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Alberto Cozer

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  1. Tópico para a discussão do seguinte conteúdo publicado no Clube do Hardware: Soyo Aerielink Wireless Kit SWKR 1401U1 "Testes realizados com o Soyo Aerielink Wireless Kit SWKR 1401U1." Comentários são bem-vindos. Atenciosamente, Equipe Clube do Hardware https://www.clubedohardware.com.br
  2. Tópico para a discussão do seguinte conteúdo publicado no Clube do Hardware: Gigabyte Storage + Wireless LAN Card GN-WLBZ201 "Testes realizados com a Gigabyte Storage + Wireless LAN Card GN-WLBZ201." Comentários são bem-vindos. Atenciosamente, Equipe Clube do Hardware https://www.clubedohardware.com.br
  3. Tópico para a discussão do seguinte conteúdo publicado no Clube do Hardware: Gigabyte GN-A17GU (Access Point 802.11g) e GN-WMAG (Placa de rede PCMCIA 802.11b/g) "Testes realizados com a Gigabyte GN-A17GU (Access Point 802.11g) e GN-WMAG (Placa de rede PCMCIA 802.11b/g)." Comentários são bem-vindos. Atenciosamente, Equipe Clube do Hardware https://www.clubedohardware.com.br
  4. Tópico para a discussão do seguinte conteúdo publicado no Clube do Hardware: X-Micro - Soluções 802.11b (Roteador, Placa USB e Placa PCMCIA) "Testes realizados com o X-Micro - Soluções 802.11b (Roteador, Placa USB e Placa PCMCIA)." Comentários são bem-vindos. Atenciosamente, Equipe Clube do Hardware https://www.clubedohardware.com.br
  5. Neste teste verificamos o desempenho do conjunto de soluções da X-Micro para compartilhamento de conexões banda larga usando o protocolo IEEE 802.11g, que permite uma taxa de transferência máxima teórica de 54 Mbit/s usando conexão sem fio. Nós testamos dois equipamentos, um roteador (X-Micro 802.11g Broadband Router) e uma placa de rede/antena PCMCIA (X-Micro 802.11g PCMCIA LAN Card). Desta forma, em nosso teste de hoje estaremos testando o desempenho e as funcionalidades destes dois equipamentos. Os produtos 802.11g da X-Micro também funcionam em um modo chamado "Turbo", que permite uma taxa de transferência máxima teória de 108 Mbit/s, usando compressão de dados. Nós também testamos este recurso. Importante notar que os equipamentos da X-Micro testados são vendidos separadamente, isto é, o fabricante não os disponibiliza em um kit, o que não cria nenhum problema nem tampouco torna os produtos da X-Micro testados pelo Clube do Hardware menos interessantes do que produtos de outros fabricantes que são disponibilizados em um kit único. Pelo contrário, o fato de não ser um kit possibilita ao usuário que planeja adquirir a solução wireless da X-Micro ter a liberdade de comprar apenas os equipamentos necessários e, assim, economizar dinheiro. Além da antena wireless, o roteador 802.11g da X-Micro incorpora um switch 10/100 Mbit/s de 4 portas que permite o compartilhamento da conexão banda larga entre quatro micros ligados via cabo Ethernet padrão (CAT5). Apenas com o roteador wireless da X-Micro já é possível compartilhar uma conexão Internet de banda larga em casa ou no escritório, entre micros ligados via cabo Ethernet ou até mesmo laptops com placas wireless de outros fabricantes. Figura 1: Vista frontal do roteador 802.11g da X-Micro. Figura 2: Vista traseira do roteador X-Micro, com seu switch 10/100 Mbit/s integrado (quatro portas à esquerda) e a entrada Ethernet da conexão banda larga (porta à direita). Figura 3: Placa wireless PCMCIA. Antena integrada. Ao contrário de outros roteadores wireless de outras marcas que testamos, o equipamento da X-Micro já traz antena wireless integrada, como você pode conferir na Figura 2. Isso quer dizer que não é necessário inserir uma placa wireless PCMCIA no equipamento para que ele funcione. Além disso, a sua antena integrada pode ser removida, possibilitando a conexão de uma antena externa, ampliando o alcance do equipamento (ver Figura 4). Figura 4: Antena destacável possibilita conexão de antena externa. O custo total dos equipamentos testados é de aproximadamente US$ 165,00 nos EUA (US$ 100,00 para o roteador wireless e US$ 65,00 placa PCMCIA), lembrando que os equipamentos são vendidos separadamente. Como explicamos, você não precisa comprar a placa PCMCIA para o equipamento funcionar. Esta placa só é necessária caso você tenha um laptop. Em nossos testes do roteador usamos a placa PCMCIA instalada em nosso laptop de testes. Antes de irmos aos nossos testes, vamos dar uma olhada nas principais características desses equipamentos. Switch 10/100 Mbit/s 4 portas Wireless Access-Point 802.11g (54 Mbit/s) Criptografia WEP 64/128 bits e suporte à WPA Interface de gerência via web Firewall e Network Address Translation (NAT) Compactação de dados que permite desempenho de até 108 Mbit/s Controle de acesso por endereço MAC Suporte a PPPoE e PPTP Servidor DHCP Excelente desempenho Preço médio nos EUA*: US$ 165,00 * Pesquisado em http://www.froogle.com no dia da publicação deste teste. Este preço é apenas uma referência para comparação com outras placas. O preço no Brasil será sempre maior, pois devemos adicionar o câmbio, o frete e os impostos, além da margem de lucro do distribuidor e do lojista. Nos testes de equipamentos de rede avaliamos sete critérios básicos: documentação, público-alvo, recursos disponíveis, desempenho, operação, estabilidade e segurança. Para cada um desses critérios será atribuída uma nota, de um a três, significando respectivamente insatisfatório, satisfatório e mais do que satisfatório. As notas de cada critério serão somadas e divididas por sete. Essa média representa a avaliação final geral do equipamento, mas não recomendamos que ela seja usada como único critério na hora de comparar dois ou mais equipamentos similares. Por exemplo, um equipamento pode oferecer melhor estabilidade e outro melhor documentação, mesmo assim ambos podem apresentar avaliação final geral rigorosamente iguais. Para decidir qual dos dois atende melhor a você ou ao seu cliente é preciso identificar qual critério é mais importante dentro da sua realidade. O critério “documentação” refere-se à facilidade ou dificuldade de encontrar informações técnicas, guias de instalação e manuais de gerenciamento do equipamento, além de endereçar a facilidade ou dificuldade de colocar o equipamento testado em operação em um ambiente real. Todo equipamento testado deve dispor de pelo menos um guia de instalação simples de entender e fácil de ler, impresso ou em meio eletrônico (disquete ou cd-rom) acompanhando a caixa do produto. Dentro desse critério também serão avaliados os manuais técnicos fornecidos pelo fabricante, estejam eles em meio eletrônico (disquete, cd-rom ou Internet) ou impressos, acompanhando a caixa do equipamento ou não. O critério “público-alvo” avalia se o equipamento é adequado ou não para o mercado ao qual se destina. Dentro desse critério é avaliado o preço final para o consumidor, a estratégia de marketing adotada pela fabricante e a compatibilidade da apresentação do equipamento com o público-alvo dele (por exemplo, equipamentos para usuários domésticos devem ter interface de gerenciamento simplificada). O critério “recursos” descreve os principais recursos disponíveis no equipamento e qual a função de cada um eles. A nota desse critério baseia-se na avaliação do critério “público-alvo”, já que a quantidade e os recursos disponíveis podem ser suficientes ou insuficientes de acordo com o usuário ao qual se destina o equipamento. O critério “desempenho” avalia a velocidade com que os dados passam pelo equipamento, determinando se a taxa real de transferência de dados suportada pelo equipamento é compatível com o que o fabricante afirma na documentação técnica. Características que, direta ou indiretamente, possam interferir no desempenho da rede quando o equipamento está em uso, como, por exemplo, baixo desempenho de um filtro de pacotes embutido também são avaliados dentro desse critério. O critério “operação” avalia a facilidade ou dificuldade de gerenciar o equipamento quando ele estiver funcionando e em produção. O critério “estabilidade” avalia a disponibilidade do equipamento quando submetido a testes de carga ou estresse de rede. Além disso, neste critério também são avaliadas as funcionalidades de redundância de conexão ou alta-disponibilidade e balanceamento de carga, nos equipamentos que têm essas funcionalidades. O critério “segurança” avalia características gerais de segurança adequadas para uso ao qual o equipamento se destina, de acordo com o público-alvo. Detalhes técnicos dos recursos de segurança disponíveis são testados e avaliados dentro deste critério. Os dois dispositivos testados acompanham documentação impressa e CD-ROM contendo documentação extra, além de drivers e guias de instalação ilustrados. O roteador X-Micro 802.11g testado tem um excelente guia de instalação, ilustrado e fácil de compreender, de forma que mesmo usuários sem experiência com equipamentos wireless conseguiriam configurá-lo sem dificuldades. Além disso o manual que acompanha o produto cobre inteiramente todas as suas funcionalidades, facilitando a vida de administradores e técnicos mais experientes. A instalação da placa de rede wireless testada (PCMCIA) depende de drivers e software especiais, ou seja, o sistema operacional usado nos testes (Windows XP Professional) não as reconhece automaticamente. Mas todos os drivers e softwares necessários são fornecidos pela X-Micro em um CD-ROM que acompanha a placa. O processo de instalação dos drivers e software da placa de rede PCMCIA está bem documentado e mesmo usuários sem experiência com equipamentos wireless conseguiriam configurá-las sem dificuldades. A documentação do produto é mais do que suficiente (nota 3). O produto destina-se a usuários domésticos e de pequenos escritórios (SOHO). O preço do produto nos Estados Unidos é compatível com esse público-alvo e não deixa nada a desejar para a maioria dos concorrentes de qualidade.. O marketing, a documentação e o suporte técnico, além da apresentação do kit estão totalmente de acordo com o público ao qual ele se destina. O produto é mais do que suficiente (nota 3) para seu “público-alvo”. O kit vem com todos os recursos que seu público alvo pode precisar e mais um pouco. O mais interessante é o recurso "Turbo", que possibilita dobrar a taxa de transferência máxima da transmissão (2x 54 Mbit/s = 108 Mbit/s). Este recurso funciona compactando os dados antes de transmiti-los. O roteador do kit dispõe de um switch de quatro portas 10/100 Mbit/s full-duplex, uma antena wireless flexível (possibilita movimentar a antena para obter maior ganho e alcance) e destacável para ligação com uma antena externa, e uma porta Ethernet para a conexão de banda larga, por meio de um cabo cross-over, como você conferiu nas Figuras 2 e 4. No que diz respeito às funcionalidades de software, o kit é excelente. Traz firewall, redirecionamento de porta (para hospedagem de servidores públicos na rede interna no escritório do cliente) e cliente e servidor de DHCP para as máquinas da rede interna. Entre os recursos wireless devemos destacar a criptografia de conexões wireless por meio de WEP 64 bits ou 128 bits e a disponibilidade do equipamento para atuar como repetidor wireless em vez de ponto de acesso, aumentando o alcance de uma rede wireless já existente no escritório e permitindo que usuários de uma rede wireless já instalada e em operação consigam compartilhar o acesso de banda larga sem fazer alterações em suas estações de trabalho. Além disso, por se tratar de um equipamento baseado no padrão 802.11g, mais recente, o roteador e a placa de rede wireless PCMCIA testados trazem recursos de segurança WPA (Wi-Fi Protected Access), que resolve problemas de segurança do padrão WEP e introduz melhorias que facilitam a troca de chaves criptográficas. O kit traz recursos adequados para o seu público-alvo. Os recursos disponíveis são mais do que suficientes (nota 3). O desempenho de uma rede Ethernet quase nunca atinge a sua taxa máxima teórica (100 Mbit/s para Fast Ethernet ou 54 Mbit/s para wireless 802.11g). Há inúmeras razões para que isso aconteça: interferência eletromagnética, placas mal configuradas, excesso de tráfego inútil na rede e até mesmo o projeto do equipamento (problemas de hardware ou software), entre outras razões. Além disto, temos que nos lembrar que a taxa de transferência máxima teórica inclui a transmissão de dados de controle (tais como cabeçalhos), ou seja, a banda disponível é tanto usada para transmitir dados quanto informações de controle. Usamos o programa Qcheck ( http://www.ixiacom.com/products/performance_applications/pa_display.php?skey=pa_q_check) para fazer a medição da taxa de transferência máxima suportada pelo equipamento da X-Micro. Passamos a empregar o Qcheck para realizar os testes de desempenho de rede devido à sua simplicidade de operação, sem que haja alterações no método empregado na medição de desempenho, o que impossibilitaria comparações com nossos testes antigos. Em nossos testes o equipamento atingiu uma taxa de transferência de 3.374,13 KB/s com a criptografia WEP 128 bits habilitada. As taxas médias obtidas foram rigorosamente iguais em ambos os equipamentos 802.11g da X-Micro testados (roteador wireless e placa PCMCIA). O desempenho do equipamento realmente nos impressionou e foi tipicamente 628% superior à média do desempenho de equipamentos wireless padrão 802.11b (até 11 Mbit/s) já testados no Clube do Hardware, como você pode conferir no gráfico abaixo. Além disto, o roteador da X-Micro obteve um desempenho 19,23% maior que o do roteador 802.11g da Gigabyte que testamos (GN-A17GU). Desempenho wireless (em MB/s) Quanto habilitarmos o modo “Super Turbo” do roteador, recurso de compressão de dados por meio do qual o fabricante assegura o desempenho máximo teórico de 108 Mbit/s, tivemos outra surpresa ao constatar uma taxa de transferência de 5993,13 KB/s – um estúpido aumento de 77,62% na taxa de transferência do roteador. Com este modo habilitado, conseguimos transferir a imagem (ISO) de um CD-ROM (de 648 MB) em bem menos de 3 minutos, garantindo que o algoritmo de compressão de dados utilizado pela X-Micro em seu equipamento é realmente bom. Com o roteador operando neste modo, ele foi 7,21% mais rápido do que o roteador Gigabyte GN-A17GU operando em seu modo "Turbo", que possui a mesma finalidade do modo "Super Turbo" presente no roteador da X-Micro. No teste de desempenho do switch integrado ao roteador wireless tivemos mais uma surpresa. O taxa de transferência obtida foi de 11,74 MB/s, ou seja, 93,90 Mbit/s (o teto da medição é 100 Mbit/s). Este desempenho foi similar ao de outros bons roteadores wireless que testamos (Soyo SWKR 1401U1 AerieLink e X-Micro 802.11b) e 34,14% maior que o desempenho do roteador SKW811 da Compex. Desempenho do switch (em MB/s) O desempenho do kit da X-Micro é mais do que suficiente (nota 3). Depois de configurados, os dispositivos testados praticamente não precisaram de gerenciamento. A interface de configuração web é bastante simples e intuitiva. É uma interface muito fácil de usar, que assim como outros equipamentos X-Micro testados pelo Clube do Hardware ainda conta com um modo “assistente” para facilitar ainda mais a administração e/ou configuração inicial. Em nossos testes configuramos o equipamento para funcionar com conexão à Internet bandalarga da Telemar: Velox (ADSL, 256 Kbps). A configuração foi bastante simples e bastou conectar o cabo de rede que sai do modem ADSL do Velox no equipamento. Depois foi só configurar o usuário e senha de acesso com ajuda do assistente de configuração. Apesar de só termos testado com o Velox não há nada que impeça o funcionamento desse equipamento com outras conexões banda larga, ADSL ou não (Vírtua, Speedy, Horizon etc.). Basta que a conexão banda larga disponibilize um cabo Ethernet para conexão com o equipamento da X-Micro. Na conexão testada as máquinas da rede interna (2 PCs por cabo e 2 laptops em wireless PCMCIA) estavam configuradas para obter endereços IP e servidores de DNS por DHCP. A operação do equipamento é simples e mais do que satisfatória (nota 3). Os equipamentos testados passaram por rigorosa avaliação de disponibilidade que objetivou não só determinar a manutenção da conexão Internet em caso de quedas de link ou problemas com o provedor ou a rede mas também determinar se o próprio equipamento estava preparado para funcionar por vários dias seguidos, sem ser desligado, sob diferentes condições climáticas, desde o frio de um ambiente com ar condicionado até o calor de um escritório sem ar condicionado ou ventilador no verão carioca. Em nenhum momento em que o equipamento esteve em testes foi necessário reiniciá-lo por causa de travamentos ou mesmo superaquecimento. Durante um mês sem desligar os equipamentos submetemos o roteador wireless e as placas testadas às diferenças de temperatura causadas por longos períodos de funcionamento em ambiente com ar condicionado seguido de períodos menores de funcionamento em ambiente sem ar condicionado, normalmente encontradas em um pequeno escritório. Infelizmente o equipamento não traz recursos que garantam disponibilidade em caso de queda da conexão com a Internet. A ausência de uma porta RS-232 para conexão com um modem externo fará falta a usuários que trabalham em casa (home office), mas é um problema contornável. A estabilidade e disponibilidade do equipamento são suficientes (nota 2). Todo equipamento wireless deve possuir, no mínimo, recursos que permitam criptografar o tráfego transmitido entre as estações wireless e o access-point. Esse recurso é fundamental porque conexões wireless não limitam a propagação dos dados às dimensões físicas da sala onde o acess-point está instalado. É possível detectar uma rede wireless a partir da rua e com pouco investimento de tempo e dinheiro começar a capturar os dados que estão sendo transmitidos. Em casos mais graves pode ser possível até mesmo estabelecer uma conexão com a rede wireless exatamente como um usuário autorizado faria. O principal recurso de criptografia presente em equipamentos wireless chama-se WEP, sigla para “Wired Equivalent Privacy” (privacidade equivalente a rede cabeada). Como a própria sigla diz, o WEP não nasceu para garantir confidencialidade das informações trafegadas (garantir que apenas as duas máquinas envolvidas numa comunicação conheçam o conteúdo das mensagens trocadas). O WEP foi criado com o objetivo de impedir que usuários externos tenham facilidade para conectar-se a uma rede sem fio, pelo menos fornecer um nível de dificuldade equivalente ao que um usuário não autorizado teria para conectar-se na rede cabeada padrão. Mas exatamente como numa rede cabeada padrão, embora seja complicado para quem não faz parte da rede capturar os dados que trafegam, isso é extremamente fácil para quem está conectado na rede, possibilitando ataques internos. Pudemos perceber que a X-Micro está comprometida com a segurança. O equipamento testado, além do suporte ao protocolo WEP (128 bits e 64 bits, à escolha do usuário), também traz um bom firewall e recursos de controle de acesso baseados no endereço MAC das placas de redes das estações-cliente. Além do WEP a X-Micro introduziu em seus equipamentos 802.11g o recurso de segurança WPA (Wi-Fi Protected Access), que adiciona funcionalidades de segurança para corrigir problemas conhecidos do padrão WEP e elevar o nível geral de segurança do ambiente. Na avaliação de segurança do equipamento sentimos falta de mecanismos de autenticação das estações (padrão IEEE 802.1x). Recursos de autenticação como esse podem dar ao administrador da rede a certeza de que uma estação realmente pertence a um determinado usuário e com base nessa certeza garantir ou negar acessos. Entretanto, como esse recurso normalmente só é utilizado em grandes empresas e o público-alvo do kit testado é SOHO (Small Office Home Office), desconsideramos a falta dessa funcionalidade. Embora tenhamos desconsiderado a falta de recursos de autenticação de estações, não pudemos desconsiderar a ausência de SSL na comunicação HTTP utilizada para configuração e gerência do roteador. Sem SSL nessa comunicação é possível que usuários da rede conectada ao roteador capturem a senha de gerência por meio da qual é possível alterar as configurações do equipamento. Os recursos de segurança oferecidos pelo equipamento e a segurança do equipamento em si são suficientes (nota 2) para as necessidades do público-alvo. O equipamento testado atingiu a nota 9,0 (a nota máxima é 10) no nosso quadro de testes (19 pontos em 21 possíveis). Durante os testes ficamos realmente muito impressionados com o desempenho da rede wireless 802.11g da X-Micro, especialmente com o fantástico recurso “Super Turbo” habilitado, que em nossos testes aumentou a taxa de transferência do equipamento em quase 80%. Realmente impressionante. O roteador wireless 802.11g já vem pronto para compartilhar praticamente qualquer tipo de conexão banda larga e a placa PCMCIA testada mostrou-se 100% compatível com equipamentos 802.11g de outros fabricantes. Se você procura redes wireless simples e configurar e com altíssimo desempenho, pode adquirir os equipamentos IEEE 802.11g da X-Micro sem medo de errar. Não há como se arrepender.
