Olá, pessoal! Eu li todas as mensagens desse tópico, muitas foram extremamente instrutivas, vocês estão de parábens, principalmente o Faller, que eu acompanho já há bastante tempo.
Eu tenho o seguinte dilema. Tenho um servidorzinho de arquivos no meu quarto que gostaria de deixar o tempo todo ligado. Nesse contexto, a solução do nobreak online tem um ponto negativo no barulho que eles fazem. Ainda estou procurando um que seja suficientemente silencioso, mas é muito díficil sem uma loja aqui em Brasília que os tenha para demonstração, e comprar na tentativa e erro é loucura financeira. Outras ideias seriam trocar a ventoinha de um Eaton 9130 por uma mais silenciosa ou comprar uma caixa atenuadora. Dá pra perceber que essa solução está bem difícil de executar no meu contexto.
Por enquanto, ele está ligado num nobreak interativo senoidal, o SMS Manager III de 1400VA (a fonte é uma Corsair CX430, mais que suficiente para o Xeon X3430 + 6 HDs SATA). Este nobreak é suficientemente silencioso, mas tem o maldito estabilizador. Minha dúvida, que até foi respondida brevemente num post do Faller, mas eu senti a necessidade de confirmar, é essa:
- As agressões que o estabilizador de um nobreak causa na fonte podem ultrapassá-la e afetar os componentes do PC? Por que, se essas agressões se confinam na fonte, diminuindo sua vida útil, penso que posso arcar com o prejuízo de ter que, de tempos em tempos, comprar uma fonte nova. Mas se há a possibilidade de que essas agressões escapem para os componentes, essa solução já não é mais satisfatória pra mim.
Por fim, pra contribuir com o fórum, fiz uma extensa pesquisa a partir de um problema que tive na máquina do trabalho, e identifiquei outra necessidade de se ter um nobreak para máquinas desktop: os SSDs! Hoje em dia, os SSDs conseguem atingir suas velocidades incríveis por meio de controladoras que fazem um remapeamento dos setores alterados. A memória flash é lenta na gravação, então, para otimizá-la, é necessário juntar num bloco todos os setores a serem gravados, ainda que espalhados, e a controladora é responsável por armazenar esse mapeamento. Tudo isso é feito no cache da controladora, e, no evento de uma queda de energia, esse mapeamento pode não ser armazenado. As consequencias disso são mais graves que uma corrupção no sistema de arquivos. O mapeamento inconsistente pode inclusive fazer com que o SSD não seja reconhecido pelo Sistema Operacional (foi o que aconteceu comigo). As soluções pra se prevenir isso são: 1) adotar um nobreak; ou 2) adotar SSDs da categoria PRO que possuem supercapacitores que permitem gravar o mapeamento antes de desligar. É claro, também se pode fazer um backup frequente do SSD para, num evento de mapamento inconsistente, não perder nenhum dado. É possível até recuperar o SSD zerando ele (através do comando específico do utilitário do SSD), mas não os dados.