos ver o quanto o SSD perde performance enquanto ele se enche.

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Figura 26: Gráfico comparativo Crystal Disk Mark Q32T1(0% à 100% de espaço usado).

 

Como podemos ver no gráfico acima, se levarmos em conta a margem de erro de 3%, houve nenhuma inconsistência na performance no drive, nem mesmo em cenários ruins onde ele estava com o sistema operacional e com quase nenhum espaço livre ele conseguiu manter suas taxas de leitura e escrita sequencial bem altas em comparação quando o disco estava vazio.

 

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Figura 27: Gráfico comparativo Crystal Disk Mark Q1T1(0% à 100% de espaço usado).

 

Acima, podemos ver que o SSD conseguiu manter taxas de leitura e escrita aleatória em velocidades muito boas tendo quase que nenhuma queda drástica de performance nem mesmo em cenários onde estava com o sistema operacional e com muito pouco espaço livre.

 

AS SSD

 

À seguir veremos comparações de velocidades sequenciais e aleatória além do tempo de acesso no T-Force em diferentes quantidades de espaço livre, para que possamos ver o impacto na performance que temos ao encher o drive.

 

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Figura 28: Gráfico comparativo AS SSD Sequencial (0% à 100% de espaço usado).

Como podemos ver acima, o que ocorria no Crystal Disk mark ocorreu no AS SSD, suas taxas de leitura e gravação permaneceram muito similares quando o drive estava vazio como secundário, o que é muito bom.

 

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Figura 29: Gráfico comparativo AS SSD – Tempo de Acesso (0% à 100% de espaço usado).

 

Acima podemos ver um gráfico comparativo em relação a seu tempo de acesso de informações salvas no SSD, e podemos ver que conforme vamos enchendo o SSD, seu tempo de leitura aumenta, onde em cenários com o drive 100% cheio, seu tempo de leitura média foi cerca de 2x maior do que com o drive vazio ou com baixa capacidade sendo utilizada.

Abaixo veremos uma comparação de tempo de acesso entre alguns demais modelos de SSDs para que possamos ver a consistência deste modelo em relação à outros populares.

 

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Figura 30: Gráfico comparativo AS SSD – Tempo de Acesso

 

Como podemos ver acima, ambos os SSDs possuem uma semelhança, entretanto neste teste o Samsung obteve um tempo de leitura bem acima devido ele estar com o sistema operacional que poderia estar com diversos processos e serviços rodando em background o que impacta na performance deste teste.

 

ANVIL STORAGE UTILITIES

 

Nos gráficos à seguir poderemos ver o impacto de performance utilizando o Anvil Storage Utilities para medirmos essa possível queda de desempenho em queue depths de Q4T1 e Q1T1 que são cenários de leitura e gravação aleatória mais próximos da realidade.

 

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Figura 31: Gráfico comparativo Anvil Storage Utilities Q4T1(0% à 100% de espaço usado).

 

Acima podemos ver um teste feito no Anvil Storage Utilities em Q4T1 em escrita e leitura aleatória, e podemos reparar que o mesmo cenário se repete em cenários aleatórios onde o SSD obteve bons resultados mesmo com 100% de sua capacidade estava sendo utilizada.

 

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Figura 32: Gráfico comparativo Anvil Storage Utilities Q1T1(0% à 100% de espaço usado).

 

O mesmo se repete no Anvil Storage Utilities em leitura e gravação aleatória em Q1T1, o T-Force obteve resultados muito bons.

À seguir veremos uma comparação entre alguns modelos de SSDs medindo suas taxas de leitura e escrita aleatória em 4KiB em Q1T1 e Q4T1 e podemos ver que a diferença deles é bem pouca levando em mente a margem de erro de 3%, porém o samsung obteve melhor resultando mesmo estando com o sistema operacional e com mais de 70% de espaço utilizado.

 

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Figura 33: Gráfico comparativo Anvil Storage Utilities Q4T1.

 

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Figura 34: Gráfico comparativo Anvil Storage Utilities Q1T1.

 

À seguir veremos um comparativo de pontuação em geral no Anvil Storage Utilities:

 

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Figura 35: Gráfico comparativo Anvil Storage Utilities.

 

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Figura 36: Gráfico comparativo Anvil Storage Utilities Pontuação.