  6. Neste teste verificamos o desempenho do conjunto de soluções da X-Micro para compartilhamento de conexões banda larga usando o protocolo IEEE 802.11b, que permite uma taxa de transferência máxima teórica de 11 Mbit/s usando conexão sem fio. Nós testamos três equipamentos: um roteador (X-Micro 802.11b Broadband Router), uma placa de rede/antena USB (X-Micro 802.11b USB Adapter) e uma placa de rede/antena PCMCIA (X-Micro 802.11b PCMCIA LAN Card). Desta forma, em nosso teste de hoje estaremos testando o desempenho e as funcionalidades destes três equipamentos. Importante notar que os equipamentos da X-Micro testados são vendidos separadamente, isto é, o fabricante não os disponibiliza em um kit, o que não cria nenhum problema nem tampouco torna os produtos da X-Micro testados pelo Clube do Hardware menos interessantes do que produtos de outros fabricantes que são disponibilizados em um kit único. Pelo contrário, o fato de não ser um kit possibilita ao usuário que planeja adquirir a solução wireless da X-Micro ter a liberdade de comprar apenas os equipamentos necessários e, assim, economizar dinheiro. Além da antena wireless, o roteador 802.11b da X-Micro incorpora um switch 10/100 Mbit/s de 4 portas que permite o compartilhamento da conexão banda larga entre quatro micros ligados via cabo Ethernet padrão (CAT5). Apenas com o roteador wireless da X-Micro já é possível compartilhar uma conexão Internet de banda larga em casa ou no escritório, entre micros ligados via cabo Ethernet ou até mesmo laptops com placas wireless de outros fabricantes. Figura 1: Vista frontal do roteador X-Micro 802.11b. Figura 2: Vista traseira do roteador X-Micro, com seu switch 10/100 Mbit/s integrado (quatro portas à direita) e a entrada Ethernet da conexão banda larga (porta à esquerda). Figura 3: Placa wireless PCMCIA. Antena integrada. Figura 4: Placa USB wireless 802.11b da X-Micro. Design compacto e portátil. Ao contrário de outros roteadores wireless já testados aqui no Clube do Hardware, o equipamento da X-Micro já traz antena wireless integrada, como você pode conferir na Figura 2. Isso quer dizer que não é necessário inserir uma placa wireless PCMCIA no equipamento para que ele funcione. No nosso teste utilizamos a placa wireless PCMCIA em um laptop de testes a fim de medir o desempenho dos equipamentos. O custo dos equipamentos testados é de aproximadamente US$ 142,00, nos EUA (US$ 69,00 para o roteador wireless, US$ 40,00 para a placa USB e US$ 33,00 para a placa PCMCIA). Antes de irmos aos nossos testes, vamos dar uma olhada nas principais características desses equipamentos. Switch 10/100 Mbit/s 4 portas Wireless Access-Point 802.11b (11 Mbit/s) Criptografia WEP 64/128 bits Interface de gerência via web Firewall Network Address Translation (NAT) Controle de acesso por endereço MAC DMZ virtual Suporte a PPPoE e PPTP Servidor DHCP Bom desempenho Mais informações: http://www.xmicro.com Preço médio nos EUA*: US$ 142,00 * Pesquisado em http://www.froogle.com no dia da publicação deste teste. Este preço é apenas uma referência para comparação com outras placas. O preço no Brasil será sempre maior, pois devemos adicionar o câmbio, o frete e os impostos, além da margem de lucro do distribuidor e do lojista. Nos testes de equipamentos de rede avaliamos sete critérios básicos: documentação, público-alvo, recursos disponíveis, desempenho, operação, estabilidade e segurança. Para cada um desses critérios será atribuída uma nota, de um a três, significando respectivamente insatisfatório, satisfatório e mais do que satisfatório. As notas de cada critério serão somadas e divididas por sete. Essa média representa a avaliação final geral do equipamento, mas não recomendamos que ela seja usada como único critério na hora de comparar dois ou mais equipamentos similares. Por exemplo, um equipamento pode oferecer melhor estabilidade e outro melhor documentação, mesmo assim ambos podem apresentar avaliação final geral rigorosamente iguais. Para decidir qual dos dois atende melhor a você ou ao seu cliente é preciso identificar qual critério é mais importante dentro da sua realidade. O critério “documentação” refere-se à facilidade ou dificuldade de encontrar informações técnicas, guias de instalação e manuais de gerenciamento do equipamento, além de endereçar a facilidade ou dificuldade de colocar o equipamento testado em operação em um ambiente real. Todo equipamento testado deve dispor de pelo menos um guia de instalação simples de entender e fácil de ler, impresso ou em meio eletrônico (disquete ou cd-rom) acompanhando a caixa do produto. Dentro desse critério também serão avaliados os manuais técnicos fornecidos pelo fabricante, estejam eles em meio eletrônico (disquete, cd-rom ou Internet) ou impressos, acompanhando a caixa do equipamento ou não. O critério “público-alvo” avalia se o equipamento é adequado ou não para o mercado ao qual se destina. Dentro desse critério é avaliado o preço final para o consumidor, a estratégia de marketing adotada pela fabricante e a compatibilidade da apresentação do equipamento com o público-alvo dele (por exemplo, equipamentos para usuários domésticos devem ter interface de gerenciamento simplificada). O critério “recursos” descreve os principais recursos disponíveis no equipamento e qual a função de cada um eles. A nota desse critério baseia-se na avaliação do critério “público-alvo”, já que a quantidade e os recursos disponíveis podem ser suficientes ou insuficientes de acordo com o usuário ao qual se destina o equipamento. O critério “desempenho” avalia a velocidade com que os dados passam pelo equipamento, determinando se a taxa real de transferência de dados suportada pelo equipamento é compatível com o que o fabricante afirma na documentação técnica. Características que, direta ou indiretamente, possam interferir no desempenho da rede quando o equipamento está em uso, como, por exemplo, baixo desempenho de um filtro de pacotes embutido também são avaliados dentro desse critério. O critério “operação” avalia a facilidade ou dificuldade de gerenciar o equipamento quando ele estiver funcionando e em produção. O critério “estabilidade” avalia a disponibilidade do equipamento quando submetido a testes de carga ou estresse de rede. Além disso, neste critério também são avaliadas as funcionalidades de redundância de conexão ou alta-disponibilidade e balanceamento de carga, nos equipamentos que têm essas funcionalidades. O critério “segurança” avalia características gerais de segurança adequadas para uso ao qual o equipamento se destina, de acordo com o público-alvo. Detalhes técnicos dos recursos de segurança disponíveis são testados e avaliados dentro deste critério. Todos os três dispositivos testados acompanham documentação impressa e CD-ROM contendo documentação extra, além de drivers e guias de instalação. O roteador X-Micro testado tem um excelente guia de instalação, ilustrado e fácil de compreender, de forma que mesmo usuários sem experiência com equipamentos wireless conseguiriam configurá-lo sem dificuldades. Embora a instalação das placas de rede wireless testadas (PCMCIA e USB) dependam de drivers especiais, ou seja, o sistema operacional usado nos testes (Windows XP Professional) não as reconhece diretamente, o processo de instalação está bem documentado e também aqui usuários sem experiência com equipamentos wireless conseguiriam configurá-las sem dificuldades. A documentação do produto é suficiente (nota 2). O produto destina-se a usuários de pequenos escritórios (SOHO). O preço do produto nos Estados Unidos é compatível com esse público-alvo e não deixa nada a desejar para a maioria dos concorrentes de qualidade. O marketing, a documentação e o suporte técnico, além da apresentação do kit estão totalmente de acordo com o público ao qual ele se destina. O produto é mais do que suficiente (nota 3) para seu “público-alvo”. O kit vem com todos os recursos que seu público alvo pode precisar e mais um pouco. Os mais interessantes são os de redirecionamento de porta e DMZ virtual, que possibilitam que o usuário hospede servidores públicos com bom nível de segurança atrás do roteador, possibilitando que esses servidores sejam acessados por usuários na Internet. O roteador do kit dispõe de um switch de quatro portas 10/100 Mbit/s full-duplex, uma antena wireless flexível (possibilita movimentar a antena para obter maior ganho e alcance) e uma porta Ethernet para a conexão de banda larga, por meio de um cabo cross-over, como você conferiu na Figura 2. No que diz respeito às funcionalidades de software, o kit é excelente. Traz firewall, redirecionamento de porta (para hospedagem de servidores públicos na rede interna no escritório do usuário) e cliente e servidor de DHCP para as máquinas da rede interna. Entre os recursos wireless devemos destacar a criptografia de conexões wireless por meio de WEP 64 bits ou 128 bits e a disponibilidade do equipamento para atuar como repetidor wireless em vez de ponto de acesso, aumentando o alcance de uma rede wireless já existente no escritório e permitindo que usuários de uma rede wireless já instalada e em operação consigam compartilhar o acesso de banda larga sem fazer alterações em suas estações de trabalho. O kit traz recursos adequados para o seu público-alvo. Os recursos disponíveis são suficientes (nota 2). O desempenho de uma rede Ethernet quase nunca atinge a taxa máxima (100 Mbit/s para fast Ethernet ou 11 Mbit/s para wireless 802.11b). Há inúmeras razões para que isso aconteça: interferência eletromagnética, placas mal configuradas, excesso de tráfego inútil na rede e até mesmo o projeto do equipamento (problemas de hardware ou software), entre outras razões. Além disto, temos que nos lembrar que a taxa de transferência máxima teórica inclui a transmissão de dados de controle (tais como cabeçalhos), ou seja, a banda disponível é tanto usada para transmitir dados quanto informações de controle. Usamos o programa Qcheck ( http://www.ixiacom.com/products/performance_applications/pa_display.php?skey=pa_q_check) para fazer a medição da taxa de transferência máxima suportada pelo equipamento da X-Micro. Passamos a empregar o Qcheck para realizar os testes de desempenho de rede devido à sua simplicidade de operação, sem que haja alterações no método empregado na medição de desempenho, o que impossibilitaria comparações com nossos testes antigos. Em nossos testes de transmissão sem fio o equipamento atingiu uma taxa de transferência de 635 KB/s com a criptografia WEP 128 bits habilitada. As taxas médias obtidas foram rigorosamente iguais em todos os três equipamentos da X-Micro testados (roteador wireless, placa PCMCIA e placa USB). O desempenho do roteador foi o mais alto obtido em todos os equipamentos wireless 802.11b já testados pelo Clube do Hardware e realmente nos impressionou bastante, sendo ligeiramente superior (2,09%) ao do roteador Compex SK811 e 42,70% superior ao do roteador Soyo SWKR 1401U1 (Aerielink). No gráfico nós incluimos também os resultados dos equipamentos 802.11g (54 Mbit/s) apenas como referência. Uma comparação de desempenho entre o equipamento testado em um equipamento 802.11g é injusta. Desempenho wireless (em MB/s) Testamos também o switch integrado ao roteador wireless e tivemos mais uma agradável surpresa. O taxa de transferência obtida foi de 11,71 MB/s, ou seja, 93,68 Mbit/s (o teto da medição é 100 Mbit/s). Este desempenho foi similar ao do roteador SWKR 1401U1 (Aerielink) da Soyo e ao do roteador 802.11g da própria X-Micro, e 33,83% maior do que o roteador SKW811 da Compex. Desempenho do switch (em MB/s) O desempenho do kit da X-Micro é mais do que suficiente (nota 3). Depois de configurados, os dispositivos testados praticamente não precisaram de gerenciamento. A interface de configuração web é simples, e bastante intuitiva. É uma interface muito fácil de usar, que ainda conta com um modo “assistente” para facilitar ainda mais a administração e/ou configuração inicial. Em nossos testes configuramos o equipamento para funcionar com conexão à Internet banda larga da Telemar: Velox (ADSL, 256 Kbps). A configuração foi bastante simples e bastou conectar o cabo de rede que sai do modem ADSL do Velox no equipamento. Depois foi só configurar o usuário e senha de acesso com ajuda do assistente de configuração. Apesar de dessa vez só termos testado com o Velox não há nada que impeça o funcionamento desse equipamento com outras conexões banda larga, ADSL ou não. Basta que a conexão banda larga disponibilize um cabo Ethernet para conexão com o equipamento da X-Micro. Na conexão testada as máquinas da rede interna (2 PCs por cabo, 1 laptop em wireless USB e 1 laptop em wireless PCMCIA) estavam configuradas para obter endereços IP e DNS por DHCP. A operação do equipamento é simples e mais do que satisfatória (nota 3). Os equipamentos testados passaram por rigorosa avaliação de disponibilidade que objetivou não só determinar a manutenção da conexão Internet em caso de quedas de link ou problemas com o provedor ou a rede mas também determinar se o próprio equipamento estava preparado para funcionar por vários dias seguidos, sem ser desligado, sob diferentes condições climáticas, desde o frio de um ambiente com ar condicionado até o calor de um escritório sem ar condicionado ou ventilador no verão carioca. Em nenhum momento em que o equipamento esteve em testes foi necessário reiniciá-lo por causa de travamentos ou mesmo superaquecimento. Durante um mês sem desligar os equipamentos submetemos o roteador wireless e as placas testadas às diferenças de temperatura causadas por longos períodos de funcionamento em ambiente com ar condicionado seguido de períodos menores de funcionamento em ambiente sem ar condicionado, normalmente encontradas em um pequeno escritório. Entretanto, por várias vezes depois de um longo período de operação ininterrupta (24 horas) o equipamento deixou de responder adequadamente à tentativas de acesso para gerência via interface web. O acesso a Internet não foi interrompido nem tampouco a rede tornou-se indisponível, mas para obter novamente acesso à interface web de gerência fomos obrigados a reiniciar o equipamento e o problema repetiu-se 4 vezes. É possível que seja um problema específico do equipamento de amostra para testes que recebemos, mas nos deixou com uma pulga atrás da orelha, especialmente dado o histórico de que tivemos problemas com um primeiro equipamento enviado para testes que foi trocado prontamente pela X-Micro. Como tivemos problemas elétricos com um primeiro modelo do equipamento enviado para avaliação, submetemos o equipamento a testes de ligá-lo e desligá-lo colocando-o e retirando-o da tomada seguidas vezes (43 vezes) em intervalos de tempo que variavam de 1 segundo a 10 segundos. Mesmo depois desse “estresse” todo o equipamento continuou a operar sem apresentar nenhum defeito nem degradação de desempenho. Infelizmente o equipamento não traz recursos que garantam disponibilidade em caso de queda da conexão com a Internet. A ausência de uma porta RS-232 para conexão com um modem externo fará falta a usuários que trabalham em casa (home office), mas é um problema contornável. A estabilidade e disponibilidade do equipamento são suficientes (nota 2). Todo equipamento wireless deve possuir, no mínimo, recursos que permitam criptografar o tráfego transmitido entre as estações wireless e o access-point. Esse recurso é fundamental porque conexões wireless não limitam a propagação dos dados às dimensões físicas da sala onde o acess-point está instalado. É possível detectar uma rede wireless a partir da rua e com pouco investimento de tempo e dinheiro começar a capturar os dados que estão sendo transmitidos. Em casos mais graves pode ser possível até mesmo estabelecer uma conexão com a rede wireless exatamente como um usuário autorizado faria. O principal recurso de criptografia presente em equipamentos wireless chama-se WEP, sigla para “Wired Equivalent Privacy” (privacidade equivalente a rede cabeada). Como a própria sigla diz, o WEP não nasceu para garantir confidencialidade das informações trafegadas (garantir que apenas as duas máquinas envolvidas numa comunicação conheçam o conteúdo das mensagens trocadas). O WEP foi criado com o objetivo de impedir que usuários externos tenham facilidade para conectar-se a uma rede sem fio, pelo menos fornecer um nível de dificuldade equivalente ao que um usuário não autorizado teria para conectar-se na rede cabeada padrão. Mas exatamente como numa rede cabeada padrão, embora seja complicado para quem não faz parte da rede capturar os dados que trafegam, isso é extremamente fácil para quem está conectado na rede, possibilitando ataques internos. Pudemos perceber que a X-Micro está comprometida com a segurança. O equipamento testado, além do suporte ao protocolo WEP (128 bits e 64 bits, à escolha do usuário), também traz um bom firewall e recursos de controle de acesso baseados no endereço MAC das placas de redes das estações-cliente. Na avaliação de segurança do equipamento sentimos falta de mecanismos de autenticação das estações (padrão IEEE 802.1x). Recursos de autenticação como esse podem dar ao administrador da rede a certeza de que uma estação realmente pertence a um determinado usuário e com base nessa certeza garantir ou negar acessos. Entretanto, como esse recurso normalmente só é utilizado em grandes empresas e o público-alvo do kit testado é SOHO (Small Office Home Office), desconsideramos a falta dessa funcionalidade. Embora tenhamos desconsiderado a falta de recursos de autenticação de estações, não pudemos desconsiderar a ausência de SSL na comunicação HTTP utilizada para configuração e gerência do roteador. Sem SSL nessa comunicação é possível que usuários da rede conectada ao roteador capturem a senha de gerência por meio da qual é possível alterar as configurações do equipamento. Os recursos de segurança oferecidos pelo equipamento e a segurança do equipamento em si são suficientes (nota 2) para as necessidades do público-alvo. O equipamento testado atingiu a nota 7,1 (a nota máxima é 10) no nosso quadro de testes (15 pontos em 21 possíveis). Durante os testes ficamos bastante impressionados com o desempenho da rede wireless X-Micro, do switch integrado ao equipamento e com a facilidade de gerência e operação. Além disso, o roteador wireless já vem pronto para compartilhar e gerenciar as conexões de acesso banda larga utilizadas no Brasil, especialmente conexões ADSL, e ainda dá a segurança necessária para usuários domésticos ou de pequenos escritórios, a um preço convidativo. O design simplificado e portátil da placa wireless USB também nos agradou bastante e certamente agradará à maioria dos usuários que podem até mesma usá-la no laptop em substituição à placa PCMCIA que é um pouco maior. Se você possui um pequeno escritório, está pensando em compartilhar o acesso de banda larga que você tem em casa ou planeja melhorar o ambiente do seu home office mas não quer comprar um kit que trará itens que não fazem parte de suas necessidades, a solução wireless 802.11b da X-Micro é uma excelente opção, com boa relação de custo/benefício. Os equipamentos são simples de configurar e gerenciar, trazem os recursos necessários e o roteador wireless X-Micro aumenta consideravelmente a segurança de sua rede, especialmente para usuários de acesso banda larga, ajudando inclusive a prevenir a contaminação por vírus que venham de outras máquinas na Internet.
