Esse console é uma grande incógnita. Tem uma proposta muito interessante, que seria pegar o público que ainda compra o Mega Drive e as trocentas versões do Nes que rondam o mercado brasileiro. O problema é o preço: 600 reais. Algo muito alto para as classes que eles pretendem abordar.
Infelizmente eu não acredito que os preços dos jogos girando em torno de 10 e 30 reais vão dar certo. A pirataria é um fator cultural brasileiros. Por mais baratos e justos que os preços dos jogos sejam, o pessoal já está acostumado em pagar 5 reais, ou nem isso. Brasileiro não sabe reconhecer e dar o devido valor a diversão. Um bom exemplo é o ramo de celulares. Os jogos custam em torno de 5 a 10 reais, mas todo mundo prefere baixar de algum site de maneira gratúita. Para que eu vou pagar algo que eu consigo de graça? Essa é a ideia. A ausência de pirataria, ironicamente, pode ser algo que afaste os consumidores.
Outro grande revés é a questão gráfica. Se já vai ser difícil convencer as camadas C em diante que ela pode ter um videogame "de última geração" custando 600 reais, o público realmente entendido do assunto, e com poder aquisitivo, não vê atrativos nele. Não é muito animadora a ideia de ficar jogando ports de celular. Jogos para mobile tem gameplay voltado para um divertimento rápido e adaptado aos botões dos aparelhos. Simplesmente transplantar isso para um joystick vai deixar a experiência mais simplória do que realmente ela é.
Agora no final do ano vão começar testes em algumas cidades brasileiras. O negócio é ficar ligado no que deve continuar saindo na mídia especializada.