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FabioNog

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Reputação

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  1. Esse debate sobre a TV digital tem muita cor ideológica e pouca informação real. Todos os padrões têm vantagens e desvantagens que, resumidamente, são: o europeu DVB é o mais difundido, tem os conversores mais baratos e atende os três tipos de transmissão" (alta definição, definição avançada e definição padrão). Em contrapartida, como é gerenciado por um consórcio de 250 entidades de mais de 15 países, é difícil negociar as contrapartidas que o governo brasileiro deseja. Mesmo assim, a Europa ofereceu adquirir televisores montados no Brasil, sem tributação. Tecnicamente, o padrão presentou problemas de recepção de sinais na Inglaterra. O padrão japonês ISDB é o mais flexível, foi eleito o melhor nos testes técnicos das empresas de radiodifusão e é eficaz para TV móvel e portátil, além de transmitir sinais para telefones celulares sem a interferência da operadora de telefonia. É o mais rápido de implantar e permite transmissão multicanais. Em compensação, balança comercial Brasil-Japão é ainda mais fraca em ofertas de contrapartidas comerciais. O americano ATSC é o melhor em possibilidade de contrapartidas comerciais, apresenta bons resultados em consumo de energia e na exibição de alta definição. Por outro lado, é controlado pela Zenith, da sul coreana LG, que não abre mão do pagamento de royalties e tem problemas sérios de recepção, que inclusive tem atrasado a adoção nos Estados Unidos. Tem também o problema de não oferecer a possibilidade de televisão móvel e portátil. Outro aspecto que tem sido debatido é o Brasil criar seu próprio padrão para que possa "dominar tecnologia, não depender dos países desenvolvidos e poder exportar mais". Seria muito bacana isso, se o Brasil tivesse começado a investir no desenvolvimento da tecnologia 15 anos atrás. Como não o fez, se começar agora só terá algo pronto em 2016. Até lá o mundo já terá optado por qualquer um dos padrões existentes e o Brasil vai ficar chupando o dedo com sua tecnologia. Foi exatamente esse o papo que fez o Brasil desenvolver o sistema de cores PAL-M, que não é nem o europeu PAL oiginal, nem o americano/japonês NTSC, e até hoje só existe aqui no Brasil. Com relação aos aspectos comerciais, Helio Costa gosta do padrão japonês porque é rápido de implantar nas emissoras. Furlan gosta do padrão europeu porque dá uma excelente moeda de troca pra ele negociar outras aberturas comerciais. Para a produção de aparelhos de televisão, ainda leva cerca de um ano para adaptar as fabricas. E um aparelho digital vai custar, no mínimo, R$ 1.700. E, sem ele, a possibilidade de receber um monte de canais em casa, para as camadas mais pobres da população terem direito a educação e internet, não existe. O conversor só permite fazer as tvs atuais receberem os sinais dos canais também atuais, e não dos serviços que podem ser criados dentro da tecnologia digital.

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