  7. A Gigabyte vem fabricando, além de excelentes placas-mães e placas de vídeo, também excelentes produtos de rede. Hoje nós testamos o ponto de acesso sem fio (access-point) padrão IEEE 802.11g (até 54 Mbit/s), modelo GN-A17GU. Como precisávamos ter em nosso micro uma placa de rede wireless deste mesmo padrão para podermos testar este equipamento, aproveitamos para testar também a placa de rede PCMCIA 802.11g da Gigabyte (modelo GN-WMAG). Desta forma, neste nosso teste estamos testando, na verdade, dois equipamentos wireless 801.11g da Gigabyte: o ponto de acesso e a placa de rede PCMCIA. Ao contrário dos testes anteriores do Clube do Hardware para equipamentos de rede sem fio, o equipamento GN-A17GU da Gigabyte não é um roteador wireless, mas sim um ponto de acesso (access-point), ou seja, foi desenvolvido para possibilitar que estações sem fio consigam conectar-se a uma rede cabeada já existente e configurada. Por ser baseado na padronização 802.11g o equipamento da Gigabyte é compatível com outros pontos de acesso e placas de rede sem fio de outros fabricantes que sigam a mesma padronização (802.11g). Importante notar que este ponto de acesso só funciona no padrão 802.11g (54 Mbit/s). Se você quiser que ele se comunique com equipamentos de 11 Mbit/s (802.11b) você terá de instalar um cartão PCMCIA em um slot adequado (ver Figura 4 mais adiante). Assim como o ponto de acesso testado, a placa PCMCIA sem fio da Gigabyte também é compatível com equipamentos (roteadores, pontos de acesso e placas de rede) sem fio de outros fabricantes, nas duas padronizações sem-fio mais utilizadas (802.11b e 802.11g). Só que, ao contrário do ponto de acesso, a placa PCMCIA testada é dual, isto é, funciona tanto no padrão 802.11g quanto no padrão 802.11b. Figura 1: Vista frontal do ponto de acesso GN-A17GU. Figura 2: Vista lateral do ponto de acesso 802.11g da Gigabyte, com sua entrada para cabo de força e Ethernet (100 Mbit/s full duplex). Figura 3: Placa wireless PCMCIA. Antena integrada e suporte a redes 802.11b e 802.11g. Figura 4: Slot de expansão com placa PCMCIA de rede sem fio 802.11b inserida. Possibilita funcionamento nas redes 802.11b e 802.11g simultaneamente. O equipamento da Gigabyte já traz antena integrada para a conexão 802.11g, o que torna desnecessária a adição de uma placa PCMCIA no slot de expansão do equipamento. O slot é útil apenas para ampliar a capacidade do equipamento, possibilitando que ele funcione no modo 802.11b e 802.11g simultaneamente. Ou seja, ele não precisa de uma placa PCMCIA para funcionar. Este cartão só é necessário se você quiser que o equipamento funcione ao mesmo tempo no padrão 802.11g e 802.11b. Antes de irmos aos nossos testes, vamos dar uma olhada nas principais características desses equipamentos. Slot de expansão PCMCIA Wireless Access-Point 802.11g (54 Mbit/s) Criptografia WEP 64/128 bits e suporte à WPA Interface de gerência via console própria Compactação de dados que permite desempenho de até 108 Mbit/s Controle de acesso por endereço MAC Suporte à autenticação 802.1x Servidor DHCP Suporte a SNMP Excelente desempenho Mais informações: http://www.gigabyte.com.tw Preço estimado nos EUA*: US$ 110 para o ponto de acesso GN-A17GU e US$ 36 para a placa de rede PCMCIA GN-WMAG. * Pesquisado em http://www.froogle.com no dia da publicação deste teste. Este preço é uma estimativa. Infelizmente não pudemos encontrar o preço do ponto de acesso sem fio testado. Baseado nos preços de produtos concorrentes estimamos o preço do produto para o mercado americano. Há possibilidade de termos errado em nossa estimativa. Os preços indicados são uma referência para comparação com outras placas. O preço no Brasil será sempre maior, pois devemos adicionar o câmbio, o frete e os impostos, além da margem de lucro do distribuidor e do lojista. Nos testes de equipamentos de rede avaliamos sete critérios básicos: documentação, público-alvo, recursos disponíveis, desempenho, operação, estabilidade e segurança. Para cada um desses critérios será atribuída uma nota, de um a três, significando respectivamente insatisfatório, satisfatório e mais do que satisfatório. As notas de cada critério serão somadas e divididas por sete. Essa média representa a avaliação final geral do equipamento, mas não recomendamos que ela seja usada como único critério na hora de comparar dois ou mais equipamentos similares. Por exemplo, um equipamento pode oferecer melhor estabilidade e outro melhor documentação, mesmo assim ambos podem apresentar avaliação final geral rigorosamente iguais. Para decidir qual dos dois atende melhor a você ou ao seu cliente é preciso identificar qual critério é mais importante dentro da sua realidade. O critério “documentação” refere-se à facilidade ou dificuldade de encontrar informações técnicas, guias de instalação e manuais de gerenciamento do equipamento, além de endereçar a facilidade ou dificuldade de colocar o equipamento testado em operação em um ambiente real. Todo equipamento testado deve dispor de pelo menos um guia de instalação simples de entender e fácil de ler, impresso ou em meio eletrônico (disquete ou cd-rom) acompanhando a caixa do produto. Dentro desse critério também serão avaliados os manuais técnicos fornecidos pelo fabricante, estejam eles em meio eletrônico (disquete, cd-rom ou Internet) ou impressos, acompanhando a caixa do equipamento ou não. O critério “público-alvo” avalia se o equipamento é adequado ou não para o mercado ao qual se destina. Dentro desse critério é avaliado o preço final para o consumidor, a estratégia de marketing adotada pela fabricante e a compatibilidade da apresentação do equipamento com o público-alvo dele (por exemplo, equipamentos para usuários domésticos devem ter interface de gerenciamento simplificada). O critério “recursos” descreve os principais recursos disponíveis no equipamento e qual a função de cada um eles. A nota desse critério baseia-se na avaliação do critério “público-alvo”, já que a quantidade e os recursos disponíveis podem ser suficientes ou insuficientes de acordo com o usuário ao qual se destina o equipamento. O critério “desempenho” avalia a velocidade com que os dados passam pelo equipamento, determinando se a taxa real de transferência de dados suportada pelo equipamento é compatível com o que o fabricante afirma na documentação técnica. Características que, direta ou indiretamente, possam interferir no desempenho da rede quando o equipamento está em uso, como, por exemplo, baixo desempenho de um filtro de pacotes embutido também são avaliados dentro desse critério. O critério “operação” avalia a facilidade ou dificuldade de gerenciar o equipamento quando ele estiver funcionando e em produção. O critério “estabilidade” avalia a disponibilidade do equipamento quando submetido a testes de carga ou estresse de rede. Além disso, neste critério também são avaliadas as funcionalidades de redundância de conexão ou alta-disponibilidade e balanceamento de carga, nos equipamentos que têm essas funcionalidades. O critério “segurança” avalia características gerais de segurança adequadas para uso ao qual o equipamento se destina, de acordo com o público-alvo. Detalhes técnicos dos recursos de segurança disponíveis são testados e avaliados dentro deste critério. Os dois dispositivos testados acompanham documentação impressa e CD-ROM contendo documentação extra, além de drivers e guias de instalação ilustrados. O manual que acompanha o ponto de acesso GN-A17GU é um dos mais completos com os quais já tivemos contato. Endereça todos os detalhes de configuração do equipamento, que possui funcionalidades avançadas. Com a riqueza de detalhes da documentação, mesmo usuários sem experiência com equipamentos wireless conseguirão configurar a placa PCMCIA e o ponto de acesso sozinhos. Além disso o manual que acompanha o produto cobre inteiramente todas as suas funcionalidades, facilitando a vida de administradores e técnicos mais experientes. A instalação da rede wireless testada (PCMCIA) depende de drivers e software especiais, ou seja, o sistema operacional usado nos testes (Windows XP Professional) não reconhece os equipamentos nativamente. Mas todos os drivers e softwares necessários são fornecidos pela Gigabyte em um CD-ROM que acompanha a placa. O processo de instalação dos drivers e software da placa de rede PCMCIA está muito bem documentado. A documentação do produto é mais do que suficiente (nota 3). O produto destina-se a empresas de pequeno e médio porte (SMB). O preço do produto nos Estados Unidos é barato para esse público-alvo e não deixa nada a desejar para a maioria dos concorrentes de qualidade. O marketing, a documentação e o suporte técnico, além da apresentação do kit estão totalmente de acordo com o público ao qual ele se destina. O produto é mais do que suficiente (nota 3) para seu “público-alvo”. O kit vem com todos os recursos que seu público alvo pode precisar e mais um pouco. O mais interessante é o recurso de Turbo, que possibilitam que o usuário tenha o dobro do desempenho máximo teórico (2x 54 Mbit/s = 108 Mbit/s). O slot de expansão do equipamento suporta a placa de rede sem fio PCMCIA GN-WLMA101, o que possibilita que o ponto de acesso funcione nas padronizações 802.11b e 802.11g simultaneamente. No que diz respeito às funcionalidades de software, o kit é excelente. Traz filtragem por endereço MAC, servidor DHCP, suporte a gerência SNMP, suporte a STP (redundância de caminho de comunicação entre estações), suporte a conexões sem fio ponto-a-ponto e multiponto e suporte a WDS (sistema por meio do qual é possível configurar um ponto de acesso para falar apenas com outros pontos de acesso, com objetivo de aumentar o alcance de uma rede sem fio sem sofrer interferência de outras estações). Entre os recursos wireless devemos destacar a criptografia de conexões wireless por meio de WEP 64 bits, 128 bits e 152 bits e a disponibilidade do equipamento para atuar como repetidor wireless em vez de ponto de acesso, aumentando o alcance de uma rede wireless já existente na empresa e permitindo que usuários de uma rede wireless já instalada e em operação consigam compartilhar o acesso de banda larga sem fazer alterações em suas estações de trabalho. Além disso, por se tratar de um equipamento baseado no padrão 802.11g, mais recente, o roteador e a placa de rede wireless PCMCIA testados trazem recursos de segurança WPA (Wi-Fi Protected Access), que resolve problemas de segurança do padrão WEP e introduz melhorias que facilitam a troca de chaves criptográficas. O kit traz recursos adequados para o seu público-alvo. Os recursos disponíveis são mais do que suficientes (nota 3). O desempenho de uma rede Ethernet quase nunca atinge a taxa máxima (100 Mbit/s para fast Ethernet ou 54 Mbit/s para wireless 802.11g). Há inúmeras razões para que isso aconteça: interferência eletromagnética, placas mal configuradas, excesso de tráfego inútil na rede e até mesmo o projeto do equipamento (problemas de hardware ou software), entre outras razões. Além disto, temos que nos lembrar que a taxa de transferência máxima teórica inclui a transmissão de dados de controle (tais como cabeçalhos), ou seja, a banda disponível é tanto usada para transmitir dados quanto informações de controle. Usamos o programa Qcheck ( http://www.ixiacom.com/products/performance_applications/pa_display.php?skey=pa_q_check) para fazer a medição da taxa de transferência máxima suportada pelo equipamento da Gigabyte. Passamos a empregar o Qcheck para realizar os testes de desempenho de rede devido à sua simplicidade de operação, sem que haja alterações no método empregado na medição de desempenho, o que impossibilitaria comparações com nossos testes antigos. Em nossos testes o equipamento atingiu uma taxa de transferência de 2.830 KB/s com a criptografia WEP 128 bits habilitada. As taxas médias obtidas foram rigorosamente iguais nos dois equipamentos testados (roteador wireless e placa PCMCIA). O desempenho do equipamento realmente nos impressionou e foi tipicamente 527% superior à média do desempenho de equipamentos wireless padrão 802.11b (até 11 Mbit/s) já testados aqui no Clube do Hardware, como você pode conferir no gráfico abaixo. Por outro lado o desempenho do equipamento foi 16% inferior aos equipamentos X-Micro padrão 802.11g que testamos. Desempenho wireless (em MB/s) Ao habilitarmos o modo “Turbo”, recurso de compressão de dados por meio do qual o fabricante assegura o desempenho máximo teórico de 108 Mbit/s, tivemos outra surpresa ao constatar uma taxa de transferência de 5.590 KB/s, que nos permitiu transferir a imagem (ISO) de um CD-ROM (648 MB) em bem menos de 3 minutos, garantindo que o algoritmo de compressão de dados utilizado pela Gigabyte em seu equipamento é realmente bom. O modo “Turbo” deu um ganho de 198% de desempenho sobre a taxa de transferência típica que obtivemos sem esse modo habilitado, mas foi 7% inferior ao desempenho obtido com o modo Turbo do equipamento 802.11g da X-Micro. O desempenho do ponto de acesso da Gigabyte é mais do que suficiente (nota 3). Depois de configurados, os dispositivos testados praticamente não precisaram de gerenciamento. A interface de configuração via software proprietário da Gigabyte não é muito simples, mas é organizada. É uma interface agradável de usar, que assim como outros equipamentos Gigabyte testados pelo Clube do Hardware. A instalação da console de gerência do equipamento, em uma estação Microsoft Windows XP Professional transcorreu sem problemas e a configuração do equipamento foi realizada em menos de 10 minutos, com ajuda do manual. Na conexão testada as máquinas da rede interna (1 PCs por cabo e 1 laptops em wireless PCMCIA) estavam configuradas para obter endereços IP e servidores de DNS por DHCP, do servidor DHCP disponível no equipamento. A operação do equipamento é simples e mais do que satisfatória (nota 3). Os equipamentos testados passaram por rigorosa avaliação de disponibilidade que objetivou não só determinar a manutenção da conexão Internet em caso de quedas de link ou problemas com o provedor ou a rede mas também determinar se o próprio equipamento estava preparado para funcionar por vários dias seguidos, sem ser desligado, sob diferentes condições climáticas, desde o frio de um ambiente com ar condicionado até o calor de um escritório sem ar condicionado ou ventilador no verão carioca. Em nenhum momento em que o equipamento esteve em testes foi necessário reiniciá-lo por causa de travamentos ou mesmo superaquecimento. Durante um mês sem desligar os equipamentos submetemos o roteador wireless e as placas testadas às diferenças de temperatura causadas por longos períodos de funcionamento em ambiente com ar condicionado seguido de períodos menores de funcionamento em ambiente sem ar condicionado, normalmente encontradas em um pequeno escritório. A estabilidade e disponibilidade do equipamento são mais do que suficientes (nota 3). Todo equipamento wireless deve possuir, no mínimo, recursos que permitam criptografar o tráfego transmitido entre as estações wireless e o access-point. Esse recurso é fundamental porque conexões wireless não limitam a propagação dos dados às dimensões físicas da sala onde o acess-point está instalado. É possível detectar uma rede wireless a partir da rua e com pouco investimento de tempo e dinheiro começar a capturar os dados que estão sendo transmitidos. Em casos mais graves pode ser possível até mesmo estabelecer uma conexão com a rede wireless exatamente como um usuário autorizado faria. O principal recurso de criptografia presente em equipamentos wireless chama-se WEP, sigla para “Wired Equivalent Privacy” (privacidade equivalente a rede cabeada). Como a própria sigla diz, o WEP não nasceu para garantir confidencialidade das informações trafegadas (garantir que apenas as duas máquinas envolvidas numa comunicação conheçam o conteúdo das mensagens trocadas). O WEP foi criado com o objetivo de impedir que usuários externos tenham facilidade para conectar-se a uma rede sem fio, pelo menos fornecer um nível de dificuldade equivalente ao que um usuário não autorizado teria para conectar-se na rede cabeada padrão. Mas exatamente como numa rede cabeada padrão, embora seja complicado para quem não faz parte da rede capturar os dados que trafegam, isso é extremamente fácil para quem está conectado na rede, possibilitando ataques internos. Pudemos perceber que a Gigabyte está comprometida com a segurança. O equipamento testado, além do suporte ao protocolo WEP (152 bits, 128 bits e 64 bits, à escolha do usuário), também traz recursos de controle de acesso baseados no endereço MAC das placas de redes das estações-cliente. Além do WEP a Gigabyte introduziu em seus equipamentos 802.11g o recurso de segurança WPA (Wi-Fi Protected Access), que adiciona funcionalidades de segurança para corrigir problemas conhecidos do padrão WEP e elevar o nível geral de segurança do ambiente. O equipamento testado ainda traz suporte à autenticação das estações (padrão IEEE 802.1x). Recursos de autenticação como esse podem dar ao administrador da rede a certeza de que uma estação realmente pertence a um determinado usuário e com base nessa certeza garantir ou negar acessos. Os recursos de segurança oferecidos pelo equipamento e a segurança do equipamento em si são suficientes (nota 2) para as necessidades do público-alvo. O equipamento testado atingiu a nota 9,5 (a nota máxima é 10) no nosso quadro de testes (20 pontos em 21 possíveis). O equipamento nos encantou desde o primeiro momento. É robusto, poderoso e traz recursos e opções que normalmente só encontramos em equipamentos caros da Cisco ou da Proxim. Se você está disposto a adicionar uma “perna” wireless na sua rede cabeada atualmente em funcionamento, não pense duas vezes e adquira logo o GN-A17GU da Gigabyte e a placa GN-WMAG Dual-mode. Para quem ainda não tem uma placa de rede wireless a GN-WMAG é uma excelente opção para entrar no mundo wireless: barata, simples de configurar e compatível com o padrão 802.11b e 802.11g. Certamente vai ser a sua placa de rede wireless por um bom tempo sem necessidade de atualização.
