Teste de Desempenho
O programa que usamos para medir o desempenho do disco rígido, DiskSpeed32, é um programa que efetua testes realmente demorados, pois ele lê todos os setores do disco, registrando a taxa de transferência obtida e traçando um gráfico.
Fizemos testes de desempenho usando o mesmo disco rígido (Seagate ST3802110A, de 80 GB) ligado no CS8813, no gabinete externo Omega UHD 231, ligado em um adaptador ATA-SATA Serillel da ABIT, e ligado diretamente à porta ATA-133 da placa-mãe.
Normalmente a taxa de transferência do disco rígido varia de acordo com a parte do disco rígido que está sendo lida. A taxa de transferência do disco é maior nas bordas do disco, diminuindo à medida que se aproxima do centro do disco. Isso ocorre por conta da setorização multi-zona: em trilhas mais longas (as mais afastadas do centro do disco) cabem mais setores, e, com isso, mais dados são lidos a cada rotação do disco rígido. Por esse motivo, os programas apresentam três resultados: taxa de transferência máxima (obtida nos primeiros cilindros do disco, isto é, nas trilhas mais externas), taxa de transferência mínima (obtida nos últimos cilindros do disco, isto é, nas trilhas mais internas) e taxa de transferência média, que na maioria das vezes é o dado que o usuário comum está interessado em saber. Inclusive em alguns casos a taxa mínima refere-se a um "cochilo" do computador ou a algum instante no qual o Windows executou alguma outra tarefa, deixando o DiskSpeed32 em segundo plano por uma fração de segundo.
Por conta desse efeito podemos explicar também a necessidade de desfragmentarmos o disco rígido e o porque desfragmentadores profissionais, como o Norton Speed Disk, permitem que você desfragmente movendo os arquivos do sistema operacional para o início do disco rígido. Como explicamos, dados armazenados no início do disco rígido são lidos a uma taxa de transferência maior do que no restante do disco.
No gráfico abaixo você verifica os resultados de nossos testes (em KB/s) e, em seguida, a nossa análise.
O desempenho do disco rígido ligado ao CS8813 foi muito parecido com o obtido nos gabinetes externos USB 2.0, o que nos leva a crer que essa taxa máxima de desempenho na ordem de 25 MB/s é uma limitação dos chips conversores do barramento ATA para USB 2.0, até mesmo por ser uma taxa de transferência próxima à metade da taxa máxima teórica disponível numa porta USB 2.0 - que é de 60 MB/s (480 Mbit/s). Lembrando que na prática é impossível atingirmos esta taxa, visto que ela também inclui sinais de controle e não apenas dados. O correto seria dizer que a taxa máxima teórica do USB 2.0 é por volta de de 48 MB/s.
Também fica claro que o desempenho do disco é bem maior quando instalado diretamente na porta ATA-133 do que usando um adaptador que permita ligá-lo numa porta USB 2.0, embora nesse caso não tenhamos a vantagem de conectar ou desconectar o disco a qualquer momento com o micro ligado, e ainda por cima sem precisar abrir o gabinete. Note também que usando um adaptador PATA-SATA como o Serillel da ABIT perde-se muito pouco desempenho.
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