

Análise do Secundário
Como você pode ver na Figura 12 da página anterior, o primeiro transformador controla as saídas de +5V e +12V usadas nos cabos que são conectados à placa-mãe (rotulados como “CPU”, isto é, barramentos virtuais +12V1 e +12V2), enquanto que o segundo transformador controla as saídas de +3,3V e +12V usadas por periféricos (isto é, barramentos virtuais +12V3, +12V4 e +12V5). Pense nesta fonte de alimentação como tendo duas fontes independentes em seu interior.
Esta é a primeira vez que vimos esta abordagem, que é excelente por vários motivos. A principal vantagem desta arquitetura é que a linha de +12 V que é conectada à placa-mãe (barramentos +12V1 e +12V2) não é conectada à linha de +12 V usada por periféricos (+12V3, +12V4 e +12V5), portanto qualquer ruído elétrico produzido pelos periféricos não é replicado para o processador da máquina. A desvantagem é que como as saídas de +12 V de cada transformador não são conectadas juntas, você pode enfrentar uma situação onde uma das fontes de alimentação internas está sobrecarregada enquanto que a outra está ociosa, se a potência não estiver bem distribuída (explicaremos mais sobre isso na próxima página).
A primeira saída de +12 V (barramentos +12V1 e +12V2) é produzida por dois retificadores Schottky 40CPQ060 instalados em paralelo, cada um suportando até 40 A a 120° C (20 A por diodo interno). A corrente máxima teórica que a linha de +12 V pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 – D), onde D é o ciclo de trabalho usado e I é a corrente máxima suportada pelo diodo responsável pela retificação (neste caso, formado por dois diodos de 20 A em paralelo). Apenas como um exercício teórico podemos assumir um ciclo de carga de 30%. Isto nos daria uma corrente máxima teórica de 57 A ou 684 W para esta saída de +12 V. A corrente máxima que esta linha pode realmente fornecer depende dos demais componentes usados, em particular da bobina.
A segunda saída de +12 V (barramentos +12V3, +12V4 e +12V5) é idêntica e portanto oferece uma corrente máxima teórica de 57 A ou 684 W. Portanto o máximo combinado para as saídas de +12 V é de 1.368 W. Mas como essas duas saídas não são conectadas juntas elas não podem "emprestar" potência uma para a outra. Nós explicaremos mais sobre isso na próxima página.
A saída de + 5V é produzida por dois retificadores Schottky 40CPQ045 conectados em paralelo, que podem suportar até 40 A (20 A por diodo interno) a 120° C. A corrente máxima teórica que a linha de +5 V pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 – D), onde D é o ciclo de trabalho usado e I é a corrente máxima suportada pelo diodo responsável pela retificação (neste caso, formado por dois diodos de 20 A em paralelo). Apenas como um exercício teórico podemos assumir um ciclo de carga de 30%. Isto nos daria uma corrente máxima teórica de 57 A ou 286 W para a saída de +5 V. A corrente máxima que esta linha pode realmente fornecer depende dos demais componentes usados, em particular da bobina.
A saída de +3,3 V é produzida por mais dois retificadores Schottky 40CPQ045 conectados em paralelo. Usando os mesmos cálculos chegamos a uma corrente máxima teórica de 57 A ou 189 W.
A saída de +5VSB (também conhecida como “tensão de standby”) é parruda. Como acontece em todas as fontes de alimentação ATX (mesmo nos modelos genéricos), esta saída utiliza um transformador separado, porém nesta fonte da Enermax um retificador Schottky F20SC6 é usado, que pode suportar até 20 A (10 A por diodo interno).
A saída de –12 V é produzida por um regulador de tensão 7912, que pode suportar até 1,5 A. Dessa forma a saída de -12 V tem uma potência máxima teórica de 18 W.
Nas figuras abaixo você pode ver todos os retificadores usados nos dois secundários desta fonte de alimentação.
Figura 16: Retificadores do secundário usados nesta fonte de alimentação.
Figura 17: Retificadores do secundário usados nesta fonte de alimentação.
Você pode ver novamente as pequenas contas de ferrite usadas nos terminais de todos os componentes, agindo como um filtro de modo a diminuir o ruído.
Esta fonte de alimentação tem ainda um sensor de temperatura conectado no dissipador de calor usado pelos retificadores do secundário, responsável por controlar a velocidade de rotação da ventoinha.
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