

Conclusões
Tecnicamente falando, esta fonte de alimentação usa um projeto muito antigo, com os retificadores de +5 V e +3,3 V possuindo um limite de corrente muito acima do retificador de +12V, que era uma configuração típica de anos atrás, onde o PC extraía mais potência das linhas de +5V e +3,3 V e não da linha de +12V como acontece hoje. Além disso essa fonte é baseada na topologia meia-ponte, que é típica em fontes de alimentação sem PFC ativo (fontes com o circuito PFC ativo usam uma topologia mais moderna, chaveamento direto com dois transistores).
Nós também ficamos impressionados com o baixo nível de ripple (oscilação) e ruído produzido por esta fonte de alimentação.
A boa notícia é que nesta fonte a proteção contra sobrecarga funciona e ela não explodiu durante nossos testes. No entanto, durante um de nossos testes de sobrecarga o fusível queimou, e com isso podemos deduzir que o circuito de proteção contra sobrecarga (OPP) deveria ser configurado com um valor um pouco abaixo para evitar que isto aconteça. Após substituirmos o fusível a fonte de alimentação continuou funcionando bem. O fusível é uma proteção, mas o problema é que a maioria dos usuários não tem o conhecimento necessário para trocar o fusível de uma fonte de alimentação, já que ele está soldado na placa de circuito impresso da fonte.
A eficiência não foi ruim para uma fonte de alimentação que usa um projeto antigo. Com a fonte de alimentação funcionando entre 40% e 60% da sua potência rotulada a eficiência foi acima de 80%, caindo para abaixo deste valor com outros padrões de carga. Portanto se você comprar esta fonte de alimentação e instalá-la em um micro básico puxando entre 180 W e 270 W ela terá uma eficiência decente. Você pode calcular a quantidade de potência que seu micro puxará usando esta excelente calculadora de fontes de alimentação.
Como ponto negativo nós temos a quantidade de conectores disponíveis, apenas cinco conectores para periféricos e apenas dois conectores SATA. Se você tem mais do que dois dispositivos SATA (por exemplo, dois discos rígidos) então você precisará usar um adaptador para converter os plugues de alimentação para periféricos em plugues de alimentação SATA. Ela também vem com apenas um conector de alimentação para a placa de vídeo e não vem com um conector EPS12V, mas para o público a qual esta fonte se destina – usuários que estão montando um micro básico – isso não chega a ser um problema.
Para variar temos o famigerado “custo Brasil”. Uma fonte idêntica a esta (Kingwin ABT-450MM) custa, nos EUA, entre US$ 35 e US$ 40. Ou seja, para um americano uma fonte dessas custa a mesma coisa que, para um brasileiro, custa uma fonte “genérica”. No Brasil compramos esta fonte por R$ 170, o que não chega a ser um absurdo de caro que impeça um usuário de tê-la, mas também não é uma fonte baratinha como é no exterior. Mas a boa notícia é que você estará comprando uma fonte de 450 W e levando para casa na verdade uma fonte de 500 W.
O único motivo para não darmos o nosso selo de produto recomendado para esta fonte é a questão do fusível, que queimou durante nossos testes de sobrecarga (como dissemos, bastou trocar o fusível e a fonte voltou a funcionar; lembrando que o fusível é uma proteção), a eficiência, que não ficou acima de 80% em todos os testes.
Mas, como dissemos, esta é uma boa fonte, melhor que a Huntkey Green Star 450 W, já que este modelo da Huntkey só foi capaz de entregar 360 W durante os nossos testes. No geral ela é melhor que a Seventeam ST-420BKV (esta fonte da eXtream tem maior eficiência, maior potência máxima e vem com cabo para alimentação da placa de vídeo, recurso não presente neste modelo da Seveteam), embora a fonte da Seventeam tenha um circuito de proteção contra sobrecarga melhor calibrado e custar um pouco menos.
Respostas recomendadas