 

Acima podemos ver gráficos comparativos de pontuação do Anvil Storage Utilities, e nota-se que no gráfico de comparação de 0% à 100% de espaço utilizado, sua pontuação manteve-se empatada se levarmos em conta uma margem de erro de 3%.

 

TESTE DE PROJETO - SONY VEGAS

 

Para que possamos ter outra ideia de desempenho prático em uma situação em que um usuário doméstico possa se beneficiar, faremos teste comparativo utilizando o Software Sony Vegas Pro 19, onde será utilizado um projeto(sem efeitos) de aproximadamente 13.6GB, e será medido o tempo em que se levará para que a abertura do projeto seja finalizada, pois este teste faz com que o SSD faça uma leitura do projeto, e para isso quanto menor o tempo em si mais rápido o projeto estará disponível para ser editado.

 

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Figura 37: Gráfico comparativo Sony vegas – Tempo de carregamento de Projeto – 13.6GB.

 

Como podemos ver acima, a diferença prática dentre estes 3 modelos de SSDs é basicamente nula neste tipo de cenário onde é mais utilizado a leitura do arquivo deste projeto, que em comparação ao HD, os SSDs foram 3x mais rápidos ou em média 330% mais rápidos no tempo de carregamento, em projetos maiores essa diferença ainda pode ser maior dependendo do tanto de "tracks" um projeto tem, do tanto de efeitos e de outras variáveis.

 

TESTE PCMARK 10

 

Neste teste foi utilizado a ferramenta de Storage test, usando o teste "Full system Drive Benchmark" que faz testes leves e pesados no SSD, à seguir veremos a pontuação do T-FORCE DELTA R RGB 250GiB:

 

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Figura 38: Gráfico comparativo – Score – PCMark 10 – Full System Drive Benchmark.

 

TESTE DE TEMPO DE CARREGAMENTO DE GAMES E WINDOWS

 

Neste teste faremos uma comparação entre 3 SSDs e um HD utilizando uma instalação limpa do Windows 10 Build 2004 junto do GTA 5 abrindo o modo campanha, vejam à seguir os gráficos.

 

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Figura 39: Tempo de carregamento do Windows 10 Pro(2004)

 

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Figura 40: Tempo de carregamento do game GTA V em seu modo campanha.

 

E como podemos ver acima em tarefas mais casuais ambos os SSDs têm uma diferença quase nula, se diferenciando muito do HD que por ter partes mecânicas e outras limitações em alguns cenários foi pode ser até mais de 3x mais lento.

 

TESTE DE VELOCIDADE SUSTENTADA | SLC CACHING

 

A grande maioria de SSDs no mercado atualmente utiliza como base essa tecnologia de SLC Caching onde certo percentual de sua capacidade armazenamento, seja ele MLC(2 bits p/ célula) ou TLC (3 bits p/ célula) ou QLC (4 bits p/ célula), é usado para armazenar apenas 1 bit por célula, que no caso é usado como um buffer de escrita e leitura, onde o controlador inicia a gravação nessa região, e quando o Buffer se esgota ele escreve nas NAND Flashs nativas (MLC / TLC / QLC).

 

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Figura 41: Foto ilustrativa - NANDs SLC - MLC - TLC - QLC.

 

Neste caso conforme for maior densidade células em si para armazenar mais bits, mais lenta ela será no tempo de acesso e leitura, e na velocidade de gravação, portanto SLC seria a mais rápida porém a mais cara para se fazer pois a densidade em si é bem baixa sendo inviável termos SSDs de altíssima capacidade nativamente com NAND Flashs SLC. E por isso temos o SLC Caching, onde um SSD TLC por exemplo que é mais lento porém tem uma densidade maior (maior capacidade por NAND Flash) usa uma pequena parte para armazenar apenas 1 bit por célula e quando esse Buffer se enche ele escreve nativamente nas NANDs TLC, e é nesse momento que vemos uma queda de performance em SSDs. No teste à seguir faremos uma simples cópia de um arquivo de um SSD para o outro para vermos esse Buffer em ação.

 

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Figura 42: Teste SLC Cache | Velocidade Sustentada.

 

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Figura 43: Teste SLC Cache | Velocidade Sustentada.

 

Neste caso, copiando um game (BF4) de aproximadamente 68GB, o SSD T-Force Delta R RGB conseguiu manter em média uma velocidade de ~ 460MB/s durante todo a duração do teste o que foi impressionante. Constatei que seu buffer possa ter um volume de SLC Cache entre 25GB à 35GB que pode se alterar de forma dinâmica.

