Configuração para aprender a fazer overclock

Almeida A. · 2 de abril de 2017

Boa noite pessoal.

Sou novatão com hardware, tudo que sei foi a base de muita pesquisa e agora entendo um pouco menos que o básico na minha opinião hehe...
Gostaria de fazer um setup para iniciar em overclock. Quero aprender na prática e minha intenção é futuramente fazer testes em memórias para saber qual real ganho de cada uma overclockando e descobrindo a latência real (CL x tempo por ciclo)

qual tipo de processador eu poderia usar e que aguente overclock nele também (amd ou intel?)? e qual setup seria mais recomendado? (levando em conta que imagino que devo ter dois HDs sendo um para testes).

Eu futuramente ( 2 - 3 anos) pretendo melhorar as configurações para suportar games, mas até lá meu foco são os overclocks (e jogos competitivos MOBa e FPS só)

Orçamento MÁXIMO: 3.700,00

Dabota · 2 de abril de 2017

Cara...toda a linha Fx você pode fazer overclock, mas seu orçamento é mais aberto, compra um water cooler e um I7 Kabylake, qualquer um terminado em 'K' e uma mobo z270.

Almeida A. · 2 de abril de 2017

Pensei nessa possibilidade também, mas o orçamento é para montar uma máquina do zero, monitor, gabinete, mouse, teclado, etc. e quanto menor o valor final melhor para o bolso hehe. gostaria de saber setups que sejam "bons para novatos em overclock" no caso uma bios "fácil" para mexer e sem aquele risco de fazer ***** e perder muita grana.

Evandro · 2 de abril de 2017

11 horas atrás, Almeida A. disse:

Pensei nessa possibilidade também, mas o orçamento é para montar uma máquina do zero, monitor, gabinete, mouse, teclado, etc. e quanto menor o valor final melhor para o bolso hehe. gostaria de saber setups que sejam "bons para novatos em overclock" no caso uma bios "fácil" para mexer e sem aquele risco de fazer ***** e perder muita grana.

Olha, se quer fazer overclock bem feito, não dá pra ser barato.

FX seria um sistema "pé de boi" pra você começar a fazer as coisas, mas é uma plataforma datada e já com uma boa sucessora no lugar, mas, essa sucessora é recém-chegada e ainda está com preço salgado.

Você ter o FX pra fazer overclock vai te ensinar algumas manhas e conceitos, mas é como colocar turbo numa Vemaguet, ele vai andar mais, mas não vai andar tão bem quanto um sistema mais novo.

Se você pegar um Intel "K" com placa-mãe "Z" ou um AMD Ryzen, vai poder brincar no overclock e ter um sistema com bom desempenho.

Mas.. pra todos os casos, é recomendável ter um bom sistema de refrigeração e uma boa placa-mãe, pra te dar estabilidade e durabilidade.

Sobre isso:

12 horas atrás, Almeida A. disse:

latência real (CL x tempo por ciclo)

A latência real é 11, você quer saber tempo de resposta, que é em ns, e isso você pode calcular na mão sem nem testar a memória.

CL 11 diz que a memória precisa de 11 ciclos pra fazer a operação, se ela trabalha a 3 GHz, são 1,5 milhões de ciclos por segundo (DDR multiplica o clock base por 2, ela opera na real a 1,5 GHz), 7,3 ns pra concluir a operação.

Pra fazer overclock de memória eu pegaria pentes já homologados para trabalhar em clocks mais altos, o problema, novamente, é custo, ainda mais memória que está num clico de alta do mercado que broxa toda vez que vou pensar numa máquina nova.

Almeida A. · 2 de abril de 2017

1 hora atrás, Evandro disse:

Olha, se quer fazer overclock bem feito, não dá pra ser barato.

FX seria um sistema "pé de boi" pra você começar a fazer as coisas, mas é uma plataforma datada e já com uma boa sucessora no lugar, mas, essa sucessora é recém-chegada e ainda está com preço salgado.

.....

Se você pegar um Intel "K" com placa-mãe "Z" ou um AMD Ryzen, vai poder brincar no overclock e ter um sistema com bom desempenho.

É o ponto que cheguei realmente falava isso, mas ainda valeu a pena perguntar isso para saber de quem mexe com isso se vale a pena um sistema mais antigo (FX no caso) obrigado pela dica.

1 hora atrás, Evandro disse:

A latência real é 11, você quer saber tempo de resposta, que é em ns, e isso você pode calcular na mão sem nem testar a memória.

CL 11 diz que a memória precisa de 11 ciclos pra fazer a operação, se ela trabalha a 3 GHz, são 1,5 milhões de ciclos por segundo (DDR multiplica o clock base por 2, ela opera na real a 1,5 GHz), 7,3 ns pra concluir a operação.

Então quer dizer que CL dividido por metade da frequência de trabalho da memoria seria o tempo por ciclo (ns) da memoria?

se for isso você conseguiu simplificar para mim vários textos de vários fóruns gringos que davam muitas voltas para explicar isso.

e agradeço pela informação man!

Evandro · 2 de abril de 2017

27 minutos atrás, Almeida A. disse:

É o ponto que cheguei realmente falava isso, mas ainda valeu a pena perguntar isso para saber de quem mexe com isso se vale a pena um sistema mais antigo (FX no caso) obrigado pela dica.

Eu não mexo com isso hehehehe, mas pra dar pitacos iniciais não precisamos ser profissionais.

Voltando ao exemplo de turbinar um carro, tem gente que acha que é só meter o caracol lá que tudo se resolve.

Aí o cara coloca um turbo do tamanho dos glúteos da Juliana Paes e frita a junta do cabeçote, derrete pistão e quebra biela.
Seria o caso de pegar uma placa-mãe basiqueta, colocar um cooler de K6-2 e subir o clock em 20%, frita o VRM, no mínimo.

30 minutos atrás, Almeida A. disse:

Então quer dizer que CL dividido por metade da frequência de trabalho da memoria seria o tempo por ciclo (ns) da memoria?

A grosso modo, sim, é o tempo pra ela realizar aquela operação (não tem só CAS, as latências são dadas em vários números) e nem o tempo por ciclo, isso é o clock (divida 1 segundo por 1,5 bilhões de vezes e você tem o tempo, em segundos, de cada ciclo)

Você tem que considerar o clock real que a memória trabalha (metade do rotulado nas DDR, um quarto do rotulado nas GDDR5, o clock rotulado nas antigas SDR) e ver quanto tempo, em segundos, aquela operação leva pra ser feita.

Aliás, no post anterior eu comi bola, GHz é bilhão (olha o Ciro Gomes ) e não milhão.

Aí você pega uma GeiL One, memória DDR "1", que tinha CAS de 1,5 a 400 MHz, e ela tem tempo de resposta mais baixo que a mais rápida memória do mercado e fica num paradoxo que eu tento entender faz mais de 10 anos e não consigo: como uma memória DDR4 a 3 GHz, com CAS 18, consegue ser mais rápida em termos finais que as finadas GeiL One, porque, embora opere num clock quase 10x maior, as latências são mais altas, e no fim das contas, parece ser a mesma coisa (só que não é).

Vamos ver se o patrão explica isso num próximo vídeo da série "mitos do hardware".