  8. O Gigabyte Storage + Wireless LAN Card (GN-WLBZ201) é uma placa de rede wireless padrão 802.11b (até 11 Mbit/s) feita para ser carregada no bolso, isso porque além de placa de rede wireless ela é também um dispositivo de armazenamento USB com capacidade para até 128 MB (testamos o modelo de 32 MB). Seu design é bastante conveniente para uma placa de rede wireless de bolso, mas é um pouco maior do que a maioria dos dispositivos de armazenamento USB encontrados no mercado (Figura 1). Figura 1: Gigabyte Storage + Wireless LAN Card. Dimensões de uma caneta. Figura 2: O equipamento sem a tampa. O dispositivo acompanha software que permite transformar o PC no qual a placa está ligada em um access point para que outras estações wireless tenham acesso à rede cabeada de uma empresa ou residência. Não é, entretanto, um recurso exclusivo. Qualquer PC com uma placa de rede wireless pode ser transformado em access point, bastando fazer pequenas alterações nas configurações de rede do sistema operacional. A vantagem no caso do equipamento da Gigabyte que testamos é que o software já vem junto, tornando o processo muito mais simples. Nossa principal preocupação antes de testarmos o dispositivo era em relação ao seu alcance. O equipamento testado (modelo GN-WLBZ201) não permite conexão com uma antena externa e não possui um recurso chamado auto-fallback, que permite estender o alcance de uma rede wireless reduzindo a taxa de transmissão da rede (normalmente cai de 11 Mbit/s para 5,5 Mbit/s, 2 Mbit/s ou 1 Mbit/s). A ausência de um conector para antena externa não afeta os usuários que planejam utilizar o equipamento para conectar-se a um access point já existente ou a um outro micro em conexão ponto a ponto wireless. Mas quem planeja usar o equipamento para servir de access point pode ser obrigado a ter sua rede com alcance bastante reduzido. Outro ponto negativo para quem planeja empregar o equipamento como access point é a dificuldade de instalá-lo no ponto de melhor visada do ambiente, já que ele necessariamente deverá estar conectado a um PC. Essa limitação pode ser parcialmente contornada com um cabo extensor USB, mas não totalmente eliminada. Após conectado à interface USB o equipamento pode ser rotacionado em qualquer direção, a fim de adaptar-se a mesas pequenas e melhorar a transmissão e recepção dos dados, como mostramos na Figura 3. Figura 3: Capacidade de rotação da Gigabyte Storage + Wireless LAN Card. Nós recebemos este produto antes dele ter sido lançado no mercado e, por este motivo, não temos idéia de qual será o seu preço quando ele chegar ao mercado. Antes de irmos aos nossos testes, vamos dar uma olhada nas principais características deste produto. Wireless LAN 802.11b, 11 Mbit/s Acompanha software que o transforma em um access point. Criptografia WEP 64/128 bits Plug and Play Armazenamento de 32 MB a 128 MB, dependendo da versão. Display com LEDs que indicam o sinal Rotação do dispositivo, melhorando o sinal Proteção dos dados armazenados por senha Preço médio nos EUA: Não disponível. Mais informações: http://www.gigabyte.com.tw. Nos testes de equipamentos de rede avaliamos sete critérios básicos: documentação, público-alvo, recursos disponíveis, desempenho, operação, estabilidade e segurança. Para cada um desses critérios será atribuída uma nota, de um a três, significando respectivamente insatisfatório, satisfatório e mais do que satisfatório. As notas de cada critério serão somadas e divididas por sete. Essa média representa a avaliação final geral do equipamento, mas não recomendamos que ela seja usada como único critério na hora de comparar dois ou mais equipamentos similares. Por exemplo, um equipamento pode oferecer melhor estabilidade e outro melhor documentação, mesmo assim ambos podem apresentar avaliação final geral rigorosamente iguais. Para decidir qual dos dois atende melhor a você ou ao seu cliente é preciso identificar qual critério é mais importante dentro da sua realidade. O critério “documentação” refere-se à facilidade ou dificuldade de encontrar informações técnicas, guias de instalação e manuais de gerenciamento do equipamento, além de endereçar a facilidade ou dificuldade de colocar o equipamento testado em operação em um ambiente real. Todo equipamento testado deve dispor de pelo menos um guia de instalação simples de entender e fácil de ler, impresso ou em meio eletrônico (disquete ou CD-ROM) acompanhando a caixa do produto. Dentro desse critério também serão avaliados os manuais técnicos fornecidos pelo fabricante, estejam eles em meio eletrônico (disquete, CD-ROM ou Internet) ou impressos, acompanhando a caixa do equipamento ou não. O critério “público-alvo” avalia se o equipamento é adequado ou não para o mercado ao qual se destina. Dentro desse critério é avaliado o preço final para o consumidor, a estratégia de marketing adotada pela fabricante e a compatibilidade da apresentação do equipamento com o público-alvo dele (por exemplo, equipamentos para usuários domésticos devem ter interface de gerenciamento simplificada). O critério “recursos” descreve os principais recursos disponíveis no equipamento e qual a função de cada um eles. A nota desse critério baseia-se na avaliação do critério “público-alvo”, já que a quantidade e os recursos disponíveis podem ser suficientes ou insuficientes de acordo com o usuário ao qual se destina o equipamento. O critério “desempenho” avalia a velocidade com que os dados passam pelo equipamento, determinando se a taxa real de transferência de dados suportada pelo equipamento é compatível com o que o fabricante afirma na documentação técnica. Características que, direta ou indiretamente, possam interferir no desempenho da rede quando o equipamento está em uso, como, por exemplo, baixo desempenho de um filtro de pacotes embutido também são avaliados dentro desse critério. O critério “operação” avalia a facilidade ou dificuldade de gerenciar o equipamento quando ele estiver funcionando e em produção. O critério “estabilidade” avalia a disponibilidade do equipamento quando submetido a testes de carga ou estresse de rede. Além disso, neste critério também são avaliadas as funcionalidades de redundância de conexão ou alta-disponibilidade e balanceamento de carga, nos equipamentos que têm essas funcionalidades. O critério “segurança” avalia características gerais de segurança adequadas para uso ao qual o equipamento se destina, de acordo com o público-alvo. Detalhes técnicos dos recursos de segurança disponíveis são testados e avaliados dentro deste critério. Por ser uma amostra pré-produção, isto é, enviada antes de a Gigabyte ter lançado o produto comercialmente, ele não veio com nenhuma documentação, o que é normal em casos como este. Infelizmente, no CD-ROM que acompanha o produto também não veio nenhuma documentação extra, apenas os drivers e softwares de instalação estavam lá. Embora tenhamos sentido falta de documentação, ela praticamente não foi necessária durante os nossos testes. Entretanto, usuários inexperientes podem encontrar dificuldades para instalar o produto. Isso nos ajudou a determinar que a documentação fornecida é insuficiente (nota 1), com a ressalva de que o modelo que testamos é uma amostra pré-produção e que o modelo final que será posto no mercado deve vir com os manuais e guias de instalação necessários. O produto destina-se ao usuário final, seja para uso doméstico ou no ambiente de trabalho. Infelizmente, como o produto ainda não foi lançado, não conseguimos encontrar revendedores que já estejam trabalhando com o produto para saber se o preço é compatível com o o que o equipamento oferece. Acreditamos que um preço justo para o equipamento esteja compreendido entre US$ 35 e US$ 70 (dependendo da quantidade de memória disponível). Teremos, então, de aguardar a chegada deste produto ao mercado para verificar se ele corresponde à esta expectativa ou não. O marketing, o suporte técnico e a apresentação do produto são adequados para o seu público alvo, embora a documentação tenha deixado a desejar, pelo motivo exposto anteriormente. No critério “público-alvo” o produto é suficiente (nota 2). Para uma placa wireless o dispositivo testado tem muito mais recursos do que o necessário. Armazenamento de até 128 MB, software para transformá-lo facilmente em um access point e ainda por cima é totalmente plug & play. Recursos básicos como suporte a WEP (em 64 bits e 128 bits) e avançados como a possibilidade de rotação do equipamento e display indicando o sinal (Figura 4) da rede wireless também estão presentes, fazendo com que o os recursos do equipamento sejam mais do que suficientes (nota 3). Figura 4: LEDs indicam o sinal da rede wireless. O desempenho de uma rede Ethernet quase nunca atinge a taxa máxima (100 Mbit/s para fast Ethernet ou 11 Mbit/s para wireless 802.11b). Há inúmeras razões para que isso aconteça: interferência eletromagnética, placas mal configuradas, excesso de tráfego inútil na rede e até mesmo o projeto do equipamento (problemas de hardware ou software), entre outras razões. Além disto, temos de nos lembrar que a taxa de transferência máxima teórica inclui a transmissão de dados de controle (tais como cabeçalhos), ou seja, a banda disponível é tanto usada para transmitir dados quanto informações de controle. Para testar o desempenho do Gigabyte Sotrage + Wireless LAN card fechamos uma conexão de rede com um access point Dell Truemobile Wireless 1170 (11 Mbit/s, chipset Intel, antena externa dupla, 6 dBi). O access point foi conectado a uma estação Windows XP por meio de um cabo cross-over certificado da Cisco (a mesma estação e cabo usados em nossos outros testes de equipamento wireless). Usamos o programa Qcheck ( http://www.ixiacom.com/products/ performance_applications/pa_display.php?skey=pa_q_check) para fazer a medição da taxa de transferência máxima suportada pelo equipamento da Gigabyte. Passamos a empregar o Qcheck para realizar os testes de desempenho de rede devido à sua simplicidade de operação, sem que haja alterações no método empregado na medição de desempenho, o que impossibilitaria comparações com nossos testes antigos. Em nossos testes o equipamento atingiu uma taxa de transferência de 448 KB/s com a criptografia WEP 128 bits habilitada. Embora ele tenha atingido uma taxa de transferência máxima 27,97% inferior ao roteador wireless SK811 da Compex, seu desempenho foi praticamente o mesmo do roteador wireless Aerielink SWKR 1401U1 da Soyo, conforme você pode conferir no gráfico abaixo. Desempenho wireless (em MB/s) Como dessa vez o equipamento testado também é um dispositivo de armazenamento USB (de 32 MB de capacidade, no caso da amostra que recebemos), realizamos também testes de desempenho de leitura e escrita de dados no dispositivo. Para esse teste empregamos o Sandra 2004 versão 9.89 (http://www.sisoftware.net). Ao trabalharmos com arquivos de 2 MB o dispositivo testado alcançou 922 KB/s para leitura e 478 KB/s para escrita dos dados. O desempenho do Gigabyte Storage + Wireless LAN Card foi suficiente (nota 2). Depois de configurados, os dispositivos testados praticamente não precisaram de gerenciamento. O equipamento é realmente plug and play e as interfaces de configuração, tanto a do sistema operacional quanto a do software fornecido com o equipamento são simples. Uma vez instalado e em funcionamento não há mais nada a mexer na na configuração e mesmo depois de desconectar e conectar novamente o usuário continua operando normalmente como se nada tivesse acontecido. Nos espantou apenas o fato do equipamento esquentar muito durante a operação. Em nossas medições (realizadas com um termômetro caseiro de pouca precisão) o equipamento atingiu a temperatura de 40,8o C, após uma hora de uso. A operação do equipamento é simples e mais do que satisfatória (nota 3). Os equipamentos testados passaram por rigorosa avaliação de disponibilidade que objetivou não só determinar a manutenção da conexão Internet em caso de quedas de link ou problemas com o provedor ou a rede, mas também determinar se o próprio equipamento estava preparado para funcionar por vários dias seguidos, sem ser desligado, sob diferentes condições climáticas, desde o frio de um ambiente com ar condicionado até o calor de um escritório sem ar condicionado ou ventilador no verão carioca. O equipamento não deixou a rede indisponível em nenhum momento, mesmo tendo esquentado muito durante sua operação. A transmissão de 2 GB de dados foi realizada durante um longo período sem que o fluxo de dados fosse interrompido em nenhum instante. Apesar de, como dissemos na introdução, o dispositivo testado não dispor do recurso de auto fall-back, conseguimos que ele funcionasse a uma distância bastante satisfatória (aproximadamente 20 metros, com paredes de alvenaria no entre a base e o equipamento) da base sem que a conexão fosse interrompida. A estabilidade e disponibilidade do equipamento são mais do que suficientes (nota 3) para uma placa de rede wireless. Qualquer equipamento wireless deve possuir, no mínimo, recursos que permitam criptografar o tráfego transmitido entre as estações wireless e o access point. Esse recurso é fundamental porque conexões wireless não limitam a propagação dos dados às dimensões físicas da sala onde o acess point está instalado. É possível detectar uma rede wireless a partir da rua e com pouco investimento de tempo e dinheiro começar a capturar os dados que estão sendo transmitidos. Em casos mais graves, pode ser possível até mesmo estabelecer uma conexão com a rede wireless exatamente como um usuário autorizado faria. O principal recurso de criptografia presente em equipamentos wireless chama-se WEP, sigla para “Wired Equivalent Privacy” (privacidade equivalente a rede cabeada). Como a própria sigla diz, o WEP não nasceu para garantir confidencialidade das informações trafegadas (garantir que apenas as duas máquinas envolvidas numa comunicação conheçam o conteúdo das mensagens trocadas). O WEP foi criado com o objetivo de impedir que usuários externos tenham facilidade para conectar-se a uma rede sem fio, pelo menos fornecer um nível de dificuldade equivalente ao que um usuário não autorizado teria para conectar-se na rede cabeada padrão. Mas exatamente como numa rede cabeada padrão, embora seja complicado para quem não faz parte da rede capturar os dados que trafegam, isso é extremamente fácil para quem está conectado na rede, possibilitando ataques internos. O Gigabyte Storage + Wireless LAN Card suporta criptografia WEP 128 bits e 64 bits. Além disso, os dados armazenados na memória do equipamento testado podem ser protegidos por meio de uma senha de modo bastante simples. Os recursos de segurança oferecidos pelo equipamento e a segurança do equipamento em si são suficientes (nota 2) para as necessidades do seu público-alvo. O equipamento testado atingiu a nota 7,2 (a nota máxima é 10) no nosso quadro de testes (16 pontos em 21 possíveis). Nos agradou bastante a portabilidade do equipamento e a convergência de duas tecnologias (wireless e USB storage). Com o Gigabyte Storage + Wireless LAN Card você pode ter seus dados e sua rede wireless no bolso, sempre com você. O produto certamente vai agradar muito a quem está pensando em comprar uma placa de rede wireless 802.11b ou um dispositivo de armazenamento USB.
  9. O Soyo Aerielink Wireless Kit SWKR 1401U1 é um pacote que já traz, em uma única caixa, uma placa wireless PCMCIA (Figura 4), uma placa wireless USB (Figura 3) e um roteador DSL/Ethernet (Figura 2) com switch 10/100 Mbit/s integrado. O equipamento é baseado na padronização IEEE 802.11b, que possibilita desempenho máximo teórico de 11 Mbit/s para a comunicação sem fio. Os três principais itens do kit (o kit inclui também, além dos três equipamentos já mencionados, cabos, fonte de alimentação e manuais) podem ser adquiridos separadamente, mas a idéia do fabricante de distribui-los juntos em um único pacote traz duas vantagens para o usuário final: preço e simplicidade. Você já tem tudo o que precisa para compartilhar sua conexão banda larga, em casa ou no escritório, a um preço menor do que se estivesse comprando as placas e o roteador separadamente. Figura 1: Componentes do kit Aerielink SWKR 1401U1 da Soyo. Figura 2: Vista traseira do roteador com seu switch integrado. Figura 3: Placa wireless USB, elemento para conectar um micro ao equipamento principal, sem a necessidade de passar cabos pela casa ou escritório. Figura 4: Placa wireless PCMCIA. A placa PCMCIA do kit é inserida no slot PCMCIA do roteador principal e serve para tornar a comunicação wireless possível, agindo também como antena. Esta placa nada mais é do que uma placa PCMCIA Wireless 128 bits padrão. A necessidade de inserir um cartão PCMCIA wireless para habilitar a comunicação 802.11 no roteador torna-o facilmente expansível para outros padrões no futuro, como o 802.11a ou 802.11g. Figura 4: Placa PCMCIA sendo instalada no roteador. O custo do pacote é de aproximadamente US$ 53,00, nos EUA, um preço extremamente atraente. Antes de irmos aos nossos testes, vamos dar uma olhada nas principais características deste kit. Switch 10/100 Mbit/s 4 portas Wireless Access-Point 802.11b (11 Mbit/s) Criptografia WEP 64/128 bits Interface de gerência via web ou telnet Firewall Network Address Translation (NAT) VPN pass through Suporte a PPPoE e PPTP Servidor DHCP Conexão a um modem externo para redundância Filtragem por MAC Address Bom desempenho Mais informações: http://www.soyola.com Preço médio nos EUA*: US$ 53,00 * Pesquisado em http://www.pricewatch.com no dia da publicação deste teste. Este preço é apenas uma referência para comparação com outras placas. O preço no Brasil será sempre maior, pois devemos adicionar o câmbio, o frete e os impostos, além da margem de lucro do distribuidor e do lojista. Nos testes de equipamentos de rede avaliamos sete critérios básicos: documentação, público-alvo, recursos disponíveis, desempenho, operação, estabilidade e segurança. Para cada um desses critérios será atribuída uma nota, de um a três, significando respectivamente insatisfatório, satisfatório e mais do que satisfatório. As notas de cada critério serão somadas e divididas por sete. Essa média representa a avaliação final geral do equipamento, mas não recomendamos que ela seja usada como único critério na hora de comparar dois ou mais equipamentos similares. Por exemplo, um equipamento pode oferecer melhor estabilidade e outro melhor documentação, mesmo assim ambos podem apresentar avaliação final geral rigorosamente iguais. Para decidir qual dos dois atende melhor a você ou ao seu cliente é preciso identificar qual critério é mais importante dentro da sua realidade. O critério “documentação” refere-se à facilidade ou dificuldade de encontrar informações técnicas, guias de instalação e manuais de gerenciamento do equipamento, além de endereçar a facilidade ou dificuldade de colocar o equipamento testado em operação em um ambiente real. Todo equipamento testado deve dispor de pelo menos um guia de instalação simples de entender e fácil de ler, impresso ou em meio eletrônico (disquete ou cd-rom) acompanhando a caixa do produto. Dentro desse critério também serão avaliados os manuais técnicos fornecidos pelo fabricante, estejam eles em meio eletrônico (disquete, cd-rom ou Internet) ou impressos, acompanhando a caixa do equipamento ou não. O critério “público-alvo” avalia se o equipamento é adequado ou não para o mercado ao qual se destina. Dentro desse critério é avaliado o preço final para o consumidor, a estratégia de marketing adotada pela fabricante e a compatibilidade da apresentação do equipamento com o público-alvo dele (por exemplo, equipamentos para usuários domésticos devem ter interface de gerenciamento simplificada). O critério “recursos” descreve os principais recursos disponíveis no equipamento e qual a função de cada um eles. A nota desse critério baseia-se na avaliação do critério “público-alvo”, já que a quantidade e os recursos disponíveis podem ser suficientes ou insuficientes de acordo com o usuário ao qual se destina o equipamento. O critério “desempenho” avalia a velocidade com que os dados passam pelo equipamento, determinando se a taxa real de transferência de dados suportada pelo equipamento é compatível com o que o fabricante afirma na documentação técnica. Características que, direta ou indiretamente, possam interferir no desempenho da rede quando o equipamento está em uso, como, por exemplo, baixo desempenho de um filtro de pacotes embutido também são avaliados dentro desse critério. O critério “operação” avalia a facilidade ou dificuldade de gerenciar o equipamento quando ele estiver funcionando e em produção. O critério “estabilidade” avalia a disponibilidade do equipamento quando submetido a testes de carga ou estresse de rede. Além disso, neste critério também são avaliadas as funcionalidades de redundância de conexão ou alta-disponibilidade e balanceamento de carga, nos equipamentos que têm essas funcionalidades. O critério “segurança” avalia características gerais de segurança adequadas para uso ao qual o equipamento se destina, de acordo com o público-alvo. Detalhes técnicos dos recursos de segurança disponíveis são testados e avaliados dentro deste critério. A caixa do produto acompanha documentação impressa e em formato eletrônico descrevendo o kit em detalhes, incluindo os profundamente técnicos. O principal documento que acompanha o kit é um guia de instalação rápida do produto, fácil de entender e com fotos ilustrando a instalação passo-a-passo do roteador e da placa wireless com drivers necessários, de forma que qualquer pessoa com pelo menos dois neurônios consiga instalar. A interface web de configuração do roteador é bastante simples e, para os usuários que não querem ter acesso a recursos avançados, existe um assistente de configuração rápida que coloca o kit funcionando em apenas 5 minutos. Para acessar a interface de configuração web basta apontar o seu navegador para o endereço IP configurado de fábrica para o equipamento (192.168.1.1) e seguir as instruções do guia de instalação (de apenas 2 páginas). O usuário não precisa estar familiarizado com configurações básicas para conseguir colocar o produto em funcionamento. No CD-ROM que acompanha o kit estão os manuais em PDF dos produtos, e todos eles são bastante completos. A documentação do produto é mais do que suficiente (nota 3). O produto destina-se a usuários de pequenos escritórios (SOHO). O preço do produto nos Estados Unidos é mais do que compatível com esse público-alvo e muito mais convidativo do que a maioria dos concorrentes de qualidade, especialmente levando-se em conta a riqueza de recursos disponíveis, como veremos adiante. O marketing, a documentação e o suporte técnico, além da apresentação do kit estão totalmente de acordo com o público ao qual ele se destina. O produto é mais do que suficiente (nota 3) para seu “público-alvo”. O kit vem com todos os recursos que seu público alvo pode precisar. Os mais interessantes – especialmente para funcionários de grandes empresas que trabalham de casa – são os de integração nativa com DNS dinâmico e VPN pass through. A integração de DNS dinâmico com o DynDNS.org permite que remotamente o usuário tenha sempre acesso ao roteador e à rede por trás dele, bastando para isso saber o nome DNS que identifica o roteador. Independentemente de quantas vezes o endereço IP externo do roteador for trocado, o nome permanece sempre o mesmo. Toda vez que o provedor de acesso fizer a troca do endereço IP o roteador avisará automaticamente ao serviço DynDNS.org, que cuidará do resto para que o usuário não tenha que preocupar-se em identificar qual é o endereço IP de seu equipamento. Já o recurso de VPN pass through é extremamente útil para quem precisa acessar uma VPN a partir de casa, problema comum entre funcionários de grandes empresas que trabalham em esquema de “home office”. Normalmente os acessos realizados pelos clientes de VPN são sensíveis a tradução de endereços (NAT), que é o caso de quem compartilha conexões banda larga. Isso ocorre porque alguns protocolos empregados em VPN reescrevem o cabeçalho dos pacotes IP e armazenam o cabeçalho