OPS! Atrasado mas tô postando! XD
@jrjaguar
Não calma, o NZXT H2 não chega a ser tanto uma armadilha, ele só não lida muito bem com calor proveniente das placas de vídeo. Se não há alguma ou uma de baixa/média performance não há problema. Já se forem alta performance e/ou mais de uma, aí sim é desrecomendado. Não é um gabinete lá tão bom igual...
Quanto as espumas... Lá vou eu:
Existem 3 problemas quanto as espumas utilizadas dentro de gabinetes para fins de supressão de ruído:
- Temperatura
Espumas obviamente não são boas condutoras de calor. Quem já entrou em estúdios e/ou auditórios com acústica baseada em carpete sabe que a diferença é grande. O dilema no emprego das espumas nos gabinetes é que se este atrapalha na refrigeração, isso fará com que os coolers trabalhem mais, logo, produzam maior ruído. Pode ocorrer o caso até de que a ausência das espumas facilite a refrigeração ao ponto do ruído ser menor que com elas.
- Manutenção
Mesmo que este não atrapalhe muito a performance do sistema, de fato sujeira e poeira atrapalham o desepenho dos sistemas de refrigeração em geral. Espumas são características por terem furos minúsculos que podem ser sujeitos a permitir a entrada e acúmulo de sujeira na espuma. Como se não fosse o suficiente, elas são difíceis de limpar, requerendo uma atenção mais especial com elas. Mesmo que seu uso acabe por ser mais benéfico pro sistema, será que compensará pela manutenção difícil?
- Supressão de ruído provenientes do gabinete
Bem, nesta área sou expert.
Resumidamente, as espumas são utilizadas porque possuem superfície que é capaz de absorver o som. Isso se deve porque não só o som (ar) é refletido pelos furos quase microscópicos de forma a se dispersarem de diversas formas, ou seja, diminuindo intensidade até valores inaudíveis, como também as ondulações na espuma (geralmente presentes) agem de acordo com as frequências mais graves, numa absorção de som mais eficiênte por trabalhar com base no comprimento de onda do som.
O detalhe no caso é o comprimento de onda. Espumas em estúdios tem aquele tamanho de ondulação ou "gominhos" pra poder lidar melhor com os comprimentos de onda (ou o inverso da frequência) mais comuns nesse tipo de ambiente, que são notas musicas e voz.
Porém, não são vozes ou notas musicais que são produzidas dentro de um gabinete. O ruído proveniente de dentro de um gabinete é mais rico em frequências mais altas e de forma ou constante (o agudo das ventoínhas) como intermitentes e mais graves (HDs trabalhando). Mesmo que mais grave, essas frequências ficam muito acima da voz humana mundana (300~3400Hz).
É muito contraintuitivo portanto ter espumas idênticas ou similares as de estúdios dentro dos gabinetes. Embora nossos ouvidos sejam mais sensíveis nestas mesmas frequências da voz humana, o simples fato do ruído do sistema ser incômodo em diversos casos prova que a sensibilidade fica subjetiva.
Outra questão é que como frequências mais altas possuem comprimentos de ondas menores, e possuem poder de "penetração" por objetos menor, ou seja, refletem com maior facilidade, talvez uma espuma "lisa" seja mais eficiente no geral.
Como sugiro testar:
Temperatura e ruído em carga e idle:
Sem espuma alguma ou qualquer outro procedimento (controle)
Com diferentes tipos de tamanhos de "gominhos" (em teoria quanto menor, melhor)
Com espuma lisa
Com produtos específicos pra gabinetes
Com carpete designado para filtragem de som em paredes (cuidando que pode liberar fiapos que podem danificar algum componente)
Com algo que aumente a eficiência da refrigeração do sistema
Com a vedação de boa parte das saídas de ar externas (grades, espaços vazios de coolers, partes de acrílico/vidro, furos para refrigeração líquida e remoção e vedação dos coolers laterais, superiores e traseiros, ou talvez não os traseiros para não sacrificar demais)
Se quizerem explicações mais aprofundadas, posso dar, só fica mais difícil praqueles que não possuem conhecimento mais aprofundado de som, como refração, difração, FFT, etc.. A explicação que dei é bastante superficial ainda.