Introdução
A PCChips (http://www.pcchips.com) criou já há algum tempo o conceito de DeskNote, um micro que não é nem desktop nem notebook. Como é isso? O DeskNote é um micro portátil, que usa tela de cristal líquido, mas não é um notebook. Tanto que ele não tem bateria. Você pode opcionalmente comprar essa bateria, mas ela é externa ao micro. Outra diferença do DeskNote para os notebooks é que eles usam peças de desktop, como processadores e memórias. O resultado final é um micro portátil de baixo custo, juntando o melhor do notebook e o melhor do desktop. O DeskNote também está sendo chamado de "i-Buddie".
Figura 1: DeskNote PCChips A900.
O modelo que testamos é o A900, que é relativamente fácil de se encontrar no Brasil. Esse modelo usa o processador "Giga Pro", que na verdade é um VIA C3 remarcado (e ele roda a 730 MHz, e não 1 GHz, como o nome se faz supor). Há outros modelos de DeskNote no mercado, usando processadores Athlon e Pentium 4. Esperamos testar esses modelos em breve, já que é um micro portátil que tem tudo para se tornar extremamente popular aqui no Brasil, devido ao seu baixo custo.
Em relação ao aspecto geral do equipamento, achamos ele bonito e sóbrio, além de leve e fino, muito fino. Essas duas últimas características com certeza ocorrem pelo fato de ele não ter uma bateria em seu interior.
Do lado de baixo dele há dois compartimentos que qualquer usuário pode facilmente acessar: o do disco rígido e o da memória. O disco rígido usado é do padrão de notebooks, com a vantagem de estar preso a uma pequena gaveta, facilitando a sua remoção (ver Figuras 2 e 3). No modelo que testamos, o disco rígido que veio era um IBM de 10 GB. Já a memória RAM usada é um módulo DIMM comum, ao contrário do que ocorre com notebooks. Com isso, o custo de se aumentar a quantidade de memória RAM é bem mais baixo do que o mesmo procedimento em notebooks, já que o DeskNote usa módulos de memória convencionais. O modelo testado veio com 128 MB de memória SDRAM PC133.
Figura 2: Detalhe da localização do disco rígido.
Figura 3: O disco rígido é facilmente removível.
Figura 4: Local da memória RAM.
O DeskNote não tem unidade de disquete, sendo esse item opcional (pode-se comprar uma e conectar ao DeskNote via porta USB). Ele vem com uma unidade de CD-ROM 24x (que no modelo que testamos era fabricada pela Quanta Storage) ou com uma unidade DVD-ROM 8x. Em suas laterais e traseiras, as portas USB, saída de áudio, etc, sendo que ele tem, acima do teclado, duas caixinhas de som, como ocorre nos notebooks que têm áudio integrado.
Uma característica muito boa do A900 é que ele tem saída para TV, através de um conector S-Vídeo existente em sua lateral. Detalhe: no setup da máquina você pode escolher o padrão de vídeo: NTSC, PAL-M (padrão usado no Brasil) e PAL-N (padrão usado na Argentina).
O DeskNote A900 é muito bonito e prático, mas seu grande ponto fraco é o seu desempenho, que é muito baixo. Com certeza isso é reflexo do processador escolhido para equipá-lo, o VIA C3, que é um processador de baixo desempenho. Para rodar processadores de texto, planilhas eletrônicas e acessar a Internet, ele dá para o gasto. Mas não dá para rodar jogos 3D com ele. Todos os nossos programas de teste de desempenho 3D se recusaram a rodar na máquina. Se você está procurando um micro portátil de alto desempenho, esqueça o A900 e compre um notebook.
A PCChips lançou também, como comentamos, DeskNotes usando o Athlon e o Pentium 4. Ainda não pudemos testar esses modelos e, portanto, o comentário expresso acima pode refletir somente o desempenho específico do modelo A900 e não da série DeskNote como um todo.
Abaixo vemos as principais características do DeskNote A900. Nós desmontamos o bicho por completo e você terá a oportunidade de ver detalhadamente como ele é por dentro na próxima parte. E, na terceira parte de nossos testes, você irá conferir o desempenho da criança.
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