Pelo que estudei, é perfeitamente possivel se obter uma eficiência de maior que 80% com uma topologia meia ponte em fontes de computadores, mas não usual, devido a utilização do PFC na entrada da maioria das fontes atuais (que por enquanto não faz diferença alguma para usuarios "residênciais" no Brasil).
Contanto, a fonte testada não possuindo o PFC e seu projeto sendo parecido com as mteks de 10 anos atras, algumas atualizações como do controlador, utilização de disparadores adequados e troca dos diodos da saida forneceriam eficiência maior que os 80% que você disse ser impossível. Mas claro, nunca vai atingir a potência citada.
Vi que assim que aparece uma fonte com topologia em meia ponte, vocês metem o pau na topologia, mas quando o problema não é dela e sim do projeto que a utiliza, um exemplo seria a adição da retificação sincrona na saida, isso ja aumentaria consideravelmente a eficiencia total da fonte.
Você comentou que fontes para computadores utilizam o PFC com topologia buck? De acordo com o desenho mostrado na Anatomia das Fontes de Alimentação Chaveadas, o circuito apresentado é um circuito boost, acho que deve ser de conhecimento que o buck é uma topologia "abaixadora" de tensão e a boost elevadora.
Pelo que estudei até hoje, e a concepção das fontes chaveadas, a meia ponte passou a não ser utilizada em fontes de computadores devido:
A necessidade de utilizar dois patamares de tensão.
Aumento da potência das fontes, demandando uma maior corrente no primario do transformador. (na meia ponte a corrente no primário é o dobro do que em outras topologias).
Disponibilidade de uma alta tensão proveniente do PFC sem necessidade do dobrador.
Mas nada a ver com ser uma topologia ultrapassada, obsoleta ou ineficiente.
A utilização da "two switch forward" ou direto com dois transistores, é interessante com a utilização da correção do fator de potência, pois pode utilizar de apenas um capacitor, e apenas 2 transistores (como na meia ponte), mas com a adição de mais 2 diodos.
Como uma topologia que possui 4 componentes em seu chaveamento pode ser mais eficiente que uma com 2??? Sendo as tensões aplicadas no primário do transformador parecidas, considerando o PFC é um abaixador como você me afirmou.
Mas, agora voltamos ao PFC, que alem de corrigir o fator de potência, de quebra faz a regulagem automática da tensão. Não seria lógica a utilização de um abaixador nessa etapa, muito menos utilização de capacitores rotulados a 400v caso o mesmo fosse abaixar a tensão de entrada, de 180VCC quando ligados em 127VCA, para menos que isso, ou ainda pior, abaixar os 310VCC para menos de 180VCC quando ligados em 220VCA. Pelo que você disse, estariam alêm de jogando dinheiro fora com capacitores rotulados 400V, como também perdendo a eficiência com a maior corrente que passaria pelas resistencias dos transistores e diodos.
Seria mais interessante utilizar um PFC elevador, que elevaria a tensão do que seriam 180VCC para digamos 350VCC, ou então elevar a tensão de 310VCC a também 350VCC, permitindo os transistores e diodos da topologia direta com 2 transistores chavearem 350VCC, o que permitiriam um transistor de 10A em 100°C chavear mais de 3kW de potência com uma menor perda.
Caso tenha disponivel uma fonte com PFC aberta na bancada, tire o valor em cima dos capacitores do PFC, caso eu esteja errado terá menos que 180V quando ligados em 110~127VCA.
Estudei bastante antes de projetar uma fonte de mais de 4,5kW (15v@300A), utilizando a topologia de controle por deslocamento de fase, retificação sincrona e dobrador de corrente na saída, eficiência em torno de 90%. Claro que se precisar, com certeza estudarei muito mais, pois o assunto me interessa muito.
http://img695.imageshack.us/img695/6708/conversor2.jpg
Gostaria de poder ajudar no que for possivel sem criar atritos, podendo comentar quaisquer divergências.
Abraços
Murilo