Overclock
O overclock em processadores Pentium 4 soquete LGA775 possui algumas particularidades em relação ao overclock feito em outras plataformas.
A primeira dificuldade é que desde os primeiros Pentium 4 o multiplicador de clock é fixo, apenas amostras de engenharia, ou seja, destinados a testes, é que possuem o multiplicador de clock destravado. Esses processadores são identificados com a sigla “ES” e não estão disponíveis comercialmente. Alguns fabricantes como a ABIT criaram placas-mães capazes de burlar esta proteção.
Portanto, como você pode ver, a não ser que você possua uma amostra de engenharia ou uma placa da ABIT a única forma de fazer overclock em um processador Pentium 4 é aumentando o clock externo (FSB).
Nos chipsets Intel i865, i875P, NVIDIA, SiS e VIA é só ir aumentando o barramento externo até que se encontre o limite que o processador suporta. Já nos chipsets Intel i915P e i925X a Intel criou uma proteção contra overclock.
Essa proteção limita o overclock a até 10% do clock padrão do barramento externo. Isso ocorre por que os barramentos (PCI Express, SATA e o link entre as pontes norte e sul do chipset) usam o mesmo gerador de clock e, portanto, suas frequências variam de acordo com o clock empregado. Isso traz problemas a dispositivos SATA e PCI Express, já que não existe como travar as frequências destes barramentos. Dispositivos SATA, por exemplo, tem problemas para funcionar com frequências superiores a 110 MHz e placas de vídeo da NVIDIA toleram no máximo 120 MHz no barramento PCI Express.
A proteção contra overclock atua monitorando o link entre as pontes norte e sul do chipset. Toda vez em que a frequência deste link ultrapassa os 10% a placa se desliga ou simplesmente não liga. Uma forma de contornar esse bloqueio é elevar a tensão de alimentação do chipset, o que permite ganhos de 10 a 15 MHz.
Alguns fabricantes, como a ASUS e a ABIT, criaram mecanismos em suas placas que tentam corrigir esses problemas. Na prática, esses mecanismos, através da alteração dos multiplicadores do barramento PCI Express e SATA durante a inicialização, tentam manter o clock de operação do barramento PCI Express abaixo de 120 MHz, permitindo o uso de placas de vídeo PCI Express.
Mesmo assim overclocks mais agressivos só são conseguidos quando utilizando placas com chipsets i875 e i865 ou sistemas utilizando placas de vídeo PCI Express da ATI, que toleram melhor altas frequências ou até mesmo placas de vídeo PCI. Como o barramento SATA falha com altas frequências os overclockers mais radicais só utilizam discos rígidos IDE convencionais (paralelo).
O objetivo do nosso teste é verificar qual é a máxima frequência externa alcançada utilizando um processador Pentium 4 640 (3.200 MHz) que possui o clock externo de 200 MHz (800 MHz QDR) e multiplicador travado em 16x.
Lembramos que, para que o overclock seja considerado válido, é necessário que a placa inicie o Windows sem erros e execute quatro vezes o demo1 do Doom 3, também sem apresentar qualquer problema.
Opções de overclock da ECS 915P-A (BIOS 050729 – 11 de agosto de 2005):
- Frequência externa: pode ser ajustada de 200 a até 255 MHz em incrementos de 1 MHz.
As opções para overclock se resumem ao aumento da frequência externa do processador.
Figura 7: Somente ajuste da frequência externa do processador na 915P-A.
Figura 8: Só o mínimo para ajustes de temporização da memória.
No gráfico abaixo você vê a frequência externa máxima alcançada pela placa:
Queremos deixar claro que os resultados de overclock dependem bastante do tipo de processador usado e alguns processadores atingem frequências maiores que os outros, portanto os resultados mostrados neste teste são relativos aos testes usando o nosso modelo de Pentium 4. Outros modelos podem conseguir resultados melhores ou até piores que os do nosso teste.
Pelos poucos recursos para overclock até que a 915P-A se saiu bem. Ela se saiu melhor que placas que possuem melhores recursos para overclock como a MSI P4N Diamond. Chegamos a 233 MHz (932 MHz QDR) levando nosso processador a 3.728 MHz.
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