
Jogando com o Xtion
Como já comentamos, há dois usos para o Xtion: como substituto do mouse para determinados aplicativos (Facebook, YouTube, Flickr e Picasa) e jogos. No primeiro caso, ele funciona bem para coisas simples (abrir pastas de música, exibir fotos), desde que o usuário se acostume com o complicado gestual que simula avançar, retroceder, clique duplo; outra consideração é a questão do posicionamento. Como falamos, a calibragem tem que ser feita em determinada posição. Se a pessoa se sentar, por exemplo, o processo tem que ser refeito. É um uso divertido em uma reunião ou festa em casa, para mostrar fotos e trocar de música tirando onda com os amigos. Já mexer no Facebook ou no Youtube exige muita paciência, que nem sempre é recompensada com êxito.
Figura 9: Dance Wall
Ao contrário dos aplicativos, que sofreram adaptações para serem controlados pelo sensor de movimento, os jogos foram feitos para Xtion, e isso é uma tremenda vantagem. Cada um tem sua dinâmica própria, mas os títulos seguem a linha de diversão casual e/ou infantil de jogos similares do Kinect (ou mesmo do Nintendo Wii). O Dance Wall exige que o jogador colecione gemas com toques no ar e faça poses para passar em silhuetas na parede virtual, ao som de música; já no Beat Booster, ele controla uma nave em um jogo de corrida apenas com movimentos do corpo, desviando de obstáculos e oponentes. O Maya Fitness é um personal trainer virtual que exige repetições de exercícios, de levantamento de pequenos pesos a polichinelos.
Nesse quesito, o Xtion não deveu nada aos periféricos similares dos consoles e ganha destaque por ser o pioneiro do gênero no PC. O entrave maior é a biblioteca de títulos próprios (ainda pequena) e a incompatibilidade com a grande maioria dos jogos de PC do mercado, que não foram concebidos para o controle desta maneira. Fica a questão “Tostines”: o Xtion tem poucos jogos porque ainda não decolou ou ainda não decolou porque tem poucos jogos?
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