original no campo de dados dos pacotes IP (técnica conhecida como encapsulamento). O NAT, por sua vez, também funciona fazendo alterações no cabeçalho dos pacotes, mas sem o encapsulamento. Com isso a informação contida no cabeçalho original não tem como ser conhecida pelo destinatário, impedindo o funcionamento adequado de VPNs baseadas no IPSec, por exemplo. Com o recurso de VPN pass through o roteador reconhece que o usuário está estabelecendo uma comunicação VPN e sabe fazer os ajustes adequados para que as mudanças nos cabeçalhos dos pacotes não impeçam a comunicação. O roteador do kit dispõe de um switch de quatro portas 10/100 Mbit/s full-duplex, um slot PCMCIA (para inserção da placa wireless PCMCIA que acompanha o kit e que servirá como “antena”) e uma porta Ethernet para a conexão de banda larga, por meio de um cabo cross-over, como você conferiu na Figura 2. No que diz respeito às funcionalidades de software, o kit não deixa nada a desejar. Traz firewall, NAT estático (tradução de endereço de uma máquina interna utilizando um segundo IP real, caso seja disponibilizado pela companhia fornecedora do acesso de banda larga) e cliente e servidor de DHCP para as máquinas da rede interna. Entre os recursos wireless devemos destacar a criptografia de conexões wireless por meio de WEP 64 bits ou 128 bits e a disponibilidade do equipamento para atuar como repetidor wireless em vez de ponto de acesso, aumentando o alcance de uma rede wireless já existente no escritório e permitindo que usuários de uma rede wireless já instalada e em operação consigam compartilhar o acesso de banda larga sem fazer alterações em suas estações de trabalho. O kit traz mais recursos adequados para o seu público-alvo. Os recursos disponíveis são obviamente suficientes (nota 2). O desempenho de uma rede Ethernet quase nunca atinge a taxa máxima (100 Mbit/s para fast Ethernet ou 11 Mbit/s para wireless 802.11b). Há inúmeras razões para que isso aconteça: interferência eletromagnética, placas mal configuradas, excesso de tráfego inútil na rede e até mesmo o projeto do equipamento (problemas de hardware ou software), entre outras razões. Além disto, temos de nos lembrar que a taxa de transferência máxima teórica inclui a transmissão de dados de controle (tais como cabeçalhos), ou seja, a banda disponível é tanto usada para transmitir dados quanto informações de controle. O primeiro teste de desempenho consiste em determinar se os equipamentos testados introduzem gargalos ou lentidão na rede. O teste é realizado com três máquinas, dois PC desktop conectados ao roteador por meio de cabo Ethernet CAT-5, fabricado pela Cisco e um laptop conectado ao roteador por meio da placa wireless USB. Antes de conectar as três máquinas aos equipamentos em teste, medimos o desempenho entre elas. Duas a duas as máquinas são conectadas com um cabo cross-over e é realizada a transferência de três arquivos via FTP, um com 10 MB, outro com 50 MB e o terceiro com 100 MB. A taxa média de transferência desses arquivos foi anotada e serve como base para nossa medição (parâmetro de escala sem interferência externa). O próximo passo é refazer a transferência dos arquivos, só que dessa vez utilizando o equipamento testado como ponto de interconexão entre as máquinas que estão transferindo os arquivos. A taxa de transferência média destes arquivos foi de 11,71 MB/s entre duas máquinas plugadas ao switch integrado ao roteador (via cabo Ethernet) e de 445 KB/s quando uma das máquinas envolvidas na comunicação estava conectada por meio da rede wireless. Cabe lembrar que a taxa de transferência nominal (100 Mbit/s – 12,5 MB/s – para a rede cabeada e 11 Mbit/s – 1,37 MB/s – para a rede wireless) nunca é atingida em um ambiente real, pelos motivos já expostos. Nesse teste medimos o desempenho da rede wireless apenas com criptografia de 128 bits, já que é inaceitável o funcionamento de uma rede wireless particular sem o emprego deste recurso. Os resultados encontrados nos testes de desempenho foram surpreendentes. O desempenho do switch integrado ao roteador é inacreditável. Conforme você pode conferir no gráfico abaixo, o desempenho do switch é 33,83% superior ao switch integrado ao roteador Netpassage 16 do kit concorrente da Compex (SKW811), que nós já testamos. Desempenho do switch (em MB/s) Entretanto o desempenho da rede wireless deixou a desejar. Nos nossos testes o desempenho da rede wireless do equipamento da Soyo foi 28,46% inferior ao desempenho do equipamento da Compex, conforme você pode conferir no gráfico abaixo. É ruim, mas ainda aceitável e dentro das expectativas. Desempenho wireless (em MB/s) O desempenho do kit da Soyo é suficiente (nota 2). Depois de configurados, os dispositivos testados praticamente não precisaram de gerenciamento. A interface de configuração web é simples, e bastante intuitiva. É uma interface fácil de usar. A interface de configuração em modo texto (via Telnet) é baseada nas interfaces de equipamentos Cisco e adequada para os usuários avançados que desejam administrar seu equipamento remotamente a partir de qualquer lugar. Além disso, para os usuários avançados o equipamento possui uma configuração simples que permite redirecionar logs detalhados para um servidor de syslog. Em nossos testes configuramos o equipamento para funcionar com conexão à Internet bandalarga da Telemar: Velox (ADSL, 256 Kbps). A configuração foi bastante simples e bastou conectar o cabo de rede que sai do modem ADSL do velox no equipamento. Depois foi só configurar o usuário e senha de acesso com ajuda do assistente de configuração. Apesar de dessa vez só termos testado com o Velox não há nada que impeça o funcionamento desse equipamento com outras conexões banda larga, ADSL ou não. Nos três tipos de conexão testadas as máquinas da rede interna (2 PCs por cabo e 1 laptop em wireless) estavam configuradas para obter endereços IP e DNS por DHCP. A operação do equipamento é simples e mais do que satisfatória (nota 3). Os equipamentos testados passaram por rigorosa avaliação de disponibilidade que objetivou não só determinar a manutenção da conexão Internet em caso de quedas de link ou problemas com o provedor ou a rede mas também determinar se o próprio equipamento estava preparado para funcionar por vários dias seguidos, sem ser desligado, sob diferentes condições climáticas, desde o frio de um ambiente com ar condicionado até o calor de um escritório sem ar condicionado ou ventilador no verão carioca. Em nenhum momento em que o equipamento esteve em testes foi necessário reiniciá-lo por causa de travamentos ou mesmo superaquecimento. Durante três meses sem desligar os equipamentos submetemos o kit às diferenças de temperatura causadas por longos períodos de funcionamento em ambiente com ar condicionado seguido de períodos menores de funcionamento em ambiente sem ar condicionado, normalmente encontradas em um pequeno escritório. Infelizmente o equipamento não traz recursos que garantam disponibilidade em caso de queda da conexão com a Internet. A ausência de uma porta RS-232 fará falta a usuários que trabalham em casa, mas é um problema contornável. A estabilidade e disponibilidade do equipamento são suficientes (nota 2). Qualquer equipamento wireless deve possuir, no mínimo, recursos que permitam criptografar o tráfego transmitido entre as estações wireless e o access-point. Esse recurso é fundamental porque conexões wireless não limitam a propagação dos dados às dimensões físicas da sala onde o acess-point está instalado. É possível detectar uma rede wireless a partir da rua e com pouco investimento de tempo e dinheiro começar a capturar os dados que estão sendo transmitidos. Em casos mais graves pode ser possível até mesmo estabelecer uma conexão com a rede wireless exatamente como um usuário autorizado faria. O principal recurso de criptografia presente em equipamentos wireless chama-se WEP, sigla para “Wired Equivalent Privacy” (privacidade equivalente a rede cabeada). Como a própria sigla diz, o WEP não nasceu para garantir confidencialidade das informações trafegadas (garantir que apenas as duas máquinas envolvidas numa comunicação conheçam o conteúdo das mensagens trocadas). O WEP foi criado com o objetivo de impedir que usuários externos tenham facilidade para conectar-se a uma rede sem fio, pelo menos fornecer um nível de dificuldade equivalente ao que um usuário não autorizado teria para conectar-se na rede cabeada padrão. Mas exatamente como numa rede cabeada padrão, embora seja complicado para quem não faz parte da rede capturar os dados que trafegam, isso é extremamente fácil para quem está conectado na rede, possibilitando ataques internos. Pudemos perceber que a Soyo está comprometida com a segurança. O equipamento testado, além do suporte ao protocolo WEP (128 bits e 64 bits, à escolha do usuário), também traz um bom firewall e recursos de controle de acesso baseados no endereço MAC das placas de redes das estações-cliente. Na avaliação de segurança do equipamento sentimos falta de mecanismos de autenticação das estações (padrão IEEE 802.1x). Recursos de autenticação como esse podem dar ao administrador da rede a certeza de que uma estação realmente pertence a um determinado usuário e com base nessa certeza garantir ou negar acessos. Entretanto, como esse recurso normalmente só é utilizado em grandes empresas e o público-alvo do kit testado é SOHO (Small Office Home Office), desconsideramos a falta dessa funcionalidade. Embora tenhamos desconsiderado a falta de recursos de autenticação de estações, não pudemos desconsiderar a ausência de SSL na comunicação HTTP utilizada para configuração e gerência do roteador. Sem SSL nessa comunicação é possível que usuários da rede conectada ao roteador capturem a senha de gerência por meio da qual é possível alterar as configurações do equipamento. Os recursos de segurança oferecidos pelo equipamento e a segurança do equipamento em si são suficientes (nota 2) para as necessidades do público-alvo. O equipamento testado atingiu a nota 8,1 (a nota máxima é 10) no nosso quadro de testes (17 pontos em 21 possíveis). Durante os testes ficamos bastante impressionados com o desempenho do switch integrado ao equipamento e com a facilidade de gerência e operação. Além disso, o kit já vem pronto para compartilhar e gerenciar as conexões de acesso banda larga utilizadas no Brasil, especialmente conexões ADSL, e ainda dá a segurança necessária para usuários domésticos ou de pequenos escritórios, a um preço extremamente convidativo. Se você possui um pequeno escritório, está pensando em compartilhar o acesso de banda larga que você tem em casa ou planeja melhorar o ambiente do seu home office, o Soyo Aerielink Kit é uma excelente opção, com fenomenal relação de custo/benefício. O kit é simples de configurar e gerenciar, traz os recursos necessários e ainda aumenta consideravelmente a segurança de sua rede, especialmente para usuários de acesso banda larga. É impossível se arrepender da compra desse kit.
  10. O Compex Wireless Gateway Kit é um pacote que já traz, em uma única caixa, uma placa wireless PCMCIA (Figura 3), uma placa wireless USB (Figura 2) e um roteador DSL/Ethernet (Figura 1) com switch 10/100 Mbit/s integrado. O equipamento é baseado na padronização IEEE 802.11b, que possibilita desempenho máximo de 11 Mbit/s para a comunicação sem fio. Os três principais itens do kit (o kit inclui também, além dos três equipamentos já mencionados, cabos e fonte de alimentação) podem ser adquiridos separadamente, mas a idéia do fabricante de distribui-los juntos nesse pacote traz duas vantagens para o usuário final: preço e simplicidade. Você já tem tudo o que precisa para compartilhar sua conexão banda larga, em casa ou no escritório, a um preço menor do que se estivesse comprando as placas e o roteador separadamente. Figura 1: Roteador Netpassage 16, principal peça do kit. Figura 2: Placa wireless USB, elemento para conectar um micro ao equipamento principal, sem a necessidade de passar cabos pela casa ou escritório Figura 3: Placa wireless PCMCIA. A placa PCMCIA do kit é inserida no slot PCMCIA do roteador principal e serve para tornar a comunicação wireless possível no Netpassage 16, agindo também como antena. Esta placa nada mais é do que uma placa PCMCIA Wireless 128 bits padrão da Lucent Technologies. A necessidade de inserir um cartão PCMCIA wireless para habilitar a comunicação 802.11 no Netpassage 16 torna-o facilmente expansível para outros padrões no futuro, como o 802.11a ou 802.11g. Figura 4: Placa PCMCIA instalada no roteador. O custo do pacote é de aproximadamente US$ 120,00, nos EUA. Caso os equipamentos desse pacote fossem comprados separadamente o preço passaria dos US$ 150.00. Antes de irmos aos nossos testes, vamos dar uma olhada nas principais características deste kit. Switch 10/100 Mbit/s 4 portas Wireless Access-Point 802.11b (11 Mbit/s) Criptografia WEP 64/128 bits Interface de gerência via web ou telnet Firewall Network Address Translation (NAT) Controle de conteúdo (8e6 Filtering) Wireless VLAN Suporte a PPPoE Servidor DHCP Conexão a um modem externo para redundância Parallel Broadband Excelente desempenho Preço médio nos EUA: US$ 120,00 Mais informações: http://www.cpx.com Nos testes de equipamentos de rede avaliamos sete critérios básicos: documentação, público-alvo, recursos disponíveis, desempenho, operação, estabilidade e segurança. Para cada um desses critérios será atribuída uma nota, de um a três, significando respectivamente insatisfatório, satisfatório e mais do que satisfatório. As notas de cada critério serão somadas e divididas por sete. Essa média representa a avaliação final geral do equipamento, mas não recomendamos que ela seja usada como único critério na hora de comparar dois ou mais equipamentos similares. Por exemplo, um equipamento pode oferecer melhor estabilidade e outro melhor documentação, mesmo assim ambos podem apresentar avaliação final geral rigorosamente iguais. Para decidir qual dos dois atende melhor a você ou ao seu cliente é preciso identificar qual critério é mais importante dentro da sua realidade. O critério “documentação” refere-se à facilidade ou dificuldade de encontrar informações técnicas, guias de instalação e manuais de gerenciamento do equipamento, além de endereçar a facilidade ou dificuldade de colocar o equipamento testado em operação em um ambiente real. Todo equipamento testado deve dispor de pelo menos um guia de instalação simples de entender e fácil de ler, impresso ou em meio eletrônico (disquete ou cd-rom) acompanhando a caixa do produto. Dentro desse critério também serão avaliados os manuais técnicos fornecidos pelo fabricante, estejam eles em meio eletrônico (disquete, cd-rom ou Internet) ou impressos, acompanhando a caixa do equipamento ou não. O critério “público-alvo” avalia se o equipamento é adequado ou não para o mercado ao qual se destina. Dentro desse critério é avaliado o preço final para o consumidor, a estratégia de marketing adotada pela fabricante e a compatibilidade da apresentação do equipamento com o público-alvo dele (por exemplo, equipamentos para usuários domésticos devem ter interface de gerenciamento simplificada). O critério “recursos” descreve os principais recursos disponíveis no equipamento e qual a função de cada um eles. A nota desse critério baseia-se na avaliação do critério “público-alvo”, já que a quantidade e os recursos disponíveis podem ser suficientes ou insuficientes de acordo com o usuário ao qual se destina o equipamento. O critério “desempenho” avalia a velocidade com que os dados passam pelo equipamento, determinando se a taxa real de transferência de dados suportada pelo equipamento é compatível com o que o fabricante afirma na documentação técnica. Características que, direta ou indiretamente, possam interferir no desempenho da rede quando o equipamento está em uso, como, por exemplo, baixo desempenho de um filtro de pacotes embutido também são avaliados dentro desse critério. O critério “operação” avalia a facilidade ou dificuldade de gerenciar o equipamento quando ele estiver funcionando e em produção. O critério “estabilidade” avalia a disponibilidade do equipamento quando submetido a testes de carga ou estresse de rede. Além disso, neste critério também são avaliadas as funcionalidades de redundância de conexão ou alta-disponibilidade e balanceamento de carga, nos equipamentos que têm essas funcionalidades. O critério “segurança” avalia características gerais de segurança adequadas para uso ao qual o equipamento se destina, de acordo com o público-alvo. Detalhes técnicos dos recursos de segurança disponíveis são testados e avaliados dentro deste critério. A caixa do produto acompanha documentação impressa e em formato eletrônico descrevendo o kit em detalhes, incluindo os profundamente técnicos. O principal documento que acompanha o kit chama-se “Wireless Internet Gateway Kit – Quick Install Guide”, e é um guia de instalação rápida do produto, fácil de entender e com fotos ilustrando a instalação passo-a-passo do roteador e da placa wireless com drivers necessários, de forma que qualquer pessoa com pelo menos dois neurônios consiga instalar. Entretanto a coisa complica um pouco na hora de configurar o equipamento utilizando a interface web de gerência disponível. Para acessar essa interface basta apontar o seu navegador para o endereço IP configurado de fábrica para o equipamento (192.168.168.1) e seguir as instruções do guia de instalação. Embora esse pareça um procedimento simples e bem documentado, usuários pouco familiarizados com termos técnicos podem enfrentar dificuldades para configurá-lo tão rápido quanto gostariam, embora a tarefa não seja impossível. Apesar deste detalhe, a riqueza da documentação e a facilidade para acessar o suporte técnico da Compex via Internet nos levaram a determinar o critério “documentação” como mais do que suficiente (nota 3). O produto destina-se a usuários domésticos e usuários de pequenos escritórios. O preço do produto nos Estados Unidos é compatível com esse público-alvo e bastante convidativo, especialmente levando-se em conta a riqueza de recursos disponíveis, como veremos adiante. O marketing, a documentação e o suporte técnico, além da apresentação do kit estão totalmente de acordo com o público ao qual ele se destina. O produto é mais do que suficiente (nota 3) para seu “público-alvo”. Teríamos de escrever três ou quatro artigos para falarmos em detalhes de todos os recursos disponíveis neste kit. O mais interessante e inédito para nós até então é um conceito da Compex chamado Wireless VLAN (WVLAN). Para quem já trabalha com redes basta saber que é a possibilidade de criar VLANs em uma rede wireless, em vez de em uma rede cabeada com switch. Para quem nunca ouviu falar, VLAN é um recurso que permite separar o tráfego que está sendo gerado pelas estações de trabalho em diferentes segmentos lógicos, mas fisicamente todos estão ligados no mesmo dispositivo. Isso impede que dados de um segmento sejam propagados para outro, aumentando o desempenho e a segurança. O gateway do kit (chamado NetPassage 16) dispõe de um switch de quatro portas 10/100 Mbit/s full-duplex, uma porta RS-232, um slot PCMCIA (para inserção da placa wireless PCMCIA que acompanha o kit e que servirá como “antena”) e uma porta ethernet para a conexão de banda larga, por meio de um cabo cross-over, como você confere na Figura 5. Figura 5: Vista traseira do roteador. A função da porta RS-232 é conectar um modem externo ao roteador. Em caso de indisponibilidade da conexão de banda larga o equipamento automaticamente conecta-se em um provedor de escolha do usuário e mantém toda a rede funcionando, conectada à Internet, mesmo que de forma mais lenta. Como veremos no critério “estabilidade”, o equipamento também traz recursos que possibilitam o compartilhamento do acesso das estações entre duas ou mais conexões de banda larga. No que diz respeito à funcionalidades de software o kit não deixa nada a desejar. Traz firewall, controle de acesso baseado em horário do dia, NAT estático (tradução de endereço de uma máquina interna utilizando um segundo IP real, caso seja disponibilizado pela companhia fornecedora do acesso de banda larga), servidor de DHCP para as máquinas da rede interna e até mesmo controle de conteúdo baseado em bloqueio de URLs (bloqueio de sites proibidos, de acordo com política estabelecida pelo usuário). Entre os recursos wireless devemos destacar a criptografia de conexões wireless por meio de WEP 64 bits ou 128 bits e a disponibilidade do equipamento para atuar como repetidor wireless em vez de ponto de acesso, aumentando o alcance de uma rede wireless já existente no escritório e permitindo que usuários de uma rede wireless já instalada e em operação consigam compartilhar o acesso de banda larga sem fazer alterações em suas estações de trabalho. O kit traz mais recursos do que o público-alvo precisaria. Alguns dos recursos são característicos de equipamentos destinados a grandes empresas. Os recursos disponíveis são obviamente mais do que suficientes (nota 3). O desempenho de uma rede Ethernet quase nunca atinge a taxa máxima (100 Mbit/s para fast ethernet ou 11 Mbit/s para wireless 802.11b). Há inúmeras razões para que isso aconteça: inteferência eletromagnética, placas mal configuradas, excesso de tráfego inútil na rede e até mesmo o projeto do equipamento (problemas de hardware ou software), entre outras razões. O primeiro teste de desempenho consiste em determinar se os equipamentos testados introduzem gargalos ou lentidão na rede. O teste é realizado com três máquinas, dois PC desktop conectados ao NetPassage 16 por meio de cabo Ethernet CAT-5, fabricado pela Cisco e um laptop conectado ao NetPassage 16 por meio da placa wireless USB. Antes de conectar as três máquinas aos equipamentos em teste, medimos o desempenho entre elas. Duas a duas as máquinas são conectadas com um cabo cross-over e é realizada a transferência de três arquivos via FTP, um com 10 MB, outro com 50 MB e o terceiro com 100 MB. A taxa média de transferência desses arquivos foi anotada e serve como base para nossa medição (parâmetro de escala sem interferência externa). O próximo passo é refazer a transferência dos arquivos, só que dessa vez utilizando o equipamento testado como ponto de interconexão entre as máquinas que estão transferindo os arquivos. A taxa de transferência média desses arquivos foi de 8,75 MB/s entre duas máquinas plugadas ao switch Netpassage 16 (via cabo Ethernet) e de 622 KB/s quando uma das máquinas envolvidas na comunicação estava conectada por meio da rede wireless. Cabe lembrar que a taxa de transferência nominal (100 Mbit/s para a rede cabeada e 11 Mbit/s para a rede wireless) nunca é atingida em um ambiente real. O equipamento não introduziu gargalo nem lentidão na rede. Para a conexão wireless foram realizados testes de desempenho com e sem o emprego de criptografia (128 bits e 64 bits) e, mesmo nos testes realizados com o emprego de criptografia nas conexões o equipamento não apresentou degradação de desempenho, o que teria sido considerado aceitável dado o processamento matemático requerido para a criptografia dos pacotes de rede. No que diz respeito ao desempenho o equipamento foi considerado mais do que suficiente (nota 3). Os resultados encontrados nos testes de desempenho foram surpreendentes já que é comum que equipamentos como os que foram testados introduzam gargalo na rede, especialmente equipamentos wireless devido à criptografia dos dados. Depois de configurados, os dispositivos testados praticamente não precisaram de gerenciamento. A interface de configuração web é simples, embora pouco intuitiva. Mas, se levarmos em conta a quantidade de recursos oferecidos pelo equipamento, podemos afirmar que é uma interface fácil de usar. Pode parecer loucura, mas por incrível que pareça a interface de gerenciamento e configuração em modo texto (acessada via Telnet) é mais intuitiva do que a interface web, especialmente para usuários que já têm experiência com interfaces de gerenciamento texto de outros roteadores ou switches. Durante o período em que os equipamentos estiveram em teste sentimos falta