Eu gostaria de contribuir com minha opinião sobre esse assunto tão interessante.
Frequento muitos fóruns, apesar de não ser tão participativo. Costumo mais ler do que participar.
Uso bloqueadores de propaganda pelos seguintes motivos:
1- Grandes empresas querem se apoderar da internet, como se aqui fosse um canal de televisão ou uma mídia impressa. Isso ficou ainda mais evidente depois da dominação do Facebook em todos os sites. Entramos num site e aparece o tal de "curtir"(sic). Esse plugin do FB rastreia os passos mesmo de quem não possui conta no FB. Alguém acha isso correto? Na televisão os apresentadores comentam sobre o FB. Na embalagem dos produtos vê-se o "curta nossa página no FB". Enfim, pra resumir, essa e outras empresas querem transformar a internet num veículo único. Tanto que muita gente já associa a internet a Facebook. Liga o notebook ou quer conexão à internet no smartphone só pra passar horas nesse site que em nada contribui socialmente.
Eu não gosto de ser perseguido, muito menos gosto de dar satisfação da minha vida pra estranhos. Colocar fotos em redes "sociais", dizer o que estou fazendo etc. Não é questão de ser ranzinza. Sou amigável, mas apenas discordo dessa zumbificação liderada pelo Facebook de fazer as pessoas se exporem. E é claro que tal exposição é lucrativa pra eles, enquanto os usuários são meros produtos. Toda pessoa experiente na internet sabe que é assim.
2- Tornou-se impossível abrir um site sem um bloqueador de propaganda. Por que os administradores não mencionam esse fato? Só estão de olho no dinheiro? Se vocês querem ser respeitados, respeitem os usuários.
É absurda a quantidade de propaganda, de pisca-pisca, de propaganda lateral com letras gigantes "compre tal produto em 24X". Mas talvez pior são os scripts. Além de carregar um banner precisa puxar 10, 20 scripts de sites diferentes? Só aqui no CDH, o Epic(meu navegador) bloqueou 32 rastreadores. Pra quê esse monte de script?
Esse endereço está no código-fonte do CDH. http://br.ads.justpremium.com/adserve/js.php?zone=10023
Será que posso mesmo confiar?
Não apenas polui visualmente o site, como deposita cookies de terceiros no computador dos usuários e torna a navegação lenta. Não importa se o usuário tem conexão de 5MB ou de 30MB. Vai ficar lento do mesmo jeito, porque o navegador precisa lidar com diversas requisições simultâneas.
Boa era a época anterior a 1999: sites simples, com poucas figuras e scripts. Depois disso o comércio se apoderou da internet, emporcalhando tudo. Flash, scripts hospedados em 10 servidores diferentes, cookies em demasia, propagandas gigantescas...
Se o negócio é adicionar propaganda, hospedem no servidor de vocês, ou pelo menos se certifiquem do que tem nesses códigos. Adicionem só os scripts necessários. E com "necessário", não é pegar um código pronto e colocar. É ver o que ele faz. É saber se a navegação não vai ficar lenta, é saber se esse script adiciona cookies, se rastreia os usuários...
Se houvesse uma preocupação com os usuários, certamente muitos abririam uma exceção em seus adblocks. Mas não, o que importa é o lucro.
Imagina se um administrador vai retirar uma propaganda a meu pedido. Sou um mero usuário, apenas um número. Não sou eu que pago a ele diretamente, então, não tenho nenhum valor.
Por tudo isso, me recuso a mudar meu comportamento. Se acabar o fórum A, B, C, D... ou Z, tudo bem. É só inventar um fórum que funcione como uma rede P2P.
E antes disso, se inventarem de cobrar pelo acesso, não pagarei. Isso é pra verem que o dinheiro não deve ser o horizonte na vida de uma pessoa. O comércio precisa se focar na satisfação do cliente e precisa deixar de enganá-lo com falsas promoções. Precisa parar com o marketing(99% das vezes é enganoso).
No Brasil, sobretudo, a maioria das empresas desrespeita o consumidor. É por isso que não bajulo empresas, quaisquer que seja, e compro o mínimo possível.
É preciso acabar com tradicionalismos e dominação de grandes redes que apenas visam o lucro. O Adblock, Epic e demais bloqueadores são uma bênção.
Volto a dizer: quem quer respeito, primeiro precisa respeitar.