 

TESTE CÓPIA DE ARQUIVOS

 

Neste outro teste será feito a cópia de arquivos de um SSD para o outro para ver como se sai durante a cópia de um arquivo grande e vários de tamanho menor, neste caso foi utilizado a ISO do Windows 10 2004 de 6.25GB(1 arquivo) e sua versão extraída com o Winrar para uma pasta contendo 1.874 arquivos menores.

 

 

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Figura 44: Teste de cópia 1 arquivo 6.25GB.

 

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Figura 45: Teste de cópia de uma pasta contendo 1.874 arquivos (6.25GB)

 

Como podemos ver à seguir ambos os testes foram super rápidos, sendo que durante a cópia de 1 arquivos de 6.25GB o SSD terminou de copiar dentro de um período de 13,6 segundos enquanto a cópia dos mais de 1.800 arquivos durou alguns segundos a mais, 18,6. Durante esta cópia de 1 arquivo, sua velocidade mante-se constante por volta dos ~ 480 MB/s até o seu término, porém durante a cópia do mesmo arquivo extraído houve quedas que em alguns pontos chegaram perto da marca dos ~ 120 MB/s.

 

SOFTWARE SSD

 

Neste trecho do artigo dedico ao software ou bundles que acompanha o SSD, entretanto este modelo em si não foi encontrado nenhum programa ou aplicação em seu site do fabricante, o que é estranho, devido outras linhas com Delta Max RGB terem estes programas e este não.

 

TESTE DE TEMPERATURA

 

Nesta sessão do artigo falaremos sobre temperaturas de operação deste modelo de SSD, para que possamos ver se há algum termal throtling que possa prejudicar o desempenho do SSDs, entretanto não foi possível encontrar a temperatura exata do controlador e demais componentes via software, porém não foi notado nenhum termal throtling ou queda de performance durante a bateria de teste, sendo que o controlador possivelmente estava em uma temperatura distante de seu limite de 70ºC, onde quando atinge essa temperatura ele sofre com throtling para que não sofra danos por temperatura elevada.

 

CONCLUSÃO

 

Depois de uma bateria extensiva de testes com este SSD da Teamgroup cheguei por fim a esta conclusão, se realmente vale a pena o investimento neste tipo de SSD. Mas realmente vale a pena? Levando em conta o preço, realmente está inviável este modelo de SSD, com seu preço atual beirando os R$540, o que em minha opinião é caro demais para um SSD de 250GiB, pois temos SSDs mais simples DRAM-LESS decentes que custam até R$100 a menos com o dobro de capacidade, mas é claro com desempenho um pouco mais inferior, se levarmos em conta o preço deste SSD em relação ao seu concorrente Samsung EVO 860 250GiB, o preço estaria “OK” devido os Samsung estarem caríssimos atualmente, onde este modelo de 250GiB está por mais de R$600. Em relação ao MX500 não consigo ver uma justificativa além do fato do usuário querer o RGB que nem é endereçável, não conseguiria justificar a compra deste modelo sendo que o MX500 atualmente se encontram por R$299 – R$320 em promoção custando R$200 a menos a menos que os T-Force, sendo que o MX500 de 500GB está por quase o mesmo preço do Delta R, e a linha MX conforme você aumenta a quantidade de armazenamento em si você vê um desempenho maior, portanto o MX500 de 500GB se aproxima ainda mais deste Teamgroup.

Em relação à qualidade de construção de componentes não há o que se debater, possui um bom controlador, NAND Flash de marcas renomadas, porém infelizmente só possui um chip, possui DRAM Cache e SLC Caching, porém tem uma desvantagem em não possuir um software de gerenciamento.

Em resumo, valeria a pena pagar mais por este SSD? Depende, caso você procure um SSD que tenha RGB mas não se importe que ele não seja endereçável e queira um SSD com ótimo desempenho, sim vale a pena, mas em relação ao Custo benefício em minha opinião não vale a pena devido seu alto custo.

 

 

AGRADECIMENTOS

 

Gostaria de reservar este trecho para agradecer ao colega @Lucas Peperaioque gentilmente cedeu este SSD em que pude trazer este teste à vocês, muito obrigado de coração ❤️ .

Link - Canal Peperaio Hardware:

 

 

 

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