de logs detalhados sobre os acessos e sobre o funcionamento dos equipamentos. Os logs de acesso, não muito detalhados, são visíveis apenas se as funcionalidades de firewall estiverem habilitadas. Por meio desses logs não é possível determinar facilmente quais acessos foram feitos por quais usuários e quanto tempo eles perderam em diferentes websites, por exemplo. Pequenos escritórios usam essas informações para controlar o acesso à Internet, especialmente no Brasil onde o custo por Kbps ainda é alto. Outro momento no qual sentimos falta de logs foi quando, durante os testes, as conexões com máquinas na Internet estavam estabelecidas, mas ficavam sem tráfego de dados por muito tempo, eram perdidas depois de um certo período. Conexões de Telnet e SSH entre uma máquina na nossa rede interna de testes e outra máquina na Internet não permaneciam de pé por muito tempo se não houvesse fluxo de dados entre essas duas máquinas. Só detectamos que o problema era com o manutenção da tabela de tradução de endereços (NAT) depois de contactar o suporte técnico da Compex, que enviou um patch para o problema. Caso o suporte técnico da Compex não conhecesse o problema e se tratasse de um novo bug de software, poderia levar semanas para ter o problema resolvido sem os logs do sistema para ajudar. Em nossos testes configuramos o equipamento para funcionar com três tipos de conexão à Internet: dedicada (2 Mbit/s), Velox (ADSL, 256 Kbps) e Vírtua (Cable modem, 512 Kbps). A mais simples de configurar das três foi a conexão do Vírtua. Conectamos o cabo de rede que sai do cable modem do Vírtua diretamente na entrada WAN do router e, por meio da interface de configuração web do roteador NetPassage 16 testado, definimos o endereçamento de IP e DNS da interface WAN como DHCP. Depois disso bastou ligar o cable modem do Vírtua que tudo já estava funcionando, automaticamente. No caso do Velox (ADSL), além de conectar o cabo de rede que sai do modem ADSL na interface WAN do roteador NetPassage 16, foi necessário configurar o tipo de conexão da interface WAN como PPPoE (PPP over Ethernet), padrão empregado pela Telemar no Velox. Os parâmetros de configuração do PPPoE na interface de gerência web do equipamento testado são os mesmos utilizados no discador do Velox quando o micro está conectado diretamente ao Velox, sem roteadores no meio do caminho. O último teste de conectividade foi realizado por meio de uma conexão dedicada com IP fixo, da Embratel. Conectamos o cabo Ethernet que saía do roteador da Embratel (Cisco 2600) diretamente na interface WAN do NetPassage 16. Por meio da interface web de configuração preenchemos os endereços IP do NetPassage 16, default gateway e servidores de DNS. Ao término da configuração bastou um boot no equipamento testado para que tudo funcionasse. Nos três tipos de conexão testadas as máquinas da rede interna (2 PCs por cabo e 1 laptop em wireless) estavam configuradas para obter endereços IP e DNS por DHCP. A operação do equipamento é simples e mais do que satisfatória (nota 3). Os equipamentos testados passaram por rigorosa avaliação de disponibilidade que objetivou não só determinar a manutenção da conexão Internet em caso de quedas de link ou problemas com o provedor ou a rede mas também determinar se o próprio equipamento estava preparado para funcionar por vários dias seguidos, sem ser desligado, sob diferentes condições climáticas, desde o frio de um ambiente com ar condicionado até o calor de um escritório sem ar condicionado ou ventilador no verão carioca. O primeiro recurso de disponibilidade testado foi o que faz com que o equipamento conecte-se a um provedor de acesso à Internet em caso de indisponibilidade do link principal. Esses testes foram realizados com a ajuda de um modem USRobotics Courrier 56K V.Everything externo. Nos nossos testes forçamos a queda do link Internet desligando o cable modem de nossa conexão Vírtua e, poucos segundos depois, foi estabelecida uma conexão Internet com nosso provedor, por meio do modem externo, e tudo voltou a funcionar normalmente sem que nenhuma alteração na configuração das máquinas “clientes” tivesse de ser feita. Um outro recurso de disponibilidade interessante chama-se Parallel Broadband que infelizmente não pôde ser testado devido à necessidade de termos mais de um roteador Netpassage 16. Esse recurso permite que mais de uma conexão de banda larga seja compartilhada pelos usuários da rede interna da empresa, de forma transparente para os usuários, tornando a conexão da empresa com a Internet redundante (à prova de falhas) e balanceada entre mais de um link, trazendo ganhos de desempenho. Em nenhum momento em que o equipamento esteve em testes foi necessário reiniciá-lo por causa de travamentos ou mesmo superaquecimento. Durante três meses sem desligar os equipamentos submetemos o kit às diferenças de temperatura causadas por longos períodos de funcionamento em ambiente com ar condicionado seguido de períodos menores de funcionamento em ambiente sem ar condicionado, normalmente encontradas em um pequeno escritório. A estabilidade e disponibilidade do equipamento são mais do que suficiente (nota 3). Qualquer equipamento wireless deve possuir, no mínimo, recursos que permitam criptografar o tráfego transmitido entre as estações wireless e o access-point. Esse recurso é fundamental porque conexões wireless não limitam a propagação dos dados às dimensões físicas da sala onde o acess-point está instalado. É possível detectar uma rede wireless a partir da rua e com pouco investimento de tempo e dinheiro começar a capturar os dados que estão sendo transmitidos. Em casos mais graves pode ser possível até mesmo estabelecer uma conexão com a rede wireless exatamente como um usuário autorizado faria. O principal recurso de criptografia presente em equipamentos wireless chama-se WEP, sigla para “Wired Equivalent Privacy” (privacidade equivalente a rede cabeada). Como a própria sigla diz, o WEP não nasceu para garantir confidencialidade das informações trafegadas (garantir que apenas as duas máquinas envolvidas numa comunicação conheçam o conteúdo das mensagens trocadas). O WEP foi criado com o objetivo de impedir que usuários externos tenham facilidade para conectar-se a uma rede sem fio, pelo menos fornecer um nível de dificuldade equivalente ao que um usuário não autorizado teria para conectar-se na rede cabeada padrão. Mas exatamente como numa rede cabeada padrão, embora seja complicado para quem não faz parte da rede capturar os dados que trafegam, isso é extremamente fácil para quem está conectado na rede, possibilitando ataques internos. Desde nosso primeiro contato com a Compex antes de recebermos os equipamentos para testes já havíamos observado que a fabricante preocupa-se com a segurança. Tanto isso é verdade que além de disponibilizar WEP nos equipamentos que testamos (128 bits e 64 bits, à escolha do usuário) a Compex também implementou no Netpassage 16 um recurso exclusivo: wireless VLANS (WVLANS). Esse recurso reduz a possibilidade de ataques internos impedindo que qualquer usuário autorizado a conectar-se na rede wireless consiga capturar todo o tráfego da rede. Com o recurso de wireless VLAN é possível separar o tráfego entre as estações da diretoria da empresa do tráfego das estações de trabalho normais, por exemplo. Além disso a existência de múltiplas VLANS wireless dificulta o emprego de técnicas de quebra do padrão WEP por um usuário externo não autorizado, tornando a rede toda mais segura do que seria caso estivesse utilizando apenas o padrão WEP convencional. Ao mesmo tempo em que disponibiliza recursos avançados de segurança os equipamentos são 100% compatíveis com outras placas wireless encontradas no mercado. Em nossos testes utilizamos o recurso de WVLAN para comunicação que, além de máquinas com os equipamentos da Compex, envolveu também máquinas com equipamentos de outros fabricantes (Lucent Technologies e Soyo). Na avaliação de segurança do equipamento sentimos falta de mecanismos de autenticação das estações (padrão IEEE 802.1x). Recursos de autenticação como esse podem dar ao administrador da rede a certeza de que uma estação realmente pertence a um determinado usuário e com base nessa certeza garantir ou negar acessos. Entretanto, como esse recurso normalmente só é utilizado em grandes empresas e o público-alvo do kit testado é SOHO (Small Office Home Office), desconsideramos a falta dessa funcionalidade. Embora tenhamos desconsiderado a falta de recursos de autenticação de estações, não pudemos desconsiderar a ausência de SSL na comunicação HTTP utilizada para configuração e gerência do roteador Netpassage 16. Sem SSL nessa comunicação é possível que usuários da rede conectada ao Netpassage 16 capturem a senha de gerência por meio da qual é possível alterar as configurações do equipamento. Os recursos de segurança oferecidos pelo equipamento e a segurança do equipamento em si são suficientes (nota 2) para as necessidades do público-alvo. O equipamento testado atingiu a nota 9,3 (a nota máxima é 10) no nosso quadro de testes (20 pontos em 21 possíveis). Durante os testes ficamos bastante impressionados com a quantidade de recursos oferecida e com a facilidade de gerência e operação do equipamento. Além disso, o kit já vem pronto para compartilhar e gerenciar as conexões de acesso banda larga utilizadas no Brasil, inclusive conexões ADSL, e ainda dá a segurança necessária para usuários domésticos ou de pequenos escritórios, sem que seja necessário gastar muito dinheiro. Se você possui um pequeno escritório ou está pensando em compartilhar o acesso de banda larga que você tem em casa, o Compex Wireless Internet Gateway Kit é uma excelente opção, na qual você pode investir o seu dinheiro sem medo. O kit é simples de configurar e gerenciar, traz muito mais recursos do que consideramos necessário e ainda aumenta consideravelmente a segurança de sua rede, especialmente para usuários de acesso banda larga. Não há como se arrepender da compra desse kit.
  11. Começar um artigo para o Clube do Hardware com o título acima é praticamente uma declaração de guerra. Para falar a verdade, é quase estupidez. Mas não me xingue, ainda. Eu não estou aqui para defender a IBM, Dell ou HP nem detonar com os micros montados com peças avulsas. Preciso que você tente se colocar numa postura tão imparcial quanto possível e tenha mente aberta daqui para frente. Ao comprar um aparelho de TV você vai até uma loja e escolhe um modelo pronto, de um fabricante conhecido e que ofereça boa garantia ou procura uma loja de eletrônica, compra as peças e pede para alguem montar? A menos que você goste muito de eletrônica, sistemas de televisão e queira que sua TV tenha uma característica que nenhuma TV industrializada oferece, certamente você escolherá uma TV pronta, montada por uma indústria que seja sinônimo de qualidade. Embora você possa ter adquirido a TV industrializada por afinidade com a marca, muito provavelmente você levou em conta algumas características na hora de tomar a decisão: tempo de garantia, baixa ocorrência de defeitos e conserto rápido dos problemas, preferencialmente na sua casa para não ter que carregar 30 ou 40 Kg por aí. Com os micros, como veremos, é a mesma coisa. Pra início de conversa eu já fui, no passado, um amante dos micros montados. Era ótimo ir até o Rio Infoshopping - que infelizmente já não está mais entre nós - no Largo do Machado ou visitar pequenas salas comerciais em Copacabana para comprar placa mãe, disco rígido, memórias e unidades de disquete. Era só levar tudo pra casa e passar o resto do dia montando um ótimo micro, para vendê-lo ou para usar. Numa época em que ter um computador já era diferente, montar seu próprio micro era o máximo. Não havia muitas lojas especializadas mas as poucas que existiam ­- a maioria já faliu - eram excelentes e em geral você era atendido por especialistas que sabiam falar a sua língua. Os anos se passaram e ficou mais fácil comprar peças para montar o próprio micro. Os preços caíram e oferta aumentou consideravelmente. Mas, junto com a popularização desse mercado, os especialistas sumiram de trás do balcão e a qualidade dos micros montados caiu bastante. Não estou generalizando. Ainda existem bons micros montados sendo vendidos no mercado, mas há uma escassez de especialistas que saibam vender adequadamente e, principalmente, um excesso de “micreiros” que dizem saber tudo na hora de montar um PC. O resultado disso são micros montados com peças de baixa qualidade, peças que são incompatíveis entre si ou com algum software, softwares piratas e que principalmente não vêm acompanhados de uma garantia satisfatória (algumas lojas dão apenas 30 dias!). Além disso é comum casos de travamento por aquecimento exagerado ou configuração inadequada de hardware ou software. Sem falar na falta de suporte adequado ao usuário final, que muitas vezes depende de um sobrinho “fera da informática” disposto a ajudá-lo. Entretanto, tenho que admitir que esses micros realmente são baratos. Só que o barato pode sair caro, como veremos adiante. A idéia de escrever esse artigo me ocorreu outro dia no táxi, indo de casa para o trabalho. Como ocorre todo início de mês, recebi a revista da Dell Brasil com promoções e lançamentos e, lendo a revista no táxi, reparei como o preço do micro de marca está acessível ao usuário doméstico. Se no passado ter um micro de marca dependia da boa vontade (especialmente da Compaq e da Apple) de lançar promoções bombásticas, hoje em dia já não depende mais. A concorrência pelo mercado doméstico chegou pra valer e podemos constatar isso com a redução dos preços. O meu preconceito contra os micros de marca começou a cair a seis anos atrás, quando passei a trabalhar exclusivamente com soluções para o mercado corporativo. Com a experiência foi fácil perceber que no mercado corporativo o micro é exclusivamente uma ferramenta de trabalho e em muitos casos é a fonte de geração de dinheiro para empresa. Em primeiro lugar isso quer dizer que os micros devem apresentar o menor número de defeitos possível e, em caso de defeito, o tempo parado deve ser pequeno. Além disso, ele deve durar bastante. Pelo menos tempo suficiente para cobrir o investimento que a empresa fez nele e ainda dar lucro. O investimento também não se limita ao micro em si. É necessário levar em conta licenças de software, suporte técnico e peças sobressalentes para reduzir o tempo do micro parado por conta de um defeito. Assim como o micro já é encarado pelas empresas como uma ferramenta de trabalho e geração de dinheiro há muitos anos, é possível perceber que muitos usuários domésticos já encaram o computador da mesma maneira. E já que o usuário doméstico já encara o micro como uma ferramenta de trabalho, porque não trazes algumas análises tipicamente corporativas para o mercado doméstico? A médio prazo o preço pago por um micro montado, especialmente se for de baixa qualidade, muitas vezes ultrapassa o preço de um micro de marca de qualidade e que causaria menos dor de cabeça. Veja alguns exemplos: Cotação 1: Na Dell um Pentium-4 2.4 GHz (placa mãe Intel chipset 845G), com 256 MB de memória DDR 333, HD de 30 GB Ultra ATA, gravador de CD-RW, placa de som Sound Blaster Live 5.1, Monitor de 15” Dell, placa de vídeo ATI Rage Ultra 4x 16 MB, fax modem, placa de rede, Microsoft Windows XP Home, Microsoft Works 7.0, suporte telefônico via 0800 e um ano de garantia Dell no local saem por R$ 3.299,00, sem o frete. (Cotação realizada em junho de 2003 pelo telefone de televendas da empresa. Havia técnico especialista disponível para tirar as dúvidas que o vendedor não soube responder. O micro originalmente foi cotado com 128 MB de memória e drive de CD apenas de leitura, mas em uma promoção a Dell dobrou a memória e trocou o drive de CD por um gravador sem custo adicional.) Uma conhecida revenda do Rio de Janeiro traz uma configuração semelhante a R$ 3.091,00, com as seguintes características: Pentium-4 2.4 GHz (placa mãe ASUS P4S533-MX), com 256 MB de memória DDR 333, HD de 40 GB Ultra ATA, gravador de CD-RW, placa de som Sound Blaster Live 5.1, Monitor de 15”, placa de vídeo NVIDIA GeForce4 64 MB, fax modem, placa de rede, Microsoft Windows XP Home, garantia de seis meses para peças e três anos para serviço no balcão. Sem o frete. (Cotação realizada em junho de 2003 pelo telefone de televendas da empresa.O vendedor informou incorretamente o modelo da placa mãe, indicando na cotação um modelo incompatível com o processador. Foi necessário que o vendedor fizesse uma consulta técnica que demorou 17 minutos para conseguir obter o modelo correto da placa mãe.) Cotação 2: Na HP um AMD Athlon XP 2600+ (placa mãe indeterminada), com 256 MB de memória DDR 266, HD 40 GB Ultra ATA 5400 rpm, placa de vídeo NVIDIA GeForce4 64 MB, fax modem, placa de rede, Microsoft Windows XP Home, placa de som SoundMAX AC97, monitor 15” HP, suporte telefônico via 0800 e um ano de garantia no local saem por R$ 3.231,01, sem o frete. (Cotação realizada em junho de 2003 pelo website da empresa) Em uma outra revenda do Rio de Janeiro um AMD Athlon XP 2600+ (placa mãe ASUS A7V8X-X), 256 MB de memória DDR 266, placa de vídeo ATI 32 MB, placa de som onboard, fax modem, HD 40 GB Ultra ATA 5400 rpm, gravador de CD-RW, monitor de 15” samsung, Microsoft Windows XP Home, seis meses de garantia para HD e processador no balcão, a garantia do monitor e das outras peças diretamente com o fabricante saiu por R$ 2.571,00. (Cotação realizada em junho de 2003 pelo telefone de televendas da empresa. Demoraram quase cinco horas para passar a cotação, informaram a placa mãe como sendo uma Gigabyte A7V8X, que não existe. Depois de alguma insistência corrigiram para ASUS A7V8X-X.) Na primeira cotação o micro montado sai R$ 208,00 mais barato (6,3% a menos que o preço da Dell). A garantia do micro montado é metade da garantia dada pela Dell nas peças e ainda é necessário levar o micro até a loja (Centro do Rio de Janeiro) para que o defeito seja avaliado e resolvido. No micro montado não há suporte oficial para os problemas que o usuário enfrenta no dia-a-dia. Na Dell há suporte online em inglês no site da Dell Estados Unidos ou suporte telefônico em português por meio de número 0800. Na segunda cotação o micro montado sai R$ 661,01 mais barato (20,4% a menos que o preço na HP). A garantia do micro montado é metade da garantia do micro da HP e é necessário levar o micro até a loja (Copacabana, Rio de Janeiro) para que o defeito seja avaliado e resolvido. Nesse caso também não há suporte oficial. Além disso a revenda repassa algumas das garantias dadas pelos fabricantes e não se poderá ser acionado pelo usuário no caso de problemas que não sejam no processador ou no HD. Os micros fabricados pela Dell, HP, IBM, Acer e e outras empresas nesse segmento são projetados para evitar alguns problemas comuns em micros montados: aquecimento exagerado, ventilação incorreta, acúmulo exagerado de sujeira, incompatibilidade de hardware e/ou software, aterramento inadequado, mal contatos e até mesmo possíveis curtos. São raras as empresas que vendem micros montados que preocupam-se com essas características. Na empresa onde trabalho temos um laboratório de testes, composto por micros de marca e micros montados. Relacionei abaixo os problemas ocorridos nos últimos 12 meses com alguns dos micros nesse laboratório. Máquina 1 (Dell): Dell Dimension L800r - Custo de aquisição na época: ~R$ 3.000,00 (2001); O custo de R$ 3.000,00 inclui licença do Windows 2000 Professional; Veio de fábrica com 3 anos de garantia. O primeiro ano dava direito a atendimento no local, nos dois anos seguintes a garantia para peças era dada pelo correio (enviávamos a peça com defeito e eles mandam uma nova); Nos últimos 12 meses apresentou os seguintes problemas: fonte queimada; Custo para solução do problema: não houve, coberto pela garantia; Tempo da máquina parada até o problema ser resolvido: 5 dias úteis; Tempo de especialistas de hardware da empresa para resolver o problema: 3 horas; Prejuízo final (prejuízo material + horas técnicas): ~R$ 90,00; Custo final da máquina: R$ 3.090,00 Máquina 2 (Dell): Dell Dimension L800r - Custo de aquisição na época: ~R$ 3.000,00 (2001); O custo de R$ 3.000,00 inclui licença do Windows 2000 Professional; Veio de fábrica com 3 anos de garantia. O primeiro ano dava direito a atendimento no local, nos dois anos seguintes a garantia para peças era dada pelo correio (enviávamos a peça com defeito e eles mandam uma nova); Nos últimos 12 meses apresentou os seguintes problemas: placa mãe e HD queimados; Custo para solução dos problemas: não houve, coberto pela garantia; Tempo da máquina parada até o problema ser resolvido: 5 dias úteis; Tempo de especialistas de hardware da empresa para resolver o problema: 5 horas; Prejuízo final (prejuízo material + horas técnicas): ~R$ 150,00; Custo final da máquina: R$ 3.150,00. Máquina 3 (Montado): AMD K6-II 500 MHz - Custo de aquisição na época: ~R$ 1.800,00 (2000); O custo de R$ 1.800,00 não inclui licença de sistema operacional. O micro roda Linux; Veio da loja com 6 meses de garantia. Tínhamos que levar o micro ou a peça defeituosa na loja para reparo; Nos últimos 12 meses apresentou os seguintes problemas: placa mãe queimada, HD queimado, placa de rede queimada, fonte queimada, memória queimada; Custo para solução dos problemas: HD (~R$ 300,00) + fonte (~R$ 50,00) + placa mãe (~R$ 200,00) + placa de rede (~R$ 30,00) + memória (~R$ 250,00) = ~R$ 830,00; Tempo da máquina parada até o problema ser resolvido: 15 dias úteis; Tempo de especialistas de hardware da empresa para resolver o problema: 20 horas; Prejuízo final (prejuízo material + horas técnicas): ~R$ 1.430,00; Custo final da máquina: R$ 3.230,00. Máquina 4 (Montado): AMD Duron 800 MHz - Custo de aquisição na época: ~R$ 2.200,00 (2001); O custo de R$ 2.400,00 não inclui licença de sistema operacional. O micro roda Linux; Veio da loja com 6 meses de garantia. Tínhamos que levar o micro ou a peça defeituosa na loja para reparo; Nos últimos 12 meses apresentou os seguintes problemas (que já ocorreram fora da garantia): placa mãe queimada, HD queimado, placa de rede queimada (2 vezes), placa de vídeo com defeito; Custo para solução dos problemas: HD (~R$ 300,00) + placa mãe (~R$ 300,00) + placa de rede (~R$ 60,00) + memória (~R$ 300,00) = ~R$ 960,00; Tempo da máquina parada até o problema ser resolvido: 10 dias úteis; Tempo de especialistas de hardware da empresa para resolver o problema: 12 horas; Prejuízo final (prejuízo material + horas técnicas): ~R$ 1.320,00; Custo final da máquina: R$ 3.520,00. Repare que não levei em conta o prejuízo decorrente da perda de produtividade por ter a máquina parada por alguns dias úteis enquanto era necessário aguardar pela peça que substituiria a defeituosa. À primeira vista podemos concluir que os micros de marca no meu caso tem um custo menor de propriedade (TCO, Total Cost of Ownership). Esse custo menor de propriedade deve-se principalmente à garantia de maior duração e à qualidade do equipamento, que apresenta menos defeitos. Há ainda um detalhe importante sobre a diferença de preços entre os micros analisados: as máquinas 1 e 2 incluem licença do Windows 2000 Professional no preço, as máquinas 3 e 4 não incluem sistema operacional e rodam Linux. É também interessante observar que a máquina 4, que incialmente tinha um preço 26,7% menor do que a máquina 1, custou em dois anos de uso 11,7% a mais para a empresa. Se tivéssemos incluído um sistema operacional OEM ao adquirir a máquina 4 o custo total dessa máquina para empresa ao final de dois anos seria 27,6% superior ao da máquina 1, praticamente a economia feita ao adquirí-lo em detrimento de mais um Dell de configuração similar. Surpreendende é descobrir que os resultados encontrados nessa análise limitada são muito próximos aos resultados encontrados em empresas nas quais esse mesmo cálculo é feito. Se no meu ambiente de laboratório os micros montados a longo prazo podem chegar a ter o seu custo total de propriedade até 60% maior do que o custo original do micro, na vida real a coisa não é muito diferente. Faça você as contas e me diga os resultados.
