Respeito e compreendo a situação do CDH. Também adianto que sou apreciador do trabalho do site a muitos anos, embora não seja assíduo em participação.
O editorial queixa-se de uma conduta comercial prejudicial e usa como parâmetros métodos de trabalho distintos na minha opinião.
Para explicar melhor minha interpretação uso a declaração dada dia 04/02/2014 pelo ministros das comunicações Paulo Bernardo demonstrando preocupação com a tendência de monopólio midiático do Google. Nas declarações o ministro se utiliza da regra de igualdade tributária para justificar mais cobranças de impostos sobre os novos serviços virtuais, mas não sugere em nenhum momento a redução tributária nos serviços off-line.
Usando o exemplo citado, o editorial desqualifica o método comercial do Facebook comparando com os serviços do Google, honestamente não apoio e acho de baixa qualidade os serviços do Facebook, mas comparar e esperar que a rede social, que começou agora a procurar meios de rentabilidade, com os serviços maduros do Google não é a melhor alternativa para explicar os insucessos comerciais do CDH.
Entendo que ainda não existe um modelo de negócio em mídias sociais que tenha equacionado as diferenças comerciais e sobretudo que tenha impactado positivamente os usuários de redes sociais, nem mesmo o Google com o Google+, o desafio está no comportamento dos usuários em redes sociais que geralmente não são receptivos as ações comerciais dentro do meio social.
Os usuários frequentam ambientes que os agradam e no meio virtual não é diferente, os questionamentos que o CDH poderia fazer são entender os motivos que fazem seus expectadores procurarem soluções em redes sociais. Será que é mais cômodo? Será que a relevância das pessoas conhecidas e interligadas é maior? Será que um trafego menor e mais especializado não renderia melhores acordos comerciais? Como podemos resolver estas e outras questões similares e interligadas para tornar o CDH mais atraente?
Do contrário, as queixas do editorial são muitos similares as queixas dos grandes jornais e bancas de jornais com a chegada da internet. Por maior que uma movimentação poderá ser, é improvável que o modelo de negócio do Facebook seja alterado devido as queixas, apenas a falta de parceiros comerciais modificarão o modelo da rede social e esse é um caminho.
O CDH sempre será referência de qualidade no assunto equipamento de informática, mas como todo negócio não está livre de repensar suas estratégias e vínculos comerciais. Resistir as mudanças e encontrar soluções dentro da nova realidade é vital para manutenção e existência do site.
Para finalizar, aprendi muito com o editorial sobre as práticas comerciais do Facebook e concordo plenamente que o site gerar conteúdo, levar audiência e ter que pagar para que este tráfego acesse o próprio conteúdo é absurdo, unilateral e suicídio comercial.