  12. A tecnologia SpeedStep, da Intel, é uma velha conhecida da maioria dos proprietários de laptops. Essa tecnologia permite que processadores Pentium III Mobile e Pentium IV Mobile sejam reconfigurados por software, em tempo de execução de programas, para operarem a diferentes freqüências. Os objetivos dessa tecnologia são: economizar bateria e evitar o aquecimento exagerado do laptop. Até o Windows 2000 a Intel disponibilizava um applet que ficava na System Tray do Windows e que era capaz de monitorar o uso do processador. Esse applet era capaz de alterar a freqüência de operação do processador quando uma aplicação exigisse desempenho, colocando o processador para funcionar à freqüência nominal máxima. Quando o processador não estava sendo muito utilizado a freqüência de operação era reduzida, economizando energia e resfriando a máquina. Com a chegada do Windows XP a Microsoft incluiu dentro das rotinas de gerenciamento de energia um mecanismo de controle da freqüência de operação do processador e a Intel deixou de distribuir o seu applet para esse sistema. O problema é que o gerenciamento de energia do Windows XP só trabalha com padrões fixos (ex: economia de bateria, máxima performance etc.) e não é capaz de medir em tempo real a necessidade de processamento que as aplicações demandam. Além disso o próprio método utilizado pelo Windows para determinar a freqüência máxima de operação tolerada por um processador não é muito confiável. Isso quer dizer que, na prática, usuários do Windows XP ou sempre trabalhavam economizando bateria e com o processador em média a 30% (730 MHz para um Pentium III-M de 1 GHz) de sua capacidade máxima ou gastando energia e aquecendo a máquina ao operar em máxima performance. Embora seja possível para o usuário entrar no Painel de Controle e reconfigurar a freqüência de operação do processador, em tempo real, sem que seja necessário reiniciar a máquina, a quantidade de passos do processo torna ele desagradável para o usuário. Significa que normalmente um padrão de gerenciamento de energia no Windows XP acabava ficando lá para sempre e um excelente Pentium III-M 1GHz operava como um Pentium III 700 MHz por boa parte de sua via. Recentemente encontrei na Internet um programinha chamado SpeedSwitchXP, que faz exatamente o que o applet da Intel fazia (até o ícone é igual), só que roda em Windows XP. Ele consegue calcular a freqüência máxima correta de operação do seu processador e com base nesse cálculo ajustar o a freqüência de operação do seu processador de acordo com a demanda exigida. http://www.diefer.de/speedswitchxp/index.html. Para os proprietários de laptops Dell o autor do SpeedSwitchXP escreveu um outro programa chamado I8kfan, que gerencia a temperatura do seu computador. Inicialmente escrito para a linha Dell Inspiron 8200 o programa também funciona corretamente com outros modelos, todos da Dell. Com o I8kfan é possível gerenciar as ventoinhas internas do seu laptop (velocidade, momento de ligar, momento de desligar etc.) e criar padrões de gerenciamento de temperatura. Um ícone no SystemTray fica exibindo a temperatura do seu processador e também pode ser usada para exibir outras aferições de temperatura suportadas pelo programa (HD, memória e processador da placa de vídeo), caso o seu modelo de laptop disponha desses sensores. No último final de semana andei fazendo testes com ambos os programas em meu laptop Dell Inspiron 4100 e consegui tê-lo funcionando a 30 graus. Quem tem laptop sabe que isso é realmente uma façanha fantástica, especialmente quando você tem que ficar trabalhando com ele no colo por horas a fio. O I8kfan pode ser baixado em: http://www.diefer.de/i8kfan/index.html. Antes de brincar com o I8kfan recomendo que você vá até o site da Dell e faça o upgrade da sua flash bios, para a versão A13.
  13. Todo mundo acha uma grande bobagem todas aquelas informações que acompanham cada CD em suas embalagens, sobre velocidades de gravação, leitura, cor da mídia, garantia e, no fim das contas, acabam comprando os famosos "spindles" de 100 CDs a R$ 1,99 cada no camarada do jornal. Será que a cor da mídia é uma mera característica de cada fabricante? Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que não existe "a mídia" que vai servir a você em todos os seus trabalhos. Você não pode olhar para um CD e dizer se ele é bom ou não simplesmente por sua cor ser prata, dourado, verde ou azul. Para cada trabalho, gravador e leitor existe uma mídia mais recomendada. Por mais que as cores da superfície de gravação sejam iguais ou muito parecidas, dois CDs de um mesmo fabricante podem ser completamente diferentes. Muita tecnologia se esconde por trás das cores das faces de gravação. Vamos detalhar a maneira como eles são feitos e quais são as principais características de cada um, para que você fique bem informado e não confie quando o piratão da esquina disser que o CD dele é melhor porque é "gold". Em primeiro lugar, ao contrário do que muitos pensam, o material usado na constituição da mídia nada interfere em sua capacidade de armazenamento. Aquele papo de que não existe CD de 680 MB de uma cor ou de outra é pura balela. No CD esta capacidade está ligada basicamente ao tamanho do disco, principalmente da camada de gravação e pode comportar 21 minutos de áudio, ou 184 MB, 63 minutos de áudio, ou 553 MB, 74 minutos de áudio, ou 650 MB ou 80 minutos de áudio e 700 MB. Tudo em número aproximados. Este último, também conhecido como CD-R80 é um produto especial que foi desenvolvido pela TDK para auxiliar a indústria de software e por sua dificuldade em se encontrar no mercado mundial de uma forma geral acabou se tornando um eficaz impecílio à pirataria em muitos países, inclusive o Brasil, onde são raros e caros esses CDs. Infelizmente não é todo equipamento que é capaz de gravar e/ou ler nesta mídia, uma vez que ela pede calibragem especial na velocidade de leitura e gravação. Basicamente, todos os CDs são constituídos em cima de uma superfície plástica, que pode variar muito de fabricante para fabricante. Isso não importa muito para nós e aqui basta saber que existem plásticos mais rígidos, outros menos rígidos, alguns mais quebradiços, outros com características que o tornam opaco com o tempo, etc. Felizmente, a grande maioria de fabricantes acaba optando por material de qualidade, até porque não encarece tanto a produção. Ainda assim existem casos de CDs esquecidos no carro que, com o calor excessivo, liberaram gases corrosivos provenientes desse plástico que os danificaram e o pior: danificaram a cabeça de leitura do CD Player. Geralmente os CDs que garantem durabilidade maior são feitos com ligas plásticas de melhor qualidade e menos suscetíveis a alterações climáticas. Ligas mais vagabundas (normalmente encontradas em mídias mais baratas, abaixo de R$ 2,50) são naturalmente mais vulneráveis à dilatação térmica. Assim, o simples fato de colocar o CD em um drive que esquente muito pode reduzir sua vida útil em meses e fazer com que ele não seja mais lido em outras unidades. Em cima deste plástico, em uma só face, é aplicado uma camada sensível a determinados comprimentos de onda. É a camada de gravação propriamente dita. No CD de face azul esta camada é feita de um material especial denominado cianino. Esse material é um composto metálico com propriedades eletromagnéticas especiais cuja composição não é revelada pelos fabricantes. Por tratar-se de uma tecnologia comercial, provavelmente só teríamos acesso a seus componentes se pagássemos por isso. O cianino tem uma cor predominantemente azulada (ciano). Nos CDs de face dourada, prateada e esverdeada, esta camada é formada por uma variação do composto cianino, denominado fitohalocianino que pode ser mais ou menos azulado de acordo com as concentrações dos compostos básicos do material. Alguns especialistas estipulavam que CDs com fitohalocianino devam ser necessariamente mais baratos, uma vez que sua concentração de cianino é menor e que estes CDs seriam voltados para o mercado de baixo custo, mas isso não é verdade. O que ocorre é que alguns dos compostos do cianino original foram substituídos e outros foram acrescentados nesse novo cianino, por motivos não revelados, mas que está ligado à durabilidade e que já estaremos vendo. A fama de "CDs de baixo custo" criou uma cultura que ainda hoje pode ser facilmente detectada que afirma que os CDs de coloração azul são os melhores sem embasamento técnico e científico algum. Sobre esta camada é aplicado o material reflexivo unicamente metálico. Essa camada pode ser constituída de duas diferentes ligas: uma liga de prata ou uma liga de ouro 24 K. Naturalmente, o ouro possui maior durabilidade e menor suscetibilidade a danos do que a prata. A cor final resultante da face de gravação do CD é determinada pela camada reflexiva e pela camada de gravação e por suas concentrações. As mídias azuis são feitas de cianino em alta concentração com uma camada reflexiva a base de prata. As mídias douradas e prateadas são feitas com uma camada de fitohalocianino sobre uma camada a base de ouro. Isso joga por água abaixo aquele velho raciocínio de que os CDs prateados são feitos de prata. Alguns modelos levam nessa liga de ouro uma determinada proporção de alumínio, que ajuda a gerar a cor final resultante. Praticamente todas as mídias prateadas são feitas de camadas com ligas de ouro e a indústria não se manifestou para desdizer esta afirmativa, o que significa que ainda não existem no mercado mídias prateadas feitas com camada reflexiva com ligas unicamente de prata. Especificamente no caso do CD esverdeado, é preciso saber que ele tanto pode ser feito com o fitohalocianino quanto com o cianino. Sempre com camada reflexiva em liga de ouro. Na Figura 1 você pode observar o esquema de camadas em um CD. A cabeça de leitura do drive está na figura apenas para demonstrar qual é a face de leitura. Figura 1: Esquema de básico camadas em um CD-R. A camada de adesivo ilustrada na Figura 1, nos CDs mais baratos pode simplesmente não existir, o que faz com que tanto a camada de gravação quanto a camada metálica possam ser arrancadas quando cola-se e retira-se uma etiqueta do CD. Desconfie de CDs que tenham o lado contrário ao da gravação muito brilhosas nas cores prata e ouro. Os grandes fabricantes de CD fazem questão de inserir camadas adesivas em seus CDs com suas propagandas, nome e informações sobre o CD. Um arranhão nessa superfície quando ela não está protegida por um adesivo qualquer é inúmeras vezes pior do que um arranhão na face de leitura. O primeiro CD gravável foi produzido para a Mitsui, pela Taiyo Yuden, que desenvolveu uma liga de ouro com cianino resultando na coloração esverdeada. O processo que produz os CDs dourados a base de ouro e fitohalocianino foi desenvolvido pela Toatsu Chemicals. Já a Verbatim desenvolveu a mídia azulada, composta por ligas de prata e uma camada de cianino. Os CDs prateados - que só chegaram ao mercado em 1998 - foram inventados pela Ricoh e trata-se de uma camada de ouro sobre um "advanced" fitohalocianino. Isso explicaria a coloração prateada do CD apesar de uma base reflexiva de ouro. Outros fabricantes que entraram posteriormente no mercado começaram a produzir mídias prata com o fitohalocianino convencional, mas acrescentando concentrações mais altas de alumínio à liga reflexiva. São os CDs prata/esverdeada, mais baratos do que os irmãos com a tecnologia da Ricoh. Existem dois motivos básicos para essa riqueza de mídias encontradas no mercado. O primeiro motivo é que como cada um destes compostos é um composto comercial, nenhuma empresa que deseje produzir CDs pode usar livremente a tecnologia de outra sem pagar nada. Parece ser lógico acreditar que nenhuma empresa vai querer vender sua tecnologia para uma concorrente, por mais que isso custe. Assim, se uma nova empresa deseja produzir CDs tem que criar suas novas ligas e camadas, apesar de todas serem baseadas em conceitos fundamentais que permitem generalizar o cianino e o fitohalocianino para todas. Alguns CDs, como o "Infoguard" da Kodak possuem ainda camadas extra que têm unicamente a função de aumentar a vida útil do CD. Essas camadas são basicamente sistemas que protegem contra arranhões e alguns que permitem arranhões até determinada profundidade. Hoje em dia quase todas as mídias (exceto as extremamente baratas) possuem sistemas como este, não necessariamente com a mesma tecnologia, mas com intuito semelhante. Já os CDs-RW possuem uma composição completamente diferente, excetuando-se a camada plástica. Em substituição ao composto de cianino e à liga metálica reflexiva é colocado uma espécie de cristal que torna-se opaco ou translúcido de acordo com o comprimento de onda que o atravessa. Esses CDs refletem apenas 30% do raio incidente, o que impossibilita que eles sejam lidos em qualquer drive de CD (os CDs convencionais refletem de 70% a 80% do raio incidente). A leitura dos CD-RW só é possível em drives que possuam um circuito denominado AGC, ou em português, Controle Automático de Ganho, que compensa esta "má reflexão". Os fabricantes nunca emitiram uma nota sequer comentando a composição destes CDs e qualquer coisa que você encontre sobre esse material especial de gravação é mera especulação. Como já foi dito, não existe "a mídia" que você vai usar para todas as situações. Cada uma delas serve bem para com uma ou outra necessidade. Vamos começar descrevendo a qualidade de cada mídia de acordo com preço, material e adicionais por fabricante para então darmos utilidade a elas. Quando falei dos CDs-RW pode ter ocorrido a você que existem diferentes preços para eles, desde R$ 9,00 até R$ 50,00. E não é difícil entender o motivo dessa variação toda: qualidade do material. Quanto mais barato o CD-RW, menor a vida útil e potencial de uso do CD, ou seja, os CDs-RW mais baratos deixam de ser regraváveis com o tempo. O cristal que torna-se transparente ou opaco de acordo com o comprimento de onda vai perdendo gradativamente esta capacidade com a gravação/desgravação do disco. Os discos mais caros são feitos com cristais que envolvem maior tecnologia e durarão mais. Tenho um CD-RW da Ricoh que comprei por R$ 14 e que me permitiu apenas 2 regravações do backup. Hoje ele nada mais é do que um CD-R comum! Com a desvantagem de não ser lido em qualquer drive. Esse problema da reflexão de 30% é outro que tende a piorar com o tempo. Além disso - e agora falando de todos os tipos de CD - quanto mais barato o CD, pior sua qualidade em todos os sentidos. O material plástico base pode passar pelos problemas que relatamos e ainda outros como extrema rigidez com o tempo, que torna o CD quebradiço ou pode ainda empená-lo. O empenamento pode ser causado também por temperatura, uma vez que o coeficiente de dilatação térmica da camada metálica e de gravação é diferente da plástica. Você não se lembra de algum CD-R que começou a fazer barulho depois de um tempo dentro do drive? Pois é, isso ocorre porque a camada metálica e de gravação dilata menos do que a camada plástica, fazendo com que o CD se abaule para cima, formando um "U" muito sutil que não chega a interferir na leitura, mas pode arrastar em algum ponto do drive ou mesmo fazer barulho movimentando o ar a sua volta. A cor da mídia pode dar um indício do uso que podemos dar a um CD. As mídias esverdeadas, por exemplo, eram inicialmente feitas com cianino sobre ouro. Só que a concentração desse cianino é muito menor do que em um CD azul. Isso faz com que esse tipo de CD quando usado para música pule com mais facilidade, uma vez que ele tem uma menor densidade de superfície de gravação e é mais reflexivo. Se o feixe de laser não acertar justo na trilha de gravação, que nesse caso é bem menos densa, o CD vai pular. Atualmente praticamente todas as mídias esverdeadas são feitas de fitohalocianino sobre ouro. Como o fitohalocianino é menos azulado que o cianino, para resultar um verde forte a concentração desse material tem que ser muito maior, reduzido a reflexividade e aumentando a densidade da superfície de gravação, que por sua vez torna as trilhas de gravação mais densas e faz com que o CD pule menos. Quando o fitohalocianino foi lançado os especialistas levantaram a hipótese de que o cianino reagisse com o ouro, o que não foi desmentido pela indústria. Isso faz com que o CD com essa combinação (primeiros CDs verdes) tenha uma durabilidade muito menor do que os atuais. Além do mais, esse tipo de mídia conquistou uma má fama devido aos primeiros CDs verde da TDK não apresentarem uma camada contra arranhões tão eficiente quanto deveria ser: qualquer mínimo arranhão fazia com que o disco incorresse em erros de leitura. É fácil entender também que os CDs com menor densidade de superfície de gravação não são ideais para drives de maiores velocidades. Quando um fabricante recomenda a velocidade de gravação e leitura do seu CD, faz isso baseado em cálculos que envolvem a densidade do material de gravação e do material reflexivo. Escolher um CD de acordo principalmente com a sua velocidade de gravação, começa a ser fundamental quando a gravação ocorre a mais de 8x, também chamada de velocidade crítica. Entretanto, a mídia verde tem a vantagem de ser mais permissiva a variações de potência do que as outras, fazendo ela ser mais legível em diferentes drives, principalmente os mais antigos. Ainda hoje a mídia da TDK é uma das melhores dessa categoria. As mídias dourada e prateada são feitas de camadas de fitohalocianino sobre ouro. Como qualquer mídia com camada reflexiva dourada, essas duas mídias possuem uma durabilidade maior, porque o ouro dura mais do que a prata. Outra vantagem dessas mídias é o fato de trabalharem melhor em altas velocidades de leitura e gravação do que os discos verde. Isso ocorre porque o fitohalocianino usado nessas mídias é mais incolor e portanto tem que ser muito mais concentrado para tornar a camada dourada reflexiva muito mais clara do que a cor natural do ouro. Nos CDs prateados essa camada reflexiva leva outros metais na liga que o tornam menos dourado, principalmente o alumínio que é encontrado em CDs mais baratos, mas ainda assim possuem predominantemente ouro 24 K. Obviamente existem os maus fabricantes, que compensam a cor diminuindo a concentração de fitohalocianino e abaixando o ouro de 24 K para 20 K, 18 K e mesmo absurdos 16 K! É o caso da maioria dos CDs prata/esverdeado vendidos no Brasil a R$ 2,90 a unidade. Não bastasse a inclusão de prata, cobre e outros metais na liga de ouro, eles são praticamente 50% de alumínio. Tome cuidado! Além desses CDs serem os piores em durabilidade, são os menos recomendados para áudio e leitura/gravação em drives acima de 8x. Mas, voltando às qualidades dos bons CDs dourados e prateados, em testes informais e não científicos realizados por especialistas norte-americanos, estes CDs provaram ser os melhores para CD Players de automóveis, devido a sua maior densidade de trilha e relação de reflexividade fora das trilhas ser menor. Entre as melhores mídias para esta finalidade estão a Prata da Ricoh e a Gold da Mitsui. As mídias a base de ouro são as mais tolerantes à variação de temperatura, o que, voltando no que já foi dito, é mais um ponto positivo para seu uso em automóveis. Quando alia-se a isso um bom material plástico do disco, que tenha o mesmo coeficiente de dilatação (apenas em discos de boa qualidade, como os Mitsui), torna-se muito difícil perder-se dados devido à dilatação/contração do CD. A mídia Gold da Maxell ganhou uma reputação detestável pela Internet e principalmente na Usenet há alguns anos atrás. Em Abril de 1997 a empresa anunciou que havia reformulado suas composições e linha de produção e que seus CDs dali por diante funcionariam muito melhor. Realmente, hoje a Maxell é uma das melhores mídias gold do mercado. Existem ainda cálculos que determinam o chamado BLER, ou Block Error Rate. Na Internet você pode encontrar uma variedade de BLER de gravadores e mídias em http://www.digido.com/chart.html. Um mídia com uma taxa de erro por bloco muito alta não pode ser usada para "simular CDs de 700 MB", por exemplo, que veremos adiante. Mídias com um BLER alto podem apresentar distorções no som que são completamente indesejáveis e que muitas vezes passam despercebidos a ouvidos menos treinados. Quanto maior a densidade da superfície de gravação menor o BLER do CD. Cabe lembrar que esse cálculo inclui ainda o gravador utilizado, que pode ser de boa ou má qualidade, tornando uma excelente mídia material imprestável. Por último, temos a mídia azul que é formada por uma camada de cianino em alta concentração sobre prata. Esse tipo de mídia geralmente é indicada para drives com maior velocidade seja de leitura ou gravação. Por ser basicamente cianino e um metal incolor, é mais fácil identificar quando um CD destes é de boa qualidade ou não, principalmente depois de gravados porque os CDs que "simulam" um azulão através de corantes na camada perdem todos estes corantes na gravação e ficam com as trilhas gravadas muito visíveis e bem mais claras no CD. As mídias azuis mais baratas quase nunca são confiáveis, porque levam muito alumínio (algumas até 88%) na liga reflexiva e isso reduz a vida útil em muitos anos, apesar de agüentar maiores variações de temperatura. Os CDs azuis também são indicados para gravação de som, mas não são indicados para o uso em CD Player de automóveis. Por terem uma camada reflexiva composta por prata, sua durabilidade é muito menor e muito mais metal se desprende desse tipo de CD. Os que possuem altas doses de alumínio desprendem ainda mais metal (desprende prata apenas). Esse metal pode se acumular na cabeça de leitura do CD Player o que faz com que ele leia incorretamente o disco e muitas vezes não reconheça que existe um disco lá, recusando-se a ejetá-lo! Se isso ocorre em um CD Player de painel de carro, por exemplo, haverá um imenso trabalho para retirar o disco de lá. Esses discos também são menos tolerantes à variação de temperatura e normalmente perdem muito de sua vida útil quando expostos a esses fenômenos. Optar por um bom fabricante, que coloque o material plástico do disco com o mesmo coeficiente de dilatação ou um coeficiente muito próximo é sempre bom para manter a integridade dos dados e aumentar a durabilidade do disco. Mas a mídia azul também tem suas vantagens. Depois da mídia verde é a que está menos suscetível a erros por variações de potência e as suporta muito bem. Se exposto a uma fonte de diferentes freqüências como o sol, por exemplo, é muito menos provável que venha a dar erro do que outras mídias, porque o cianino responde a menos comprimentos de onda do que o fitohalocianino. São menos sensíveis a pequenos arranhões, mesmo sem camadas sem proteção especiais, devido à concentração do cianino e alta densidade das trilhas e normalmente esses discos são recomendados para backups. É a melhor mídia para gravação e leitura em altas velocidades. Existem duas vidas úteis do seu CD-R novo. A vida útil depois de gravado e a vida útil antes de gravar. Normalmente os CDs sem estarem gravados possuem uma vida útil entre 5 e 10 anos. Essa vida útil reduzida deve-se ao fato de que as propriedades eletromagnéticas do cianino e do fitohalocianino perdem-se com o tempo. Depois de gravados, os CDs porém durar 75 anos, nos casos das mídias verde e azul, 100 anos quando a mídia é a dourada e 200 anos quando a mídia é a prateada. Entretanto esses dados são fornecidos por fabricantes sem que nenhum teste tenha sido feito e podem variar bastante. Uma mídia prateada com alumínio, por exemplo, dura muito menos da metade do tempo que um CD prateado sem alumínio na camada reflexiva. Isso pode ser aplicado a outras ligas metálicas e é outro componente importante que não é levado em consideração nos cálculos que consideram 75, 100 e 200 anos e que lidam apenas com as meias vidas do cianino. Uma coisa é certa. Seguir à risca as condições de armazenagem e manutenção do disco garantem um aumento considerável da vida útil dele, tanto enquanto virgem quanto depois de gravado. Se compararmos estes prazos de garantia com os dos CDs prensados, veremos toda a diferença. Um CD de áudio convencional tem garantia de durabilidade entre 10 e 25 anos! Isso porque, apesar de serem prensados e não "gravados", a camada de alumínio praticamente puro que repousa na base deles começa a se corroer mais rapidamente. Isso pode ser observado se você comparar, com auxílio de um microscópio, CDs de música novos e de 10 anos atrás. Você poderá notar rachaduras entre as trilhas e atravessando elas. Para finalizar esta parte vou lembrar que apesar de haver uma padronização muito séria em relação à mídia, não existe qualquer padronização em relação às dimensões de CDs e leitores de CD. Assim, um drive que não lê o seu CD mas toca um CD prensado perfeitamente pode trazer muita dor de cabeça. A solução nesses casos é trocar ou o drive ou a mídia. Os CDs que encontramos hoje no mercado brasileiro são os de 640 MB e 650 MB. Dificilmente encontraremos CDs de menor ou maior capacidade, principalmente a preços acessíveis. Na hora de gravar um CD desse tipo cria-se um problema: como fazê-lo? Em primeiro lugar é preciso entender como os dados são gravados nos CDs. Eles são gravados em setores de 2352 bytes. Sendo que, destes, apenas 2048 ficam para os dados. Os 304 bytes restantes são usados para correção de erros e outras coisas mais. Algo extremamente importante para evitar erros de leitura do disco que são normalmente resolvidos com comando de "retry", principalmente se sua mídia possuir altas taxas de erro por leitura de bloco (BLER). CDs gravados neste formato DADO + CRC + INF são também chamados de Modo 1. É devido ao Modo 1 que você só pode gravar 650 MB em um CD fisicamente desenvolvido para 740 MB de áudio. Um erro comum nesses cálculos é assumir que o fabricante do seu CD entende megabyte como os fabricantes de HD, ou seja, 1000 x 1000 (10^6). Megabyte para os fabricantes de CD é o que realmente é, ou seja, 1024 x 1024 (2^20). Isso também explica o fato do aparecimento de curiosos CDs de 680 MB no mercado brasileiro. Esses CDs não são de 680 MB! São de 650 MB como qualquer outro, a diferença é como o megabyte é interpretado. No caso desses CDs é exatamente como os fabricantes de HD fazem e geralmente estes CDs são de fabricantes de HD, como a Samsung. É até interessante, porque existem CDs da Samsung com etiquetas de 650 MB e de 680 MB. Parecem tratar-se de CDs diferentes, mas são o mesmo CD, só que um é produzido por uma unidade que também produz HDs e outra não. Resumindo, um CD de 680 milhões de Bytes tem 650 MB e não 680 MB. Como então um CD de 650 MB pode suportar até 740 MB? Simples, basta usar o espaço reservado para CRC + INF para gravar dados também. O que dá 80 MB a mais em um CD. CDs gravados desta maneira são referidos por CDs em Modo 2. Alguns programas permitem realizar este tipo de gravação, mas nem todos os gravadores permitem fazê-lo. Alguns gravadores (entenda-se a maioria vendida no Brasil) estão programados para gravar o CRC + INF no disco, independente da ordem do programa. É preciso tomar cuidado com isso, porque se o programa não souber tratar este erro e corrigir o tamanho da imagem de CD gerada, você pode perder um CD e até mesmo danificar seu gravador. Ainda não vi um manual que fizesse referência a esse tipo de característica do gravador, e os manuais que informam que gravam CDs de até 680 MB estão normalmente errando as contas explicadas acima. CDs gravados em Modo 2 não são lidos tão facilmente em qualquer drive de CD e podem apresentar inúmeros erros de um micro para outro de acordo com a configuração e montagem/cabeamento dos dispositivos internos. Antes de gravar um CD em Modo 2 e economizar alguns reais com este procedimento é preciso pensar quanto tempo isso pode custar. Ao gravar CDs em Modo 2 dê preferência a mídias de alta densidade de superfície de gravação, desenvolvidas para drives de gravação de alta velocidade e grave o CD em 1x. Tudo isso a fim de prevenir erros. É preciso lembrar que este tipo de gravação acaba reduzindo a vida útil do CD, pelo número de vezes que o feixe de laser passará pelos mesmos pontos do disco procurando por informações que não existem e relendo setores que deram erro. Existem mídias de CDs com outras colorações, tanto no mercado quanto em laboratórios de pesquisa. Uma delas que apareceu há alguns meses atrás é a mídia vermelha. Essa mídia, assim como qualquer outra que não seja prata, ouro, azul ou verde, é nada mais nada menos do que uma dessas quatro mídias convencionais com um corante qualquer ou com uma liga metálica diferente e até mesmo um fruto de corantes e liga metálica não convencional ao mesmo tempo. Por serem raros, estes CDs passaram por poucas análises, mas parecem ser de qualidade inferior, principalmente pelo fato de levarem corantes! Alguns fabricantes fazem testes com ligas a base de cobre em substituição ao alumínio nos CDs prata, o que acaba resultando em um CD alaranjado e mesmo vermelho, mas que possui basicamente as mesmas características dos CDs prata de baixa qualidade mas com uma durabilidade e reflexividade maior, que faz eles serem lidos mais facilmente em drives diferentes. Não se engane, estas tecnologias ainda não estão no Brasil e desconfie de qualquer mídia diferente dos padrões citados neste artigo. CDs muito velhos não usados podem trocar de coloração com o tempo e o vendedor acaba passando como "uma nova mídia" e muitas vezes a um preço de nova mídia também.
  14. É incrível como de alguns meses para cá conseguiu-se criar um pânico com a questão da segurança de dados. A imprensa realmente tem grande parcela de culpa nisso tudo. Neste artigo estarei abordando exatamente o que você precisa saber para passar firmeza a seus clientes e ajudar a espanar esta névoa que foi criada em cima desta questão. Segurança de dados é um assunto muito complexo, com muitos meandros, algo sem semelhantes pelo simples fato de lidar com um número extremamente grande de variáveis e ainda poder incorrer no aparecimento de variáveis novas e totalmente imprevisíveis. É aqui que o problema nasce. Ora, temos gente falando sobre segurança sem ter noção de segurança! Isso é uma constatação perigosa. É claro e evidente que é um assunto que mereça destaque hoje em dia. Afinal de contas, todo mundo está se ligando em rede. Mas o que precisa se ter em mente é o contexto em que cada um está se inserindo. Um usuário doméstico que está simplesmente se ligando à Internet não pode se preocupar com riscos absurdos como o de, por exemplo, alguém invadir o seu computador e roubar o arquivo da sua declaração do Imposto de Renda. Onde eu estou pretendendo chegar é que as pessoas tem que parar e pensar nos absurdos que andam dizendo aos Leigos em informática. O risco que mencionei acima é, probabilisticamente, nulo. Além do que, existem uma série de estruturas que precisam existir para tornarem um risco desses viável. Se, intencionalmente, às vezes não se consegue fazer um sistema Cliente/Servidor aonde o Servidor fornece espontaneamente dados ao Cliente, funcionar, imagina esse caso! E olha que isso não é estória não. Eu mesmo ouvi. Você sabe me dizer exatamente o que pode comprometer dados armazenados? Danos físicos e danos lógicos. O primeiro se refere ao meio aonde os dados estão gravados. Se você, acidentalmente puser fogo em um CD, certamente perderá dados. Esse é um exemplo de dano físico. Existem inúmeras formas de se causar danos físicos ao meio aonde o dado está gravado. Devemos, portanto, saber como nos prevenir desse tipo de mal que assola muita gente. É uma simples questão de responsabilidade. Parece simples? Pois é. Dano lógico é aquele que compromete o dado sem comprometer o meio. Se você apaga, acidentalmente uma planilha sua em um disquete, você causa um dano lógico ao conjunto de planilhas que você utilizava. Podemos então definir dano lógico como a deleção de todo ou parte dos dados que interessam à você, sem danificar o meio. Você tem a exata noção do que pode causar danos físicos. Mas e danos lógicos? Existem muitas formas de causar esta deleção. Dividiremos estas formas em dois grupos: assistida e remota. A forma assistida trata de pessoas que de má fé ou não, usam comandos e atuam diretamente no meio lógico por intermédio de um computador para provocar o dano. A forma remota é aquela na qual não se faz necessário a ação direta dessa pessoa. Em geral, usam-se artifícios de desenvolvimento a fim de preparar intencionalmente ou não uma armadilha para gerar o dano. Como exemplo podemos citar os Vírus de computador. Agora chegamos onde eu queria. O dano lógico é causado única e simplesmente pelo mesmo motivo do dano físico: a falta de responsabilidade. Mais do que uma simples questão de adquirir programas de bloqueio, geradores de senha, protetores contra intrusos e etc., existe a questão de que o usuário é o único responsável pelo bem-estar do sistema. Ele é obrigado a se proteger, não comprando softwares para esse fim, mas definindo metodologias simples de, por exemplo, somente acessar um disquete depois de passar Antivirus no mesmo. As pessoas vem se preocupando demais com vírus assustadores, e-mails que explodem, programas que queimam a impressora do vizinho e terríveis hackers que roubam todos os seus cartões de crédito e compram Ferraris pela Internet, mas se esquecem de ter responsabilidade. A responsabilidade começa pelo backup. Nada desses backups que ocupam 140 disquetes copiando o HD todo, não. Aliás, isso não serve para nada. Tirar backup só dos arquivos que você gera e considera importantes. Defina uma metodologia de backup: periodicidade, "interlívio" da mídia e local de armazenagem dela. Isso basta para que você consiga dormir mais tranqüilo. Outro ponto importante é parar de acreditar nestas histórias que inventam por aí de vírus assustadores, etc. Software não consegue danificar o hardware. Pode ter certeza de que aquele vírus que o seu amigo já viu e que queimou a impressora dele não existe. Mail bomba não explode! Nada mais fazem do que chatear. São mensagens grosseiras, repetidas, etc. Podem sim, trazer em attach um arquivo com um vírus ou instruções para destruir o seu computador. Mas lembre-se de que abrir e ler a mensagem não faz mal algum. Você só poderá ter problemas se executar este arquivo. Sendo assim, arquivos texto, imagem, som etc. não fazem mal algum ou mesmo trazem vírus. Para que alguém possa ter acesso ao conteúdo do seu disco rígido é necessário que você tenha um programa Servidor rodando para este fim. Então uma outra pessoa, com o programa cliente, acessa este programa servidor que fornece a ele o conteúdo do seu disco rígido e interpreta instruções. O que significa que fugir de ter o seu computador acessado por terceiros reside simplesmente no ato de não executar programas desconhecidos ou enviado por desconhecidos. Não existe risco em se fazer download de arquivos da Internet, desde que esse download seja proveniente de um site conhecido. Ainda assim, se não for, em geral basta uma simples checagem contra vírus para se ter garantia de segurança. Também não acredite em soluções do tipo: "deltree C:WINDOWS". Pessoas sem o menor conhecimento de informática adoram este tipo de coisa. É uma solução grosseira, pior do que a doença e na maioria dos casos não resolve o problema, porque esse mesmo problema pode estar sendo gerado por um programa instalado ou algo parecido. Além do mais, esse tipo de coisa impede que se venha a detectar a causa a fim de evitar que se repita no futuro. Nunca poderemos chegar ao ponto de dizer que estamos totalmente seguros. Eu mesmo, como desenvolvedor, sei que nenhum programador, principalmente os que desenvolvem para redes, resiste à tentação de instalar backdoors em seus programas. Além disso, existe ainda o fato de errar ser humano. Todos erram. E um erro às vezes pode comprometer temporariamente a segurança de um sistema. No Brasil, contam-se nos dedos as pessoas realmente capazes de causar problemas quando o assunto é segurança. Enfim, a chance de você ou seu sistema ser o escolhido por um deles é praticamente a mesma de você ganhar na loteria. O resto é só ameaça. Lembre-se sempre de que a Internet é segura o suficiente para você, usuário doméstico, e seu computador. Pode ter certeza de que quem tem que se preocupar em investir em segurança, se preocupa.
  15. Alberto Cozer

    PowerMac G3

    As constantes análises dos processadores CISC (Intel, AMD, Cyrix, etc.) feitas pela mídia tem levado muitos consultores a recomendarem micros padrão PC para seus clientes, mas muitas vezes um PC não atende às exigências necessárias para dar a agilidade e a confiabilidade requisitadas pelo trabalho a ser desempenhado com a máquina. Nesse artigo, estaremos analisando as características principais do Power Macintosh G3, a nova geração de microcomputadores fabricados pela Apple, que tem na sua agilidade e confiabilidade tudo aquilo que um "Power User" precisa. A linha G3 se baseia nos processadores de terceira geração da família PowerPC. Estes processadores, há alguns anos no mercado, são resultados de parcerias com Motorola e IBM. Desde seu lançamento, esta família sempre apresentou a melhor relação de performance para o usuário final. São processadores totalmente RISC, o que dá mais trabalho aos compiladores, mas garante um processador mais eficiente (os microprocessadores padrão PC hoje já caminham para esta tecnologia, incluindo decodificadores CISC/RISC que levam os dados ao núcleo do processador, já RISC). O PowerPC G3 é o primeiro processador especificamente otimizado para o MacOS (atualmente em sua versão 8.1). Estas otimizações foram baseadas nos programas disponíveis hoje para esse sistema, a fim de garantir o menor número de ramificações ("jne", "je", "jz", etc...) das instruções passadas pelo programa ao processador e encurtar as rotas de transferência de dados. No G3, o Cache L2 - que pode atingir até 1 Mb - se encontra dentro do processador, assim como no Pentium Pro, o que garante uma taxa de transferência entre o Cache L1 e o Cache L2 bem elevada - algumas vezes esta taxa pode ser de 1:1, ou seja, a comunicação com o Cache L2 é feita na mesma freqüência de operação do processador, contudo, nem todas as versões do G3 apresentam esta característica que varia conforme o preço. A terceira geração de processadores da linha PowerPC conta com um cache L1 maior, de 64 Kb, dividido em dois caches. Um de 32 Kb exclusivo para dados e outro de 32 Kb para instruções. O processador pode ainda, manter armazenados os dados mais requisitados pelo sistema neste cache, para que a informação não tenha que ser processada duas vezes, isso agiliza muito o trabalho com rotinas repetitivas por exemplo. Parte dessa linha já se baseia no processo 0.25-micron de produção, o que garante processadores com velocidades mais elevadas, menores e que aqueçam menos. Tudo isso com requisitos mínimos de energia, uma vez que o PowerPC G3 pode chegar a necessitar de apenas 1.8 V para o processador (3.3 V para I/O está presente em todos da linha). Este processo também garante que o G3 não enfrentará, num notebook por exemplo, problemas de aquecimento excessivo como já ocorreram muitas vezes na família Pentium. O maior responsável do desempenho que o PowerPC G3 oferece tem nome: "Backside Cache" (Figura 1). Se trata de uma ponte entre o processador e o Cache L2. E é justamente esta ponte que garante o acesso de até 1:1 do processador à cache L2. Nas linhas anteriores do PowerPC, este acesso era feito através do barramento local, que operava em pobres 50 Mhz.. Figura 1: Funcionamento do cache L2 do processador G3. O barramento local é outro coadjuvante no aumento de performance desse processador. Toda a nova linha trabalha com um barramento de 66 Mhz, exatamente como nos principais PC’s. Houve também um incremento no número de registradores, que passou a ser de 64. Sendo 32 de 32 bits para funções gerais (um pulso para adição, subtração, rotação, movimentação de bits com divisão e multiplicação por hardware) e 32 de 64 bits para operações com ponto flutuante, já otimizados para precisão individual de multiplicação ou divisão. O G3 disponibiliza uma arquitetura superescalar com 4 canalizações, o que permite a execução de até 4 instruções por pulso de clock. Vale lembrar que o processador foi otimizado no sentido de re-organizar o código de instruções passados a ele, para garantir que as quatro canalizações estejam ocupadas a maior parte do tempo. Para saber mais No site da Apple, podemos encontrar gráficos com tendências futuras da linha G3 e até G4! Segundo a própria Apple, até o fim do ano teremos processadores G3 rodando bem acima de 350 Mhz e eles ainda adiantam a tecnologia 0,18 mícron que vai levar os processadores a 750 Mhz, vale a pena conferir!

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